Excelentíssimo Senhor Presidente Clinton,
Vou abordar um assunto bastante delicado.
Desculpe-me por formular uma pergunta tão prolixa. Fato é que tenho dificuldade de indagar sobre o que vai seguir.
Primeiro, sou obrigado a declinar que em meu questionamento interno esse tema possui todas as características de um verdadeiro tabu, algo sobre o que se evita até meditar porque a certeza de que nunca acontecerá como que repele o tema; é necessário, por isso, evidenciar em que contexto foi arrancado das entranhas da minha mente.
Aconteceu que no final do expediente, do escritório, decidi ligar para um grande amigo, um daqueles que trago desde a infância para reforçar um convite para uma viagem de fim de semana.
Pois bem. Telefonei e ele foi logo dizendo: “Fala meu? O que está fazendo? Quer jantar? Vamos jantar? Venha em casa, estou no supermercado, compro uns bifões e vamos tomar todas...”
Eu (temporariamente solteiro) respondi: “Não, cara, vai namorar com a sua mulher, eu não quero atrapalhar o namoro de vocês com a minha presença”.
Ao que ouvi: “Ela foi jantar com uma amiga.”
Daí, eu assenti e fui à casa dele.
Enquanto estávamos na cozinha preparando os bifões e nos encharcando de vinho, puxei papo e lancei a famosa deixa (até para me queixar de uma dessas malucas que ressurgiu após sumir vários meses): “Vai entender essas mulheres...”
Ele respondeu: “Pois é” e já engatou com reclamações sobre a própria esposa.
Bom. Neste ponto, sou obrigado a dizer que ambos já passamos pela primeira mulher e colecionamos relacionamentos.
Então, após eu me queixar sobre a minha maluca, fiquei ouvindo as reclamações dele e logo lancei a semente do questionamento.
Falei: “Amigo, você é um cara muito fiel; é preciso se soltar um pouco; sei lá, arrume uma amante (ele não é chegado às putas) uma carne alternativa e vá se deliciar com outros seios, pois isso ajuda a amainar o dia a dia, apresenta uma perspectiva diferente das coisas”; enfim, tudo aquilo que nós, putanheiros, estamos cansados de saber. Citei vários exemplos e tal.
Foi aí que ouvi a maquiavélica resposta do meu amigo: “Pois bem. Você pensa que hoje em dia é assim? Que nada! O sujeito acha que está aprontando. Possui esposa, amante, come as putas e pensa que, por isso, lida bem com as neuroses do lar , mas vai ver se a mulher não se resolve da mesma forma com o “personal trainer”, motorista ou o caralho que seja...”
E – disse ele – “hoje em dia não é mais como antes, hoje em dia as mulheres não deixam por menos. Não são mais como as nossas mães, aquelas santas.”
Pois é, Senhor Presidente, e agora? Como dormir com um barulho desses?
Esclareço, Senhor Presidente, por certo que isso nunca nos acontecerá por sabermos regar as nossas flores.
Portanto, tudo que aqui é cogitado possui o caráter de uma mera discussão acadêmica. Digamos assim uma reflexão entre mulherengos, ou putanheiros, se preferir.
Por favor, Senhor Presidente, lance as suas luzes sobre o tema.
Na sua opinião, é deste modo que as coisas estão se passando? Enquanto o mulherengo está comendo todas (amantes, putas e congêneres) e, claro, amando a própria esposa, as senhoras do lar ficam fornicando por aí?
Muito obrigado por sua paciência em ler essa minha pergunta e possivelmente em respondê-la.
SilvioAbravanel
Vou abordar um assunto bastante delicado.
Desculpe-me por formular uma pergunta tão prolixa. Fato é que tenho dificuldade de indagar sobre o que vai seguir.
Primeiro, sou obrigado a declinar que em meu questionamento interno esse tema possui todas as características de um verdadeiro tabu, algo sobre o que se evita até meditar porque a certeza de que nunca acontecerá como que repele o tema; é necessário, por isso, evidenciar em que contexto foi arrancado das entranhas da minha mente.
Aconteceu que no final do expediente, do escritório, decidi ligar para um grande amigo, um daqueles que trago desde a infância para reforçar um convite para uma viagem de fim de semana.
Pois bem. Telefonei e ele foi logo dizendo: “Fala meu? O que está fazendo? Quer jantar? Vamos jantar? Venha em casa, estou no supermercado, compro uns bifões e vamos tomar todas...”
Eu (temporariamente solteiro) respondi: “Não, cara, vai namorar com a sua mulher, eu não quero atrapalhar o namoro de vocês com a minha presença”.
Ao que ouvi: “Ela foi jantar com uma amiga.”
Daí, eu assenti e fui à casa dele.
Enquanto estávamos na cozinha preparando os bifões e nos encharcando de vinho, puxei papo e lancei a famosa deixa (até para me queixar de uma dessas malucas que ressurgiu após sumir vários meses): “Vai entender essas mulheres...”
Ele respondeu: “Pois é” e já engatou com reclamações sobre a própria esposa.
Bom. Neste ponto, sou obrigado a dizer que ambos já passamos pela primeira mulher e colecionamos relacionamentos.
Então, após eu me queixar sobre a minha maluca, fiquei ouvindo as reclamações dele e logo lancei a semente do questionamento.
Falei: “Amigo, você é um cara muito fiel; é preciso se soltar um pouco; sei lá, arrume uma amante (ele não é chegado às putas) uma carne alternativa e vá se deliciar com outros seios, pois isso ajuda a amainar o dia a dia, apresenta uma perspectiva diferente das coisas”; enfim, tudo aquilo que nós, putanheiros, estamos cansados de saber. Citei vários exemplos e tal.
Foi aí que ouvi a maquiavélica resposta do meu amigo: “Pois bem. Você pensa que hoje em dia é assim? Que nada! O sujeito acha que está aprontando. Possui esposa, amante, come as putas e pensa que, por isso, lida bem com as neuroses do lar , mas vai ver se a mulher não se resolve da mesma forma com o “personal trainer”, motorista ou o caralho que seja...”
E – disse ele – “hoje em dia não é mais como antes, hoje em dia as mulheres não deixam por menos. Não são mais como as nossas mães, aquelas santas.”
Pois é, Senhor Presidente, e agora? Como dormir com um barulho desses?
Esclareço, Senhor Presidente, por certo que isso nunca nos acontecerá por sabermos regar as nossas flores.
Portanto, tudo que aqui é cogitado possui o caráter de uma mera discussão acadêmica. Digamos assim uma reflexão entre mulherengos, ou putanheiros, se preferir.
Por favor, Senhor Presidente, lance as suas luzes sobre o tema.
Na sua opinião, é deste modo que as coisas estão se passando? Enquanto o mulherengo está comendo todas (amantes, putas e congêneres) e, claro, amando a própria esposa, as senhoras do lar ficam fornicando por aí?
Muito obrigado por sua paciência em ler essa minha pergunta e possivelmente em respondê-la.
SilvioAbravanel