No primeiro jogo não vai. O Olimpia vai jogar num estádio com capacidade inferior a 40 mil expectadores, coisa que o regulamento proíbe na final. Como xepa pouca é bobagem, o Galo agora também não quer jogar no Mineirão e defende que o segundo jogo aconteça no Independência, para apenas 20 e poucos mil atleticanos. E tem apoio da CBF.
Mas outros exemplos não faltam.
O regulamento também proíbe que qualquer jogo da competição seja disputado em estádio com capacidade inferior a 20 mil pessoas. O Santos (Vila) e muitos outros times (Libertad, do Paraguai, por exemplo) descumprem...
Times mandam jogos a até 4 mil metros acima do nível do mar, o que, além de antidesportivo (os dois times não entram sob as mesmas condições físicas e técnicas), faz com que uns bandos de caneleiros ganhem de esquadrões, além de colocar certos riscos aos atletas. É comum um desses times pebas ganharem por 2 x 0 na altitude e tomarem 6, 7, 8 no jogo de volta...
O outro time toca melhor a bola? Simples, enxarca o campo, enche de areia...
A torcida joga pedra? Bota uns escudos pra proteger o cobrador de escanteio...
Morreu alguém nas arquibancadas? Pune no calor do momento, depois dá uma aliviada (como foi o caso do Corinthians).
Isso quando o juiz não acorda de mau humor, resolve foder com um dos times e fica tudo por isso mesmo (como também foi o caso do Corinthians).
Enfim, se não temos o melhor torneio continental de clubes nem pela organização, nem pelo espetáculo, nem pela técnica, por outro lado, temos provavelmente um dos campeonatos mais difíceis graças à intervenção desses fatores extra campo. A questão é: bom ou ruim?
É ruim porque a qualidade do futebol acaba não sendo o único elemento decisivo por aqui. Mas é bom, pois, afinal, todos esses fatores intensificam o que o futebol tem de melhor: o imponderável, que faz com que o torneio assuma ares meio míticos!
O que você acha: a várzea da Libertadores é uma vantagem ou uma desvantagem para o futebol sulamericano?