Bem, com essa recomendação do MP a Petrobrás chegamos a um ponto interessante.
O MP alega que a Petrobrás não deve arcar com os custos da retirada dos dutos, afirmando que isso seria usar dinheiro da empresa ( e portanto, público) para uma destinação que seria privada - a contrução de um estádio de futebol.
No entanto, estes dutos seriam desviados de qualquer maneira, segundo planejamento da própria Petrobrás.
Quem arcaria com os custos deste desvio, senão a própria Petrobrás? E porque os dutos seriam desviados? Há uma boa razão pra isso, e ela é de total encargo do poder público. Se não fosse por isso, não haveria razão para tirá-los dali em 2014, não é mesmo?
Porque então o promotor recomenda que a Petrobrás não antecipe o que está planejado, alegando para tal o mal uso de verbas públicas? Me parece que a questão aqui é meramente política, e há muita gente querendo aparecer.
Acho que ainda é tempo do Corinthians se livrar dessa barca furada.
Seria prudente reavaliar toda a situação e pesar os prós e os contras. Talvez seja o momento de retomar o projeto inicial, de um estádio para 48.000 pessoas, que seria o palco não da Copa do mundo, mas dos jogos do Corinthians. Se fizerem tudo certo, é algo que pode ser feito, com o financiamento do BNDES. Uma boa parte da receita que pagaria esse empréstimo viria do próprio empreendimento, com a venda de cadeiras cativas, camarotes e com os direitos sobre o nome do estádio.
O tal promotor e os tiriricas que inventaram essa prosopopéia de Copa do mundo no Brasil que achem outro estádio para a abertura. O Mineirão, uma obra que vem sendo tocada com tanto zelo e esmero com o dinheiro público seria uma boa opção. Ou o Maracanã, que custará em uma reforma mais do que o custo integral do estádio que o Corinthians quer construir do zero, novinho em folha. O Corinthians tem mais é que pular fora dessa barca furada, enquanto ainda há tempo. A única coisa que sobrará será um papagaio de mais de um bilhão de reais. O Corinthians não tem esse dinheiro. Antes disso, deve uma soma que chega a cerca de 150 milhões de reais.
Isso aí é uma arapuca. É de se perguntar o que o Rosemberg e o Andrés esperam dessa confusão toda.