Assuntos Gerais BDSM-SCC (contos, links, eventos e ainda para falar livremente sobre BDSM)

Discussão sobre BDSM-SSC : atitudes, conhecimento e entendimento da chamada "forma de vida alternativa". Experiências, motivações, inquietudes e demais coisas relacionadas...

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#91 Mensagem por Maestro Alex » 14 Abr 2008, 17:02

Trata-se de um site internacional, mas como é especificamente voltado para as comunidades fetichistas e ao BDSM em geral, não há restrições quanto às fotos explícitas sobre os temas. Ou seja, não existe aquele pudor moralista hipócrita dos administradores do Orkut, que continuamente deletam perfis quando são exibidas imagens de nudez ou assemelhadas.
Apesar de ser uma página em inglês, qualquer um pode criar o seu perfil em português mesmo e, inclusive, já temos lá, a comuna BRAZIL BDSM com um primeiro tópico sendo discutido na nossa língua. Eis o link:

http://fetlife.com


Abraços Sádicos,





|METATRON|
"Meu gozo mais intenso é ver e sentir tuas contorções de prazer quando me ofereces tua dor...é assim que se manifesta em toda a plenitude nosso estranho e belo amor..."

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Maestro Alex
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#92 Mensagem por Maestro Alex » 15 Abr 2008, 11:13

Exploração,dependência e dominção psicológica.



Para falar sobre isto , melhor primeiro abordar o que representa ser um Top na minha concepção.
Top é alguém com capacidade real de liderança, comando e administração de poderes amealhados.Ele/ a está para sua/seu sub , como um general está para seu exército, ou seja responsável, atento a todos os movimentos e trabalhando em equipe para um bem comum.

A dominação psicológica não é quando o Dono/a aniquila totalmente a iniciativa, criatividade, inteirações de ação e atuação, capacidade de raciocínio, independência de pensamento e deter o controle absoluto de qualquer manifestação ou inteiração do botton.Mas quando por ensino, admiração e lógica, o/a sub coloca as leis e determinações de seu/sua Mestre como comandos executávies direcionando seus passos confortavelmente dentro de seu espaço.




Comparo a um treinamento de cão de pastoreio: você o adestra para atuar na sua presença ou ausência de acordo com determinados ditames, mas não destrói a iniciativa do animal em se movimentar, criar meios e vivenciar esse trabalho
pelo adestramento. Não o robotiza.

O objetivo desta não é envolver o psicológico ao ponto de escrutinar "_Isso eu quero e isso não quero."`É como autoridade detentora de poder ,estender o ombro amigo, aconselhar ,levar por argumetação e dedução lógica a raciocinar em termos mais proveitosos para si, para a vida e para o contrato.

Dominar é seduzir , conduzir a dança onde leva o outro a um ponto de evolução.Não no peito e na raça.Antes, impondo pelo exercício lógico, pela verdade que torna qualquer tipo de
argumentação superior aquela que contém erro e uma noção falha da concepção ao modo operacional.




Com certeza, nós como Tops,atraímos a atenção,influência, admiração, respeito dos submissos/as que tem a humildade de estarem abertos a ampliar horizontes.

Dominação psicológica não é arrombar a mente de alguém e se instalar como verdade absoluta.Como bem define labrador_DM,é uma questão de lógica, um membro da matilha seguir o alfa desta por este ser mais apto a dirigir seus caminhos de sobrevivência. Mas a direção do líder conta com a soma das potencialidades dos subalternos atuantes dentro das suas diretrizes.




Quando estou longe de labrador_DM fisicamente eu me encontro viva e presente dentro dele.Porque no decorrer do seu dia ele está pensando em como publicar meus livros, num faca que viu e deseja comprar para mim, em me contar algo interessante que descobriu, em ser fiel aquilo que determinei como suas tarefas....

Dominar psicológicamente não significa que o botton "vê seu rosto 24/7 a sua frente.Mas é leal, coerente e bem acomodado dentro de suas ordenações e a conceitos.
A exploração nasce da innsegurança, da vaidade e da autoafirmação do Top.E quando os bottons ligados a estes de problemas emocionais com certeza alimentarão distorções da dominação psicológica como a fixação, a obssessão e a dependência .





A linha divisória entre dominação e a exploração psicológica,é muito tênue, como tudo que é extremo : sadomasoquismo e abuso, segurança e crime, esbarraM em fronteiras que necessitam ser vistas de perto para ser corretamente delineadas.

Mas tudo em Bdsm é bipolar.O estado emocional do botton conta .E na maioria das vezes, se estiver frágil, pode ser, explorado, iludido, enganado.

Envolvido em carências, pode ele/a próprio/a vir a fazer tudo isso consigo mesmo projetando a responsabilidade numa outra pessoa e chamar isso de Dominação psicológica."


A exploração psicológica é facilmente determinada.É quando o Top usa de seu poder sobre a peça, não para fazê-la crescer, evoluir e ampliar seus horizontes (de que adianta um corcel chucro que não sabe nem receber arreios quanto treinar seu potêncial de corrida e salto, para is e para o /a Dono/a?) e aprender.... mas para mostrar que controla a peça, dispõe dela como quer e quando quer à despeito de isso ser bom ou ruim para ela.




Em Bdsm, tudo deve ser prazeiroso para ambos.Até quando um Top verga com a sua vontade a resistência de um botton para superar um limite, isto deve ser de saldo positivo para as partes.

Fazer ou executar porque o Sir/Lady diz: "_Porque eu quero e lasque-se." é exploração.Não é SSC, não concede o prazer que todo bdsmista busca ao exercer uma fantasia....é showzinho de "_Eu sou fodão/fodona. Eu prendo, faço e arrebento."



E nenhum botton merece ser palco para autoafirmação de um Top e sim uma vitrine de sua natural superioridade.

Se gabar de conseguir mexer no psicológico da/o sub para mostrar que sabe "empinar oa pipa " é ridículo.


Tem que haver uma prova disso, ou seja, da responsabilidade do Top no processo.Tanto quanto não se pode nunca deixar de apreciar a qualidade do botton em executar as mudanças, ordens e trnasformações.





BDSM é um conjunto de práticas, uma filosofia, mas para exercer determinadas práticas é preciso maturidade.Dominar.È posição de responsabilidade e de consciência.Numa escala de ascêndência menor e nada megalômana, eu comparo a nossa atuação na dominação psicológica saudável como inteiração Divindade Absoluta e suas criaturas e criações.

O que faz Deus ser maravilhoso é a exuberância rica de suas criações, tendo cada uma sua própria força e poder independente porém sendo uma parte e parcela de quem a domina como Supremo.

Instigar a dependência é patológico.Deus que é Deus, não fica "puxando as cordinhas" dos oceanos dizendo:
"_Viu? Eu controlo as marés! Sou um machuca piruzão!"

Porque algum ser humano se acha no direito de fazê-lo?




Se formos abertos as Sua Palavras, alcançaremos uma estágio de vida melhor.Seremos unidades indenpendentes de Sua Potência atuando de acordo coma nossa individualidade


Bdsm é troca.Eu me comprometo em aprender e evoluir ,diz o sub, e o /a Senhor/a em ensinar e disciplinar.
Confio em sua capacidade para me guiar e direcionar sem exterminar minha inciativa própria.Mostre a melhor maneira de ser feito e deixe que por meios faça.

Essas proporções devem ser equilibradas. Quando o Top quer controlar em excesso ou a/o submissa/o quer ser mais passivo/a do que deseja o Top não há uma relação de D/s psicológica, mas exploração.



Pasmos?Esta exploração que é amplamente veiculada como " fábrica de abuso contra escravos/as" também pode ser feita em relação inversa.A exploração do submisso/a em relação ao/a seu/sua Mestre/a existe quando ele/a quer que seu/sua Dona seja um/a Deus/a que o/a "livre de todo mal amém", o alvo de seu amor quando ele/a não deseja ou a resposta para todas as suas preces.

Ou seja, há exploração psicológica quando alguém quer forçar o outro a ser o que ele não é.

Bdsm é feito por seres humanos.Eles tem talentos e fracassos.Exigir demais ou de menos é explorar.Deve- se inteiragir na medida exata.




O/A Domme não é um/a Figura Divina que é capaz de roubar a sanidade ou raciocínio do botton,.É devaneio outorgar só ao/a Dominador/a a responsabildiade pelo desastre num contrato.

Espero ter somado,beijos.



Domme Morrigan

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#93 Mensagem por Maestro Alex » 16 Abr 2008, 10:12

BRASÍLIA, 16 A 18 DE MAIO DE 2008



A vivência BDSM no Cerrado



O GRUPO BDSM SEM CULPAS espera por Você para juntos realizarmos o ENCONTRO BDSM NO CERRADO 2008 – III ENCONTRO NACIONAL BDSM, o começo de uma história que se propõe a percorrer todo o país.



Já se imaginou numa grande e deliciosa excursão de (e pelos prazeres) que a nossa comunidade vivencia por todo o território nacional? E o que vamos fazer juntos? BDSM claro! Das múltiplas e variadas formas que essa escolha proporciona!



Começamos na sexta à noite com um delicioso e misterioso BAILE DE MÁSCARAS, uma noite reservada a confraternizaçã o, encontros, reencontros, conhecimentos, música, dança, performances. ..

Traga sua máscara ou adquira na hora...feita pra Você!

mascaras

O sabadão é completo, tem:

2 palestras: O FÍSICO e o PSICOLÓGICO uma abordagem SSC focada no SÃO

Oficinas de trabalho: temas específicos para os inscritos interessados em debater e desenvolver

Dungeons: divididos por práticas e abertos o tempo todo para uso

Esportes BDSM e Gincana: vamos brincar e mostrar nossa disposição

Painel: História e histórias do BDSM Nacional

Performances surpresa

Stands de vendas

Exposição de Arte BDSM

E uma NOITE DE MAGIA: OS ELEMENTAIS

Fogo, água, terra e ar





E no domingão:

Apresentação das Oficinas

E a continuidade das atividades simultâneas com aquele gostinho quase triste de despedida

Mas sabendo que em 2009 nos encontramos novamente em algum outro ponto deste vasto território nacional

pra saborear o mesmo gosto bom mas com outro tempero tipicamente regional!



O encerramento? Uma gostosa surpresa com a marca SEM CULPAS





"Para quem gosta de curtir o prazer

sem se preocupar com a ressaca moral"



Se VOCÊ deseja participar com a exposição da sua arte

ou com um stand de vendas esta é a hora!

Contato: bdsmsemculpas@ ******.com





Frases do dia:



Se for praticar BDSM não beba, se beber assista!

Não brinque com sua vida, BDSM e drogas não se misturam!





Maiores informações:

bdsmsemculpas@ ******.com

www.bdsmsemculpas. com (em construção)

http://bdsmsemculpa s.blogspot. com

http://www.orkut. com/Community. aspx?cmm= 35435495

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#94 Mensagem por Maestro Alex » 23 Abr 2008, 10:32

Dor X Dor

Existe uma grande diferença em provocar dor sem controle e provocar dor controlada. Como estamos falando de BDSM, é claro que devemos optar SEMPRE pela dor na qual o dom tem absoluto controle da intensidade, duração e quantidade.

Ainda não entendeu? Talvez alguns exemplos sirvam melhor ao propósito desse artigo.

Exemplos de dor sem controle

Eu sou um amante confesso de bondage e costumo dizer que a imaginação é o limite na hora de escolher as posições para amarrar alguém. Entretanto tenho plena consciência que algumas posições são absolutamente dolorosas, e por mais que o parceiro seja uma masoquista e a curta dor, não há como ele resistir por muito tempo em uma posição incomoda. Logo, algumas posições só podem ser usadas por poucos minutos e para algumas poses de fotos. Nem pense em querer amarrar alguém em uma posição desconfortável e deixar assim por muito tempo, ou pior, ainda querer adicionar outros tipos de tortura. Muito provavelmente seu parceiro irá odiar a sessão contigo e nunca mais aparecerá.

Amarrar muito apertado (prender a circulação), mordaças muito grandes, vendas muito apertadas sobre os olhos, ambientes muito quentes ou frios demais também são outros fatores que acabam com o tesão de qualquer submisso.

Cuidado também para não se concentrar demais em uma única área. Existem dominadores por exemplo que adora um spanking na bunda e concentram toda sua atenção exclusivamente nessa área. Depois de um tempo, por mais que o submisso goste de dor, ele não aguentará apanhar na bunda e todo o tesão irá embora. O mesmo racioncínio vale para prendedores pelo corpo, chicoteamente, peso nas bolas, cera quente de vela, cócegas, enfim, qualquer tipo de tortura. Para mim um dom que foca sua atenção em uma única parte do corpo do sub, além de estragar o prazer do outro, perde as delícias de explorar todo o corpo do outro que está ali à sua frente completamente amarrado e amordçado.

Mescle dor e prazer

Como eu disse, não é porque o seu parceiro é masoquista que você deve supor que qualquer dor é bem-vinda. Comece aplicando pequenas doses e vá aumentando o tempo e a intensidade, mas nunca exagere no tempo e varie as torturas e locais de aplicação. É importante também dar um tempo para o submisso se recuperar. Essa pausa também serve para aumentar a expectativa do que virá na sequência e por tabela aumentar o tesão de quem está amarrado e amordaçado. Uma coisa muito importante negligenciada pela maioria dos dominadores: misture dor com prazer. Por exemplo, aplique cera quente pelo peito do submisso, faça uma pausa e durante esse intervalo aproveite para punhetá-lo (sem deixá-lo gozar). Quando ele estiver com o penis bem duro, volte à cera quente novamente e assim sucessivamente. Outra sugestão: você pode pendurar pesos nos testículos do seus parceiro e num determinado momento você segura os pesos na mão enquanto chupa seus mamilos e acaricia seu corpo e depois solta os pesos novamente. Se um dominador souber treinar bem seu submisso, mesclando dor e estimulação sexual, ele conseguirá condicionar o parceiro a ficar excitado toda vez que receber uma tortura. Para saber que o que digo é verdade basta lembrar da experiência com os ratos que levavam um choque toda vez que tinham que pegar comida. Depois de um tempo eles mesmo procuravam o choque pois sabiam que na sequência ganhariam comida.

O mais importante é nunca esquecer: tenha sempre controle sobre a dor, saiba que ela deve ser intermitente (para e recomeça) e não contínua.

fonte: Bondagebrasil. com

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#95 Mensagem por Maestro Alex » 23 Abr 2008, 11:03

Conselhos a um Dominante

1. Não nasceste Senhor. Tens que o merecer.

2. Mesmo que já mereças ser Senhor, isto não quer dizer que mereças a tua escrava. Nenhum Senhor merece a sua escrava. Se ela se entregou a ti, foi pura dádiva.

3. A tua escrava deu-te tudo sem te pedir nada em troca. Mas mesmo sem ela te pedir, há uma coisa que tens que lhe dar: razão para confiar em ti.

4. Se a tua escrava não se deixa amarrar, o defeito não é dela: é teu.

5. Tens o direito de ser cruel; tens o direito de ser caprichoso; tens o direito e o dever de ser firme e exigente; mas não tens o direito de não respeitar a mulher que se entregou a ti.

6. A tua escrava já existia antes de se entregar a ti. Tem uma história, um passado e uma personalidade e não há outra pessoa no mundo igual a ela. Não é uma boneca de plástico que possas moldar às tuas fantasias pré-concebidas. Podes subjugá-la; podes e deves educá-la ao teu gosto e para o teu prazer; mas tens de construir sobre o que ela já é. A isto chama-se respeito.

7. Quem dá as ordens és tu. Quando dás uma ordem, é para ser obedecido. Por isso pensa bem antes de ordenares seja o que for.

8. Se mostrar-te indiferente à tua escrava te der prazer ou te parecer necessário, podes desempenhar esse papel; mas nunca lhe sejas indiferente na realidade.

9. Estuda a tua escrava com tanta atenção como ela te estuda a ti. Ou ainda com mais.

10. Não confundas prazer com felicidade. Tens o direito de exigir à tua escrava que te dê prazer, muitas vezes sem receber nenhum em troca; mas tens sempre o dever de a fazer feliz.

11. Uma escrava não tem direito ao prazer. Ela própria será a primeira a dizer-te isto. Mas uma mulher é um ser tão subtil e tão complexo que às vezes pode ter prazer em não ter prazer… Respeita-a também por isto, porque se trata de alturas a que nunca subirás. Por isso, proíbe o orgasmo à tua escrava, se quiseres, ao mesmo tempo que fazes tudo para lhe provocar; ou, pelo contrário, ordena-lhe que tenha um orgasmo enquanto te serves dela sem quaisquer preliminares e sem a menor carícia; em ambos os casos é possível que lhe dês um prazer que está para lá da tua compreensão.

12. Faz com que a tua escrava cresça. Se a fizeres diminuir, diminuirás tu ainda mais, e acabarás por não ser digno de lhe beijar os pés.

Escrito por Vanderdecken Rubáiyát, in http://omarkhayyam2.wordpress.com

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#96 Mensagem por Maestro Alex » 24 Abr 2008, 15:13

UM AFASTADOR PORTÁTIL
Por Jade_{MF} , retirado do site "Desejo Secreto".

Bom, o esquema é simples:


Material

4 canos de 25 cm de comprimento, cada
(Quanto ao material, pode ser qualquer um. Eu, pessoalmente, tenho minha dúvidas com relação ao cano de PVC, mas meu Senhor disse que é resistente e se presta bem para isso. Eu é que não vou discutir com Ele, mas o PVC deforma, empena com o calor e pode quebrar. Prefiro os tubos de cobre que, além de bonitos e não precisarem de pintura, podem ser encontrados em pequeno calibre.)


2 nips
3 ts
5 argolas
rosqueadeira
furadeira
serra



Execução

1. Compre os canos já serrados, ou serre no tamanho desejado.
2. Faça roscas nos dois lados do cano
3. Faça furos nos 2 ts das extremidades, na parte de cima
4. Faça um furo no pé do t do meio
5. Adapte as argolas nos furos
6. Pinte as peças com tinta óleo preta
7. Encaixe as peças na hora de usar, como no diagrama:

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#97 Mensagem por Maestro Alex » 25 Abr 2008, 12:35

Dicotomias do Bdsm

Em quase 4 anos gerenciando listas (próximo dia 01/05 se completam aqui no Nação), passou por esta "vitrine de opinões diversas" muitos temas.E um que tem o efeito bumerangue é este ....Bdsm x Afetividade.

Ele se insere no que chamo de dicotomias do Bdsm
tais como "escravas/os rebeldes", e "bdsm sem sexo" entre outros

Uia, "escravo/a rebelde"?Mas sub não tem que ser manso, passivo e acatando os comandos sem resistências?
Reposta : Depende.Há para quem o prazer seja quando o escravo embora reconheça a autoridade do Dono/a, crie em suas posturas, desafios de doma ou aquele que obedece mas de vez em quando escafede-se para uma "peraltice" só para levar aquela famosa "chamada no ovo com castigo linha dura"

Há espaço para quem goste de "cadela fantoche" e " cão mamulengo"? Há .Para quem gosta de doma ao estilo
"_Segura Peão/Ginete!? Há.

Só não há espaço, no Bdsm sério para aquele sub que se achando"o último gole da latinha" faz o gênero
" mustangue selvagem", o/a eterno indomável.
NUNCA haverá Top que o vergue porque simplesmente ^não quer vergar-se.Se for esse o caso, seja realista e pague um/a bom/boa profissional do Bdsm ou arranje um/a namorado/a que goste de sexo apimentado e seja feliz.


"Bdsm sem sexo" ...existe? Não.
Toda ação erótica, sensual que envolve excitação e gozo é sexo.O que existe é Bdsm sem ato de cópula incluso
no contrato. Dentro do jogo feito com consciência, a presença dele ou a ausência dele não influi nem contribui para que o jogo seja excelente ou péssimo...a qualidade da cena está ligada a qualidade das pessoas, da perícia das técnicas em SSC e o que consta no acordo envolvido.É
o que realmente vai fazer a cena boa ou não.

"Bdsm sem ou com afetividade" Ambos são possíveis e válidos desde que haja consensualidade seja na precisão, exclusão ou advento opcional deste entre as paecerias.
Cabem ambos os casos no bdsm feito com seriedade.


O que não cabe é interesses escusos e manipulações visando objetivos ocultos atrás de uma mentirosa premissa seja de comando ou de submissão, tipo:

A- "Quero do Top ÇOIH mas como ele não me quer , vou ficar com o Top UTRE mesmo enquanto espero a oportunidade. Quando ela surgir, devolvo a coleia para ÇOIH."

B-"Quero escrava TEWW , nas ela porta a cloeira de Dom UYT.Vou minar a relação por debaixo dos panos."

C_"Fui de Dom DQJHG .Eramos casados e com contrato de sensala única, mas o galinha me traiu com outras cadelas um zilhão de vezes.Terminarei casamento e contrato ,vou ficar com a Rainha YTR.Assim eu piso no ego machista dele, ele vai querer voltar...mas vai ser nos meus termos...ai manupulando o controle da relação, largo a Rainha YTR"

D-"Sou casada WQIU, gosto dela mas não é a Sádica que preciso, acabou o tesão e a chama do sentimento., mas por enlaces de vida comum não posso deixar WQIU...então vou levando com a barriga."

Porque não cabe? Porque não é são , seguro ou consensual.

a-Em sã consciência o/a parceiro ignora intenções ,que, se soubesse não aceitaria contrato.
b-Não é seguro abrir sua privacidade , intimidade e confiança a uma pessoa que já entra decidida a errar com você.Com certeza usará aquele velho recurso para justificar sua falha frente a comunidade : pixar e lançar descrédito sobre sua pessoa.
c- Nada que você desconhece pode ser escolha ciente e consensual.Tem uma bomba relógio armada na sua intenção.

Falta de caráter e sinceridade é crime do indivíduo contra um outro em qualquer estilo de Bdsm.

Aqui cabem as perguntas de Domme Laura
A união Bdsm com afeto não degringola se há a consciência no par que há partes comuns entre eles e os casais baunilhas (trãmites familiares, sociais e de cotidiano) e há partes em que diferem radiclamente por serem duas unões com bases diferentes enquanto relação.

Para um casamentos com Bdsm dar certo, tal noção é fundamental e vital.

A necessidade de "Um certo distanciamento emocional mais propício às práticas bdsmistas" ditas por Domme Laura se resume nesta lucidez de ver com clareza que seu casamento guarda na intimidade e na vivência emocional da aliança, uma postura diferente das dos baunilhas no seu curso de vida.

Para casar em Bdsm é preciso "se limpar" dos velhos termos de compromisso aprendidos na infência.É una outa realidade,
Principalmente expurgar "ramços"de relação baunilha como ciúmes, exclusividade sexual, posse,manipulaçã o por sentimentos e cobranças .

Ciúmes e exclusividade sexual: Bdsm é prazer extremo para ambas as partes.


Que me desculpe a turba de escravos/as que dizem que seu prazer no contrato nunca importa, pois seu prazer está em que só seu /sua Dono/a o tenha.

Que me desculpe os Dons/Dommes que entram num contrato só pensando em si ,com a peça como mera figuração para atingir seu prazer, sem real preocupação deste/a sub ser além de servo/a seu, uma pessoa.

Peço desculpa pela sinceridade do que agora digo,
mas é minha opinião:


Para meu entender,NINGUÈ M em Bdsm pode pensar só na sua satisfação ou na do outro, mas na antes deve-se pensar na realização das fantasias de ambos dentro do conceito de prazer extremo.

Em ambos os casos, sejam de Dominantes ou dominados, estão passando um esteriótipo do que é ser Top ou do quer ser botton subs, encantando incautos para contratos fadados ao fracasso por não abrigar a realidade de dos seres humanos e não só um, dentro da parceria.

Nem que seja para ser tratada igual a trapo velho , a peça se submete por deseja e tem prazer com aquilo.Nem me venha com estes "altruísmo masoquistas de sofrimento 1000 para Ele/a e prazer 0 para mim"É história para boi dormir.

Quem faz Bdsm quer prazer, não importa de que lado do chicote esteja


Aendo assim realista, saabemos que e a sexualidade precisa de cratividade, originalidade e imaginação para se manter a sexuaidade acesa.

Ninguém que só coma macarrão durante 6 anos seguidos e ininterruptos, quando vem o prato de massa, não lamenta e sonha com um bom rosbife

Então, subs, se seu contrato não é de senzala única, não forniquem as idéias de suas irmãs de senzala com seus ciúmes.Ele/a é seu/sua esposo/a na vida
e em Bdsm é seu /sua Dono/a... separe bem as coisas.Ele/a a possui e não o contrário.

Tops, vocês podem ser o máximo para suas peças, mas lembrem-se que se gostam de variar peças elas também gostariam de ter novas experiências. Deixe de ser inseguro/a ,confie no seu taco e na sua peça....faça cenas conjuntas com outros Tops com as peças deles/as e suas peças, empreste a um Top de sua absoluta confiança seu brinquedo e experimente o dele.....crie, invente, faça um bdsm diferente!

Top, você dirige a cena e é responsável pelo prazer crescente e renovado entre você e o /a sub.Não deixe por egoísmo a relação estagnar.Quando se esquece que atrás do sub tem um ser humano e só se preocupa consigo, está arranjando meio seguro de perder a peça.


Posse: Num casamento Bdsm pode-se manter a fidelidade de sentimentos entre parceiros, mas escravo/a não possui corpo ou mente do Dono/a é prerrogativa do Dono/a possuir corpo e mente do escravo.

O/A Dono/a empresta a peça ou não para quem quer, tem prazer com sexo com outas peças ou não e por aí vai

Sem isso estabelecido a relação caduca.

Manipulação por sentimentos e cobranças.

"_Benhê, sou sua esposa cadela.Acho que deve ter regalias como número maior de cenas,mandar nas outras,ser a Primeira Cadela e chefe de senzala instruindo as iniciantes.. ..Valeu?"


NÂO,NÂO...E NÂO!

Como peças , devem ser todas equivalentes em importâcia embora possam não o ser no qualitativo de afeto.

Dar primazia na base da emoção é negar distinção por mérito...alicia a preguiça estagnada da/o esposo/a e anula os esforços das outras peças rumo a excelência de serviço.

Quem aceita esse argumento cede a manipulação da peça querendo mandar claro recado as demais..."Eu sou a tal, me agradem , façam o que eu quero, porque se apertar o botão vermelho , Ele/a te chuta.

Quem controla o que?


O amor Bdsm é carinhoso com o outro mas sem perder de vista seus papéis.Dominantes não cedem a chantagens de dominados por mais que os amem.

Se o fazem matam o prazer da realção devolvendo ao escravo o poder antes consetido de decisão e modo operacional. Vira teatrinho e perde a beleza da proposta.


Espero ter respondido as questões.Bdsm é isso, como os seres humanos, oceano de possibilidades. ..desde que seja com SSC, seriedade e sem perder de vista o que se faz mister em qualquer prática para ser enquadrada como ação bdsmista.... Comandante e comandado ambos cõnscios de serem indivíduos vivos, pensantes, com sentimentos sempre , porém adequados nos papéis que escolheram dentro de sua união.

Beijos





Domme Morrigan

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#98 Mensagem por Maestro Alex » 02 Mai 2008, 22:47

http://maestroalexbdsm.blogspot.com/200 ... html#links

o blog esta de festa...

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#99 Mensagem por Maestro Alex » 03 Mai 2008, 12:19

Conceitos como " Masoquista puro: Não está interessada (o) em servir ou ser humilhada (o)", " masoquista puro se interessa mais pelas próprias sensações físicas, do que em ser 'usada' para satisfazer o parceiro Dominante." e " Pseudo Submissa e submissa verdadeira", me soa com uma arrogância digna de Napoleão...totalamen te absurda!

São parâmetros dos quais discordo totalmente, porque bdsm é feito de pessoas e não se substãncias.

Uma das coisas que ODEIO é quando alguém, não importa de que lado do chicote esteja vem com afirmação que realidade difrente da sua não existe.
Exemplo: Declarações de que todo ohomem é sub ou toda mulher o é.

Primeiro sexo não determina índole,personalidade e nem caráter.

Segundo, uma coisa é dizer que "para mim não se aplica", outra coisa e negar a existência de uma coisa só porque não faz parte da sua realidade.

Equivale a dizer que o homem não pisou na Lua porque você não esteve lá.

Ao meu ver julgamentos como "X e mais ou menos que J", "P é melhor ou pior que G",K tem mais qualidade ou quantidade de isso ou aquilo que H", é de bom uso na quitanda, não em Bdsm.

A medida com a qual pelo menos eu acho, deveriámos nos ater é bdsm sério e bdsm leviano.

Em Bdsm sério entram todas as práticas e estilos desde que em SSC e respeitando o traquejo com lisura entre os membros de sua Comunidade.

Bdsm leviano é o feito sem SSC, sem limite algum ( pessoa sem limite é hipotética), de convivência desrespeitosa, destruindo, banalizando ou suprimindo conceitos sérios e importantes que definem o contéudo do acróstico.

Porque? Simples, o leviano se feito em lugar e com pessoas que compratiham da mesma visão e vontades, embora seja perigoso e deturpado... .o que se pode fazer?Afinal cada um faz de sua vida o que quer....que assumam as consequências de suas doideiras, sem reclamar depois.

Eles tem direito de serem doidivanas, mas nenhum de querer equivalerem- se aos sérios.porque se deixarmos, quando ELES fizerem cagadas,NÓS levamos a fama.

.O "X" da questão é esse...querem adentrar ambientes de divergentes da sua maneira de encarar prazer extremo, para se impor a ele, criando tumultos, problemas e afrontas.

Há eventos, listas, chats e play para sérios e levianos.Procure seu ambiente e os de pensamento igual.

Ninguém é obrigado a aturar gente inconveniente que desconhece o bom senso, trazendo problemas ou situações desagradáveis.

Essa é minha opinião

Beijos



Domme Morrigan

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#100 Mensagem por Maestro Alex » 05 Mai 2008, 13:15

OS NOVES NÍVEIS DE SUBMISSÃO

1. Masoquista puro
Não está interessada (o) em servir ou ser humilhada (o). Seu
interesse está na dor e na sensualidade um pouco mais 'temperada', pois estas são as condições e os prazeres do masoquista. Istosignifica que esta pessoa se interessa mais pelas próprias sensações físicas, do que em ser 'usada' para satisfazer o parceiro Dominante.

2. Pseudo Submissa (o), não escrava (o)
Não joga da mesma forma que o Masoquista, uma vez que está
interessada em algumas práticas da Submissão, tais como castigos, ou mudanças de comportamento forçado como o infantilismo ou o 'travestismo. Geralmente gosta de humilhação, mas não de servir. E, de uma forma geral, pretende 'ditar' as ações de uma sessão.

3. Pseudo Submissa (o), escrava (o) de sessão
A pessoa gosta de jogar como escrava (o). Gosta de se comportar como subordinada (o), e em alguns casos até de ser usada (o) para satisfazer os impulsos sádicos do parceiro (a), entretanto todas ações da cena são respaldadas por condições e limites pré-
determinados por ela. A maioria destas cenas é fetichista (Ex:
adoração de pés, etc.).

4. Submissa (o) verdadeira (o), não escrava (o)
A pessoa experimenta ser subjugada, mas somente temporariamente e dentro de limites previamente estabelecidos. Sua maior satisfação é obtida dos aspectos da submissão, mais do que servir ou ser usada pelo dominante. Normalmente se excita com a vulnerabilidade e em ceder responsabilidade. Não dita a cena, mas isso de uma forma geral,pois, geralmente, sua busca é pelo próprio prazer (em vez desse prazer estar atrelado, unicamente, ao prazer de seu parceiro
dominante).

5. Submissa (o) verdadeira (o), escrava (o) de sessão
A pessoa dá o controle ao dominante, entretanto esse controle é
temporário (somente durante as sessões e dentro de certos
parâmetros). Obtém uma grande satisfação em servir e ser usada pelo dominante, mas seus fins são puramente eróticos e para o prazer. Pode ser que a dor não a interesse. Mas, pode se chegar a dor de forma indireta como, por exemplo, gostar de ser o objeto de sadismo de seu dominante durante uma sessão na qual faz poucas restrições.

6. Semi-escravo - comprometido eventualmente com o jogo fora das sessões.A pessoa dá o controle ao seu dominador (mas geralmente dentro de limites estabelecido por ela): Quer servir e ser usado pelo dominante; quer prover serviços tanto práticos (não erótico), como eróticos ao dominante. Mas, isso só ocorre quando seu humor está orientado para a submissão. Pode até agir como escrava (o) durante vários dias, mas é livre para renunciar a esta condição em qualquer momento (ou ao termino de um período pré-estabelecido) . Pode ou não ter uma relação estável e duradoura com seu Dominador, e é sempre ela
que decide a quem irá servir.

7. Escravo em tempo parcial
Ela (ele) tem um compromisso de escrava (o) na relação e, se
considera propriedade do dominante em todos os momentos. Quer
obedecer e agradar ao dominante em todos os aspectos da vida: desde os eróticos e divertidos, até aos práticos e não-eróticos. Dedica a maior parte de seu tempo a outros compromissos (profissão, por exemplo), mas, o Dominante tem prioridade em suas horas livres.

8. Escravo em tempo integral
Com poucos limites, a (o) escrava (o) integral só concebe sua prática em função do prazer e bem estar de seu parceiro dominante. E, em resposta, espera ser tratada (o) como uma 'valiosa possessão'. Uma posição muito semelhante à de muitas esposas, mas que, entretanto, no mundo SM, difere do escravo que assume essa posição de forma
consensual, especialmente se o escravo é o homem. Dentro do mundo do SM, a (o) escrava (o) integral é aquela pessoa que está perfeitamente consciente da magnitude que se estabelece na troca entre aquele que concede, e o outro que utilizada esse poder cedido a ele (com respeito e cuidado). Uma consciência que deve, especialmente, levar em conta os possíveis riscos, e se estabelecer com acordos muito mais
claros e específicos daqueles que normalmente precedem ao matrimônio tradicional.

9. Escravo consensual sem limites
Escrava (o) sem limites. Uma idéia ou fantasia comum que
provavelmente não existe na vida real (exceto talvez em cultos
religiosos e autoritários, nos quais o consentimento é induzido por
estratégias de lavagem cerebral que apelam por situações sociais ou econômicas, e que portanto não é um consentimento nenhum pouco consensual). SM totalitário que insiste que não se pode ser um escravo a menos que você seja disposta (o) a fazer absolutamente qualquer coisa para seu parceiro dominante, independente de seus limites. O autor do texto coloca que encontrou algumas pessoas que se
diziam escravos sem limites, mas que em todos os casos ele teve
razões para duvidar desta postura .

Texto original: http://www.charm.net/~sgillis/mpp/9levels.html

Domme Morrigan

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#101 Mensagem por Maestro Alex » 11 Mai 2008, 14:00

Maysa - Ne me quitte pas traduzida

http://es.youtube.com/watch?v=8gtOXoXeW ... re=related

Submissão pura...

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#102 Mensagem por Maestro Alex » 12 Mai 2008, 13:22

mais um record...

http://maestroalexbdsm.blogspot.com/200 ... html#links

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#103 Mensagem por Maestro Alex » 03 Jun 2008, 13:58

AGRESSÃO E PODER



Uma das mais interessantes questões do PODER é sua capacidade em lidar com ofensas ou ataques indesejados.

Engana-se quem pensa que retórica é sinal de força. Nem sempre essa máxima é a correta. Dar atenção a pessoas ou coisas insignificantes simplesmente o nivela por baixo, aumenta a atenção que seu agressor deseja ter.

O PODER de permitir que algo lhe perturbe é SEU, não dele.

Notar a existência do agressor e dar importância ao assunto ou ofensa, é algo que se deve levar em conta apenas se o ataque tem alguma relevância, pois caso contrário, você se verá envolvido numa discussão fútil, desprovida de sentido com alguém que está no anonimato tentando ser ouvido.

Geralmente o agressor quer ser notado, precisa que você entre no “jogo” para que seu ataque encontre eco, tenta chamar sua atenção de alguma forma, tal qual uma mosca zumbindo.

Deixe o inseto em paz, logo ele vai embora ou morre sozinho.

O simples fato de ser atacado o coloca em vantagem.

Entenda: ninguém se importa com coisas pequenas ou desinteressantes, logo, se você é vítima desse tipo de ação, significa que aos olhos do agressor você está em situação de PODER, você incomoda e desperta nele um desejo inconsciente de igualar-se a você.

Ele despende todo esse tempo e energia esperando uma reação sua. Apenas IGNORE. Acredite, isso é mortal. Nada frustra mais as expectativas do agressor ou da platéia que a sua total indiferença. Isso é ter o PODER.

Ter a capacidade de não se deixar arrastar para armadilhas e não ser tolo a ponto de dar luzes para quem está na sombra.

Não há vantagem em dar espaço a um agressor anônimo, ele só sobrevive se você permitir e a sucessão de ataques acabam entediando quem observa.

O agressor precisa da sua participação para conseguir a aprovação ou ser notado por terceiros. De certa maneira, é uma tentativa de aliviar o sentimento de inferioridade que você desperta.

Nessas situações seja majestático, deixe o rio seguir seu curso, é a melhor coisa a fazer.





Abraços!

SENHOR VERÐUGO

www.senhorverdugo.com

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#104 Mensagem por Maestro Alex » 05 Jun 2008, 12:50

Quantas práticas engloba o Bdsm?

Quantas???



Será que todos os Bdsmistas praticam todas as práticas existentes em Bdsm?



Será que há um grupo de praticas frequentemente mais usadas pela maioria e um outro grupo, também de praticas Bdsm, pelo qual só uma minoria se interesse e se dedique a aprender e fazer??



Será que essa minoria estaria errada por lançar mão de técnicas e métodos pouco usados no meio, mas pertencentes ao meio, caso se tornassem aptos e capacitados para executa-los de modo consciente de seus riscos, mas visando a diminuição máxima possível dos mesmos?



Será que há algum problema em se praticar algo consciente de seus riscos e cuidadoso quanto aos mesmos?



Não sei se tudo do que vejo em fotos e leio em textos tem como base por seus protagonistas o SSC. Não sei se em todas as cenas extremas das quais já tomei conhecimento, aqueles que nelas atuavam se preocupavam com a Saúde, com aplicação de força adequadamente, com efeitos colaterais. Não sei se eram aptos a lidar com possíveis complicações de suas praticas extremas, não sei se haviam se capacitado para executa-las de modo seguro para a parte a ser submetida a tais, se mediram as consequências ou riscos.

Só o que sei é... Se assisto a uma cena ou vejo fotos e vídeos de cenas e reconheço-as extremas, sei do que é necessário para serem executadas, mas não conheço quem ali participou, portanto não sei sobre quais critérios foi feita tal cena e não posso simplesmente afirmar que esta não foi feita com observância ao SSC ou que não é Bdsm.



Se gosto, posso elogia-la, pois espero que tenha sido realizada com a segurança necessária e noção geral por parte de quem fez. Mas se por de trás daquilo, há inconsequência, estupidez, desrespeito, entre outros, por que quem dela participou não era extremamente apto a realizar algo extremo, aí que culpa tenho eu em ter elogiado?

Não sou adivinha, se elogio algo concluindo que esteja dentro do SSC, então que culpa tenho se por de trás dos panos não tiver sido feito deste modo?

Não sou advinha e a primeiro impacto ao ver uma cena extrema é de se presumir que ela se encaixe ao parâmetros do SSC, uma vez que foi aberta aos olhos de todos que prezam como prioridade pelo mesmo.

Creio que eu só poderia afirmar que uma cena foi insana ou feita com ignorância e falta de atenção aos riscos e cuidados para diminui-los caso eu conhecesse quem a realizou e soubesse da sua falta de responsabilidade e aptidão para tal, ou se conhecesse intimamente a pratica e pudesse apontar com argumentos, possíveis erros na realização da mesma, caso contrário, como poderia eu critica-la? Afinal, neste caso, eu a criticaria por que? Por não ser algo que se encaixe em MEU gosto? Por não ser algo que se encaixe ao gosto da maioria? Ou por ser extremo puramente?

Puxa, se foi feito dentro do SSC e é Bdsm, o que há de absurdo em uma pratica extrema vir a tona exatamente em um meio propício a tal?



Se algo é extremo não significa que seja insensato. Pois nas extremidades altas se chegam os persistentes que para tal se tornaram aptos, e se cortam caminho usando atalhos e pulando etapas necessárias para se alcançar tal nível, bem, aí não é comigo, pois quem estará se expondo ao risco solto de sofrer consequências talvez fatais por decisão própria não serei eu, e quem passará de um extremo louvável ao extremo inferior também não serei eu. Cada um sabe de si e escolhe seu caminho, eu é que não vou querer apontar e determinar o caminho de ninguém ou querer deduzir por quais caminhos trilhou fulano ou ciclano para chegar a lugar X.



Vejam bem, quando falo de "segurança" e de "risco solto", quero dizer o seguinte:

Segurança: Digo que penso ser importante que ao se optar por Bdsm e suas praticas extremas, que se preze por segurança também, mas temos que admitir que nossas praticas não são seguras, certo? Portanto o que se faz é estudar e capacitar-se para administrar suas atividades Bdsm dentro de limites que as tornem menos arriscadas. Com consciência de que os riscos impossíveis de se eliminar sempre existirão, mas com instrução e treino que nos tornem aptos a contornar e suavizar os riscos com competência, sem improvisos ou meia-boca.

Risco Solto: O exato contrário, quando se opta tanto por praticas leves quanto extremas em bdsm sem observar atenciosamente a Segurança que, PARA MIM, se aplica como descrito acima.



Gostaria de deixar claro aqui que não estou dizendo que deva ser aceitável tudo quanto for visto no meio Bdsm por que quem o fez se preparou ou por que está no contexto Bdsm.

Não! Há praticas, que na minha opinião, sobre elas não se pode ter controle sobre possíveis contra-tempos e evidentes riscos, e portanto, por mais que se prepare para realiza-las, nunca serão seguras, mesmo que possam ser classificadas por muitos como Bdsm. Logo, não são destas praticas que estou falando aqui.



Em e-mails anteriores já cheguei a citar a ingestão e contato direto com fezes, assim como cera fervente nas genitais como praticas aceitas em Bdsm, mas que a MEU ver não são seguras, por mais que se estude e prepare-se para tal.

Nestes e-mail também coloquei minha posição de que não me meto na vida alheia e que se é gosto e opção de alguém fazê-los, que os façam, pois têm direito a tal. Sem contar que cada um sabe de si, e talvez eu em minha ignorância não saiba de métodos para tornar os mesmos seguros ou menos arriscados.



Reitero, não são de praticas irremediavelmente inseguras que falo, falo aqui apenas de discriminação sobre praticas que por mais que extremas possam ser perfeitamente praticáveis dentro do SSC e Bdsm.



Bem, não falarei mais, apenas aqui deixo claro que a MEU ver, DESDE QUE feitas dentro do SSC de fato, qualquer pratica pertinente ao Bdsm, mesmo que extrema, não deve ser descriminada sem argumentos prováveis ou óbvios.



DESTACANDO: Em algumas das vezes o problema não são as praticas, mas sim se quem optou por elas realmente era apto ou não a realiza-las.

Sem conhecer, estudar e dominar as técnicas de cada pratica, acaba-se por pecar no SSC. Mas se há aprendizado e capacitação por parte de quem optou por determinadas praticas, quem poderá julgar?





Com todo o respeito possível,



profane malign { Sr. A.N. }

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#105 Mensagem por Maestro Alex » 09 Jun 2008, 13:51

Manifesto BDSM

O objetivo deste texto não é ditar sistemas ou lógicas inalteráveis. Muito pelo contrário, ele é uma contribuição para o debate e tem a intenção de provocá-lo. Trata-se de uma proposta inicial e mínima de uma plataforma de posições a serem potencialmente defendidas pelo BDSM brasileiro.

Este texto trabalha com alguns conceitos que são descritos de maneira superficial, como referência, abaixo.

Subcultura: Na sociologia, antropologia e estudos culturais, uma subcultura é um grupo de pessoas com características distintas de comportamentos e credos que os diferenciam de uma cultura mais ampla da qual elas fazem parte. A subcultura pode se destacar devido à idade de seus integrantes, ou por sua etnia, classe e/ou gênero, e as qualidades que determinam uma subcultura como distinta podem ser de ordem estética, religiosa, ocupacional, política, sexual, ou por uma combinação destes fatores.

Troca de poder: No BDSM, o termo "troca de poder" está associado à entrega por parte da submissa de sua autoridade no que diz respeito à tomada de decisões (seja apenas em uma cena, ou por toda a vida) em troca da concordância do Dominador em ser responsável por sua felicidade e saúde.

Em um nível psicológico, muito das cenas BDSM envolve poder e dominação, particularmente a troca de poder, onde uma pessoa entrega voluntariamente sua autonomia pessoal. Isto pode se dar desde o ato de se chamar a outra pessoa de "Mestre" ou "Senhora" em uma cena com duração de dez minutos até um encoleiramento formal e com testemunhas, com contrato vitalício através do qual se administre a vida da submissa. Todas essas práticas são consensuais entre os que estão vivenciando a experiência.

Fetichismo: Fetichismo sexual é a atração sexual por (a) objetos materiais e terrestres, enquanto que na verdade a essência destes objetos é inanimada e assexuada. Partes do corpo também podem ser associadas a fetiches sexuais (também conhecido como parcialismo) , onde a parte do corpo preferida pelo fetichista tem precedência sobre o dono do mesmo.

Identidade sexual: É o conjunto de características sexuais que diferenciam cada pessoa das demais e que se expressam pelas preferências sexuais, sentimentos ou atitudes em relação ao sexo, necessárias para a realização sexual e/ou afetiva do indivíduo.

Manifesto por um movimento BDSM


1-) BDSM como identidade sexual

Identidade é diferente de escolha. É relativamente simples entender que não escolhemos ter uma identidade sexual ligada à idéia da troca de poder afetiva ou erótica como alguém escolhe uma marca de detergente ou um canal de televisão. Apenas nos identificamos de maneira afetiva e sexual com relações que estejam fundadas em práticas relacionadas ao universo BDSM.

É impossível falar em uma identidade sexual única e coerente no tempo como regra absoluta para todos os seres humanos que componham um coletivo. Apesar de notarmos elementos plásticos em nossa sexualidade, grande parte dela varia de acordo com as novas experiências que vamos adquirindo ao longo da vida. A caminhada da descoberta sexual é riquíssima para qualquer um e uma das maiores experiências sensoriais que temos ao longo da vida. Nesse sentido há uma pequena "história da sexualidade" dentro das histórias pessoais de cada um de nós.

Mesmo assim, é possível falar em identidade sexual como parâmetro de identificação e agregação de indivíduos que comungam de preferências compatíveis. Tanto como não é certo que alguém que seja um homossexual continuará identificando- se assim por toda a vida, é certo, por outro lado, que reconheçamos que a identidade sexual homo erótica é válida enquanto categoria que define as fronteiras de um grupo social.

Da mesma forma, é possível e correto falar em identidade sexual vinculada à troca de poder e/ou ao fetichismo de qualquer natureza. E isto não engessa nossa sexualidade ou a limita de qualquer maneira: a identidade sexual não estabelece uma barreira comportamental que force alguém a só fazer e pensar sua sexualidade de maneira a reproduzi-la indefinidamente. Um sujeito pode identificar- se com as duas pontas opostas de uma relação de troca de poder e ser um switcher. Isso é tão natural quanto alguém que se identifica com homens e mulheres, sendo um bissexual. O componente homo erótico não abandona o bissexual em seus momentos de heterossexualidade. O componente das trocas de poder também não abandona alguém que se identifica com o movimento BDSM só porque ele também está aberto a outras vivências e outras identidades. A sexualidade é absolutamente subjetiva, como são os sentimentos e motivações humanas fundamentais. O que nos importa é o que reivindicamos livremente como nossa identidade sexual.

2-) BDSM como um movimento subcultural

É necessário reconhecer a necessidade de afirmar o BDSM como um movimento, com a mesma legitimidade dos movimentos sociais reivindicatórios de libertação sexual, como o movimento de mulheres ou o movimento GLBT. Muito embora haja um sem número de especificidades que o tornam único, o BDSM tem todas as características de agrupamento social, com demandas por espaços de vivência, discussão e reivindicação de uma nova abordagem em relação à minorias sexuais para as quais o preconceito ainda é opressivo.

O BDSM possui uma identidade única e é uma subcultura urbana, com linguagem, estética, condutas unificadoras e grupo de indivíduos que se reivindicam como praticantes de uma forma de amar e obter prazer absolutamente específica em relação à média da sociedade. Há grupos sociais e indivíduos que voluntariamente se identificam com a prática da troca de poder afetiva ou erótica e que devem ter respeitado seu legítimo direito à organização, anônima ou não, no curso dessa experiência. Mais que isso, o movimento BDSM carrega em si demandas de um segmento específico da sociedade para encaminhar, como a não criminalização de suas práticas e o combate ao preconceito e conservadorismo sexual.

Trata-se ainda do movimento que congrega dentro de si um conjunto importante de minorias sexuais discriminadas, que tem nesse espaço coletivo uma chance de encontrar vazão a seus anseios, dúvidas, além de apoio, espaço de convivência e ajuda profissional entre pares. Por isto, enquanto movimento, o BDSM deve aceitar sempre e de braços abertos os fetichistas de qualquer natureza, mesmo que não necessariamente suas identidades sexuais estejam especificamente ligadas à troca de poder entre seres humanos.


3-) BDSM e saúde

Muitas vezes os sentimentos e a atração pelo BDSM levam o indivíduo a se questionar com relação a sua saúde mental e até mesmo física. A criação, religião e educação são os fatores influentes, combinados com o conservadorismo sexual, a falta de informação sobre o assunto, legislação ultrapassada, preconceito, abordagem histérica da mídia e um enorme vazio na educação sexual geral.

Ter uma identidade sexual BDSM ou fetichista não é "errado" ou "doente". No entanto, há uma série de avanços ainda necessários para que haja pleno respeito em relação a estes desejos ou condutas eróticas. Para os praticantes não há qualquer conflito direto com os aspectos gerais sociais e legais e o comportamento politicamente correto. Nós defendemos uma sociedade capaz de entender isso.

BDSM não é doença; está, antes de mais nada, associado ao erotismo e à expressão da sexualidade de cada um, o que normalmente se dá através da realização de fantasias e atendimento a necessidades e desejos sexuais saudáveis.

Defendemos um BDSM plenamente antenado com as questões de saúde psicológica e física da atualidade, compatível com uma vida normal e com nossa aceitação como indivíduos livres e saudáveis garantida.


4-) BDSM e o machismo

O movimento BDSM combate ideologicamente qualquer vinculação entre o que é subcultura BDSM e o que são criações ficcionais que reivindiquem o machismo ou a superioridade natural do sexo masculino além do espaço da vivência privada e da consensualidade. Estes elementos constituem-se em modalidades de opressão e não numa vivência BDSM antenada com ideais libertários e contrários a ideologias de promoção do ser humano e escolha voluntária de seu papel na relação BDSM.

Não legitimamos ou concordamos com o machismo ou com qualquer outra forma de opressão sobre qualquer minoria social. Pelo contrário, sendo nós mesmos uma minoria sexual altamente incompreendida e estigmatizada, estamos ao lado de todo e qualquer movimento libertário que tencione vivermos em uma sociedade onde não haja diferenciações ou limitações preconceituosas e conservadoras. Repudiamos o machismo, a violência doméstica e qualquer forma de preconceito.


5-) BDSM e a liturgia

As práticas unificadoras que conhecemos no meio BDSM como "liturgia" são um aspecto central da vivência de boa parte da comunidade. O movimento não nega estas experiências, nem seu valor. Contudo, é impossível e indesejável definir que elementos são ou não são litúrgicos, até pelo grande nível de subjetividade do tema. Por isto a melhor maneira para que se mantenham as tradições de grupos que as compartilhem dentro da cena BDSM são as organizações destes indivíduos em Casas.

Casas BDSM são instrumentos de organização interna da cena BDSM que compartilham maneiras de realizar as práticas, formas específicas de conduzir suas vivências e de transmitir seu conhecimento e postura.

Não há qualquer incompatibilidade entre a existência de liturgias e a livre entrada de pessoas no meio BDSM: é facultado a qualquer um defender suas posições ou conviver em sub-grupos que as reconheçam, mesmo que também seja assegurado o direito inequívoco de quem prefere vivenciar experiências de troca de poder baseado em outros critérios.

As Casas BDSM são espaços opcionais e reconhecidos, onde a liturgia é vivida pelos que assim querem. Mais que isso, elas são unidades reconhecidamente importantes da organização do BDSM e devem ter sua vivência e tradições respeitadas pelos demais membros da comunidade.

6-) BDSM e especificidades brasileiras

O movimento BDSM desenvolve-se de maneiras diferentes em cada país ou região. Acreditamos em uma fórmula específica para seu desenvolvimento no Brasil e, mais que isso, em cada região do Brasil, pelas dimensões continentais e a grande diversidade cultural de nosso país.

Em que pese nos recusarmos a importar fórmulas prontas, as experiências do movimento BDSM em outros países são uma referência importante para que, através de debate e experimentação, possamos encontrar um caminho próprio. Assim, pretendemos que haja autonomia e respeito em relação às múltiplas formas de ver ou organizar o BDSM regionalmente.

7-) BDSM e lógicas de marginalização ou guetização

Não acreditamos em um BDSM formulado como uma seita ou um gueto. Repudiamos todas as iniciativas no sentido da carnavalização ou espetaculizaçã o de nossas práticas. Como cidadãos e cidadãs livres e saudáveis, nós temos direito ao respeito.

A abordagem circense de nosso estilo de vida constitui-se em um reforço ao preconceito e a lógica de que o BDSM e seus praticantes são um gueto marginal ou doentio da sociedade. Isto simplesmente não é verdade, além de ser uma brutal agressão conservadora ao livre direito de escolher nossas próprias vivências sem sermos moralmente atacados ou tratados como grupo social portador de qualquer patologia.

Por isso o movimento deve ser aberto, arejado e freqüentado livremente por qualquer pessoa que se interesse em conhecer mais sobre o assunto. Além disso é desejável que, conforme as possibilidades e livre desejo pessoal, as pessoas assumam publicamente sua identidade sexual. Mesmos que respeitemos o tempo, os limites pessoais e as conveniências de cada praticante BDSM, é muito importante que cada vez mais pessoas confrontem o conservadorismo e saiam do anonimato. Este é um processo longo, difícil, mas muito necessário para que haja real avanço na luta por respeito em relação ao segmento.
8-) Movimento BDSM e lógicas de tomada de decisão

O movimento BDSM deve ser um espaço amplo e democrático de debate e tomada de decisões. Para tanto, seu princípio é estabelecer igualdade e ampla liberdade de expressão a seus membros. Não deve haver limitações a qualquer participante, bem como lógicas hierárquicas ou ganho de vantagem pessoal de qualquer natureza a qualquer pessoa que deseje contribuir.

As decisões devem ser fruto do debate e da construção de consensos, baseado numa organização política calcada na horizontalidade e na democracia. Além disso, o movimento não é uma organização única, reconhecendo a legitimidade de qualquer outra organização que pretenda atuar organizando o movimento e lutando por ideais similares. Não pretendemos hegemonizar, controlar ou limitar qualquer outra iniciativa que almeje organizar a minoria sexual a qual fazemos parte. Pelo contrário, essas iniciativas são positivas e contam com nosso reconhecimento e respeito.

Não incentivamos disputas e/ou tencionamos desconstruir qualquer esforço anterior ou futuro de qualquer grupo no sentido de organizar a comunidade.

9- BDSM e riscos envolvidos

Levando-se em conta de que nada é perfeitamente seguro, nem mesmo algumas práticas BDSM, defendemos a consciência dos riscos envolvidos ao invés de apregoar que tudo o que todas as pessoas fazem é absolutamente sem risco. Assim, podemos identificar e minimizar o risco através do estudo, treino, técnica e prática, por ambas as partes envolvidas na negociação. Isto não significa discordar da visão média do segmento BDSM, que apregoa práticas Sãs, Seguras e Consensuais. Pelo contrário, trata-se de, além disso, admitir e enfatizar uma preparação prévia para práticas que eventualmente constituam risco combinado entre as partes envolvidas.

Acreditamos que julgar algo "são" é muito subjetivo. Não há possibilidade de adotar um padrão universal. O que é são para uma pessoa pode não ser para outra e estaríamos no terreno da subjetividade. Objetivamente é importante enfatizar que, quaisquer que sejam as práticas adotadas, elas devem ter uma reflexão e uma clara consciência de eventuais riscos, além de uma preparação para lidar e minimizar cada um deles.

"Consensual" é a base da negociação e das relações que travamos. É a capacidade dos pares de lidar responsavelmente com os fatores de risco, de maneira dialogada. É saber diferenciar, portanto, a realidade da fantasia, e mostrar, assim, no que se está consentindo. Enfatizamos que qualquer prática irresponsável ou agressora é um desvio em relação a uma conduta BDSM saudável.

10- Por um movimento BDSM vivo, pulsante e dinâmico!

As atividades, encontros, workshops, festas e todos os eventos são muito bons para a comunidade e devem ser reforçados. Mesmo assim é importante que sejam sempre espaços abertos, sem dogmatismo, capazes de dialogar com o resto da sociedade. Nos é muito importante tirar o BDSM do gueto no Brasil e são as atividades que dão a dinâmica desse esforço e do próprio movimento.

Desejamos também que haja maior debate sobre a natureza e especificidades de nosso movimento. Deve haver a tentativa de construção de um espaço democrático para se pensar o próprio movimento e seus desafios, em níveis regionais e nacional.

A exemplo do que acontece em alguns países do mundo, devemos discutir a idéia de construir manifestações públicas específicas da comunidade dentro das paradas GLBT, que são espaços de grande abertura para a discussão das minorias sexuais no Brasil, além de momentos em que a pauta da imprensa e do país abre-se para a discussão da diversidade sexual.

Nossas atividades também precisam reforçar uma unidade e uma identidade de grupo, para além de discutir as próprias práticas. Encarar o BDSM como um movimento subcultural é também construir seu discurso, seus símbolos, sua dinâmica e sua unidade interna. As atividades possuem um papel fundamental nisso.

Este texto é de autoria de Dominus Pater e co-autoria, com enormes contribuições dadas de rianah.

Comunidade onde estamos discutindo o Manifesto: http://www.orkut. com/Community. aspx?cmm= 52758061

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