Caros confrades, eis meu desabafo.
Às vezes me pergunto se a era de ouro dos puteiros acabou.
Será que o mundo encaretou?
Eu e meu amigo chegamos hoje nessa casa. Ora, “Ilha da Fantasia” marcou época e toda uma geração, principalmente quando era na Anhaia Mello.
Hoje, os antigos confirmam: essa casa na Salim é só uma sombra, um vulto pálido do que era a antiga casa.
E é verdade.
Hoje vi com os próprios olhos.
O leão-de-chácara nos garantiu que a casa tinha umas vinte minas. Lá dentro, só umas quatro. E quatro assim, nota cinco, se muito. Minas super comuns, dessas que você encontra no metrô, no mercado, no ponto de ônibus da periferia. Dessas que num forró risca-faca, na base da ideia, você leva pro abate sem precisar sangrar muito dinheiro.
E o Ilha, antes, era para encontrar as minas fora de série, as padrão Panicat, as capas da Sexy, a exceção da exceção. E não a semigatinha da favela.
E ainda tendo que desembolsar duzentos e cacetada a meia hora. É de foder.
Mas o pior não foi nem isso.
O pior foi ver uns tiozinhos num love besta, como se fossem adolescentes virgens. Um senhorzinho dançando com uma garota era de dar tristeza. Que porra era aquilo? De longe, vi neste camarada um cara que seria depenado até o osso. Estava ali só pra passar a mão, pagar drink caro, lamber a carne e não poder comer.
No balcão, um rapaz pegando na mão da puta, num xaveco todo pudico. Ao lado, outro cara parecia o amigo gay contando as novas para a amiga. Ao fundo, uma mina e alguns caras olhando para o nada numa paciência burocrática. Esperando o quê?
E eu acho bizarro esse conceito, de ficar xavecando puta como numa baladinha teen. Poxa, puteiro não seria pra queimar as etapas e chegar logo na buça mais rapidamente? Não entendo a razão de ficar rolando toda essa dança de acasalamento, todo esse flerte, todo esse ar de primeiro encontro.
Os caras estão procurando uma noiva no puteiro?
Sem contar que, em nenhum momento, nenhuma mina chegou até nós. Nada. Ninguém.
Largados ficamos naquele sofá, sendo massacrados pelo som estourado dos alto-falantes e por todo aquele tédio horroroso.
Enquanto as gatas ficaram lá, namorando tranquilas.
Pensamos até em ser sacanas, chegar na mina de um dos caras e falar: “amiga, não perde tempo com esse trouxa aí. Bora? Quero gozar gostoso nos teus peitos AGORA”.
Eu nunca tinha visto isso na minha vida. Um puteiro ostentar com tanta força uma energia antissexo como o Ilha nesta madrugada.
Broxante demais.
Caralho, e isso uma hora da manhã! Uma da manhã de um sábado de um feriadão. Era pra estar fervendo, com a atmosfera com um baita cheirão de fodeção. E não com esse espírito de igreja.
É o que pergunto novamente: será que o mundo encaretou? Ou o Ilha é um cadáver que esqueceram de enterrar? Ou os dois?
Triste, triste, mil vezes triste. Perda de tempo, saúde e dinheiro, meus caros.
Às vezes me pergunto se a era de ouro dos puteiros acabou.
Será que o mundo encaretou?
Eu e meu amigo chegamos hoje nessa casa. Ora, “Ilha da Fantasia” marcou época e toda uma geração, principalmente quando era na Anhaia Mello.
Hoje, os antigos confirmam: essa casa na Salim é só uma sombra, um vulto pálido do que era a antiga casa.
E é verdade.
Hoje vi com os próprios olhos.
O leão-de-chácara nos garantiu que a casa tinha umas vinte minas. Lá dentro, só umas quatro. E quatro assim, nota cinco, se muito. Minas super comuns, dessas que você encontra no metrô, no mercado, no ponto de ônibus da periferia. Dessas que num forró risca-faca, na base da ideia, você leva pro abate sem precisar sangrar muito dinheiro.
E o Ilha, antes, era para encontrar as minas fora de série, as padrão Panicat, as capas da Sexy, a exceção da exceção. E não a semigatinha da favela.
E ainda tendo que desembolsar duzentos e cacetada a meia hora. É de foder.
Mas o pior não foi nem isso.
O pior foi ver uns tiozinhos num love besta, como se fossem adolescentes virgens. Um senhorzinho dançando com uma garota era de dar tristeza. Que porra era aquilo? De longe, vi neste camarada um cara que seria depenado até o osso. Estava ali só pra passar a mão, pagar drink caro, lamber a carne e não poder comer.
No balcão, um rapaz pegando na mão da puta, num xaveco todo pudico. Ao lado, outro cara parecia o amigo gay contando as novas para a amiga. Ao fundo, uma mina e alguns caras olhando para o nada numa paciência burocrática. Esperando o quê?
E eu acho bizarro esse conceito, de ficar xavecando puta como numa baladinha teen. Poxa, puteiro não seria pra queimar as etapas e chegar logo na buça mais rapidamente? Não entendo a razão de ficar rolando toda essa dança de acasalamento, todo esse flerte, todo esse ar de primeiro encontro.
Os caras estão procurando uma noiva no puteiro?
Sem contar que, em nenhum momento, nenhuma mina chegou até nós. Nada. Ninguém.
Largados ficamos naquele sofá, sendo massacrados pelo som estourado dos alto-falantes e por todo aquele tédio horroroso.
Enquanto as gatas ficaram lá, namorando tranquilas.
Pensamos até em ser sacanas, chegar na mina de um dos caras e falar: “amiga, não perde tempo com esse trouxa aí. Bora? Quero gozar gostoso nos teus peitos AGORA”.
Eu nunca tinha visto isso na minha vida. Um puteiro ostentar com tanta força uma energia antissexo como o Ilha nesta madrugada.
Broxante demais.
Caralho, e isso uma hora da manhã! Uma da manhã de um sábado de um feriadão. Era pra estar fervendo, com a atmosfera com um baita cheirão de fodeção. E não com esse espírito de igreja.
É o que pergunto novamente: será que o mundo encaretou? Ou o Ilha é um cadáver que esqueceram de enterrar? Ou os dois?
Triste, triste, mil vezes triste. Perda de tempo, saúde e dinheiro, meus caros.