Assuntos Gerais BDSM-SCC (contos, links, eventos e ainda para falar livremente sobre BDSM)

Discussão sobre BDSM-SSC : atitudes, conhecimento e entendimento da chamada "forma de vida alternativa". Experiências, motivações, inquietudes e demais coisas relacionadas...

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Resumo dos Test Drives

FILTRAR: Neutros: 0 Positivos: 0 Negativos: 0 Pisada na Bola: 0 Lista por Data Lista por Faixa de Preço
Faixa de Preço:R$ 0
Anal:Sim 0Não 0
Oral Sem:Sim 0Não 0
Beija:Sim 0Não 0
OBS: Informação baseada nos relatos dos usuários do fórum. Não há garantia nenhuma que as informações sejam corretas ou verdadeiras.
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#121 Mensagem por Maestro Alex » 29 Jul 2008, 11:26

Orgasmos; Dor e Prazer…



Você me perguntou o que senti quando me proporcionastes dor e depois me fizestes gozar. Sim, já me fizestes gozar várias vezes, cada uma com uma intensidade diferente, cada uma melhor que a outra, até mesmo, quando apenas me bates me fazes gozar. E a cada tapa faz com que meu corpo responda de maneira incontrolável, suplicando mais, desejando mais, mesmo sem forças para mais uma vez gozar. A dor que me proporcionastes ontem seguida do orgasmo foi à essência retirada do que mais íntimo e profundo existe em mim, é algo que não se toca; que não se vê; que não se saboreia; que não se ouve, simplesmente se sente! Numa entrega total onde todos os meus sentidos naquela hora não me pertenciam mais. È a mais primitiva de todas as satisfações sexuais, onde são permitidas todas as perversidades, é o melhor presente que podemos receber, mas que muitos nos negam, e poucos sabem como proporcionar tamanho prazer com ele. A mais sublime de todas as ofertas que podemos dar. A sua negação é uma crueldade, o seu pedido um ato de submissão, a sua exigência um ato de dominação. É sentir o nosso desejo satisfeito a percorrer o nosso corpo, que desperta a nossa mente, levando-nos a sentir desejo por dor seguida de prazer, por privação de sentidos, por deixar-se dominar por completo, nos levando a sonhar, despertando nossa imaginação levando-nos a pensar qual será o próximo pensamento antes mesmo do anterior nos escapar.São pensamentos ousados, que vem acompanhado de cada tapa, cada tapa faz meu corpo tremer de maneira diferente, faz com que eu ouse pensar que vou ter o que mais gosto para atingir ao orgasmo seguido de vários outros, sentir meus dedos a entrar devagar dentro de mim, um após outro, pertencentes a uma mão que me faça sentir completamente preenchida, sentindo uma mistura de prazer e dor. Toco-me para mim, toco-me para alguém. A minha mão direita pára ao sentir a umidade que brota do meu corpo e entra em órbita, descrevendo movimentos circulares, ritmados, como se aquele ponto representasse a força da gravidade, força essa, que me ha de levar aonde eu quiser de maneiras inebriantes. Estou quase a chegar, sim; mas perco-me no caminho porque esta viagem é composta de labirintos, eu sei que alguém me guia, com um olhar, com uma palavra e ouço sua voz me dando ordens, me perguntando coisas, e é assim que ganho forças e coragem para pedir-te mais, para que meu corpo sinta novamente a vontade de ser seu, de responder aos teus comandos e não aos meus. Por vezes imagino cenas de violência, outras cenas de paz, envolvendo uma ou mais pessoas, entregando-me em tremores, em ais, em suspiros, em espasmos, em prazer. É um imenso prazer! O tempo pára, fico exausta, sem forças, dobro-me e fico a saborear durante o tempo máximo que conseguir, o prazer inebriante que faz com que todo meu corpo se sinta completo e carente. Naquele momento sinto como se a entrega fosse total, perco-me, ofereço-me, quero ser de alguém, desejo receber um pedido como se de uma ordem se tratasse, quero ter algo na minha boca, em minhas mãos, quero dar prazer, quero sentir o prazer vindo do outro lado. Quero poder soltar minhas mãos e procurar pelo teu corpo.O orgasmo acompanhado da dor e vice versa são sublimes e intensos. Poderia ficar por horas falando sobre estas duas sensações magníficas, mas basta apenas dizer que: - “A dor que me causastes acompanhada das lagrimas que rolaram de meus olhos eram de prazer, um prazer que não sei descrever, um prazer antes nunca sentido, nem imaginado, um prazer que superou todos os já sentidos e proporcionados antes. As marcas que ficaram em meu corpo servem agora para me recordar que algo sublime e inebriante já foi me proporcionadas. São estes momentos que ficam gravados na nossa memória para sempre, para podermos melhora-los, para recordá-los sempre que sintamos algum vazio dentro de nós. Apertar cada roxinho é outra sensação de extremo prazer, prazer ao recordar o que se vivenciou e é por isso que gosto quando me deixas a marca que meu corpo foi seu. E sua assinatura nele deixou.

Sapequinh@

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#122 Mensagem por Maestro Alex » 29 Jul 2008, 14:36

O encantado mistério do relacionamento sadomasoquista






Do fundo de nossas almas, entre tramas, medos, alegrias e desejos inconversáveis, algum instinto primitivo, secreto e misterioso atravessa as barreiras do religioso, do corretamente aceitável, da família, do comportamento ético padrão da sociedade para desafiar a imaginação humana. Este instinto tão primitivo nos coloca diante de um mistério insondável de desejos, dores, sofrimentos, sadismo, masoquismo e prazer que no silencio secreto sofre a deliciosa agonia de abrir o alçapão dos nossos mais obscuros segredos. É neste momento mágico que as cortinas da alma se abrem vagarosamente e estanca por uma pequena eternidade seus mais íntimos conflitos pessoais. Agora não é possível pensar em si mesmo, nas pequenas coisas, nas futilidades do dia. Nasce como que por encanto uma outra realidade. E ela começa muda, surda, como se todo o universo conhecido oferecesse uma pausa. O encanto banha e celebra a excitação que toma conta de tudo e de todos. Os atores deste momento misterioso precipitam-se numa penumbra fria e cálida. Não há movimento, não há respiração, apenas vida e uma vida de infinita latência. Por alguns segundos tem-se a impressão de que basta isso para que a existência aconteça.

Indiferentes do mundo que acontece la fora os suores agora são os suores do êxtase e da liberdade de `SER". Os sons e os cheiros que também pertencem a esse relacionamento misterioso insinuam um sorriso cúmplice. Quando esta cerimônia termina e as cortinas da alma se fecham, o mundo que estava lá fora reaparece e novamente descortinam- se os preconceitos, a rigidez, a incompreensão, sem aventura e de falsas seguranças mas, por detrás das cortinas, a alma sadomasoquista conspira silenciosa e trabalha misteriosamente para que a magia excitante daquele momento viva e se eternize nas sensações e nas nossas percepções.

Dom Resende

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#123 Mensagem por Maestro Alex » 15 Ago 2008, 10:38

Jogos de Adulto





Antes de mais nada, quero enfatizar que compartilho com o que o Senhor Ruthwen diz: "O prazer é sempre pessoal e intransferível" . Talvez o que vou abordar seja o mais individual dos prazeres em termos de BDSM.
Muito já foi falado neste espaço sobre Dominadores & Sádicos e Lord Ruthwen, em um de seus textos apresentou uma argumentação estupenda da junção 'psico-complementar ' dessas duas nomenclaturas. Partindo dessa premissa, vou falar
sobre o sadismo psicológico, um mecanismo natural aos Dominadores, sendo esse, na minha opinião, mais excitante, instigante e perigoso que o sadismo
físico. Digo isso por motivos óbvios,o físico sempre apresenta sinais visíveis, o que nem sempre ocorre com o psíquico, no caso de um eventual abuso.
Além disso, é necessário um excelente autocontrole e conhecimento pessoal para se embarcar numa aventura como essa, uma vez que esse tipo de sadismo é um jogo unilateral. E é unilateral porque acredito não ser anseios 'casados' que movem os envolvidos numa 'relação' com esse perfil, o que coloca os participantes num 'jogo' exclusivo e solitário.
Ao contrário da dominação psicológica que tem seu prazer potencializada com a doutrinação da submissa, canalizada para o prazer sexual de ambos, o sadismo
psicológico tem seu ápice no prazer pessoal da conquista – pura e simples. Nele, a corrupção moral é o que conta. Não falo aqui de jogos de humilhação, falo de algo mais complexo. São valores pessoais e auto estima que são corrompidos, por isso, esse tipo de sadismo é finito em si mesmo.
Um adendo: tais jogos cabem, perfeitamente, também numa relação D/s estabelecida.
Outro diferencial reside no campo sexual: o sadismo psicológico não tem como meta, nem prazer, o sexo propriamente dito. Porém, muito embora sua manifestação é pessoal e egoísta, percebo que os sádicos psicológicos desenvolvem uma relação diferenciada com algumas de suas 'vítimas', mesmo essas não sendo suas escravas assumidas.
E aqui abro um parênteses para falar de uma faceta desses adoráveis 'monstros': o sádico psicológico,necessar iamente, possui uma personalidade assustadoramente sedutora e encantadora. Pode ser aquele amigo acima de qualquer suspeita, aquele que faria qualquer coisa por você. O colo certo e sempre disponível e geralmente é tudo isso mesmo, além de ser extremamente
inteligente, perspicaz e deter bons conhecimentos das reações da psique humana. Outro ponto: quanto mais capacitada intelectualmente for a mulher maior sua satisfação em minar sua estrutura e personalidade, na minha concepção, é o estupro emocional levado a cabo.
E qual a motivação das parceiras num jogo tão nefasto? Inúmeros: desafio intelectual; superação emocional; vontade de ser vista como ' a especial, 'a diferenciada' ; e, até mesmo, se superestimar ou subestimar a capacidade do parceiro. O fato é que algum motivo pessoal existe, uma vez que todas
sabem que estão lidando com um sádico.
E o que desencadeia esse processo num Dominador?
Qualquer desafio. O prazer proporcionado pela situação criada é infinitamente maior que qualquer resquício de ética,moralidade ou afeição pela pessoa.
Importante ressaltar aqui que esse tipo de jogo só é possível quando o parceiro desperta sentimentos extremos admiração ou desprezo. O grande perigo está,
justamente, na discrepância de objetivos, uma vez que nesse tipo de jogo, não existirá quem se sinta responsável pelo prazer ou pelo sofrimento do outro,
podendo restar como herança estragos emocionais incalculáveis.
Numa rápida – e superficial – olhada enumero a sensação de culpa, por não ter sido boa suficiente para 'Ele'; e de incompetência para viver sua própria fantasia
sexual.
Como tudo tem seu contraponto, acredito que as 'vítimas' também encontram nessa relação sua razão de ser...
ou sofrer.

colombina_LR

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#124 Mensagem por Maestro Alex » 18 Ago 2008, 11:30

Para não fazer propaganda direta...

Uma dica de uma loja discreta na Vila Mariana em São Paulo, para compras de objetos de BDSM-SSC, fetiches e eróticos.

http://maestroalexbdsm.blogspot.com/200 ... html#links

Vale a pena.

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#125 Mensagem por Maestro Alex » 18 Ago 2008, 18:22

Desculpem mas o Maestro Anda de Ego massageado...

http://maestroalexbdsm.blogspot.com/200 ... html#links

http://maestroalexbdsm.blogspot.com/200 ... html#links

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#126 Mensagem por Maestro Alex » 22 Ago 2008, 09:28

Revista Superinteressante 236 - Fevereiro 2007 - Pág. 41
Quem Foi? - A DAMA DO SADOMASÔ


Chicotinho era pouco para a sacana THERESA BERKLEY.
Ela inventou mil e uma maneiras de dar prazer e dor no seu bordel.

Texto de Álvaro Oppermann

As paredes da casa de número 28 da Charlotte Street, no Soho, bairro de
Londres, eram grossas. Afinal, no discreto ramo de madame Berkley, não
ficava bem que os passantes, na rua, ouvissem os gritos dos clientes da
pioneira do sadomasoquismo.


Naquele dia, em 1836, porém, a casa estava silenciosa. Theresa Berkley
tinha
falecido. Morte súbita e inesperada, pois ainda era jovem. O responsável
por seu testamento, em certo doutor Vance, chegou apressado e nervoso à rua
Charlotte. "Onde está o cofre de Theresa?", perguntou para um criado. Era
ali que miss Berkley guardava todas as cartas, nomes e recibos dos
clientes > de seu bordel. O doutor queimou toda a papelada.


A história da Inglaterra poderia ter sido outra - e muito mais
escandalosa - se a correspondência de Theresa Berkley tivesse sido preservada. O seu não era um bordel qualquer, mas um lugar especializado em tortura e
flagelação. Reza a lenda que algumas das figuras de maior destaque da nobreza
britânica eram clientes do exclusivíssimo local.


Tudo começou em 1718, quando foi publicado anonimamente na Inglaterra o
livro chamado TRATADO SOBRE O USO DO AÇOITE, de teor claramente
pornográfico. A moda se espalhou com o tempo pela Europa continental, com
o nome de "vício inglês". Ninguém gostava mais de apanhar na cama do que os
conterrâneos de Berkley.


Thereza não ficou só no chicotinho. Ela usava diversos tipos de varas,
flagelos com diversas pontas de metal, agulhas e, acima de tudo, a sua
obra-prima macabra: o CAVALO DE BERKLEY. Quem o descreveu foi um nobre
inglês vitoriano aficionado em sacanagem, chamado Henry Spencer Ashbee.
Era uma espécie de pau-de-arara móvel, que poderia ser girado 360 graus na
horizontal e na vertical. Sem muito esforço, a madame - ou as moças e os
rapazes que trabalhavam para ela - infligiam a dor exatamente no ponto
desejado pelo cliente. Segundo Ashbee, muitos nobres exibiam com orgulho
as cicatrizes deixadas pelas torturas de madame Berkley. Havia na Londres de
então diversas casas especializadas em flagelação, como as da senhora
Collett e da senhora Emma Lee. No meio, contudo, madame Berkley era a
rainha. Na hora de baixar o cacete, ninguém a superava.


GRANDES MOMENTOS


O ano em que Theresa Berkley morreu, 1836, foi o do nascimento de Leopold
Ritter von Sacher-Masoch, escritor que originaria o termo "masoquismo" ,
por causa de seu romance VÊNUS DE PELES (1870), que tratava de um homem que
gostava de ser humilhado pela amante.

Entre os clientes conhecidos de madame Berkley se encontrava o rei da
Inglaterra, George 4º. George era habitué público das casas de flagelação
de Londres.


-A grande invenção da madame, o Cavalo de Berkley, está até hoje exposta
na Sociedade Real de Artes, em Londres.


Domme Morrigan

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#127 Mensagem por Maestro Alex » 03 Set 2008, 12:10

Olá,


Nas relações D/s , as submissas tem limites que são identificados por elas próprias na hora da negociação ou posteriormente no decorrer da relação, Fica a critério do dominador quebra-los. È a regra do jogo, é o seu papel e vontade, assim como é o desejo da submissa provar sua entrega através da transgressão dos limites que existiam antes do adestramento e da Dominação.


È fácil, numa conversa com Doms, apontarmos limites como scats, zoo, agulhas etc todos no âmbito das práticas BDSM. No entanto, é difícil as vezes para própria sub perceber limites mais sutis e psicológicos que se perguntados não parecem ter importância.


A mordaça simbólica que uma situação litúrgica impõe, pode ser, no fluir da relação um limite bastante difícil. E simbolicamente às vezes, ao não gostarmos de uma prática não só estamos nos referindo ao desconforto que ela propicia mas ao que ela representa. O mesmo acontece ao inverso, o desconforto da imobilização,por exemplo, pode trazer o conforto à alma de que nada mais podemos fazer , estamos à mercê.

As subjetividades com que apreendemos e lidamos com diferentes práticas é bastante pessoal ,claro, e um ponto interessante para pensar porque tudo é simbólico muito mais do que físico. .

E aqui falo de mim. Não gosto de mordaças, me causam desconforto mas percebo que mais do isso elas me retiram algo que me é precioso, minha oralidade. È uma leitura simbólica de um acessório , de uma prática. Não gosto de sons abafados, inaudíveis porque procuro me fazer ouvir sempre e da forma mais clara possível.A mordaça simbólica, ainda que consensual, é imposta em nome da liturgia, do respeito, do adestramento, das regras das relações D/s.

Enfim, achei legal pensar o simbolismo ainda que subjetivamente de algumas praticas SM.

--
beijos
ana

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#128 Mensagem por Maestro Alex » 05 Set 2008, 11:38

Faz uns dias já que estamos agitando uma especie de movimento de unificação de algumas listas de discussão por estados sobre o tema BDSM e fetiches. Sem perder a identidade, mas com maior interação, e a promoção de eventos nos estados para desmistificar e mostrar este mundo. Assim como já o fizemos nas várias festas Dominna aqui em sampa, sempre com um sucesso total. Até agora os estados e suas listas de discussão que estão participando são RJ - Minas - São PAULO.
Se alguém estiver interessado, favor mandar mp ou postar aqui, que iremos colocando as novidades e os encontros. Ainda falta RS e PR. Onde estaremos criando o movimento nestes dias.

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#129 Mensagem por LABELLALUNA » 09 Set 2008, 10:25

Puxa, excitante demais este tópico. :wink:

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#130 Mensagem por Maestro Alex » 09 Set 2008, 10:27

LABELLALUNA escreveu:Puxa, excitante demais este tópico. :wink:
não todos acham... :lol: :lol: :lol: :lol: :roll: :wink:

tem ainda quem acha que é anormalidade ou desvio de conduta...

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#131 Mensagem por LABELLALUNA » 09 Set 2008, 10:49

Tem gente que não conhece o bom da vida, Maestro Alex.

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#132 Mensagem por Maestro Alex » 16 Set 2008, 13:13

Marquês de Sade:
Sua obra no contexto do Séc. XVIII Francês

Renato Pignatari Pereira

1.Introdução:


Em 15 de novembro de 1956 iniciava-se um processo criminal em Paris, o réu, Donatien Alphonse François, ou melhor, o Marquês de Sade, também conhecido como Divino Marquês por uma pequena parcela de intelectuais e artistas. Tal processo fora iniciado devido à tentativa de um editor - Jean Pauvert - de lançar em edição as obras completas do Marquês. O tribunal mostrava-se contrário, porquanto desde o início do século XIX as obras mais picantes de Sade eram tidas como capazes de destruir o corpo e a alma de qualquer leitor.

Entretanto depois de as acusações serem apresentadas, aceitou-se o contato do público com a inteligência selvagem do Marquês. De acordo com sua filosofia alternativa, escrita durante o período que esteve recluso, nenhum Deus, moralidade, afeição e esperança deveriam existir, apenas a extinção humana num delírio erótico terminal. O homicídio, a sodomia, o incesto etc., seriam os meios capazes para a obtenção desse fim. A partir disso, considerou-se que o fulcro da obra sadeana fosse a perversão, porém, o constante aparecimento da Providência - Deus - em todas as suas obras, desmascara o verdadeiro ponto principal: o ateísmo intelectual, sendo o único Deus a natureza, para a qual segundo Sade, o bem e o mal não são aspectos antagônicos, mas sim essenciais para a manutenção do equilíbrio.



2. Período de Formação

OBS.: Não se objetiva aqui dar a biografia detalhada do marquês, mas sim desenvolver os aspectos principais de sua obra de acordo com o contexto de sua criação. Apenas a fim de esclarecer o seguinte observa-se que Sade foi preso por libertinagem excessiva.

A importância da prisão na prosa sadeana é grande, posto que treze anos de vivência na cadeia acham-se refletidos na brutalidade de seus heróis fictícios. O inverno de 1778 foi decisivo na formação do processo mental do marquês. Imaginando jamais ser solto, Sade começou a escrever cartas desesperadas a sua esposa. Após esse momento de desespero, começou a construir um mundo próprio dentro dos confins de sua cela; suas cartas já não refletiam a preocupação com uma possível soltura, mas traziam novas observações. Sade pede a sua esposa que lhe envie livros e materiais para escrever.

Ele não seria o triste e suplicante prisioneiro, mas o defensor de sua causa. Não ficaria louco, mas chocaria as mentalidades através de sua brilhante clareza intelectual, empregando a sanidade contra seus inimigos. "Eu sou um libertino, mas não sou nenhum criminoso ou assassino", declarava Sade em suas cartas a Renée- Pélagie, começando a destacar suas ânsias sexuais e crenças filosóficas, e dizendo que a primeira coisa a ser feita após sair da prisão seria beijar-lhe todo o corpo e ler Buffon, Voltaire e Rousseau. Sexo e literatura começavam a se equilibrar em sua mente. Em determinada carta, Sade critica as posições da mãe de Renée acerca da inviolabilidade do ânus feminino, relembrando os prazeres que dele podiam ser usufruídos.

Por volta de 1784, observa-se que o alter-ego do marquês realmente começa a entrar em cena. Diz em outra de suas cartas, que "a prisão é um lugar de maldade. A solidão que aqui impera dá poder a certas obsessões e o transtorno que uma semelhante força produz torna-se mais rápido e inevitável.

Não há nenhum marco cronológico que explicite a partir de quando, Sade, além de ser um prisioneiro, torna-se um escritor. Mas o que surgia cada vez mais de sua correspondência era a vigorosa manifestação do intelecto, particularmente em questões filosóficas. Sua esposa se recusava a enviar-lhe as Confessions de Diderot, mas ele lera Voltaire, o qual, apesar de aceito, era criticado em pontos concernentes ao Cristianismo. Também lera La Mettrie, autor de L'homme Machine (1748), cujas idéias exerceram grande influência sobre ele. O homem , de acordo com La Mettrie, deve ser definido em termos de evidência científica e experimentação. No que diz respeito ao ângulo científico, toda a atividade humana pode ser explicada sem recorrer a conceitos como alma e/ou espírito. Adotando a hipótese de La Mettrie, Sade ignorou o fato de que o mesmo considerara tanto a existência de Deus quanto a da imortalidade da alma prováveis, embora não corroboráveis cientificamente.

"A glândula pineal é onde os filósofos ateus colocam a sede da razão humana", escreveu a Renée. Ele se fixou no sistema de La Mettrie, e o elaborava em seus próprios modos. Voltara a escrever peças, as quais, exatamente como seus romances, registrariam os pesadelos sexuais particulares de seu encarceramento. O Cerco de Beuavais, mostrava a dramaturgia patriótica de Sade. Oxtieren, ou A Queda da Luxúria, apresentava- o como desconfiado moralista. Com raras exceções, suas peças foram rejeitadas, reescritas e novamente rejeitadas pelos teatros do período revolucionário.

Não obstante ocupado em escrever peças, em 1782 Sade já se preocupava em expor com maior clareza sua produção como filósofo ateu. Em Diálogo entre um Sacerdote e um Moribundo observam-se características já realmente marcantes do modo sadeano de pensar e ver o mundo: após morto, o moribundo descrente é tomado por seis belas mulheres que passam a corrompê-lo, "ensinando-lhe a corrupção da natureza". O moribundo, nesse caso, observa que o crime e a virtude são meros processos da natureza, um argumento a partir do qual Sade desenvolveu em termos como vício e virtude, ou crime e moralidade, eram sem sentido no universo mecanicista de La Mettrie, para o qual uma explicação racional do universo pode ser compatível com a idéia de Deus. Foi essa "fraqueza" particular do materialismo de La Mettrie que Sade procurou desenvolver. As conseqüências de rejeitar a crença numa ordem divina trazem um substituto para Sade, a natureza passa a ocupar o lugar de Deus. A única moralidade era a da natureza, a qual não ligava para o absurdo das convenções humanas segundo as quais certas coisas são tidas como criminosas, diferente do que ocorre no restante do universo animal. Logo, todos os extravagantes desejos sexuais de Sade tornam-se razoáveis e até racionais. Mesmo sem procriação, e com a conseguinte extinção da humanidade , não haveria diferença para a natureza, porquanto os cadáveres entrariam em decomposição, fornecendo à natureza energia para uma nova forma de vida.

Entretanto, boa parte das perversões desfiladas em sua obra ficcional não condiziam com seu comportamento. Observa-se que a obra de Sade não apresenta uma filosofia contínua e inalterada. Para ele, apesar das críticas feitas ao Antigo Regime em Justine, a revolução de 1789 também foi uma experiência por demais desenganadora, cuja nova ordem é zombada em As Prosperidades do Vício. Não obstante, apesar desta filosofia ateísta, Sade precisava manter o seu lado público, dizendo opor-se a crueldade e defender a república que lhe sucedeu, assim como apoiar as instituições estabelecidas.


3. Escritos da Bastilha

Em 1783, em outra carta à sua esposa, confessa que "o lado mais sombrio de sua natureza estava estabelecendo rápido e permanente controle sobre sua mente". Mas antes de tal fato se consumar literariamente o Marquês foi transferido da sua atual prisão (Vincenmes) para uma nova, a Bastilha. Nessa cela, em 1785 inicia a redação de seu primeiro romance, Os 120 Dias de Sodoma, começando do seguinte modo:

"As grandes guerras que impuseram tão pesado fardo a Luís XIV esgotaram tanto os recursos do tesouro quanto do povo. Mas mostraram também a um bando de parasitas o caminho da prosperidade. Tais homens estão sempre a espreita de calamidades públicas, que não se preocupam em aliviar, antes procurando criá-las e alimentá-las a fim de que possam tirar proveitos dos infortúnios alheios."

Entre os homens supracitados, Sade tirou seus quatro heróis ficcionais (em sua maior parte religiosos) que iriam recolher-se durante o inverno no castelo de Silling, junto a uma série de pessoas visando dar-lhes toda a assistência em matéria de libertinagem. Esses 120 dias dividem-se de acordo com os tipos de vícios a serem executados: paixões simples, paixões complexas, paixões criminosas e paixões assassinas. Mais do que o relato incessante de desvios sexuais, é a criação, no romance, onde Sade parece desenvolver seu próprio mundo, onde o prisioneiro é o senhor. Um lugar onde "já não há repressões, já não há obstruções. Não há nada a não ser a consciência.". Só a primeira parte do livro foi escrita, o restante foi desenvolvido em anotações.

O romance seguinte, Aline e Valcour, o qual ocupou os três próximos anos de sua prisão, tem a forma de uma troca de cartas entre o herói e a heroína do título, cuja felicidade é frustrada pela determinação de seu pai em casá-la com um velho devasso. Se há alguma coisa no romance que seja peculiarmente sadeano, é a história de Sainville e Léonore, que é contada como uma longa interpolação no meio da tragédia de Aline e Valcour. Há muito que Sade se deixara fascinar pelas excentricidades tanto do comportamento social quanto sexual nas remotas partes do mundo. Ele se interessara particularmente pelos descobrimentos do capitão Cook. Tal esquema, possibilita a Sade se utilizar de aspectos culturais para tratar de novas perversões, entre elas, a antropofagia. Nesse romance, Sade repisa o tema do absurdo que para ele se constituía em tentar estabelecer códigos de moral, posto que para ele, o que é virtuoso em uma outra parte do mundo, é considerado abominável em outra.

Um ato virtuosos não era apenas sem sentido em si, mas, num universo regido pelo que os incultos chamam de vício, essa pretensa virtude era tratada com violência tanto pelo homem quanto pela natureza. Há dois aspectos dedutíveis a partir disso:1) a moralidade e a religião são negadas pelos próprios princípios da natureza; 2) os sofrimentos da virtude são permitidos por Deus para serem recompensados na outra vida. Apesar disso, a vitória da virtude é retratada no próximo livro de Sade, Justine, Os Infortúnios da Virtude. Entretanto, ironicamente, também pode se observar o prazer encontrado em grande parte das personagens em maltratar uma garota virtuosa e religiosa. Independente da intenção verdadeira do autor, ele chegou através do argumento antireligioso a um ponto que os pensadores do Iluminismo pouco trataram. Insistia que a moralidade, separada da religião, feneceria; sendo então impossível haver leis superiores às da natureza e do instinto às quais o moralista pudesse apelar. Sugerir que um instinto é mais criminoso ou virtuoso que o outro é um absurdo lógico. A humanidade deve escolher entre dois destinos alternativos. Deus e a moralidade devem ser dispensados ou mantidos. Um mundo sem Deus e, conseguintemente, sem qualquer justificativa para a moralidade, era precisamente o que a ficção de Sade buscava relatar. A moralidade não é indipensável, mas, se deve ser mantida, só o pode na base da autoridade divina.

Semelhante à Justine, também são as pequenas histórias intituladas Contos de Amor, nos quais Sade aproveita-se consideravelmente de seus conhecimentos acerca da tradição e do quotidiano franceses. Tanto Justine como os contos supracitados não trazem os excessos explícitos de Os 120 Dias, entretanto, além dessa escrita pública, Sade continuava a produzir textos que denunciavam claramente todas as formas de religião e virtude, admirando apenas a natureza, entre eles, A Verdade.


4. O Divino Marquês e a Revolução:


No ano de 1788 começaria o ataque direto à autoridade real. A aristocracia francesa, que perdeu para a coroa boa parte do seu poder político, juntava esforços para restaurar sua condição. Se a nobreza queria reforma, os comuns também a queriam. Quando o rei concedeu que empreendesse a reforma, os comuns imediatamente exigiram paridade de representação com a nobreza. Em janeiro de 1789 houve uma eleição, já sob o sistema reformado, na qual aproximadamente um quarto da população votou. Os Estados Gerais foram determinados diante da autoridade real.

Em junho de 1789,estava claro que Luís XVI já não controlava a avalanche democrática. Suas tropas moveram-se em direção a Paris, tendo recebido ordens para dispersar a multidão envolvida no tumulto da Praça Luís XV.

A situação política complicava-se ainda mais devido ao fracasso da economia, ao exorbitante aumento do pão, à invasão de Paris por trabalhadores famintos que ali esperavam achar meios de sobrevivência. Inicialmente, os burgueses e o povo tinham objetivos bem diferentes. Mas, no final de junho de 1789, apenas dias seriam necessários para a realização das ambições políticas ca classe média.

Sade, acompanhava todo o movimento de sua cela na Bastilha, A Torre da Liberdade, chegando a crer que fosse libertado, para tal, improvisa um alto-falante e se dirige à multidão ao redor da Torre, insistindo para que assaltassem a Bastilha antes que atrocidades iminentes se efetuassem. Porém, dez dias antes da queda da Bastilha, o marquês é removido para o manicômio de Charenton, sendo os outros prisioneiros postos em liberdade.

Em 1790 a primeira Assembléia Nacional reuniu-se em Paris. O marquês não era o tipo de figura que suscitasse simpatia entre os revolucionários. Mesmo sem nenhuma esperança de ser libertado, em 2 de abril viu-se livre, posto que fora emitido um ato de anistia aos presos pelo regime anterior por força das lettres de cachet. Nesse caso, sua primeira urgência era a sobrevivência financeira, os primeiros atos revolucionários haviam secado suas fontes.

A riqueza e o título da família Sade eram perigosas, tornando-o suspeito aristocrata; logo Sade viu-se obrigado a trabalhar, voltando-se ao teatro, com a vantagem de possuir um grande número de peças já escritas. Submetia-se peças ao novo regime através da leitura da mesma diante dos membros de um teatro, o qual posteriormente procederia uma votação. Alguma peças foram aceitas, mas houve adiantamentos e nenhuma peça foi produzida. A penas a peça O Subornador fora realmente encenada, mas altamente vaiada por um grupo de revolucionários. O único modo de Sade ganhar dinheiro seria através de suas antigas rendas.

Para tanto, Sade começou a manter correspondência com seu antigo advogado Gaufridy, tentando reaver alguns lucros sobre suas terras em La Coste. Em suas cartas dizia adorar o rei, mas execrar os abusos cometidos durante o antigo regime. A única revolução a que daria o seu consentimento voluntário seria a que propusesse uma constituição do tipo inglês. Sendo aristocrata, a idéia de se aliar a população revolucionária - cujos integrantes eram descritos em suas cartas como idiotas ou criminosos vulgares - parecia-lhe extremamente desagradável. Entretanto, em uma correspondência de julho de 1791, observa que também há os revolucionários burgueses, para os quais a revolução seria apenas um meio de promover suas próprias carreiras. Acerca desses, Sade escreve posteriormente em Juliette, dizendo que não tem o menor interesse em qualquer tipo de bem-estar além do próprio, sendo a revolução apenas o meio de transferir os poderes do governante atual para eles. É óbvio que Sade não poderia emitir tais opiniões publicamente, logo, passa a simular respeito por organismos públicos como a Assembléia Nacional, tomando suas primeiras precauções contra a possibilidade de ser denunciado como contra-revolucioná rio.

Sade vivia na Section de Piques, tornando-se ativo e posteriormente secretário da mesma . Também tornou-se membro da Guarda Nacional. Era altamente solicitado como autor e como secretário, tendo sido nomeado pela seção comissário para a administração de hospitais. Através desse estratagema, Sade passou a gozar de certa influência e prestígio.

Como panfletista, Sade produziu seu primeiro trabalho em decorrência da fuga de Luís XVI em junho de 1791, aproveita-se de tal fato para redigir Uma Alocução de um Cidadão Francês ao Rei de Paris, no qual, apesar de reconhecer a traição real, continua dizendo que a única solução para a França é a monarquia. "A França jamais pode ser governada a não ser por um rei. Mas o governo de um rei deve ser aceito por um povo livre, e ele deve permanecer fiel à lei desse povo".

Após os massacres de setembro de 1792, Sade continuava a pregar a democracia revolucionária em seu trabalho Idéias sobre a Maneira de Sancionar Leis, cujo texto é feito de acordo com as instruções da Séction de Piques. Louva os que tomaram o poder das mãos dos revolucionários que apoiavam a monarquia. É curioso ver Sade como um autor da Revolução, publicando panfletos por cujo conteúdo não era totalmente responsável. Escrevera a seu advogado dizendo que o maior bem consistia em poder viver sem os outros, não obstante a Revolução exaltou uma obrigação do coletivismo.

Pensando no controverso caráter do marquês, é curiosa sua observação acerca dos massacres de setembro de 1792, porquanto ele poderia ter participado a fim de dar liberdade a seus desejos recônditos. Em vez disso, observou que o comportamento daqueles que propunham ser os líderes do povo, dizendo que o que realmente ocorria era uma fome desmesurada de poder, assim como um desejo de violência. Vista a experiência de Sade na revolução, não é de todo improvável que os horrores descritos em Juliette sejam baseados nas violências de setembro de 1792.

No início de 1793, algum tempo após o degolamento do rei, Sade começou a ser visto como anti-patriótico e contra-revolucioná rio, e o Comitê de Segurança Pública começou a ouvir rumores de que Sade era culpado de opinar que a utopia a que o novo regime se propunha era de qualquer modo inevitável. A fim de melhorar a sua situação, escreve, em setembro de 1793, Alocuções aos Espíritos de Marat e La Pelletier, no qual Sade louva o altruísmo de Marat, o qual desaprova o egoísmo como lei universal; também louva La Pelletier, pela sua coragem em votar a favor da morte do rei. Como facilmente se observa, Sade encobre suas verdadeiras opiniões com o objetivo de salvar a própria pele: critica o egoísmo - tido por ele como verdadeira lei universal - e mostra-se contrário à monarquia.


Em julho de 1793 Maximilien Robespierre ingressa no Comitê de Segurança Pública, suas palavras adquirem grande autoridade sobre o espírito de muitos franceses. "A essência do republicanismo é a virtude", "a Revolução é a transição de um governo de crime para um governo de justiça" e "a natureza é o verdadeiro templo do sacerdote supremo; o universo é o seu templo, e a conduta virtuosa é o meio pelo qual ele é adorado." são frases suas. Apesar disso, a guilhotina é utilizada em grande escala, visando exterminar todos os inimigos da nova sociedade. Nesse contexto, Sade recebeu um mandato do Comitê Revolucionário, o qual ia julgá-lo por atividades contra-revolucioná rias. Motivo de acusação: procurar emprego na guarda real em 1791.

Foi inicialmente aprisionado no convento das Madelonettes, tendo sido freqüentemente transferido à espera de julgamento. Recebeu acusação formal, sendo finalmente transferido para a casa de detenção em Picpus; sua cela possuindo visibilidade para o espaço em que a guilhotina funcionava. Escreveu a Gaufridy, "vi mais de 1000 homens e mulheres encontrarem a morte para satisfazer o fanatismo de Robespierre pela virtude".


Novamente na prisão, o marquês retoma sua atividade como ficcionista, escrevendo Filosofia na Alcova, o qual mostra um deliciar-se com toda espécie de crueldade sexual, justificando o vício e a brutalidade sob a alegação de que tal proceder é republicano, o texto trata-se de uma irônica denúncia à República de Robespierre. O livro desmascara toda e qualquer religião, exceto a de Satã, a bondade e a filantropia são desencorajadas como motivadoras da revolta dos oprimidos. A república da moralidade natural é descrita por Sade em relação à sua atitude para com pretensos crimes; não haverá pena capital aplicada pelo governo, nem em caso de assassinato. É claro que na fase final de sua obra Sade procurava desmantelar a Revolução Francesa, mesmo em Juliette, também se pode observar um semelhança entre a jacobina "Sociedade dos Amigos da Constituição" e a fictícia "Sociedade dos Amigos do Crime".

No dia 15 de outubro Sade é novamente libertado vivendo em estado de penúria, tendo sido novamente aprisionado no dia 8 de março de 1801, novamente no manicômio de Charenton, onde se dedicou a escrever romances históricos e a encenar suas peças.

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#133 Mensagem por Maestro Alex » 21 Set 2008, 11:14

Para pensar:

Quem alimenta-se de desejos reprimidos, finalmente apodrece... (William Blake)

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#134 Mensagem por Maestro Alex » 29 Set 2008, 14:13

Blog do Maestro ficando internacional...

nos últimos dias, tenho registrado visitas de várias cidades, dos USA, Espanha, Dinamarca, México,
Inglaterra, Argentina, e hoje de França, Alemanha, Portugal e Rússia.

Fora os estados Brasileiros.

fico alegre, anos de prática como DOM, no mundo BDSM, o respeito a todas as tribos de fetiches, a não discriminação, as festas temáticas promovidas no Clube Dominna, estão dando seus frutos.

O melhor de tudo, e continuar aprendendo com meus colaboradores, que só somam.

Quem quiser colaborar no blog, sinta-se a vontade de pedir a inclusão.

http://maestroalexbdsm.blogspot.com/

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#135 Mensagem por Maestro Alex » 15 Out 2008, 00:51

Uma espécie de ORKUT, mas só para BDSM e mundo de fetiches em geral, com uma comunidade brasileira em grande crescimento, logo teremos as funções em português, mas agora só in english,

mas vale a pena:

FETLIFE:

http://fetlife.com/

meu profile:

http://fetlife.com/users/52207

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