Saúde é coisa séria. Acho estranho que o HIV tenha tanto destaque na mídia e o
HPV raramente seja citado. O que aconteceu com o amigo EPAMINONDAS não é nada raro, muito pelo contrário. O
HPV está por toda a parte e é muito fácil de se pegar. Felizmente, nem todas as variações causam problemas sérios.
Encontrei um texto com algumas estatísticas no site do Laboratório Delboni Auriemo, o qual citei abaixo com destaque para alguns dados bem alarmantes. Lendo o texto fica claro que é praticamente impossível que uma garota de programa que faça oral sem camisinha e atenda mais de 3 clientes por dia não tenha sido contaminada por algum tipo de
HPV. Na verdade, a estatística é bem cruel contra quem gosta de oral sem camisinha. O texto completo pode ser encontrado no link (
http://www.delboniauriemo.com.br/hpv.php) e me chamou a atenção por fazer referência a uma vacina contra os tipos mais complicados do
HPV. Pelo menos esta é uma boa notícia. O texto completo fala "
O laboratório Merck Sharp & Dohme desenvolveu uma vacina tetravalente, ou seja, contra quatro tipos de HPV(6, 11, 16 e 18)".
DelboniAuriemo escreveu: O HPV
O Papiloma Vírus Humano, também conhecido como HPV, é transmitido de pessoa a pessoa fundamentalmente pelo contato de pele com pele, geralmente de transmissão sexual sendo, portanto, considerado uma DST (Doença Sexualmente Transmissível).
Existem mais de 100 tipos de HPV sendo que 40 afetam os órgãos genitais. São classificados como HPV de alto risco aqueles que podem induzir o câncer (oncogênicos) e HPV de baixo risco aqueles que não estão relacionados ao câncer, mas que se associam a outras manifestações tais como verrugas.
Os HPV oncogênicos induzem principalmente ao câncer do colo uterino, mas também estão associados ao câncer de orofaringe, ânus, cavidade oral, laringe, vulva e pênis.
Cerca de 99% dos casos de câncer de colo uterino e das lesões precursoras de alto grau estão associados ao HPV de alto risco.
Os HPV são classificados por números, sendo que os tipos 6 e o 11 são os responsáveis por 90% das verrugas genitais (Condilomas) em homens e mulheres e os tipos 16 e 18 associam-se a 70% dos casos de câncer do colo uterino. Os outros tipos oncogênicos (45, 31, 33, 52, 35, 58, 59 e 56) estão relacionados com o restante dos casos de câncer de colo uterino.
DADOS ESTATÍSTICOS
400.000 novos casos de câncer de colo uterino no mundo / ano
200.000 mortes por câncer do colo uterino no mundo / ano
80% dos casos acima ocorrem em países subdesenvolvidos
Em 2005 o Instituto Nacional do Câncer estimou 18.000 novos casos de câncer de colo uterino no Brasil, responsável 4.000 mortes / ano.
A incidência de câncer do colo uterino, em São Paulo, é de 35 casos / 100.000 habitantes; chegando a 83 casos / 100.000 habitantes em Recife.
A prevalência de HPV em adultos jovens (14 a 29 anos) é de 15% sendo que 50 a 70% deles serão infectados durante a vida. Mais de 90% dos infectados vão apresentar uma infecção assintomática que evoluirá para cura natural. Os 10% restantes vão apresentar lesão sub-clínica ou clínica e muitos evoluirão para regressão espontânea das lesões. Porém alguns casos (cerca de 2%), se não tratados, vão evoluir para lesões de alto grau e o câncer do colo uterino. Dada a alta incidência dessa infecção o número de casos que evolui para câncer torna-se significativo.
Estudos indicam que após 12 meses da primeira relação sexual 25% das mulheres já apresentem HPV cervical.
Os HPV 16 e 18 também estão associados a 70% dos casos de câncer de vulva e vagina na mulher e a 70% dos casos de câncer de ânus em homens e mulheres.