Dúvidas sobre BDSM-SSC (para tirar dúvidas e conhecer termos adequados)

Discussão sobre BDSM-SSC : atitudes, conhecimento e entendimento da chamada "forma de vida alternativa". Experiências, motivações, inquietudes e demais coisas relacionadas...

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Resumo dos Test Drives

FILTRAR: Neutros: 0 Positivos: 0 Negativos: 0 Pisada na Bola: 0 Lista por Data Lista por Faixa de Preço
Faixa de Preço:R$ 0
Anal:Sim 0Não 2
Oral Sem:Sim 0Não 2
Beija:Sim 0Não 2
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#31 Mensagem por Isa Soares » 30 Ago 2007, 23:34

Agredir

Conjugar


do Lat. *aggredire

v. tr.,
bater em;
acometer;
atacar.

Agressão física tem sim, o que o povo confunde é o SSC( São, Seguro e Consensual). Não é sair dando porrada a torto e a direito.
Mas que um bom puxão de cabelo, olhos penetrantes e o oscilar entre o quente das velas, o ardor da chibata e o frio das corrente é bom, ah, isso é!

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polyana
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#32 Mensagem por polyana » 30 Ago 2007, 23:38

[i]Com certeza mas sem exageros se não o que era para ser bom acaba se tornando briga de rua...hehehehe[/i] :roll: :roll: :roll:

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#33 Mensagem por Isa Soares » 30 Ago 2007, 23:42

O "exagero", ou intensidade, Polyana, é discutido no ato da negociação.
Quem relamente DOMNIA COM MAESTRIA, sabe distinguir o gozar da dor. Mas o fundamento é o prazer através da dor. Um bom Dom sabe os limites de sua sub, e ela também sabe a hora de dizer a safe. Cabe aos dois conntrolarem os impulsos.

Mas se não tiver DOR, não é BDSM...rs

Agora, os incautos, os que estão começando agora, sempre dever ter alguém experiente para trilhar junto a nova jornada. Conhecer bem, antes de se entregar e vice versa. Existem muitos por aí, que só querem sexo fácil!

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#34 Mensagem por Tricampeão » 18 Set 2007, 11:53

No slide que aparece neste post
http://maestroalexbdsm.forumfree.net/?t ... =169192650
tem um instrumento que me deixou curioso. Parece uma palmatória, mas cheia de buracos. Esses furos têm alguma função especial?

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#35 Mensagem por Maestro Alex » 18 Set 2007, 12:21

Tricampeão escreveu:No slide que aparece neste post
http://maestroalexbdsm.forumfree.net/?t ... =169192650
tem um instrumento que me deixou curioso. Parece uma palmatória, mas cheia de buracos. Esses furos têm alguma função especial?
deixa um belíssimo desenho... e provoca inchaço

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#36 Mensagem por Maestro Alex » 03 Nov 2007, 22:52

Mentor?
Delmonica

"Mentor, sinônimo de pessoa que guia, ensina ou aconselha outro, mestre, conselheiro, guia." (Dicionário Aurélio)
Etimologicamente falando, a palavra 'mentor', no sentido que atualmente conhecemos, é usada desde 1873 no francês, 'mentor', derivado do latin mentor-is , que, por sua vez, vem do grego, antropônimo (nome próprio de pessoa) 'Méntor'. (Dicionário Etimológico Nova Fronteira)


Mentor (ou Mentes, em outra edições) é o amigo de Ulisses na famosa Odisséia (séc. VIII a.C.) e ocupa posição de relevo como preceptor e também conselheiro do filho de Ulisses, Telêmaco. Fato curioso: a deusa Palas Atena, a deusa da sabedoria, escolhe "a figura exterior e a fala" de Mentor para "dirigir-lhe as palavras aladas" (Odisséia, Livro II).
Minerva ou Atena: "símbolo do conhecimento racional com a percepção da luz lunar por reflexo, opondo-se, destarte, ao conhecimento intuitivo com a percepção direta da luz solar". (Junito Brandão, Mitologia Grega)
Estive em uma palestra, tempos atrás, de um famoso diretor de teatro, Jerzy Grotowski, e ele dizia: "Sou um professor de performers. Falo no singular. O professor é alguém através de quem passa o ensinamento; o ensinamento deve ser recebido, mas a maneira do aprendiz redescobri-lo, lembrar-se, é pessoal."
Professor, chefe religioso ou mentor SM, todos estes têm um nódulo comum de concentração de energia, todos estes têm uma base psíquica comum a todos os seres humanos.
O Mentor tornou-se uma imagem na mente humana, uma matriz arcáica, onde configurações análogas ou semelhantes tomam forma. A figura do Mentor é arquetípica.
Bem, você pode estar se perguntando: "- E daí? O que tudo isso tem em comum com SM?"
Foi a partir da observação da importância que se atribui ao Mentor no BDSM, que me motivei a procurar estas raizes, estes fundamentos anteriores, e que, justamente por isso, encontram também seu peso dentro do universo BDSM.
O jovem Telêmaco é guiado por Mentor em sua longa viagem, cheia de receios, dúvidas e aventuras até a ilha de Ítaca, em busca de seu pai, Ulisses.
Outra referência está na Divina Comédia (Séc. XVI), na figura de Virgílio. Dante escolhe Virgílio para guia e mestre em sua viagem através do Inferno e do Purgatório, tornando "Virgílio símbolo da razão, que pode tornar o homem senhor das quatro virtudes cardeais".
Contudo, é Beatriz quem conduz Dante ao Paraíso, que é o símbolo da teologia. Mas nem só a razão conduzirá Dante a Deus; aqui surge a figura de S. Bernardo, já que o homem jamais poderá estar diante de Deus servindo-se exclusivamente do instrumento da razão. A razão humana, em um certo ponto, torna-se impotente para conduzi-lo a Deus.
É preciso notar momentos de passagens em ambos os exemplos, tanto na Odisséia quanto na Divina Comédia. O caminho pode ser conduzido até certo ponto pela figura do mentor, entretanto, as buscas do pupilo tomam seus próprios rumos e outras intervenções surgem... E me parece importante notar, que surgem partindo do próprio pupilo. Ou, curiosamente, nos exemplos citados, simbolizados pela figura feminina de Palas Atena ou Beatriz, que podem ser a representação psíquica da feminilidade inconsciente do homem, que Jung denomina de anima (na mulher falaríamos em animus).
A anima ou animus, um outro olhar contido em todos nós, na verdade uma projeção de si mesmo, como num espelho, conteúdos de nossa própria psique. Esse tipo de instrumental deve ser de conhecimento do pupilo, é esse tipo de conteúdo que o propulsiona a alçar vôo próprio, na tentativa de alcançar os próprios objetivos ou, melhor definindo, um processo de auto conhecimento: o que quero, como quero, o que gosto, quais meus limites, no que acredito, quem sou EU nisto tudo. Mais uma vez, na Odisséia e na Divina Comédia, o mito encarna o ideal de do ser humano: a conquista da própria individualidade.
E, da mesma forma, o Mentor dentro do BDSM tenta orientar e aconselhar um(a) noviço(a) nas descobertas e nos primeiros estágios perpassados de dúvidas e angústias. E, acima de tudo, prepará-lo para dar seus próprios passos, com auto estima, domínio e auto conhecimento.
O Mentor, no SM, além de ter domínio de técnicas e práticas, deve ter a sensibilidade para perceber as potencialidades inatas de seu pupilo.
Por outro lado, quem procura um Mentor e o aceita verdadeiramente, não está dando mostras de incompetência, ignorância ou qualquer sentido menor, muito pelo contrário, esta pessoa busca completar-se, o que é muito diferente. E para completar-se terá que enfrentar a si próprio, seja em suas qualidades ou defeitos, seja em aprender a conviver com estas 'tendências', em alguns casos inrreconciliáveis.
São nestes momentos que o Mentor está presente, tentando questionar e conduzir, como disse, não apenas no que toca à prática, porém numa tarefa mais árdua... no que permeia os meandros da alma.
É indiscutível que esta figura no SM tenha conhecimento e experiência, pois a prática do SM necessita de consciência e técnica. Ser são, seguro e consensual é muito sedutor para os que se interessam pela prática, mas essa realidade deve passar pelo processo de introspecção. Trazer para dentro de si a verdade de que o BDSM é uma prática de RISCO, sim. E que isso não afasta as possibilidades de realização. BDSM, é um 'esporte' radical.
O papel do Mentor é o de orientar, informar, incentivar a busca do domínio das técnicas destes jogos eróticos e alertar, chamar atenção sobre as regras de segurança que fazem destes jogos realização e prazer de uma forma segura.
Em minha opinião, o Mentor não é ser um altruista ou algo que lembre sacerdócio. Até porque o sacerdote é investido através de ritos e/ou cerimônias, tendo uma autoridade institucionalmente concedida. Já o mentor tem sua autoridade reconhecida naturalmente, seu poder advém daí, do seu comprometimento com a ética, a filosofia e o conhecimento. Ele não dissemina uma crença ou tem como objetivo "converter" pessoas ao SM, mas é um pesquisador constante e faz seus mentorados na constante busca de aprofundamento.
Não se deve esperar paternalismo de um Mentor. Manter uma relação produtiva com um Mentor requer maturidade. E está ai uma qualidade difícil de se reconhecer essencialmente, assimilar, lidar e adquirir: MATURIDADE.
E pego carona nas palavras de J. Grotovisk: "O Mentor é alguém através de quem passa o ensinamento, o ensinamento deve ser recebido, mas a maneira do aprendiz redescobri-lo, lembrar-se, é pessoal."
É famosa a afirmação de que "quem sabe faz, quem não sabe ensina". Pois está aí o paradoxo do Mentor. Ele não pratica com seu pupilo, orienta-o; não direciona, acompanha-o; também não estabelece vínculos de dependência, LIBERTA.
E há de se ter "quilha interior" para abraçar a liberdade, a liberdade com responsabilidade, (tão proclamada... risos), e tão factual quando se fala em BDSM são, seguro e consensual, seja na posição de dominador(a) ou submissa(o).
Encontrar um verdadeiro Mentor SM não é fácil. Reconhecer um Mentor não é difícil. Ter um Mentor no BDSM é muitas vezes aconselhável e necessário. Se o Mentor é um "escravo(a)", "submissa(a)", "dominador(a)" ou "Mestre/Mistress"... realmente acredito não ser o mais importante, não vou discutir isso agora. Mas, uma coisa é certa: cada praticante ou candidato a praticante de SM tem o Mentor que merece.

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#37 Mensagem por Maestro Alex » 04 Nov 2007, 01:15

As obrigações das escravas goreanas

Por Christian Sword of GOR <******>





O mundo de GOR é um mundo de ficção científica/fantástica criado por John Frederich Lange, professor de filosofia no Queens Colege em Nova York sob o pseudônimo de John Norman. Este mundo apresenta uma realidade diversa da realidade da terra e tem por objetivo demonstrar a visão de mundo de John Norman, que é, em maior ou menor grau, partilhada por aqueles que se identificam como goreanos.

Neste mundo fictício a escravidão é uma prática normal e frequentemente mulheres são capturadas e levadas à condição de escravas. As escravas goreanas são chamadas kajiras, que é simplesmente a palavra no idioma goreano para escrava, elas serão assim referidas ao longo deste texto.

Os seguidores da filosofia goreana na terra se organizam em estruturas semelhantes as descritas na obra de Norman(1) assumindo papeis de Mestes e kajiras. O objetivo do presente texto é discutir as principais obrigações das kajiras goreanas(2).

Antes de começar a discutir as obrigações da kajira goreana é importante observar quatro aspectos que separam a kajira de GOR da kajira da terra:

Em GOR a escravidão é uma instituição da sociedade, desta forma a kajira de GOR pode, e geralmente é, escravizada contra a sua própria vontade, enquanto que na terra a kajira o é por escolha, consciência ou natureza.

A mulher goreana, mesmo a mulher livre, é educada para saber tudo o que um kajira deve saber, todas as formas de servir e de agradar a um Mestre. Isso ocorre por que em GOR sempre existe a possibilidade de uma mulher livre ser capturada e feita escrava.

A mulher goreana tem a liberdade de ser plena em sua feminilidade no sentido de que não se espera dela que entre em competição com os homens ou que busque suplanta-los. Ela tem a liberdade de ser mulher, sem as pressões típicas da cultura ocidental da terra.

A kajira de GOR é livre para vivenciar toda a sua sexualidade sem nenhuma forma de limitação ou preconceito(3), isto é decorrente da condição de kajira na qual a completa ausência de direitos é naturalmente acompanhada por uma completa ausência de pudor ou constrangimento.





Estas diferenças devem estar na mente do Mestre Goreano sempre que este estiver lidando com as limitações de suas kajiras, não no sentido que elas devam ser dispensadas de se desenvolverem completamente na sua condição, mas na preocupação do Mestre de ajuda-las com amor, paciência e firmeza a superar tais limitações.

Apesar dessas diferenças pode-se traçar diversas semelhanças entre as obrigações das kajiras de GOR e da terra que podem ser divididas em três categorias: obrigações com seu Mestre; obrigações com outros livres sejam eles goreanos ou não e deveres com a filosofia goreana.

As obrigações com seu Mestre são, e devem sempre ser, a maior preocupação de uma kajira, é ao seu Mestre que ela deve todo seu respeito e temor e a quem ela precisa agradar em primeiro lugar. Entre estas obrigações eles estão:

Obediência incondicional. Sem reservas, tentativa de manipulação ou esquemas.

Disponibilidade total. Os desejos de Mestre devem ser postos acima de outras obrigações.

Buscar o bem estar mais total e completo de seu Mestre. Este deve ser o motivo da existência da kajira e sua maior preocupação.

Transparência total. Uma kajira nunca pode mentir para seu mestre ou por omissão permitir que Ele forme uma idéia errada no limite da sua habilidade e conhecimento.

Ter em mente a sua condição bem como a do Mestre e se comportar de acordo.

Saber quando e como declarar a sua opinião de forma a não ferir nem a transparência nem o comportamento adequado a uma kajira.

Ser agradável a todos os sentido do seu Mestre visão, audição, olfato, paladar, tato e intelecto. Esta obrigação não se limita à presença do Mestre, antes, deve ser um estado permanente da kajira, parte se sua natureza.

Tornar, na medida da sua competência e possibilidade, o ambiente agradável a todos os sentido do seu Mestre.

Antever, na medida da sua habilidade, as necessidades e desejos do seu Mestre. Ela deve ser pro-ativa, inteligente e criativa, sem estas qualidades é impossível ser um boa kajira.

Desenvolver as suas habilidades e competências nos aspectos acima.

Entender que falta de habilidade ou competência não deve ser usada como desculpa para falta de cuidado, de atenção ou de dedicação.

Assumir a responsabilidade por seus erros, e aceitar a punição deles decorrente com submissão.

Respeitar as normas da liturgia definidos por seu Mestre.

Preservar a imagem e a honra de seu Dono frente a outras pessoas através de um comportamento impecável.

Se manter em constante desenvolvimento em todas as dimensðes da sua própria vida e personalidade de forma a estar sempre mais apta a servir o seu Mestre.




Com relação a outros livres, sejam Mestres goreanos, mulheres livres goreanas ou tops do BDSM de qualquer sexo as obrigações de uma kajira são:




Demonstrar respeito primeiramente aos Mestres goreanos, depois às mulheres livres goreanas. Esta ordem representa as hierarquias dentro do universo goreano e devem ser respeitadas. Se houverem membros do conselho dirigente de qualquer grupo goreano estes devem ser respeitados acima de outros Mestres goreanos presentes com exceção unicamente do seu próprio Dono.

Informar o seu estado de kajira e as limitações impostas por seu mestre a quaisquer outros tops que a abordem.




Finalmente, a kajira tem ainda uma última familia de deveres em decorrência da sua obrigação de ser sempre agradável, os comportamentos com outras kajiras, particularmente com as irmãs de coleira(4), isto é, as kajiras de um mesmo Dono, entre eles destacam-se:

Cortesia, gentileza e convívio amigável.

Disponibilidade para ensinar posições, técnicas e aspectos litúrgicos quando conhece-los melhor.

Humildade e disponibilidade para aprender posições, técnicas e aspectos litúrgicos quando em companhia de uma kajira mais experiente.




As listas acima não pretendem ser exaustivas, também não são um conjunto de regras a ser decorado e repetido, mas são tão somente uma orientação para as kajiras sobre o que buscar em si mesmas lembrando sempre que o ser kajira é um processo de crescimento constante e não um estado cristalizado. Também são uma orientação para os Mestres sobre o que esperar e como treinar uma kajira com amor, paciência e firmeza, buscando sempre evitar comportamentos arbitrários que desonrem o nome e a filosofia goreana.





São Paulo, 25 de Março de 2006.

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#38 Mensagem por Maestro Alex » 08 Fev 2008, 19:56

Sadomasoquismo
Adicionado em Outubro 4th, 2007 por EduardoeSara em Vidas Noturnas

“A minha maneira de pensar, você diz, não pode ser aprovada. E que me importa? Bem idiota é aquele que adota uma maneira de pensar para os outros! Não foi a minha maneira de pensar que provocou a minha desgraça. Foi à maneira de pensar dos outros.
“MARQUÊS DE SADE(1740-1814)

Vidas Noturnas por Eduardo Rodrigues e Sara Stewart.

Oi amigos da revista Sinceridade gostaríamos de agradecer a todos que leram nosso artigo e deixaram comentários isso nos engrandece fazendo com que busquemos sempre melhorar. Como prometido a pedido de alguns amigos optamos para o próximo tema comentar e mostrar algumas curiosidades do tão misterioso e falado mundo do Sadomasoquista.

O sadomasoquismo se divide em duas tendências :Sadismo e Masoquismo

A palavra sadismo significa a perversão sexual que envolve infligir à dor. Esta palavra é derivada do nome de Donatien Alphonse Francois de Sade, chamadogeralmente por todos como Marquês de Sade. Era um autor francês que, por causa de sua vida notavelmente escandalosa, gastou 27 anos de sua vida na prisão por ser um libertino convicto sem tabus e barreiras, mesmo preso escreveu grandes livros que foram considerados obscenos e impublicaveis tais como: Os 120 dias de Sodomia e “Justine” que foi um dos seus últimos, pois foi confinado em Charenton e permanecendo lá até sua morte em 02 de Dezembro de 1814. Foi o primeiro a praticar e a escrever sobre este tão misterioso mundo.

O masoquismo é uma tendência pela qual uma pessoa busca prazer ao sentir dor ou imaginar que a sente, sendo oposto ao sadismo. Podemos considerar como masoquismo a humilhação verbal, e o desejo de sentir dor no corpo, o que seria mediante a humilhação e dominação, o termo foi descrito pelo médico alemão Kraft Ebbing. Entretanto, verifica-se que em muitos casos o prazer não advém exatamente da sensação corpórea de dor, mas sim de uma situação de inferioridade perante o(a) parceiro(a). Basicamente, o sadomasoquismo sempre existiu mesmo antes de receber esse nome. Há relatos e indícios de bordéis ingleses e também americanos, onde as mulheres eram especializadas em chicotear seus clientes sem a ocorrência de sexo, muitas vezes inclusive, os clientes eram membros da nobreza inglesa.

O sadomasoquismo representa um estilo de vida sexual é algo que está presente nos pensamentos de muitas pessoas, que nem mesmo imaginamos. O que podemos falar do amor nessa pratica sexual, muitas pessoas acham que envolve apenas um fetiche e não sentimento, e elas estão enganadas há mais envolvimentos que elas possam supor. O amor não se completa com a dor, e não há provas de amor. Amor se sente e se acredita não se prova. O que não significa que sadomasoquismo não possa ser praticado com amor, quando existe um sentimento verdadeiro entre duas pessoas, suas intimidades pertencem apenas a elas, é apenas um estilo de vida sexual, não é uma doença ou perversão, pois doença é tudo aquilo que possa trazer prejuízo a um indivíduo, portanto se não está prejudicando ninguém então não poder ser considerado como uma doença ou até mesmo chamadas de pessoas desequilibradas.

Ouvimos muito pouco alguém falar que pratica essa opção sexual porque ninguém se “assume” sadomasoquista perante a sociedade. Sadomasoquismo é algo íntimo. Cada indivíduo possui suas preferências e não saí por aí contando para todo mundo, não há sentido em se fazer isso. Quanto à dor, não é somente através dela que o praticamente se sentirá excitado e sim de diversas formas, o sadomasoquismo é muito amplo e não se limita à apenas causar ou sentir dor, aspectos psicológicos também estão fortemente envolvidos.


Os limites são importantes nessa prática, cada pessoa vai até onde quiser desde que alguns aspectos como segurança, por exemplo, sejam observados. Esse fato é fundamental principalmente entre aqueles que estão se iniciando no sadomasoquismo,justamente para que não ocorra nenhum tipo de ferimento no praticante. E seguindo sempre essa conduta dificilmente será ferido.Os apetrechos para alguém com boa imaginação são muitos, qualquer objeto pode ser usado como instrumento para a prática, mas citaremos aqui alguns mais comuns:

Cordas

Correntes

Chicotes

Palmatórias

Cintas

Varas

Consolos

Gelo

Velas
Chegamos à conclusão amigos que toda forma de amor é valida seja ela qual for o importante é amar e ser amado cada um a sua maneira. Terminamos por aqui esse artigo e esperamos que tenham apreciado, escolhemos como próxima matéria pedofilia um assunto delicado para todos, mas que está sendo agravante em nosso meio seja na rua de casa ou na internet.

Fonte de pesquisa:
O Indominável
http://indominavel.blogspot.com/

Link para a entrevista utilizada como referência ao artigo:
http://indominavel.blogspot.com/2007/10 ... uismo.html

Revista online:
http://revista.sinceridade.com/

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#39 Mensagem por Maestro Alex » 14 Fev 2008, 11:42

CARACTERÍSTICAS DE UTILIZAÇÃO DOS DIFERENTES INSTRUMENTOS DE SPANKING
TAPAS:
Na cara: tapa com a palma da mão estendida. Cuidado com a intensidade e a freqüência dos tapas e nunca ultrapasse 10 repetições, sempre alternando os lados e mantendo um intervalo de 5 segundos entre um tapa e outro.
Nas nádegas: mãos espalmadas modificando a intensidade aleatoriamente, a freqüência e o lado, de modo que o escravo (a) não possa antecipar onde e qual intensidade do golpe a ser dado. Cuidado que as mãos podem doer. Minimiza o uso de luvas.

CHICOTES DE COURO TRANÇADO:
Nas nádegas as batidas são quase sempre fortes, pois os chicotes são pesados. Deixa marcas bem nítidas e podem provocar o rompimento da pele.

AÇOITES OU FLOGS:

No corpo: as batidas são de intensidade variável, iniciando as menores para aquecimento com movimentos feitos nos dois sentidos. Evitar sempre a região do rosto, lembrando que algumas tiras do açoite podem atingir os olhos. Com açoites mais pesados evitar a região dos rins.
Nos genitais: usar flog pequeno, capaz de fazer movimentos circulares rápidos. Adicionar a colocação de presilhas durante o açoitamento também é interessante.

CHICOTES DE MONTARIA:
Podem ser usados para nádegas, parte interna das coxas, mamilos e genital.

VARAS (CANES):

Usado para castigo forte nas nádegas e parte externa das coxas e deixa marcas bem nítidas



Textos de Helga Vany Freya

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#40 Mensagem por Maestro Alex » 27 Fev 2008, 17:53

Caros amigos, caras amigas

Como sempre faço, ando pelas nossas diversas listas de discussão
muito ouvindo e pouco falando, até porque poucos têm sido os assuntos
dignos de bons debates nos últimos tempos.
Felizmente, quando eles surgem, abrem espaço para boas reflexões – ou
seja, valem mais pela qualidade do que pela quantidade, e isso tem
evidentemente o seu lado bom.
O tema que vou abordar é recorrente, mas mesmo assim merece ser visto
e revisto tantas vezes quantas forem a que ele voltar à baila: a
liberdade do submisso de dizer e obter o que deseja de seu dominador.
E com a permissão de vocês, é nessa ótica que gostaria de me estender
um pouco.
Sou, para quem não sabe, switcher (e masoquista/sá dico muito mais do
que submisso/dominador) . Portanto, compreendo a quase indignação de
dominadores quando se deparam com submissos que manifestam suas
preferências e seus desejos.
Também compreendo a quase incapacidade dos submissos em expressar
esses aspectos diante de um dominador - alguns porque assumem
completamente o papel de negarem-se a si mesmos, outros por medo de
que, ao os expressarem, estarem cometendo um erro ou um "pecado" cuja
punição seria se verem privados da relação BDSM que tanto almejam.
O tema é bastante sutil e as linhas que separam o aceitável da pura
falta de bom senso são tênues. Deixem-me então dizer o que penso
sobre o assunto.
Em primeiro lugar, vamos nos lembrar do básico: estamos aqui, todos e
sem exceção, em nome de um prazer sexual que não encontramos fora
deste nosso universo. Este é o ponto essencial de tudo, válido tanto
para os submissos que assumidamente querem ter seu prazer negado (e
assim, por contraditório que seja, sentirem prazer) quanto aos
dominadores que acreditam piamente que aos submissos só lhes cabe o
prazer que os primeiros julgarem conveniente oferecer.
Com isto em mente, vamos analisar a questão das preferências e
desejos.

1) Preferências
Comecemos pelo mais difícil: as preferências. Até que ponto elas
podem interferir numa relação dom/sub? Ou, mais explicitamente, até
que ponto elas podem interferir numa relação dom/sub quando vindas do
sub?
É possível respeitar preferências de um submisso? E como aceita-las,
se a idéia do jogo é justamente que o submisso não tem qualquer
direito a nada, inclusive a expressar aquilo que gosta ou não gosta?
Como um dominador digno do nome poderia, em sã consciência, dar
ouvidos a esse tipo de "manifestação" ?
Quando disse que havia linhas tênues nessa relação, era a isso a que
me referia. Pois é preciso que cada um de nós encontre o seu ponto de
equilíbrio nesta questão. Posso, portanto, falar apenas do meu
próprio.
Jamais me relacionei com uma submissa (ou masoquista) sobre a qual
não soubesse, de antemão, as preferências em BDSM. Em primeiro lugar,
porque não tenho poderes mentais que me permitam captar pensamentos
alheios. Em segundo, porque aprendi a duras penas que uma prática
correta e segura para uma pessoa pode se mostrar errada e perigosa
para outra. E em terceiro, porque sou uma criatura maligna: tendo em
mãos as informações sobre as preferências da minha sub, saberei como
usar tal informação para meu próprio deleite, ora negando o que mais
lhe dá prazer, ora aplicando o que sei com certeza que será um
castigo, ora a premiando com momentos fugazes de realização.
Assim, o meu ponto de equilíbrio (que provavelmente não é o seu) é
este: faço sempre questão de ouvir as preferências de uma submissa,
tanto para me guiar em termos de segurança, quanto em termos de
tortura e dominação. Não me sinto confortável na tarefa de "tatear"
essas preferências – mas sei que esta é uma prática que muitos acham
bastante prazerosa. Prefiro encurtar caminhos e trabalhar da melhor
maneira possível as informações dadas pela submissa.
Evidentemente, isso não quer dizer que me deixo levar por tais
preferências. Eu as respeito, é verdade, especialmente no que se
refere a práticas que possam apresentar algum nível de risco. Elas me
servem de parâmetro de ação, e não de lei.
Dar o direito ao sub de expressar suas preferências não quer dizer
que o dominador está obrigado a segui-las como uma bíblia – é mais
um manual para bom aproveitamento do material...
E é claro que se um sub se aferra às suas preferências e só se dispõe
a servir dentro delas, deve procurar um outro fetiche para si, porque
aí realmente ele vai soar quase ofensivo ao dominador.
O fato de eu permitir que ele me diga suas preferências não quer, de
forma alguma, dizer que me limitarei a elas – apenas que eu poderei
exercer ainda melhor o meu poder, castigando ou premiando com base em
dados mais sólidos fornecidos pelo próprio submisso. E o fato
de "bater pé" e "fazer birra" me soam como uma total falta de
percepção sobre o que é ser submisso de fato.

2) Desejos
Já com relação aos desejos, o enfoque deve ser diferente. Um submisso
ou um dominador (ou um masosquista ou um sádico) anseiam todos a
mesma coisa: uma relação intensa, real (no sentido de não simulada),
prazerosa e satisfatória.
Os caminhos para se chegar a isso são praticamente infinitos – mas é
preciso ter em mente esses objetivos para que não se caia numa
relação morna, sem graça nem tesão.
Respeitar estes desejos em si mesmo e nos outros é outro ponto de
equilíbrio complicado de se atingir. Mas uma coisa é certa: não
adianta querer forçar uma situação ou uma cena se um dos parceiros
não se sente confortável ou seguro dentro dela.
Não dá para fingir tesão numa cena de horas de bondage ou no meio
daquelas 100 chibatadas. Não dá pra fazer de conta que se serve
alguém, quando lá no fundo a atitude submissa soa ridícula, irritante
ou indiferente a quem a exerce.
É por isso que desejos, mais do que preferências, precisam ser
respeitados. E mais também do que as preferências, precisam ser
conhecidos e explorados. Porque nem sempre aquilo que se anseia se
traduz em prazer no momento em que se torna realidade.
Pode-se desejar muito a sensação da cera quente sobre os mamilos, mas
pode-se descobrir que não há prazer algum nisso no momento em que as
gotas da vela começam a cair sobre a pele.
Pode-se ansiar por servir a um dominador, mas ali, na hora, descobrir
que alguma coisa na cena não permite que ela se desenrole de maneira
natural – e o mesmo vale na outra mão, com o dominador descobrindo
que o submisso está, por alguma razão, "travado".
Querer insistir na cena nestas condições é uma bobagem, porque só vai
causar desgastes (físico e emocional). E é bom que se diga: esta
situação não é culpa de ninguém: simplesmente pode acontecer,
especialmente com submissos e dominadores menos experientes.
Há como evitar isso? Não chego a tanto – mas acho possível minimizar
as possibilidades de que tal fato ocorra simplesmente explorando os
desejos mútuos – algo primordial para que as coisas caminhem bem na
cena e na relação.
É, como já disse, uma alternativa interessante que vale para novos
relacionamentos - mas igualmente interessantes ao se inserir no jogo
novas práticas ainda desconhecidas por qualquer uma das partes.
É preciso que a relação BDSM abra espaço para se experimentar as
coisas novas, sem que com isso seja vista como "menos BDSM" – trata-
se, simplesmente, de descobrir como o outro irá reagir a esta nova
prática, e não necessariamente ele reagirá com prazer ou tesão. Daí a
importância destes terrenos experimentais, em que é necessário, pelo
menos por algum tempo, que tanto dominador quanto submisso se
disponham a despir-se de seus papéis, dando a si mesmos direito a
ajustes e interrupções da cena sempre que necessário.
Um "ensaio", podemos dizer, em que ambos poderão descobrir com mais
precisão se esta ou aquela prática condizem com o que eles esperam
encontrar ao aplicá-la – que, não custa nada lembrar, é sempre o
prazer.

3) Conclusão
Como conclusão a estes longos pensamentos, gostaria de dizer o
seguinte: não há demérito ao dominador que ouve as preferências e
desejos de um submisso, assim como não é falta de respeito o submisso
expressar tais preferências e desejos.
Tudo se resume, de fato, a como se faz isso – e a como isso se insere
no jogo. Um submisso deve sempre dirigir-se com respeito a seu
dominador - mas não precisa jamais deixar de se expressar.
Ele pode expor suas preferências e desejos. Expor, e não impor, note-
se a diferença (ressalvados os casos que envolvam sua segurança
física ou mental, onde o dominador tem por obrigação que aceitar as
limitações informadas).
Colocadas em poder de um bom dominador, essas informações serão
usadas por ele para ampliar ainda mais o poder sobre seu submisso,
permitindo que ele seja humilhado, torturado e dominado com mais
eficiência.
Por outro lado, o dominador deve se permitir ouvir o submisso sem se
sentir ofendido com isso. Ao contrário, deve reconhecer nisso a
oportunidade de conhecer mais a fundo o seu submisso, de desnudar
inteiramente suas fraquezas e de usa-las no momento certo.
Claro, pode-se fazer isso sem esta etapa – mas como eu já disse, isso
leva tempo e traz alguns riscos que podem ser evitados com a simples
disposição de ouvir.

Edgeh
Fevereiro/2008

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#41 Mensagem por Maestro Alex » 29 Fev 2008, 12:54

Rio,29/02/2008

Os perseguidores

Na vida cotidiana, tanto quanto na Bdsm, devemos nos guardar destas pessoas, tomando cautela e buscando conhecer bem com quem desenvolvemos relaçãoes de amizade, de natureza emocional e/ou erótica.

Perseguidores são pessoas com desiquilíbrio racional e sentimental( Hoje se sabe que muitoas deles sofrem de anomalia hormonal dando origem a esse comportamento) que diante das frustrações não conseguem superá-las nem lidar bem com isso... seja consigo ou com outrem.

A partir daí, surge a obsessão.E se esse procedimento se une a doenças ou disfunções mentais como esquizofrenia , depressão maníaco obsessiva ou uma personalidade adicta ( É uma personalidade que te um comportamento compulsivo, mecânico e ritualístico que leva a autodestruição- tanto física , moral ou psíquica- de quem a porta.Trata- se de um verdadeiro "suicídio público".A pessoa se expõe ao escárnio social, a dependência de drogas , pessoas ou sensações , não raramente envolvendo crimes no desfecho, seja contra si ou contra o próximo) pode significar castástrofe em vários níveis.

O adicto é aquele que atua por recompensa, como o viciado em jogo, necessitando compulsivamente da adrenalina de correr riscos para obter prazer.

Pessoas com estas combinações podem perseguir outras de maneira implacável , sem medir as consequências de seus escândalos e
inconveniências.É uma jornada incessante.Há casos inclusive de adictos que continuam fantasiando com seu "indivíduo alvo" mesmo após de longos anos de tê-los assassinado )

Farão qualquer coisa para tocar, aroximar-se ou ter a atenção da fonte de sua alegria.

Um dos piores perseguidores com intenções assassinas são os amantes (atuais ou antigos), admiradores secretos ou apaixonados platônicos.

Eles sentem as situações contantes de incisão na vida de seus alvos como necessárias para obter convívio, atenção e estar presente.E muita vezes,o repúdio e a negativa de seus eleitos/as serve de reforço para persistirem. Na sua mente, aquela criatura TEM que ser dele/a e manter consigo vínculo único, especial e profundo...nem que seja o elo "assassino-ví tima".


Depresão crònica, bipolaridade, egocentrismo proeminente, carência crônica, anseio de fama,desejo de poder e projeção,agressividad e
camuflada, ampla manipulação de gatilhos emocionais para seu benefício mesmo prejudicando outrem, dissimulação e intensidade exagerada de ações, reações e emoções são sinais para "manter a orelha em pé" e investigar com quem se lida.

Ninguém sabe o quando se aciona o "botão" do comportamento obsessivo .São várias as razões...O assassino de John Lenon, por exemplo, por 14 anos nutriu por ele ódio pela seguinte afirmação do beatle:

"_Somos mais populares que Jesus Cristo."

Para ele ,adicto, fanático cristão e franco desajutado social e familar, essas palavras pressinonaram o botão, levando-o ao um conflito interno entre ser fã de Lenon e sua fé.

Como ansiava por notiriedade, durante anos planejou meticulosamente o crime e por fim fez o que ele achava boa ação: redimiria Lenon, alcançaria fama e livraria o mundo de alguém que desvirtuasse as massas de Jesus Cristo.

Diante disso, escolha bem e com calma suas parcerias.A melhor maneira de evitar problemas com tais desequilibrados e não se envolver com eles e suas ilusões alucinantes.


Beijos







Domme Morrigan

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#42 Mensagem por Maestro Alex » 03 Mar 2008, 10:03

Rio,03/03/2008


Tema da Semana gentilmente enviado por Maestro Alex:

"Podemos levar para nossa vida "baunilha" uma filosofia BDSM como forma de viver?"

Sim, podemos, desde que encaremos o Bdsm como filosofia de vida em nosso cotidiano e não como modo operacional de manejo das relações.

Como assim? Muitos perguntamn quando digo isso.

O bdsm me ensinou a ver o mundo de vários prismas diferenciados que a formação educacional e moralista burguesa cristã não mostra, colocando aquele ar de "tudo cor de rosa com bolinhas brancas.Somos bons, somos puros e amigos entre nós, mesmo que falsos"

O bdsm de certa forma, expõe muito da personalidade oculta nas pessoas atrás das máscaras sociais.

Ele me ajudou a entender coisas básicas como:

a_ no mundo animal ( e isso inclui o homem, pois goste ou não é um amimal mesmo que racional) existem os líderes e os liderados e não há glória na liderança ou desvalorização no servente.Ambos são metades de uma laranja que se completam nas suas qualidades e que encpntram no outro o que lhes falta em sua personaildade.É uma simbiose que se bem feita é perfeita e sem culpas.

b_por mais que vista a aparência das necessidades de sobrevivência exigidas pela sociedade ( sempre competir, "todos queremos ser líderes",o bonzão é o que manda e etc...) estas muitas vezes são apenas mecanismos de igualar-se aos demais e não uma qualidade pessoal que denota comando.Se a personalidade na intimidade é submissa ela vai encotrar um meio seja sexual, erótico ou familiar de expressar-se no meio onde vive.

Entre outras coisas.

O que não dá é querer viver em clima de cena 24hs por dia

Beijos






Domme Morrigan

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#43 Mensagem por Maestro Alex » 05 Mar 2008, 18:22

Rio,05/03/2008

Olá lista

Quando alguém se diz vítima de um abuso do poder consentido em Bdsm, logo
aparecem uma legião de "Cavalheiros e Damas da Luz" na defesa do/a fraco/a e oprimido/a .

Cuidado! Pode estar levando "gato por lebre".Uma história tem dois lados e muitas vezes a vítima colabora com sua própria fatalidade


VITIMOLOGIA - A CONTRIBUIÇÃO DAS VÍTIMAS PARA OS CRIMES SEXUAIS

Data: 14/3/2006
Responsável: Neemias Moretti Prudente
Cargo: Bacharel em Direito e pós- graduando em Direito Penal e Criminologia

"Todo homem tem seu demônio pessoal, esperando por ele em algum lugar. Não existe homem nenhum, aqui, esta noite, a quem o crime não se instale em seu coração se a pessoa errada tentá-lo a isso. Você pode ser o príncipe Charles, não faz diferença". (JOHN LE CARRÉ, O gerente noturno, 3 ed. Rio de Janeiro, Record, 1995. Pág. 511)

A vitimologia estuda a participação da vitima na configuração de delitos. Em sentido estrito, ela tem por objeto o estudo da vitima e, em sentido amplo, ela abrange o estudo do comportamento da vitima e do criminoso, os vários e sucessivos desdobramentos envolvidos nessa relação, os reflexos sociais, psicológicos, legais e de várias outras espécies decorrentes dessa complexa teia de relações, as sanções legais, sociais ou emocionais acarretadas pelas condutas provocantes, a influência de todo esse complexo de fatores com o ordenamento jurídico vigente numa dada sociedade, num dado momento histórico.


No tocante ao que importa no nosso trabalho, a participação da vitima “pode consubstanciar- se em qualquer cooperação consciente ou inconsciente, direta ou indireta, atual, recente ou remota, para a prática do fato típico”

“Houve uma repulsa inicial ao estudo etiológico da vitimização, incentivado pelo movimento feminista que via na discussão acerca da culpabilidade da vitima uma grave ameaça aos direitos da mulher. Segundo este ótica, sobre a mulher, frágil e vitimizada em uma sociedade patriarcal, parecia absurdo que se fizesse recair a culpa pela ocorrência de um crime.” Entendia se que a vitima é inocente, o autor é culpado.

Portanto, surgiu nos últimos tempos a expressão vitimodogmática, que é utilizada frequentemente na doutrina estrangeira. “Ela surgiu da necessidade de se abandonar uma visão simplista do fenômeno criminoso, em que de um lado teríamos uma pessoa totalmente inocente (vitíma), e de outro, uma pessoa totalmente culpada (criminoso).” Mas sabe-se que, na relação criminosa, a vitima interage com o agente e com o ambiente, e pode, desta forma, às vezes, ter colaborado para o evento criminoso.

Segundo Elena Larrauri, vitimodogmática “é o conjunto das abordagens feitas pelos penalistas que põem em relevo todos os aspectos do direito penal em que a vitima é considerada.”

“Vitimodogmática é uma serie de postulados vitimológicos na qual se estuda o comportamento da vitima em face do crime — mais especificamente, sua contribuição para que este ocorresse.”

“Atualmente, a vitimodogmática se concentra na investigação da contribuição da vítima na ocorrência do delito e da repercussão desta na fixação da pena do autor, variando de uma total isenção a uma simples atenuação.”

Exemplo histórico da conduta da vítima

Ao fazermos um retrospecto através da história, podemos constatar que o crime passou a existir desde o inicio dos tempos, posto que onde existe a sociedade, existe o crime. No entanto, o que nos importa, é a conduta da vitima nos crimes sexuais.

Um exemplo disto é o descrito na Bíblia que traz interessante exemplo de fêmea predadora, na história de José vendido no Egito, que foi sistematicamente tentado pela mulher do comandante da guarda egípcia, Putifar, a quem ele servia. Tendo ele resistido aos assédios da mulher, culminou por ser lançado ao cárcere, graças a uma trama urdida por ela, que o acusou de ser o assediador (Gênesis. 39, 7-20). Para isso, não hesitou ela em usar como prova contra o jovem as próprias vestes deste, que ela arrecadara quando ele, estupefato, corria para tentar livrar-se do assédio.

Conceito de vítima

Vítima vem do latim victima, ae, significando a pessoa ou animal sacrificado ou que se destinaria a um sacrifício. A primeira visão de vítima é antropológica em Gênesis, capítulo 22, versículo 5 a 9: "Meu pai. E ele respondeu: que queres, filho? Eis, disse (Isaac), o fogo e a lenha, (mas) onde está a vítima para o holocausto? E Abraão respondeu: meu filho, Deus providenciará a vítima para o seu holocausto". Ora, como sabemos, a vítima seria o próprio filho Isaac, para testar a fidelidade de Abraão ao Senhor.

Vitima ou ofendido é o sujeito passivo da infração, e sujeito passivo, o titular do direito lesado ou posto em perigo pelo crime.

Vítima, segundo Alessandra Orcesi Pedro Greco, “ é aquela pessoa, física ou jurídica, que sofre uma lesão ou uma ameaça de lesão ao seu bem jurídico”. Neste trabalho, na maioria das vezes que nos referirmos a vítima, será esta em especial do sexo feminino adulto.

Tipos de vítima

A vitima, segundo a doutrina de Guglielmo Gulotta15, se classifica em:

1) Falsas:

a. Simuladoras: aquelas que agem de má fé para incriminar um inocente por vingança, usando a calunia;

b. Imaginarias: as que fazem acusações falsas por razões psíquicas (paranóia, histeria, etc.) ou por imaturidade psíquica (infância);

2) Reais:

a. Acidentais: em razão de um fenômeno da natureza, por exemplo: terremoto, ciclone, vulcão, etc.;

b. Indiscriminadas: por exemplo, terrorismo, fraude no comércio. Poderíamos acrescentar, utilizando os tipos penais, os crimes ambientais;

c. Alternativas: aquelas que se expõem a um determinado evento como possíveis ofensoras ou vítimas. Exemplo: duelo e reixas;

d. Provocadoras ou criadora: criadora da situação que eclodiu o crime. Exemplo, no crime de sedução e estupro;

e. Voluntárias: as que praticam o suicídio.

Vítima provocadora

De acordo com José G. de Souza, vítima não provocadora “entende-se aquela que, em princípio, não contribui, de forma significativa, para a ocorrência ou cometimento de um crime”.. E descore ainda que “não provocadora seria assim a vitima eventual, colhida no curso dos acontecimentos, cuja presença na cena do crime resultasse de mero acaso, de azar ou má sorte, de simples coincidência, de pura causalidade; aquela de que se pudesse dizer que foi vitima por força de infelicitas facti. Ou seja, quando a vitima se visse nessa condição em decorrência de caso fortuito e força maior”.

No estudo da vitimologia, tem se descoberta de que a vítima de crime nem sempre é aquela pessoa inofensiva, passiva, inocente. Ao contrário, tornou evidente que a vítima pode ter exercido uma cooperação relevante, acidental, negligente ou doloso na conduta do agente.

Deste modo, por vitima provocadora entende-se aquela que provocou o comportamento do agente, agindo de ma-fé ou instigando o criminoso a praticar a infração penal. Ela incita o agente a cometer o delito.

Importante observar que a vitima deve ser maior de idade e no pleno uso de suas faculdades mentais.

Autocolocação da vítima em risco

A autocolocação da vítima em risco se dá quando a vitima, com seu comportamento, se autocoloca em risco. A autocolocação da vítima em risco exige que ela atue voluntariamente e de forma arriscada livremente.

Os elementos necessários para a caracterização da autocolocação da vitima em risco são: “a) a vitima ser imputável e, portanto, têm a capacidade para dispor livremente de seus bens jurídicos, bem como para se colocar em uma situação de risco; b) os bens jurídicos são individuais e, assim sendo, permitem que cada um exponha seu próprio bem a perigo; c) as vítimas colaboram sobremaneira para o resultado danoso”.

“O enfoque quanto aos crimes sexuais consiste em verificar se a vítima criou aquele risco para ela com sua própria conduta, ou se ela se colocou em uma situação que resultou um crime sexual.”

Conduta das vítimas nos crimes sexuais

É possível afirmar que tanto o homem quanto a mulher, quando predadores, se constituem e se identificam, senão em padrões de comportamento, e a partir do estudo desse comportamento, distinguir onde termina a culpa do homem e onde começa a culpa da mulher e onde consequentemente reside a responsabilidade real por esse desfecho, e a quem deve ser imputada.

Os crimes sexuais propriamente ditos, principalmente diante do Direito Penal, são reconhecidos como símbolo e representativo da sexualidade violenta e ilícita, em especial o estupro e o atentado violento ao pudor.

O estupro, primeiro dos crimes contra a liberdade sexual, é definido no artigo 213 do CP, que preceitua: "Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça: Pena: reclusão, de seis a 10 anos".

O atentado violento ao pudor é definido no artigo 214 do CP, que preceitua: “Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal”.

Conceitos como moral, pudor, decência e recato costumam, não só mudar ou petrificar-se, conforme o caso, como, em certos casos, "migrar" de um subgrupo para outro, ou de um indivíduo para outro.

Assim, admite-se que a moral sexual da sociedade mudou, evoluiu, avançou. Olhamos para com complacência para a evolução dessa moralidade no vestuário e no comportamento da mulher e até se aplaudem os novos gestos, os modismos, a mencionada evolução caracterizaram, em certos momentos, como verdadeira "revolução".

Com esta revolução, podemos observar que a mulher esta mais “solta”, provocadora, sensual, com suas palavras, gestos, vestimentas, etc., e, de certa forma, colabora para que o crime ocorra.

Com os exageros da moda, a moça seminua é, certamente, insufladora da ação delituosa. Se tornaram promíscuas, divertindo-se livremente. Os próprios meios de comunicação convidam hoje a essa permissividade.

“A mulher volúvel e leviana que freqüenta, em trajes provocantes, lugares de reputação duvidosa, bebendo e confraternizando, de forma liberada, com indivíduos que mal conhece, vindo a ser posteriormente violentada.”23

Vê-se que nos dias de hoje, algumas mulheres parecem que estão convidando a uma violação sexual. Seu comportamento sedutor com movimentos corpóreos ou conversas sugestivas, ou mesmo suas roupas sensuais, levam o homem a ter a impressão de que estão desejosas de relações sexuais. A falha em indicar desaprovação ante comentários sexuais sugestivos pode encorajar um avanço sexual que, às vezes, termina em uma relação sexual forçada.









Domme Morrigan

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#44 Mensagem por Maestro Alex » 06 Mar 2008, 19:13

De: nacaobdsm@yahoogrup os.com.br [mailto:nacaobdsm@ yahoogrupos. com.br] Em nome de Helio
Enviada em: quinta-feira, 6 de março de 2008 15:08
Para: nacaobdsm@yahoogrup os.com.br
Assunto: [NaçãoBDSM] Longas considerações a partir de uma Playboy



Vou aproveitar a última edição da Playboy para tecer alguns
comentários.
Primeiramente, cumpre informa-los de que a referida Playboy agora
deste mês de março traz como estrela uma ex-BBB que fez um ensaio
com "temática sadomasô", ao qual ela própria se cansou de referir
como ousado, atrevido e sem pudores.
Isto posto, e depois de ter conferido o conteúdo da revista, cheguei
a algumas conclusões que me deixaram algo cabisbaixo aqui neste meu
pequeno canto. A mais significativa (e triste) delas: o SM sério,
este em que alguns de nós acreditam e defendem, está muito, muito
longe de ser aceito, ou sequer compreendido, por quem não está no
nosso próprio meio.
Cheguei a este ponto analisando basicamente três pontos: a nossa
própria incapacidade de união e reflexão; a visão equivocada que as
pessoas de fora têm do nosso meio; e a dificuldade quase
instransponível para que sejamos aceitos sem preconceito ou medo.

Pecados internos
Não é segredo para ninguém as constantes rusgas, brigas e confrontos
de feudos no nosso meio. Gostaria de reduzir tais fatos a
acontecimentos esporádicos e normais em qualquer comunidade, mas a
intermitência e os níveis de agressão (muitas vezes gratuitas) a que
se chega não me permite faze-lo.
O fato é que ainda não crescemos o suficiente para sermos coesos. E
possivelmente nem cresceremos, enquanto persistir a intransigência, a
incompreensão e a incapacidade de aceitar a diversidade e a riqueza
do BDSM, cuja única restrição, a priori, deveria ser o tripé SSC.
Mas não é assim. Basta uma postura diferente da nossa para causar
cismas profundos e críticas violentas, como se o BDSM se restringisse
a padrões pessoais fora dos quais seria "outra coisa", que não BDSM.
E quando digo padrões pessoais, vou ao máximo do esfacelamento do
conceito, porque quero dizer pessoal de cada um (ou, no máximo, de um
pequeno grupo formado por um dom ou domme e seus escravos/escravas) .
Isso quanto à incapacidade de união – falemos agora da incapacidade
de reflexão, que está intimamente ligada à primeira.
Já reparei há tempos que as boas discussões, as postagens produtivas,
as considerações que gerariam boas trocas de idéias ou são
solenemente ignoradas ou são distorcidas para servirem de argumento
contra quem as postou, degenerando numa das já citadas agressões
gratuitas.
Ora, com tal comportamento, não é de se admirar que não cheguemos
mesmo a parte alguma. Andamos em círculos, e nem para isso temos a
competência necessária, porque não concordamos sequer se devemos
caminhar no sentido horário ou no anti-horário, e aí nos separamos em
grupinhos menores que giram uns para um lado, outro para o outro; e
dentro destes vamos nos dividir de novo entre os que acham que é
preciso dar o primeiro passo com o pé direito e os que acreditam que
o certo é usar o esquerdo; e entre estes haverá os que acham que a
velocidade de x passos por minuto é a que conduz ao verdadeiro BDSM,
e outros que defenderão que a velocidade correta é 2x passos por
minuto.
Em resumo: ao invés de nos unirmos em torno de um conceito – o BDSM –
nos separamos em nome de idéias derivadas desse conceito. Somos o
exemplo pronto e acabado da intolerância humana, pelo menos tanto
quanto o são os radicais religiosos: todos dizem que acreditam em
deus – mas cada um segundo seus próprios princípios. E ai de quem
acreditar em outro, porque esse estará condenado ao inferno e à
perdição, já que apenas um deus é verdadeiro (e é justamente aquele
em que se acredita). E aí, naturalmente, não evoluímos, porque para
evoluir pressupõe-se a abertura da mente para o novo, para o
diferente – mesmo que o novo e o diferente sejam contrários aquilo em
que acreditamos.
E para coroar tudo isso, vem essa invencível preguiça que resulta na
morte das boas idéias e boas discussões, substituídas por comentários
inócuos, postagens tolas e bobagens sem fim. Hão de dizer que se não
as houvesse, as listas seriam de uma chatice sem tamanho, um
aglomerado de intelectualódeis cuja leitura logo se revelaria
intragável. Concordo – mas também não acho que o oposto, ou seja,
listas de uma chatice sem tamanho por absoluta falta de conteúdo
intelecutal, seja aceitável. O ideal seria um meio-termo – mas como
obter meio-termo num meio onde tudo ou é branco ou é preto, para
desgraça do cinza?

Pelos olhos dos outros
Uma vez que não temos coesão suficiente para nos intitularmos como um
grupo, torna-se evidente que não somos capazes de mudar a visão que
as pessoas de fora do meio têm a nosso respeito.
Muitos (eu inclusive) mantiveram alguma esperança em mudar esse
quadro tomando como exemplo o movimento gay. Afinal, os gays foram
igualmente vistos com discriminação e, pior, cruelmente perseguidos
por suas preferências sexuais (não nos esqueçamos, por favor, que
BDSM é também e acima de tudo uma opção sexual dita "alternativa").
Mas há diferenças essenciais que não permitem essa base de comparação.
Por exemplo, o conceito gay é mais simples que o conceito BDSM,
porque praticamente não tem variações: uma relação gay é uma relação
gay, não importando o sexo dos envolvidos. E particularmente, jamais
vi brigas e discussões entre gays ativos e passivos para saber quem
era mais ou menos ou melhor ou pior gay em função disso...
Já o BDSM tem dezenas, senão centenas, de variações – e seus
praticantes cometem o erro imperdoável de usar isso contra si mesmos,
dividindo-se e acusando-se mutuamente por causa das preferências de
cada um, ao invés de usarem a diversidade a seu favor, construindo
pontes entre grupos de práticas distintas, respeitando- se e
fortalecendo- se em suas diferenças.
Ora, um movimento dividido é igual às parcelas isoladas de sua
própria divisão.Se não há unidade, não há força. De fato, não temos
sequer um discurso único ou uma postura sólida frente a quem nos vê
de fora. Cada feudo se acha melhor e mais equilibrado que o outro.
Justamente o contrário dos gays, que souberam superar suas diferenças
enquanto movimento coeso, deixando de lado suas eventuais rusgas para
defenderem aquilo que realmente lhes importava: a liberdade sexual e
o direito de serem aceitos como indivíduos.
Sendo, portanto, incapazes de mudar a imagem que as
pessoas "convencionais" têm de nós, cumpre buscar entender como é
essa imagem. E é aí que a Playboy dá uma contribuição clara ao
mostrar a tal ex-BBB no seu "ensaio sadomasô".
Sadomasoquismo, do lado de fora do nosso meio, se resume ao seguinte:
um chicotinho pra fazer cena, um par de algemas de mentira e uma
venda, de preferência preta, sobre os olhos. Nada verdadeiro ou
intenso – pura e simplesmente um estímulo (eminentemente visual) a
mais. Nem mesmo um fetiche, mas uma mera fantasia sexual inofensiva
que servirá, no máximo, como condimento a uma relação convencional.
Mas não há quase ninguém que sequer tenha ouvido falar em BDSM, e
muito menos que acredite que haja pessoas que se pautam por este
conceito em suas vidas sexuais. Para a maioria das pessoas,
sadomasoquismo é aquilo ali que a Playboy mostrou.
E se vocês querem saber, acho até que essa aceitação errada já é uma
enorme concessão feita por quem nunca se envolveu no nosso meio.
Afinal de contas, os termos "sádico" e "masoquista" sempre tiveram um
significado pejorativo (o primeiro talvez mais que o segundo),
ligados a atos de crueldade extrema ou a desvios de personalidade
graves. Em resumo, são termos que causam como reações adversas
quando são ouvidos. Quase ninguém associa o termo sádico à sua
conotação sexual – mas quase todo mundo o liga a atos de crueldade ou
de violência.

Isolados
Não é, portanto, de se estranhar que sejamos vistos com tanta
desconfiança, medo e até pena: no conceito geral, somos um bando de
doentes que precisam urgentemente de ajuda médica – e devemos ser
mantidos a uma distância segura até que estejamos curados...
A mídia, naturalmente, não tem o menor interesse em focar seriamente
o assunto. Primeiro, porque o tema não lhe interessa, salvo em
eventuais debates restritos ou na divulgação de algum evento de
grande porte ou na cobertura de algum crime que de alguma maneira
envolva membros da comunidade BDSM aqui ou em outros países.
Segundo, porque é muito mais seguro e rentável continuar tratando o
BDSM como estereótipo - como no ensaios da Playboy - onde a
existência do sadomasoquismo é até admitida, desde que enfocada como
e mantida dentro dos limites de uma brincadeira inofensiva, um jogo
erótico divertido, um tempero interessante pra reacender o tesão.
Nós, por outro lado, não temos força para reverter esse quadro.
Manifestações esporádicas de nossa parte são inúteis no contexto
geral, na, digamos, "macromídia", por mais interessantes e
recompensadoras que possam ser na "micromídia".
Como não temos um discurso unificado que defenda os princípios do
BDSM, mas apenas esta ou aquela prática, cada componente da mídia
pode abordar o tema que quiser, da forma que quiser e no momento que
achar conveniente. E sempre achará quem se disponha a falar dentro
dos parâmetros que ela estabelecer, e não dentro de parâmetros que
nós deveríamos traçar.
E assim vamos caminhando, fazendo de conta que estamos tentando lutar
para mostrar que BDSM não é uma atividade doentia e nem restrita a um
bando de loucos, quando na verdade ainda estamos no estágio de fazer
de conta que somos um grupo.
Eis porque não acho que chegaremos a parte alguma e nem mudaremos
nada. Ou deixamos as vaidades e as certezas pessoais de lado, ou nos
conformamos em nos mantermos restritos a nosso gueto, sem aceitação
nem reconhecimento. Infelizmente, pelo tempo e experiência que tenho
no meio, não acredito que a primeira hipótese se confirmará – pelo
menos não nessa geração de bdsmistas brasileiros. Talvez num futuro
ainda distante – mas agora, neste momento, sinceramente não tenho
esperanças.

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#45 Mensagem por Maestro Alex » 10 Mar 2008, 11:37

Humilhação , um requinte de prazer.




Sou uma ferrenha amante da humilhação, uma técnica da Dominação Psicológica que muito me agrada e excita.

Porque a artimanha da humilhação da Mestra Domindaora Sádica se elabrora na mente, se transefere ao intelecto do sub e se estende a seu subjugar físico .

Os mecanismos que a aciona e faz desta uma prática interessante e agradável para botton e Top, porém deve ser vista e aplicada com extremo cuidado.

Geralmente vamos adentrar lembranças reprimidas ou mesmo antigos traumas que com o passar dos anos foram assimilados pelos subs com uma roupagem erótica e
fetichista.

Abusos não consensuais do passado podem ser superados pela prática desta e de outras técnicas, pois na época do fato ocorrido, a situação estabeleceu uma
conexão na libido...tanto que se revela pelo feticheanos mais tarde... mas em algumas vezes
a causa do ato real sofrido, não.

E é nessa tênue linha que mora a grande diferença.
Quando usamos a humilhação em Bdsm, causamos o que chamo de “ dor sem atentado a personalidade da vítima “, porque ela assim consentiu. É uma dor com um buquet totalmente divergente da daquela que a tirania, o despotismo e o absurdo da falta de civilidade produz : uma invasão que diminui, hostil e predatória à
contra gosto.

É uma dor saudável ,de dependência ,de degustar uma intimidade sem pudores de quem para te adorar ,rasteja, pede para ser triturado, sem o a menor cerimônia de
se mostrar inútil e desprezível sem o mérito d e servir...algué m que se craquela diante de seus olhos,pronto para te mostrar seus cantinhos mais obscuros na revolução do cio.

Ela não degrada porque não destrói o núcleo do amor próprio. Uma dor nascida para o prazer....ao contrário, enaltece.

O perigo da aplicação desta deliciosa preferência é saber ficar do lado de cá da linha.

Uma humilhação mal feita pode atingir o âmago da libido e da autoestima, com o efeito de uma bomba nuclear, devastando o desejo e elo da coleira.

O escavo deve saber que ele é um merdinha, mas é o seu merdinha.Aquele que espicaça mas não não um objeto de descartável utilidade. Não se deve ferir os sentimentos dos escravos pela humilhação, mas sim a carne e a mente pela dor gratificante que lhes proporciona.

Quem aprecia esta prática gosta de ser dominado ao ponto se ser usado no auge do despreendimento dos conceitos e decoro ensinados pelo sistema:ser a/o puta/o de um Mestre/a significa em bom português : me entrego a tua devassidão sobre todas as formas e sem nenhuma reserva...não há limtes ou infrações morais que se interponham entre meu serviço e teu prazer.”

O boton se despe do condicionamento comportamental burguês católico para se transformar num atemporal Homo Sapiens , primitivo/a, onde o certo era fazer o
que prazer lhe dava e bons frutos proporcionava, sem restrições sociais...não o que o presidente, os dogmas e a sociedade entende como certo.

É um momento de liberdade para Dom/Domme e subs.
Tanto assim o é que muitos servos/as e Lords/Ladys querem , quando há no jogo práticas sexuais envolvidas, que durante o ato da cópula, não cessem os estímulos da
humilhação...mas estas se aliam a mecânica operacional do coito.

Porque assim todos os sentidos estão envolvidos no prazer. E a audição traz excitações poderosas! Assim aliados a essência do corpo e da alma se fundem
(e se fodem, se penetram) no gozo, pelo estímulo dúbio e simultâneo.

Mas quando se rompe a barreira e se passa para uma humilhação pejorante, o/a escravo/a se inibe, se encolhe e se defende com a falta de interação por causa
da ofensa revestida do intuito de ridículo do opressor.
Assim eu penso

Sempre desejando somar.

Domme Morrigan

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