O Libertino da 3ª idade

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-Dante
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O Libertino da 3ª idade

#1 Mensagem por -Dante » 28 Set 2020, 23:24

Conheci foristas que há cerca de 10 anos que já eram coroas, alguns mais velhos do que eu. Lembro que lá por 2012 vi um desses foristas sêniores, que uma menina revelou o nick (aparentemente, a contragosto do sujeito), tinha um sotaque espanholado, um senhor antipaticíssimo com quem tentei puxar conversa, mas me esnobou. O cara já era velho em 2012 e continua um produtor regular de TDs até hoje. Impressionante. É preciso registrar que esbarrei com poucos mais velhos do que eu, alguns morreram, outros devem estar em asilos geriátricos tentando convencer octogenárias a deixar rolar um boquete. O universo mundano nos causa a ilusão de juventude, incita a nossa vaidade, mas é esse universo que também termina atestando a nossa entrada no crepúsculo sexual. Viramos curiós de canto baixo.

No declínio da ancestral potência peniana surgem os placebos, tem o velhinho metido a lutador, o outro metido a bilionário, tem o idoso que tenta se convencer de que é sedutor de ninfetas. É a fase das ilusões. Resumindo, nos tornamos patéticos na terceira idade. Não digo que seja necessário estar casado com uma senhora grisalha, rodeado de filhos e netos. Não. Eu, por exemplo, nunca me casei nem fabriquei herdeiros, deixarei minha última gota de sêmen para um banco de espermas, mas é provável que não vá prestar para nada e acabe num caminhão de lixo hospitalar.

O curioso é que o nosso ponto de vista vai mudando à medida em que nos tornamos fósseis. Há 20 anos, eu conseguia transar até em uma escada sombria de um cortiço no entorno da Central do Brasil; atualmente, se eu passasse pela mesma situação, o meu pau engendraria uma fuga espetacular e eu sobraria lá sozinho, à mercê de todas as maldades da vida. Por falar em pau, há um detalhe fascinante. Quando somos jovens, o pênis acompanha o nosso entusiasmo, é um escravo da nossa libido e dos caprichos da carne; quando envelhecemos, o pau se rebela, ganha vida própria, nos trai, como se quisesse nos castigar pelos anos de escravidão, pelas vaginas insalubres em que foi obrigado a penetrar contra a própria vontade. O pênis na terceira idade é um indignado, um subversivo indisposto e rabugento. Na juventude, era o pênis que suplicava por um descanso enquanto o submetíamos impiedosamente a dor de longas travessias sexuais. Agora, somos nós que suplicamos por um mísero átimo de ereção, apenas o suficiente para gozar. Acredite, forista sem fé, são as reviravoltas do tempo.

Hoje, quando passeio pela Vila Mimosa, é inimaginável trepar numa daquelas alcovas sem o risco de sofrer um choque séptico. Na última vez em que estive no Bombeirinho, no Centro, tive um pesadelo, sonhei que vermes de batom saiam do meu pau quando eu urinava. Horror. Não dá mais. A terceira idade pede conforto, lençóis de cetim, travesseiros de pena de ganso, clima, provocações e fantasias. Na terceira idade, o libertino não busca o sexo, ele quer alugar amor. Libertino velho quer romance. Não é mais aquele jovem que gozava e ficava angustiado para ir embora, para abandonar a parceira. Libertino idoso goza e se apaixona. Quantas putas compreendem isso? Uma em dez.

E a camisinha? É a inimiga figadal do pênis da terceira idade. A camisinha e o pau idoso travam lutas ilíacas no tatame que suporta dois ou mais corpos nus. Existe um ódio visceral entre pênis da terceira idade e o sequestrador de espermas representado pelo preservativo. Não julgue, não condene, estimado forista. São os ciclos da natureza.

Dirijo-me a você, jovem forista. Sei que minhas palavras o deixam pessimista, mas não tema a velhice, não é produtivo temer o inevitável. Se há um tempo para ser implacável com o seu pênis, o tempo é agora, no alvorecer das primaveras. Não ceda à compaixão, não escute as súplicas dos músculos doloridos. Esse mesmo pau que hoje se faz de vítima, será o seu carrasco impassível no crepúsculo do curió.
Editado pela última vez por tio chota em 29 Set 2020, 13:00, em um total de 1 vez.

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Re: O Libertino da 3ª idade

#2 Mensagem por usuario 12345 » 08 Nov 2020, 23:41

Esse Dante é foda.
Escreve pra caralho.
Vale sempre ler as crônicas dessa confrade.
Muito legal
Editado pela última vez por tio chota em 09 Nov 2020, 07:54, em um total de 1 vez.

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Re: O Libertino da 3ª idade

#3 Mensagem por pkluivert241 » 12 Jan 2021, 00:29

Caro Amigo,

Excelente seu relato, vou expor um pouco de minha experiência no mundo da putaria.

Hoje estou perto dos 40 anos, porém desde os 15 sempre fui fascinado pela putaria, não só pela putaria, porém por tudo que ela sempre foi capaz de proporcionar, e estamos falando de 25 anos seguidos saindo para as mais diversas baladas de todos os locais desse Brasil, digo 25 anos pois mesmo quando namorava sério ou estava com alguma namorada firme, nunca abri mão de curtir minha balada, noitada, e nunca deixei de sair um final de semana se quer......a não ser em caso de imprevistos ou problema de saúde etc..

Assim como em todas as mais diversas situações, a noitada mudou muito, não sei se trata-se do avanço da tecnologia, aplicativos, facilidades, porém a 20 anos atrás ja cheguei a sair sexta sabado e domingo e arrastar mulher pra comer em motel nos 3 dias seguidos só gastando a lábia e indo aos lugares em que sabia que a facilidade era maior, era adepto a pagode e forró, posso citar asa branca na lapa, tem tudo madureira, forró do geraldão em são cristóvão, ilha dos pescadores barra da tijuca, Gaucha em laranjeiras, entre outros diversos lugares que eu escolhia a dedo para não cair em furada de perder a noite em um local que a cerveja e entrada eram muita grana e a mulherada marrenta, nesse tipo de local sempre passei longe.

Observo que de um tempo pra cá, as noitadas para boates e casas de show não valem mais a pena, hoje em dia mulheres de boates vão com um vestidinho curto e maquiagem chamativa exatamente para fisgar um otário ou diversos lobos babões atras das presas que se arriscam em gastar 300 reais de bebidas de combos e que em 99% dos casos não comem ninguém naquela noite.

A vida muda, as coisas mudam, hoje tenho uma vida razoavelmente confortável, pago minhas contas, trabalho, porém desde a minha adolescência nunca fui adepto a arriscar pagar bebida pra mulher e no final ficar sem arrastar a malandra pro motel, se colocar na ponta do lápis, e bem melhor pegar uma prima ou em casas como a mosaico, fazer o programa ou marcar fora no motel do que se arriscar em tomar golpe dessas marias bebida.

Estou caminhando para terceira idade, nunca casei e pretendo continuar assim, como vi em outro relato, tem uma frase que diz "a minha companhia já me basta." isso é a mais pura verdade, você e a sua melhor companhia.
Editado pela última vez por tio chota em 12 Jan 2021, 09:11, em um total de 1 vez.

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Re: O Libertino da 3ª idade

#4 Mensagem por -Dante » 18 Jan 2021, 20:47

Queridos foristas sem fé,

Aposentado, vivendo um momento de doloroso luto pessoal, eu não pretendia mais me dedicar a escrita de TDs. Dei minha cota aos fóruns amigos, fui generoso na contribuição. Mas como já dizia um filme do 007 com o Sean Connery: "Never say never again".

Ser libertino nem sempre é só uma escolha, pode ser uma sina. Da última sexta-feira para cá, vivi duas experiências transcendentais no campo do sexo, senti um sopro de novidade, o que para um velho mundano como eu é um fato surpreendente. A mulher que conheci hoje, numa modalidade que nunca me interessou, me deixou pasmo, arriado, extasiado no limite dos deleites que a mente suporta sem delirar. Portanto, preparem-se, irei escrever 2 TDs que irão abalar o equilíbrio cósmico, que farão vocês se sentirem como me senti hoje ao deixar a loira cavala que me fez ter a sensação de flutuar no espaço sideral, de tomar uma cerveja romulana com o Capitão Kirk e Mr. Spock num momento de aventura na Enterprise. A vida surpreende. Em breve...
Editado pela última vez por tio chota em 18 Jan 2021, 21:51, em um total de 1 vez.

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Re: O Libertino da 3ª idade

#5 Mensagem por -Dante » 18 Mar 2021, 22:52

Há quem pense que Libertino é apenas uma palavra jocosa, uma brincadeira. Não. Libertino é um título que se conquista sangrando a alma. Ser libertino não é uma escolha, é uma condição. Os que sentem que compartilham dessa natureza irão compreender o que afirmo.

O libertino é uma metamorfose que se constrói nas diversas fases da vida (juventude, maturidade e terceira idade). Uma obra que pode ser interrompida, dependendo da convicção e do destino do portador da reputação. O sexo é a missão com começo, meio e fim.

O libertino não é um dândi, um fenômeno sexual, nada disso. O libertino rastreia perfumes, é um caçador de fome insaciável, vagando como um tubarão solitário que fareja sangue pelos oceanos inexplorados. O libertino é um épico.

Todo herói possui um vilão como contraponto, o principal adversário do libertino são as paixões, os amores que abalam crenças, que abrem cicatrizes. É permitido ao libertino amar, mas jamais realizar o amor. O amor é a kryptonita do libertino. A liberdade é o seu carma. O Desterro é o Deus que o concebeu.

— Quero ser um libertino — diria o jovem e entusiasmado forista.

Eu responderia o que sempre respondo, ser libertino não é uma vontade, é um destino. Há mandamentos involuntários que formam um libertino: não case, não reproduza, não se prenda a obrigações, esteja sempre pronto para enfrentar as consequências.

Sim, afeiçoado forista. O libertino é como um highlander: "there can be only one" (só pode haver um). Atravessa o tempo colecionando aventuras, histórias fantásticas, romances desastrosos. Sua natureza é solitária. É avesso a andar em bandos. Não é lobo de alcateia. Como prêmio, o libertino envelhece sentindo-se jovem. A mente não acompanha a decadência do corpo, o espelho não revela a erosão da pele.

Para o libertino, a noite é o êxtase; as sombras são luz; a mulher é continente, sua ilha, o seu naufrágio. Todo libertino é um Robson Crusoé que jamais encontrou o Sexta-Feira, um Dom Quixote sem Sancho Pança. É um utopista, um fantasiador.

A música o acompanha, pois a noite sem música é como mulher mutilada. É quando ligo o rádio do meu Fusca Rocinante, quando acelero; é quando sinto os pneus deslizarem num voo rasante sobre o negrume do asfalto, sem bússola ou sextante; é aí que sinto o pulsar de tudo, é quando imagino que posso voar. É neste momento que a vida se torna desmedida e sublime. Um libertino é imortal porque é lenda urbana. A zona boêmia é a sua Fortaleza da Solidão.

THEME
Editado pela última vez por tio chota em 19 Mar 2021, 06:47, em um total de 1 vez.

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