Neuromarketing: ferramenta contra o endividamento
Info Money
De acordo com levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado em 2007, cerca de 42 milhões de brasileiros sofrem com o chamado endividamento crônico - valor que representa 20% da população.
A principal causa das dívidas é bem simples: o brasileiro gasta além do que ganha. Mas por que isso acontece?
A falta de educação financeira pode ser uma das respostas. No entanto, as facilidades na hora da compra, principalmente por conta do crédito facilitado, podem ser consideradas uma das causas do endividamento.
Neuromarketing
De acordo com o membro do Centro de Estudos dos Processos de Decisão e Neuroeconomia da EESP (Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas), professor Marcos Fernandes, o neuromarketing poderia ser uma ferramenta para tornar o consumo mais consciente e fazer do crédito um aliado do orçamento e do planejamento financeiro.
Mas, o que é neuromarketing? Entre as diversas explicações, o neuromarketing pode ser classificado como uma ciência que estuda neurologicamente o estado cerebral de uma pessoa, quando exposta a mensagens relacionadas com experiências de consumo, tornando possível a identificação das zonas do cérebro estimuladas.
Para as empresas, uma das vantagens do neuromarketing está na possibilidade de descobrir que sentimento uma campanha de marketing desperta nos potenciais consumidores.
Mas, como essa ciência poderia ajudar os consumidores? De acordo com o professor Fernandes, apesar de não ser fácil, esta ciência poderia ajudar a identificar o seu comportamento com relação ao consumo. "Serviria para dar informações mais detalhadas sobre o perfil do tomador de empréstimo, por exemplo".
Para Fernandes, em posse dessas informações, seria possível identificar um consumidor compulsivo, por exemplo. "Para essas pessoas, será interessante pensar em cartões mais limitados", defende. "Às vezes é melhor limitar o consumo das pessoas, senão vão à falência", completa o professor, que defende regulamentação governamental sobre o processo de concessão de crédito e cartões para pessoas que tem propensão ao consumo compulsivo.
Polêmicas e futuro
Mesmo defensor da prática, o especialista admite que a utilização dessas informações para este fim esbarra em questões legais e morais, além de baterem de frente com os interesses das empresas. "As empresas não têm interesse, pois querem vender", explica.
Diante, diante de um quadro de consumo excessivo e alto nível de inadimplência e endividamento, Fernandes acredita que o assunto será pauta muito em breve. "Hoje não se fala muito sobre isso, mas no futuro a gente vai discutir muita legislação sobre o tema", finaliza.
Info Money
De acordo com levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado em 2007, cerca de 42 milhões de brasileiros sofrem com o chamado endividamento crônico - valor que representa 20% da população.
A principal causa das dívidas é bem simples: o brasileiro gasta além do que ganha. Mas por que isso acontece?
A falta de educação financeira pode ser uma das respostas. No entanto, as facilidades na hora da compra, principalmente por conta do crédito facilitado, podem ser consideradas uma das causas do endividamento.
Neuromarketing
De acordo com o membro do Centro de Estudos dos Processos de Decisão e Neuroeconomia da EESP (Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas), professor Marcos Fernandes, o neuromarketing poderia ser uma ferramenta para tornar o consumo mais consciente e fazer do crédito um aliado do orçamento e do planejamento financeiro.
Mas, o que é neuromarketing? Entre as diversas explicações, o neuromarketing pode ser classificado como uma ciência que estuda neurologicamente o estado cerebral de uma pessoa, quando exposta a mensagens relacionadas com experiências de consumo, tornando possível a identificação das zonas do cérebro estimuladas.
Para as empresas, uma das vantagens do neuromarketing está na possibilidade de descobrir que sentimento uma campanha de marketing desperta nos potenciais consumidores.
Mas, como essa ciência poderia ajudar os consumidores? De acordo com o professor Fernandes, apesar de não ser fácil, esta ciência poderia ajudar a identificar o seu comportamento com relação ao consumo. "Serviria para dar informações mais detalhadas sobre o perfil do tomador de empréstimo, por exemplo".
Para Fernandes, em posse dessas informações, seria possível identificar um consumidor compulsivo, por exemplo. "Para essas pessoas, será interessante pensar em cartões mais limitados", defende. "Às vezes é melhor limitar o consumo das pessoas, senão vão à falência", completa o professor, que defende regulamentação governamental sobre o processo de concessão de crédito e cartões para pessoas que tem propensão ao consumo compulsivo.
Polêmicas e futuro
Mesmo defensor da prática, o especialista admite que a utilização dessas informações para este fim esbarra em questões legais e morais, além de baterem de frente com os interesses das empresas. "As empresas não têm interesse, pois querem vender", explica.
Diante, diante de um quadro de consumo excessivo e alto nível de inadimplência e endividamento, Fernandes acredita que o assunto será pauta muito em breve. "Hoje não se fala muito sobre isso, mas no futuro a gente vai discutir muita legislação sobre o tema", finaliza.