Quando somos jovens, o sexo excita mais pelos mistérios que oculta do que pelo objeto que nos leva ao prazer. Envelhecemos e o mistério vai desbotando, dá lugar a uma fome mecânica, a uma imposição do instinto.
Existem os que descobrem que o novo fascínio do sexo, após o fim do mistério, é a aventura, a adrenalina que antecede a comunhão dos corpos. Talvez, por isso, o sexo com prostitutas sempre tenha sido um ato sem alegria para mim, não me excita comprar carne num açougue de Supermercado, o que me impulsiona é caçar a presa e temperar o filé antes de consumi-lo.
Leões de cativeiro são melancólicos, prefiro percorrer a selva urbana e não deixar que atrofie aquilo que faz nossa força, o nosso reator, eu continuo sendo um Predador.
É à noite que eu exercito o meu lado escuro, é quando liberto meu espírito indomado. Depois de um dia inteiro enfurnado num gabinete, é à noite que mostro que ainda não fui domesticado.
Vou em direção ao carro amarelo e aciono o motor. De Professor, me torno um taxista, o mais livre dos seres, aquele que conhece todos os caminhos, que mergulha nas avenidas e navega pelos becos sombrios da Cidade.
Foi assim, como taxista, que descobri Franciele, fazendo ponto na esquina da Men de Sá como a Tenente Possolo. Uma cearense alta, esculpida num corpo repleto de curvas, não passava despercebida por quem trafegasse naquela região boêmia do Centro, não passou despercebida aos meus olhos...
Posso afirmar que ela não tem menos de 1,75m; é esguia e sexy como todas as falsas magras; os cabelos cacheados e compridos emolduram um rosto exótico e bonito; os olhos são verdes, como em muitas Cearenses que tem sua origem no interior deste Estado; o corpo impecável revelava pernas grossas, barriguinha sarada, cintura fina e seios pequenos.
Quando a avistei, havia um carro a minha frente, cujo motorista a estava abordando. Aguardei... O outro automóvel se afastou e eu me aproximei. Ela não é de muito papo, beira a aridez verbal, mas é muito atraente e tem uma sensualidade que transborda da sua imagem.
Indicou-me a opção de dois Hotéis próximos do ponto onde ficava, escolhi um da Rua do Senado, o Hotel Champagne.
Dentro do quarto, pedi uma cerveja, ela bebeu e começou a ficar menos intimidada. Falava com um sotaque bem forte, me contou estar no Rio somente há seis meses, mas já fazia programas no Ceará, em Fortaleza. Mora na Gamboa e não faz ponto na rua todos os dias. Contou-me que trabalha mais pelas boates da Praça Mauá.
Tirou a roupa! Que corpo! Digno das melhores Termas que conhecemos! O que mais me chamou a atenção foi a cintura minúscula se abrindo na curvatura de um quadril largo, completando um desenho de total harmonia.
Á primeira tentativa de beijá-la, ela rejeitou. Insisti no beijo e ela cedeu. A boca era quente, suave, mas receptiva a beijos profundos. Ela começou a me lamber o tórax enquanto alisava minhas pernas. Mordia levemente o meu peito e deixava a cabeça deslizar em direção ao meu membro. Em pouco tempo, estava me engolindo com vontade e sem camisinha. Chupava com arte, dando a nítida impressão de gostar da prática. Faz o boquete ao mesmo tempo em que aperta nosso saco, lambia meu pau e arranhava com leveza as minhas bolas.
Eu estava quase em órbita quando ela sacou o preservativo da bolsa, me plastificou com habilidade e montou no meu tronco, iniciando a cavalgada do arrego.
Ela gemia, rebolava, apertava os lábios, fazia uns biquinhos de tesuda... Gozei rápido como um coelho!...
Que mulher! Totalmente demais!
Muitos não acreditam que se possa encontrar uma pérola perdida entre os porcos. Não é a primeira foda inesquecível que eu encontro entre mulheres de rua, creio que, com certeza, não será a última...
Deixo os R$ 40,00 combinados pelo encontro e ela fica no quarto se recompondo.
Entro no meu Táxi, escuto o ronco macio do motor e, sem saber o porquê, me recordo daquela música que fazia o tema de “Carga Pesada”:
“Eu conheço cada palmo desse chão, é só me mostrar qual é a direção...”
Os pneus começam a romper o asfalto, anseiam por esbarrar com a aventura que se esconde na próxima esquina...
DANTE