Os ponteiros cruzavam às 23h, me visto desço à garagem e embarco no Sucatão. Giro a chave na ignição, engato a marcha, ligo o bigorrilho no alto da capota e a palavra Táxi acende no pequeno letreiro. Encaixo meu mais novo CD no toca-discos, uma seleção de temas musicais de séries das décadas de 70 e 80.
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http://www.youtube.com/watch?v=2LnK8b_j ... re=related
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Não demorou a atravessarmos o Joá, rasgando o asfalto em alta velocidade, ao som de uma balada forte e de uma época remota. Nosso destino cortava o litoral de surfistas, próximo à entrada da monumental Rocinha.
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Confesso, eu só pensava em ter uma noite pacata até o momento em que o celular tocou. Era um informante me passando as dicas sobre uma mulher que busco desde 2007, uma antiga musa que desapareceu sem deixar vestígio: Monique Sheiffer.
Segundo o meu contato, ela estaria fazendo ponto na Praia do Pepino, em São Conrado, seguindo para os lados do Hotel Intercontinental. Nunca imaginei que houvesse pouso de Mariposas naquela região, mas as coordenadas vinham de um companheiro da mais alta credibilidade.
Alcanço os arredores do Fashion Mall, embico para a direita e começo a avistar o mar movido por ondas de ressaca. Chegamos à Praia do Pepino.
Sigo pela orla, conforme as orientações que recebi. Perto da entrada da Niemeyer, na última esquina à esquerda, vejo uma fêmea que poderíamos facilmente classificar como Mulher-Égua.
Sim, estimado Forista, uma morena cavala; cabelos escuros lisos e compridos; cerca de 1.70m de altura; pernas grossas; seios médios; vestia uma calça de ginástica amarela que embrulhava uma bunda esférica e saliente, um pequeno top branco cobria os peitos suculentos.
Aproximei o Sucatão da calçada e ancorei. Agora, me dirijo aos céticos, àqueles que não acreditam que existem Putas bonitas florindo nossas ruas e recantos turísticos: creia, Forista sem Fé, a mulher era linda e não há exagero no que digo.
Olhos claros, uma voz sexy, ela abaixou o rosto até a beira da janela do meu carro e confesso que estremeci. Fiquei surpreso, não esperava esbarrar com tamanha beldade. Lançou os longos cabelos para o lado, num gesto que fez pingar pequenas gotas de charme sobre o chão. Abriu um sorriso que quase me causou uma ejaculação precoce e iniciamos o diálogo comercial.
- Oi – ela me recepciona.
- Oi. Eu estava procurando por você – respondo.
- Então me encontrou. Vai me levar?
- Quanto?
- R$ 70,00, completinha.
- Qual seu nome?
- Marcele
Aqui cabe uma observação. Meu informante havia me dito que a garota se apresentava como Cláudia, mas comigo usou o nome de Marcele. No entanto, uma certeza estava consumada, não se tratava da Monique Sheiffer, a quem eu originalmente fui procurar.
- Tem algum Motel por aqui? – Emendei.
- Tem sim, bem pertinho.
Rumamos para um Motel que também ficava em São Conrado, o preço do apartamento foi salgado e inflacionou o programa.
Dentro do quarto, me lancei para beijar aquela boca, a mulher resistiu, o que indicava um começo péssimo. Então parei para conversar. Usei uma proposta que tem sido eficaz em situações de risco, ofereci uma caixinha caso ela concordasse em me agradar e se soltar totalmente no encontro. Deu certo, ela topou. Voltei a me aproximar de sua boca, o beijo fluiu, magnífico, estonteante. Uma inundação mútua de saliva, um embolar de línguas que se entregavam sedentas à luxúria. Delícia.
Marcele começou a deixar cair a roupa, foi quando percebi que eu estava diante de um templo: o Templo de Vênus.
Nossos corpos enroscados, ela se largando com vontade, um tesão. Lambi seus seios e chupei sua chaninha ao som de gemidos irreproduzíveis. Marcele precipitou-se num boquete furioso, fanático. Engoliu meu membro e reproduziu a arte milenar da garganta profunda. Precisei de toda minha força espiritual para não sucumbir àquele momento dramático.
Resisti.
Ela fica de quatro, empina as ancas e pergunta se gosto de bundinha. Respirei para responder, mas suas mãos já me colocavam a camisinha e me introduziam com habilidade ao interior claustrofóbico do seu ânus. Ela gritava para eu meter forte, jogava os cabelões para trás, sussurrava um idioma incompreensível.
Eu não gozei, explodi!
Delirium tremens, overdose de sexo. Isso é a Marcele. Fiquei uns quinze minutos tentando recuperar a respiração e rezando para não enfartar após o espasmo do coito.
Sobrevivi.
Era preciso sobreviver para que eu pudesse efetuar o registro desta descoberta. E é para você que deixo o testamento, valoroso Forista. É você o herdeiro do mapa que o conduzirá aos mais profundos e inomináveis prazeres. Você é o eleito.
Entro no Sucatão num estado de serena felicidade, que somente experimentamos ao saciarmos a face mais irracional dos nossos instintos.
Volto pelo Joá e interrompo a jornada para abastecer num Posto de Gasolina antes da subida do Alto da Boa Vista. Ouço a pancadas no vidro da janela do carona, uma menina. Pergunta se posso levá-la a um Condomínio na Av. das Américas, ela estava assustada, contou que saiu de um Ônibus por pensar que seria assaltada. Alega que só tinha R$ 10,00 e não poderia pagar mais pela corrida. Não me custava nada socorrer uma loirinha que não tinha mais do que 20 aninhos, falsa magra e com jeitinho sedutor.
Giro a chave na ignição, engato a marcha, acendo o bigorrilho no alto da capota e a palavra Táxi brilha no pequeno letreiro. Ligo o toca-discos e o meu CD com músicas de séries nostálgicas volta a tocar.
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http://www.youtube.com/watch?v=64GyuozX ... re=related
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A brisa que vinha da praia era morna, a pista estava livre e a Ninfa de cabelos dourados ia tranquila no banco de trás.
Acelero...
A partir de agora, qualquer aventura é possível!...
* A GP me liberou o telefone, quem tiver interesse basta me enviar MP e estarei pedindo autorização da menina para repassar o contato.Para quem gosta de detalhes, este ponto fica na Av. Prefeito Mendes de Morais, próximo ao número 222.
Dante