Meu caro SmegMan,
Primeiramente, é uma honra responder a tão contundente e intrigante questionamento vindo de Vossa Senhoria.
Essa é uma das grandes dúvidas do universo feminino: "Chupo ou engulo?"
O que as mulheres, honestas ou não (no sentido jurídico do termo) devem entender, é que o ato de cuspir é uma das grandes gafes dos livros de etiqueta sexual. Danuza Leão, Maria Helena Matarazzo e Marta Suplicy já disseram que a deglutição do esperma durante a felação é um ato transcedental, elevando ao nirvana aquela que recebe o jato.
Assim como os hindus fazem preces jaculatórias, as GPs devem considerar o ato felatório como uma prece ejaculatória, aproveitando que já estão genuflexas.
Não fosse suficiente, a literatura nos traz exemplos da importância do líquido seminal. Em sua obra "Não verás país nenhum", Ignácio de Loyola Brandão nos descreve um país em que as estruturas sociais estão ruindo e o personagem principal diante da necessidade, oferece a sua acompanhante seu esperma, que é rico em vitamina C. Se duvidam, leiam o livro.
Portanto, caro SmegMan, digo sem medo de errar, que em situações extremas como essa que você narrou a resposta é única e óbvia: "ENGULA!"
De qualquer forma, há mulheres que se ofendem com algo dito desta forma ditatorial, que realmente não é de bom tom para cavalheiros de fina estirpe. A boa educação exige que não se imponha algo a quem não quer fazê-lo.
Todavia, a boa educação, por definição, é inversamente proporcional ao nível de testosterona. Diante de uma situação limite, não dê espaço aos questinamentos existenciais do tipo "o gue gue eu bafo gom eva borra?". Com as duas mãos, segure firme a cabeça da sugadora e apresente-lhe o "fato consumado" antes mesmo que ela possa formular a pergunta no cérebro, ou seja, até que Tico e Teco se comuniquem há tempo de sobra.
Advirto, no entanto, para tomar cuidado com a pressão exercida sobre a cabeça e com a puxada. Pressão demais sobre a caixa craniana pode ocasionar a saída de excrementos pela orelha. A puxada forte, por sua vez, pode acionar a campainha da garganta e provocar vômitos.
É tudo uma questão de jeito, carinho e bom senso.