EU PROMETO TER MAIS DINHEIRO
By Gustavo Cerbasi
Oito lições fáceis de serem cumpridas
1) PASSAREI A CONTROLAR MINHAS CONTAS
Conhecê-las em detalhe é o primeiro passo para identificar os vazamentos na carteira. Isso não exigirá de você horas de lançamentos de contas em seu blackberry ou uma rotina diária de acessos à sua planilha eletrônica. Só a simples – e politicamente correta – atitude de solicitar notas e cupons fiscais a cada compra já será suficiente para que, uma vez ao mês, você lance os gastos em uma planilha e os analise. Parece inútil? Experimente e se surpreenda: muitos dos maus hábitos financeiros vão se acumulando aos poucos, exatamente como maus hábitos de saúde. Se seus gastos com roupas ou jantares fogem do normal num mês, está dado o sinal para que você controle essas contas no mês seguinte.
2) RESPEITAREI OS PEQUENOS VALORES
Do cafezinho a uma garrafa de água, da revista comprada no aeroporto à lembrancinha para os filhos, os pequenos gastos acabam se transformando em vilões do orçamento. Isso, no entanto, não quer dizer que você deva cortá-los totalmente. Pelo contrário: fazer isso é reduzir sua vida à burocracia das grandes contas (transporte, saúde, moradia, etc.), eliminando os poucos prazeres em meio ao estresse cotidiano. Por isso, se você tiver planos de cortar gastos em determinado ano ou período, procure priorizar verbas para os pequenos prazeres e pense em rever seus grandes gastos, como carro, roupas e até a casa.
3) DAREI MAIS ATENÇÃO AO CRÉDITO E PAGAREI MENOS JUROS
O crédito está farto e barato, mas os brasileiros são displicentes na hora de usá-lo. Exemplo: o cheque especial é um dos principais recursos utilizados por quem precisa de uns trocados para organizar a vida. É, no entanto, um dos mais caros, atrás apenas da financeiras e do crédito rotativo no cartão de crédito. Hoje, cerca de 30% da renda da classe média é gasta com juros, aqueles escondidinhos nas prestações da casa própria e do automóvel e os não-tão-escondidos nas prestações do comércio, no cheque especial e no rotativo dos cartões. Para ter alternativas mais baratas, como crédito consignado, refinanciamento de auto e empréstimo pessoal (juros entre 1% e 4,5% ao mês), pesquise. Substitua dívidas (cubra seu limite com um empréstimo pessoal) e rejeite parcelamentos longos. Um boa alternativa, também, é o penhor.
4) ADOTAREI UMA POSTURA MAIS NEGOCIADA
Sempre que você entra em uma loja, você está diante de um vendedor com um enorme arsenal de técnicas para seduzi-lo e convencê-lo a comprar o que você nem achava que precisava. Para se defender, adote técnicas de compras! Não se deixe envolver pela simpatia do vendedor; seja objetivo; não fale de sua vida pessoal (o que dá argumentos para as apelações do vendedor); deixe de lado a vergonha de barganhar; e pressione até chegar no melhor preço possível. Ao perceber que atingiu o limite, chame o gerente da loja e repita a técnica. Se ele fez o melhor que pôde, peça 5 minutos e dê uma volta no quarteirão. Essa técnica tem bom resultado: mais de 50% das decisões de compra são abandonadas quando as pessoas decidem fora do ambiente de sedução da loja.
5) EVITAREI COMPRAR A PRAZO
Compras a prazo são o grande mal da classe média. Nos tempos da inflação alta, aprendemos a parcelar para assegurar o poder de compra de nosso escasso dinheirinho. Com a inflação sob controle, no entanto, jogar para o futuro o pagamento de supermercado, roupas e consumos cotidianos significa destruir seu poder de consumo dos próximos meses. Mesmo que não haja desconto, prefira pagar à vista. Não há nada como a maravilhosa sensação de consumir e não ter que pensar nos gastos dos meses seguintes. Deixe para pagar a prazo apenas grandes contas, como as de carro, casa, viagens e estudos.
6) FAREI PEQUENOS SACRIFÍCIOS
Está difícil para as contas à vista? É quase impossível terminar o mês com algum dinheiro na conta? Experimente colocar seus objetivos no papel, fazer as contas e se propor a assumir um período de menos consumo por dois ou três meses. Todo sacrifício vale a pena quando o objetivo é gratificante e há um prazo para a tortura acabar. Se você está sem dinheiro para jantar fora, cozinhe em casa e esqueça os menus caríssimos por dois meses. Mas também assuma um compromisso pessoal de que, após esse período de sacrifício, você jantará no seu restaurante favorito. Faça de suas conquistas motivos de celebração e não de dor de cabeça.
7) TRAÇAREI UM PLANO DE METAS DE LONGO PRAZOSe você ainda não parou para pensar no futuro, que tal aproveitar o bom momento da economia e começar aquele Plano de Previdência ou passar a investir em ações? Faça as contas e estipule metas de conquistas financeiras. Que renda você espera para a sua aposentadoria? Quando quer trocar de carro? Para onde será sua próxima viagem? Se você começar a poupar desde já para realizar seus sonhos, eles acontecerão de maneira muito mais econômica. Só não se esqueça de fazer seus planos por escrito.
FALAREI SOBRE DINHEIRO COM AMIGOS
Brasileiros pagam caro no crédito e investem mal seu dinheiro porque não têm referências sobre o que é certo e o que está errado. A economia mudou, as alternativas são muitas, o marketing é inteligente. Mas tudo se transformou mais rápido do que a capacidade de aprendermos sobre o assunto. Em contrapartida, a educação financeira vem se multiplicando nos jornais, revistas, rádio e TV. Por isso, é possível que muitas coisas que você ignora sobre o assunto sejam de conhecimento de pessoas próximas. Derrube o tabu de não falar sobre dinheiro! “Voe está investindo em ações?”. “Já teve dificuldades para pagar o cartão?”. “Ouviu falar de IPO de tal empresa?”. Estes exemplos de frases para começar uma conversa muito mais inteligente do que aquele velho “small talk” sobre o clima.
Lembre-se: falar de dinheiro enriquece
By Gustavo Cerbasi
Oito lições fáceis de serem cumpridas
1) PASSAREI A CONTROLAR MINHAS CONTAS
Conhecê-las em detalhe é o primeiro passo para identificar os vazamentos na carteira. Isso não exigirá de você horas de lançamentos de contas em seu blackberry ou uma rotina diária de acessos à sua planilha eletrônica. Só a simples – e politicamente correta – atitude de solicitar notas e cupons fiscais a cada compra já será suficiente para que, uma vez ao mês, você lance os gastos em uma planilha e os analise. Parece inútil? Experimente e se surpreenda: muitos dos maus hábitos financeiros vão se acumulando aos poucos, exatamente como maus hábitos de saúde. Se seus gastos com roupas ou jantares fogem do normal num mês, está dado o sinal para que você controle essas contas no mês seguinte.
2) RESPEITAREI OS PEQUENOS VALORES
Do cafezinho a uma garrafa de água, da revista comprada no aeroporto à lembrancinha para os filhos, os pequenos gastos acabam se transformando em vilões do orçamento. Isso, no entanto, não quer dizer que você deva cortá-los totalmente. Pelo contrário: fazer isso é reduzir sua vida à burocracia das grandes contas (transporte, saúde, moradia, etc.), eliminando os poucos prazeres em meio ao estresse cotidiano. Por isso, se você tiver planos de cortar gastos em determinado ano ou período, procure priorizar verbas para os pequenos prazeres e pense em rever seus grandes gastos, como carro, roupas e até a casa.
3) DAREI MAIS ATENÇÃO AO CRÉDITO E PAGAREI MENOS JUROS
O crédito está farto e barato, mas os brasileiros são displicentes na hora de usá-lo. Exemplo: o cheque especial é um dos principais recursos utilizados por quem precisa de uns trocados para organizar a vida. É, no entanto, um dos mais caros, atrás apenas da financeiras e do crédito rotativo no cartão de crédito. Hoje, cerca de 30% da renda da classe média é gasta com juros, aqueles escondidinhos nas prestações da casa própria e do automóvel e os não-tão-escondidos nas prestações do comércio, no cheque especial e no rotativo dos cartões. Para ter alternativas mais baratas, como crédito consignado, refinanciamento de auto e empréstimo pessoal (juros entre 1% e 4,5% ao mês), pesquise. Substitua dívidas (cubra seu limite com um empréstimo pessoal) e rejeite parcelamentos longos. Um boa alternativa, também, é o penhor.
4) ADOTAREI UMA POSTURA MAIS NEGOCIADA
Sempre que você entra em uma loja, você está diante de um vendedor com um enorme arsenal de técnicas para seduzi-lo e convencê-lo a comprar o que você nem achava que precisava. Para se defender, adote técnicas de compras! Não se deixe envolver pela simpatia do vendedor; seja objetivo; não fale de sua vida pessoal (o que dá argumentos para as apelações do vendedor); deixe de lado a vergonha de barganhar; e pressione até chegar no melhor preço possível. Ao perceber que atingiu o limite, chame o gerente da loja e repita a técnica. Se ele fez o melhor que pôde, peça 5 minutos e dê uma volta no quarteirão. Essa técnica tem bom resultado: mais de 50% das decisões de compra são abandonadas quando as pessoas decidem fora do ambiente de sedução da loja.
5) EVITAREI COMPRAR A PRAZO
Compras a prazo são o grande mal da classe média. Nos tempos da inflação alta, aprendemos a parcelar para assegurar o poder de compra de nosso escasso dinheirinho. Com a inflação sob controle, no entanto, jogar para o futuro o pagamento de supermercado, roupas e consumos cotidianos significa destruir seu poder de consumo dos próximos meses. Mesmo que não haja desconto, prefira pagar à vista. Não há nada como a maravilhosa sensação de consumir e não ter que pensar nos gastos dos meses seguintes. Deixe para pagar a prazo apenas grandes contas, como as de carro, casa, viagens e estudos.
6) FAREI PEQUENOS SACRIFÍCIOS
Está difícil para as contas à vista? É quase impossível terminar o mês com algum dinheiro na conta? Experimente colocar seus objetivos no papel, fazer as contas e se propor a assumir um período de menos consumo por dois ou três meses. Todo sacrifício vale a pena quando o objetivo é gratificante e há um prazo para a tortura acabar. Se você está sem dinheiro para jantar fora, cozinhe em casa e esqueça os menus caríssimos por dois meses. Mas também assuma um compromisso pessoal de que, após esse período de sacrifício, você jantará no seu restaurante favorito. Faça de suas conquistas motivos de celebração e não de dor de cabeça.
7) TRAÇAREI UM PLANO DE METAS DE LONGO PRAZOSe você ainda não parou para pensar no futuro, que tal aproveitar o bom momento da economia e começar aquele Plano de Previdência ou passar a investir em ações? Faça as contas e estipule metas de conquistas financeiras. Que renda você espera para a sua aposentadoria? Quando quer trocar de carro? Para onde será sua próxima viagem? Se você começar a poupar desde já para realizar seus sonhos, eles acontecerão de maneira muito mais econômica. Só não se esqueça de fazer seus planos por escrito.
FALAREI SOBRE DINHEIRO COM AMIGOS
Brasileiros pagam caro no crédito e investem mal seu dinheiro porque não têm referências sobre o que é certo e o que está errado. A economia mudou, as alternativas são muitas, o marketing é inteligente. Mas tudo se transformou mais rápido do que a capacidade de aprendermos sobre o assunto. Em contrapartida, a educação financeira vem se multiplicando nos jornais, revistas, rádio e TV. Por isso, é possível que muitas coisas que você ignora sobre o assunto sejam de conhecimento de pessoas próximas. Derrube o tabu de não falar sobre dinheiro! “Voe está investindo em ações?”. “Já teve dificuldades para pagar o cartão?”. “Ouviu falar de IPO de tal empresa?”. Estes exemplos de frases para começar uma conversa muito mais inteligente do que aquele velho “small talk” sobre o clima.
Lembre-se: falar de dinheiro enriquece