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Re: Arquivo do Jazz

#226 Mensagem por Maestro Alex » 26 Mai 2006, 12:42

Roman Barak escreveu:Ôpa MaestroAlex,
Cara, que arquivo bárbaro!
Você poderia postar também biografias do John Coltrane e do Charles Mingus, dos quais sou devoto?
Não sei se estou certo, mas gostaria que o fórum se abrisse mais para debates outros além de GPs, privés e casas de swing. Confesso que já me enjoei de ficar lendo sobre os mesmos papos de sempre, mas como esse fórum se apresenta como voltado a esse tipo de assunto apenas, fico quieto na minha, ainda que de vez em quando eu dê umas pinceladas prá ver se a conversa fica mais interessante e abrangente.
Abraços,
Barak
Para isso esta o Jurássic... e parece que ainda não vai para a versão 3.0... nestas pág. tem muita informação de valia...

John Coltrane


Biografia
Poucos artistas foram influentes no jazz como o saxofonista John Coltrane. Em cada um dos vários períodos principais da sua carreira foram produzidos trabalhos clássicos que permanecem até o dia de hoje como modelos para os jazzistas do mundo inteiro.

Nascido em Hamlet, N.C., no dia 23 de setembro de 1926, Coltrane começou a tocar como profissional em 1947, depois que deixou o serviço militar onde se apresentava com a banda da Marinha. Durante os anos seguintes Coltrane rodou em vários grupos sem se fixar, e só alcançou a fama depois que começou a refinar seu som sob a tutela de Miles Davis.

Em 1955 Coltrane se integrou ao Miles Davis Quintet como saxofonista-tenor, evoluindo rapidamente a ponto de se tornar um dos artistas mais poderosos desse grupo formidável. Infelizmente, em 1957 Coltrane foi despedido do Quintet devido ao uso da heroína. Depois de deixar as drogas, Coltrane trabalhou por um tempo com Thelonious Monk.

Em 1957 Coltrane registrou seu primeiro grande álbum(alguns dizem que é o melhor) como líder de banda, o "Blue Train". No ano ele voltou ao Miles Davis Quintet onde seu estilo de execução "sheets of sound" ganhou críticas elogiosas e um contrato para gravar um álbum na Atlantic.

Em 1959 o esforço solista de Coltrane em "Giant Steps" que teve o acompanhamento de piano-baixo-bateria, o colocou no devido lugar na história do jazz. Seguindo o sucesso de “Giant Steps”, Coltrane deixou o Miles Davis Quintet para começar um novo trabalho junto com o pianista McCoy Tyner, o baixista Jimmy Garrison e o baterista Elvin Jones.

Em 1960 Coltrane lançou outra obra-prima "My Favorite Things", que introduziu um período novo na sua carreira, marcada por um som mais minimalista, hipnótico e solos longos, redundantes. Embora chamado por alguns críticos como "anti-jazz", o novo estilo de Coltrane gerou ondas criativas no universo musical.

Logo depois de gravar em 1964 seu trabalho seminal "A Love Supreme", John Coltrane começou a procurar uma direção mais de vanguarda com a sua banda, que agora passa contar com vários instrumentistas de sopro e um segundo baixista (e depois, um segundo baterista). Evitando se deter na melodia, sua música se tornou mais improvisatival e intensa.

Tragicamente, antes de 1966 sua saúde estava começando a falhar: alguns culparam o excesso de trabalho, pelo fato de Coltrane praticar até 12 horas por dia. Ele faleceu no dia 17 de julho de 1967 de câncer no fígado e foi enterrado em Farmingdale, New York.



Discografia
1956 John Coltrane: The Prestige Recordings Prestige
1957 Cattin' with Coltrane and Quinichette DCC
1957 Lush Life Prestige
1957 Blue Train Blue Note
1958 Soultrane Mobile
1959 Giant Steps Atlantic
1960 Coltrane Plays the Blues Rhino
1960 My Favorite Things Atlantic
1960 Coltrane Jazz Atlantic
1961 Live at the Village Vanguard Impulse!
1961 Impressions Polygram
1962 Ballads Impulse!
1963 John Coltrane and Johnny Hartman Impulse!
1963 Live at the Half Note Delta
1964 A Love Supreme Impulse!
1965 Kulu Se Mama Impulse!
1965 Ascension Impulse!
1965 Meditations Impulse!
1965 New Thing at Newport Impulse!
1998 The Classic Quartet: Complete Impulse! Impulse!




Charles Mingus


Biografia
Charles Mingus nasceu no dia 22 de abril de 1922 em Nogales, Arizona e foi criado em Watts, nos arredores de Los Angeles. Inspirado por música gospel e Duke Ellington, Mingus estudou baixo e composição antes de se integrar em New York ao jazz nos anos quarenta, tocando com Louis Armstrong e Lionel Hampton entre outros.

Sua ascensão foi em princípios de 50, trabalhando com Charlie Parker, Miles Davis e Duke Ellington, quando se tornou um do poucos baixistas a ter seu próprio conjunto de jazz. Com seus álbuns pioneiros "Pithecanthropus Erectus"(1956), "New Tijuana Moods"(1957) e "Mingus Ah Um"(1959), Mingus se estabeleceu como um dos compositores de jazz mais importantes do seu século.

Além de escrever e executar composições de jazz, ele abriu caminho para a fusão da música clássica com o jazz, escrevendo longas peças, algumas das quais ainda não foram descobertas ou só foram executadas depois da sua morte.

Desacreditado com o modo com que as gravadoras lidavam com os músicos de jazz, Mingus formou sua própria gravadora e editora, que ficou conhecida como "Jazz Workshop" voltada para músicos aspirantes e onde ele também utilizava o piano. Conhecido pelo temperamento difícil, Mingus despedia os músicos sem hesitação se eles não atendessem aos padrões exigidos, entrando em conflito com muitas figuras proeminentes do jazz.

Depois de ser rejeitado no Monterey Jazz Festival em 1965, Mingus se afastou das apresentações, só voltando em 1969. No começo de 70 Charles Mingus ensinava composição na SUNY-Buffalo e preparava uma autobiografia.

Ao longo dessa década Mingus compôs com freqüência ao passo que tocava cada vez menos. Em 1977 ele foi diagnosticado como portador de uma desordem nervosa Esclerose Lateral Amniotrópica, mais conhecida como Doença de Lou Gehrig.

Eventualmente limitado a uma cadeira de rodas e incapaz para tocar piano, Mingus continuou criando idéias novas em seu gravador até vir a falecer no dia 5 de janeiro de 1979 em Cuernavaca, México. Suas cinzas foram jogadas no Rio Ganges, enquanto músicos e aficionados do jazz no mundo todo lamentaram a perda desse grande compositor americano.


Discografia
1955 Mingus at the Bohemia (live) Debut/OJC
1956 Pithecanthropus Erectus WEA
1957 The Clown Atlantic
1957 Tijuana Moods Classics
1957 New Tijuana Moods Bluebird/RCA
1959 Blues and Roots Rhino
1959 Mingus Ah Um Columbia
1960 Pre-Bird Mercury
1960 Charles Mingus Presents Charles Mingus Candid
1961 Oh Yeah Rhino
1963 The Black Saint and the Sinner Lady Polydor
1963 Mingus, Mingus, Mingus, Mingus, Mingus Polydor
1970 Reincarnation of a Lovebird Prestige
1971 Let My Children Hear Music Columbia
1973 Changes One & Two Rhino
1976 Cumbia & Jazz Fusion Atlantic
1977 Three or Four Shades of Blues Atlantic
1977 His Final Work

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#227 Mensagem por Maestro Alex » 26 Mai 2006, 14:09

Barak... falando em sax não podemos esquecer do grande:

Charlie Parker


Biografia
O saxofonista-alto Charlie Parker revolucionou as possibilidades harmônicas e a sintaxe rítmica de improvisação no jazz à extensão de um novo idioma inteiro, ou ao menos fez emergir um novo dialeto de jazz. O seu estilo continua engajando gerações sucessivas de instrumentistas.

O bebop não era tanto uma quebra com o passado, mas sim uma evolução lógica. Parker continuou usando mudanças de acordes nas canções populares como a base para improvisação. Mas como ele estava equipado com excessos de virtuosismo conceitual e instrumental, os desafios do swing tradicional já não mais o absorviam. Assim, ele foi procurar novos desafios a resolver utilizando o mesmo material musical, incorporando um conteúdo harmônico mais sutil e extenso nas improvisações e acrescentando à velocidade um zig-zag rítmico mais complexo.

Como a improvisação se tornou mais desafiante aos jovens músicos de talento, também se tornou mais desnorteante às platéias acostumadas com as bigbands. Por outro lado, as complexidades da música de Parker tiveram o efeito de trazer para o jazz uma cultura musical mais selecionada e exigente. A música prosperou sendo tocada para pequenas platéias, mas criando uma maior liberdade para os instrumentistas e seus maravilhosos solos.

Charlie Parker nasceu em 20 de agosto de 1920, em Kansas City, Missouri, conhecendo a música enquanto aluno da high school. No início dos anos 30 ele fez bicos tocando pela cidade, afiando seu tom e técnica. Ele gravou pela primeira vez com a Jay McShann Orchestra entre 1940 e 1942.

O seu progresso durante os próximos dois anos não ficou documentado, devido à proibição de fazer gravações imposta pela sindicato de músicos. Até que ele retomasse ras sessões de gravação em 1944-45, suas improvisações fabulosas nos tempos de breakneck ("Ko Ko", "Donna Lee", "Shaw Nuff") encantavam os jovens jazzistas e ameaçavam os veteranos, fixando um novo parâmetro e alimentava a principal controvérsia musical na história de jazz.

Mas a batalha aprofundou-se para o campo cultural uma vez que a propensão de Parker pela droga pesada e vida difícil fizeram com que o bebop fosse definido como uma música de bandido e com um estilo de vida que muitos escolheram para seguir. As gravações definitivas da carreira de Parker foram feitas na Savoy entre 1945-48 ("Now's the Time", "Thriving Of A Riff", "Billie's Bounce"), e na Dial entre 1946-47 ("Ornithology", "A Night In Tunisia", "Lover Man", "Scrapple From The Apple").

Elas venderam muito pouco, mas eram profundamente influentes para jovens músicos do pós-guerra como o Hot Seven de Armstrong e as primeiras bigbands foram para os músicos dos anos trinta. Até mesmo durante o período inovador de Parker ele continuou sendo uma figura de mistério para o público em geral.

O terceiro capítulo do trabalho principal de Parker começou em 1948, quando Norman Granz começou a fazer gravações em contextos diferentes com o propósito de levar a sua música a uma audiência mais ampla. Até então, suas inovações principais tinham se esgotado e o seu repertório tinha estreitado a um número pequeno de músicas.

Mas esse álbum com acompanhamento de cordas criou um novo filão para Parker: brilhantes solos foram executados nesse seu último trabalho inovador. Ele morreu em 1955 com a idade de 35 anos, devido a combinação causada pelas drogas e problemas médicos.



Discografia
1945 The Charlie Parker Story Savoy Jazz
1945 Yardbird Suite: The Ultimate Collection Rhino
1946 Bird & Pres (live) Verve
1946 Complete Dial Sessions Jazz Classics
1947 Legendary Dial Masters, Vol. 1 - 2 Stash
1947 Diz & Bird at Carnegie Hall (live) Blue Note
1948 Bird at the Roost: The Savoy Years, Vol. 1 Savoy
1948 The Complete Savoy Sessions Savoy
1949 Jazz at the Philharmonic, 1949 (live) Verve
1950 Bird with Strings (live) Tristar
1953 Jazz at Massey Hall Debut
1953 One Night in Washington Elektra

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Grande Dizzy e seu mosquitinho

#228 Mensagem por MaosDeFada » 26 Mai 2006, 15:15

Dizzy Gillespie dá latinidade ao jazz a partir dos anos 40'.
No "inconsciente coletivo" estão nascendo as
primeiras novas da bossa nova.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dizzy_Gillespie

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Re: Grande Dizzy e seu mosquitinho

#229 Mensagem por Maestro Alex » 26 Mai 2006, 15:22

MaosDeFada escreveu:Dizzy Gillespie dá latinidade ao jazz a partir dos anos 40'.
No "inconsciente coletivo" estão nascendo as
primeiras novas da bossa nova.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dizzy_Gillespie
Dizzy Gillespie


Biografia
Dizzy Gillespie era um admirador do estilo de Roy Eldridge, músico de transição entre o swing e o bop, quando se familiarizou com os acordes de Thelonious Monk e o fraseado de Charlie Parker. Dominando como poucos a massa sonora do trompete, não lhe foi difícil desenvolver a linguagem do bop no que ela tinha de mais complexo e virtuoso.

Nasceu em Cheraw, Carolina do Sul em 1917 e começou a estudar trompete aos 14 anos, tornando-se músico profissional aos 18, em Filadélfia. Já em 1937, viajou para a Europa com a orquestra de Teddy Hill. De volta aos Estados Unidos, destacou-se na seção de metais da orquestra de Cab Calloway (1939-41).

Conheceu Charlie Parker na orquestra de Earl Hines (1942/43), e com ele participou das jam sessions do Minton's, da orquestra de Billy Eckstine e com ele fundou o histórico quinteto que gravou os clássicos bop "Salt Peanuts" e "Hot House" em 1945.

Em 1946, Dizzy organizou a primeira big band tipicamente bop, integrando, em diversos arranjos, o ritmo afro-cubano ao idioma jazzístico. A orquestra fez grande sucesso na Europa, em 1948, mas foi desfeita em 1950. Também como Charlie Parker, Dizzy participou dos concertos das séries "Jazz At The Philarmonic" até 1956, quando reorganizou sua grande orquestra para uma tournée pela Ásia, Oriente Médio e América do Sul, inclusive o Brasil.

A partir de 1958, e durante a década de 60, voltou a liderar pequenos conjuntos, dos quais os quintetos com Lalo Schifrin (piano), Leo Wright (sax alto), James Moody (sax tenor) e Kenny Barron (piano) foram os mais bem-sucedidos. Para a Pablo, Gillespie gravou em concertos e festivais, nos Estados Unidos e na Europa, mostrando que é também um excepcional vocalista bop e um completo showman.

Compôs alguns dos mais célebres temas bop, como "A Night in Tunisia", "Groovin' High", “Con Alma", "Manteca" e "Woodyn' You". Dizzy Gillespie faleceu em janeiro de 1993, em Englewood, New Jersey, devido à um câncer pancreático.


Discografia
1947 Live at Carnegie Hall Artistry
1948 Dizzy Gillespie & Max Roach Vogue
1951 The Champ Savoy
1952 Dizzy Gillespie in Paris(live) Vogue
1953 Diz and Getz Polygram
1953 The Greatest Concert Jazz Ever Prestige
1953 The Quintet: Jazz at Massey Hall Debut/OJC
1954 Dizzy Gillespie & Roy Eldridge Verve
1956 Dizzy in Greece(live) Verve
1957 Dizzy at Newport Verve
1957 Sonny Side up Verve
1961 An Electrifying Night with Dizzy Gillespie Quintet Verve
1962 New Wave Phillips
1963 Dizzy Gillespie & Double Six de Paris Phillips
1963 Something Old, Something New Phillips
1968 Reunion Big Band MPS
1974 Dizzys Big 4 Pablo
1975 The Trumpet Kings at Montreux Pablo
1982 To a Finland Station Fantasy/OJC
1989 Max + Diz, Paris 1989

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#230 Mensagem por Maestro Alex » 26 Mai 2006, 16:29

Continuando com o Jazz... Cuba também deu um bom Músico:

Paquito D'Rivera


Biografia
O saxofonista e clarinetista Paquito D'Rivera equilibrou sua carreira entre o jazz latino e incursões na música clássica, como compositor e performances junto a orquestras sinfônicas. Paquito nasceu em quatro de junho de 1948 em Havana, Cuba e com a idade de cinco anos começou a aptrender teoria musical com seu pai. Com a idade de sete anos ele se tornou o músico mais jovem a tocar um saxofone Selmer.

Três anos depois, ele tocou com a Orquestra de Teatro Nacional de Havana. Embora ele tocasse sax-soprano inicialmente, D'Rivera o trocou pelo contralto depois de aprender a tocá-lo através do método Jimmy Dorsey.Depois de desenvolver seu conhecimento musical e suas técnicas de execução, D'Rivera começou a estudar no Conservatório de Havana de Música em 1960.

Em 1965, D'Rivera se tornou um solista destacado na Orquestra Sinfônica Nacional de Cuba. Depois de tocar na banda do exército cubano, D'Rivera se uniu ao pianista Chucho Valdez para fundar a Orquestra de Musica Moderna Cubana. D'Rivera se tornou maestro da banda durante dois anos. D'Rivera se uniu a oito membros da Orquestra para formar a banda Irakere, em 1973.

O grupo, que fundia jazz rock, música cubana clássica e tradicional, se tornou o primeiro grupo pós-Castro a assinar com uma gravadora americana. Junto com a banda, D'Rivera viajou por todo o mundo, que se tornou um conjunto de jazz de alto nível. Em 1981, D'Rivera fugiu de Cuba e se mudou para os Estados Unidos. Não demorou muito, ele já estava tocando com músicos americanos do nível de um Dizzy Gillespie, David Amram e Mario Bauza.

De acordo com Bauza, D'Rivera é "o único músico que eu conheço que toca um jazz latino verdadeiro, todos os outros estão tocando jazz afro-cubano". O seu álbum de estréia foi "Paquito Blowin", lançado em junho de 1981, e o seguinte foi "Mariel", um ano depois. Em 1988, D'Rivera foi convidado a se tornar compositor do grupo de Gillespie, a United Nations Orchestra. No mesmo ano, ele foi solista convidado da National Symphony Orchestra para tocar "David Street Blues" em sua primeira performance mundial no John F. Kennedy Center. D'Rivera continuou se envolvendo com uma variedade de projetos.

Além de tocar na Paquito D'Rivera Big Band, no Paquito D'Rivera Quintet, no grupo de música de câmara Triangulo e numa banda de calipso e salsa, o Caribbean Jazz Project, ele começou a aceitar trabalhos para compor para grupos de câmara e orquestras. Em 1989, ele compôs "New York Suite" para o Gerald Danovich Saxophone Quartet. Cinco anos depois ele compôs "Aires Tropicales" para o Aspen Wind Quintet. Essa peça foi executada subseqüentemente por pelo menos quatro quintetos.

Em 1997, o álbum "Portraits of Cuba", recebeu o Grammy como "Best Latin Jazz Performance". Durante o verão de 1999, D'Rivera colaborou com a Orquestra de Câmara Werneck da Alemanha numa série chamada "D'Rivera Meets Mozart". D'Rivera é artista-residente da New Jersey Performing Arts Commission e diretor artístico encarregado da programação de jazz da New Jersey Chamber Music Society.

Discografia
1981 Blowin' Columbia
1982 Mariel Columbia
1984 Why Not Columbia
1986 Manhattan Burn Columbia
1987 Celebration Columbia
1989 Return to Ipanema Town Crier
1990 Reunion Messidor
1993 A Night in Englewood Messidor
1996 Portraits of Cuba Chesky
2000 Live at the Blue Note Half Note
2001 The Clarinetist, vol. 1 Peregrina Music
2002 Brazilian Dreams MCG Jazz
2003 The Lost Sessions Yemayá
2004 Tribute to Cal Tjader Yemayá

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#231 Mensagem por Maestro Alex » 26 Mai 2006, 17:08

Voltando aos clássicos:

O único, o mestre, o incomparável (pelo menos pra mim :lol: )

lamentável ter sido ícone nazista e ele mesmo ser reconhecidamente anti-semita... mas não podemos deixar de admirar a sua música e qualidade como músico.

Richard Wagner


Richard Wagner (22 de maio de 1813, Leipzig - 13 de fevereiro de 1883, Veneza) foi um compositor alemão, considerado amplamente como um dos expoentes do romantismo na música.

Como compositor de óperas, criou um novo estilo, grandioso, cuja influência sobre a música foi forte a ponto de os músicos de seu tempo e posteriores serem classificados como wagnerianos ou não-wagnerianos.

Escreveu o libretto de todas as suas óperas, inclusive o ciclo do Anel, onde reconstrói partes da antiga mitologia germânica. Para a encenação deste e doutros espetáculos grandiosos que concebeu, foi construído o teatro de ópera de Bayreuth. É interessante notar que D. Pedro II, impressionado com a obra de Wagner, cogitou construir no Brasil este teatro.

Sua vida pessoal teve também aspectos espetaculares, como terminar o primeiro casamento e ter que mudar de país por seu relacionamento com a esposa de von Büllow (Cosima, filha de Liszt) que se tornaria sua segunda esposa. Vem daí seu parentesco com Liszt.

Exegeses das óperas
Há algumas exegeses controversas sobre óperas de Wagner, como Parsifal e Os Mestres Cantores de Nurenberg segundo as quais algumas personagens seriam caricaturas anti-semitas - muito embora não haja referência explícita aos judeus em nenhuma ópera de Wagner. Segundo esta interpretação, Mime e Alberich em "O Anel dos Niebelungos" e Kundry e Klingsor em "Parsifal", são caricaturas anti-semitas. Mime diz "Eu tenho o maior cuidado para esconder hipocritamente os meus pensamentos íntimos". A figura de Mime, o seu próprio nome, deveriam sugerir a ideia de que os judeus só são capazes de imitar e que corrompem a linguagem. Albericht sonha com o poder. Ambos perecem miseravelmente.

Contudo, os exegetas que viveram antes da Segunda Guerra Mundial fazem outra análise, sem qualquer referência ao anti-semitismo. Segundo eles, a maior parte das óperas de Wagner, mais notadamente Parsifal, Lohengrin e Tannhäuser, são parábolas para ilustrar alguns mistérios do Cristianismo sob a óptica esotérica, sem relação alguma com ideias anti-semitas. Em Parsifal, por exemplo, Klingsor e seu jardim mágico representariam as naturezas inferiores do homem, contra o qual Parsifal, o "inocente casto", deveria lutar. Kundry seria o símbolo do corpo físico, que ora serve aos ideais superiores do Graal, ora serve ao mal (Klingsor). A passagem em que Parsifal cai em tentação, beija Kundry e depois sente a as feridas causadas em Amfortas por Klingsor representaria o homem quando adquire a virtude em detrimento da inocência, que só pode ser alcançada quando o homem vence a tentação e passa a discriminar o bem do mal. O Anel dos Niebelungos, embora sua ação não seja ligada ao Cristianismo, é interpretado por esses autores como uma ilustração do desenvolvimento anterior, presente e futuro da humanidade, usando elementos da mitologia nórdica, traçando vários paralelos com livros da Bíblia como o Gênesis (equivalente à ópera O Ouro do Reno) e o Apocalipse (equivalente à ópera O Crepúsculo dos Deuses).

Obra

Óperas
Die Feen (As fadas)
Das Lebensverbot (A proibição de amar)
Rienzi
Der fliegende Holländer (O Holandês Voador), ou "Le Vaisseau Fantôme" (O Navio Fantasma)
Tannhäuser
Lohengrin
Tristan und Isolde (Tristão e Isolda)
Die Meistersinger von Nürnberg (Os Mestres Cantores de Nurembergue)
Parsifal
A Tetralogia do Anel dos Nibelungos, que inclui as seguintes óperas:
Das Rheingold (O Ouro do Reno)
Die Walküre (As Valquírias)
Siegfried
Gotterdämmerung (O Crepúsculo dos Deuses)

Outras composições

Música orquestral
Sinfonia em dó maior
Idilio de Siegfried
Aberturas
Marchas

Música para piano
3 sonatas
Fantasia (1831)

Musica vocal
Das Liebesmahl der Apostel
Cena bíblica (1843)
5 canções sobre textos de Mathilde Wesendonck
Canções
Árias

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#232 Mensagem por DragonballZ » 26 Mai 2006, 17:52

Maestro encomendei...:

http://musicaclassica.folha.com.br/

O que achas?

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#233 Mensagem por Maestro Alex » 26 Mai 2006, 18:00

DragonballZ escreveu:Maestro encomendei...:

http://musicaclassica.folha.com.br/

O que achas?
essa coleção da folha acaba dando um bom resumo dos clássicos...
para quem começa vale a pena...

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#234 Mensagem por Maestro Alex » 26 Mai 2006, 19:15

mais um Jazz moderno que vale a pena:

Pat Metheny


Biografia
Num tempo em que muitos sentiram que o jazz estava circunscrito a nomes famosos, o guitarrista de jazz fusion Pat Metheny conquistou o público e o respeito de vários notáveis do jazz. Metheny nasceu a doze de agosto de 1954, em Lees Summit, Missouri.

Ao longo da vida, foi absorvendo o country, r&b e os vários estilos do rock & roll, mas ao mesmo tempo desenvolveu uma profunda admiração a músicos de jazz, como Wes Montgomery. Guitarrista prodígio, Metheny aprendeu música na University of Miami e Berklee School of Music quando era adolescente.

Gary Burton recrutou Metheny para sua banda em 1974 e gravou com o vibrafonista, discos para a ECM até formar a sua banda de garagem, três anos depois. Junto com o tecladista de Wisconsin, Lyle Mays, a banda de Metheny apresentou composições que receberam influências de várias fontes.

Esse estilo de compor acabou servindo de trampolim para que os músicos expandissem melodicamente, suas técnicas de improvisação. Metheny incluiu uma guitarra elétrica de 12 cordas e uma Roland guitar synthesizer, tocando-as tão bem como as guitarras convencionais, elétrica ou acústica, em seu repertório.

Metheny colaborou com Paul Bley, Sonny Rollins, Julius Hemphill, Charlie Haden, Joni Mitchell e Jack DeJohnette. Em 1985, gravou com Ornette Coleman um álbum bem recebido pela crítica, “Song X”.

Quando Metheny escreveu sua própria autobiografia, em fevereiro de 1998, disse que "os melhores músicos que conheço e aqueles que mais admiro e escuto, são capazes de ouvir com profundidade um momento musical e responder rapidamente e dar uma resposta imediata que represente o espírito do tempo que estão vivendo".

Discografia
1975 Bright Size Life ECM
1977 Watercolours ECM
1978 Pat Metheny Group ECM
1980 American Garage ECM
1981 80/81 ECM
1981 Offramp ECM
1982 Travels ECM
1983 Rejoicing ECM
1984 First Circle ECM
1985 Song X Geffen
1987 Still Life(talking) Geffen
1989 Letters from Home Geffen
1989 Question and Answer Geffen
1991 Works ECM
1993 I can See your House from Here Geffen
1994 We Live Here Geffen
1997 Imaginary Day Warner
2000 Trio 99/00 Warner
2002 Speaking of Now Warner
2003 One Quiet Night Warner

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#235 Mensagem por Maestro Alex » 26 Mai 2006, 21:07

uma Diva do Jazz...

Billie Holiday

Biografia
A lendária vocalista de jazz Billie Holiday nasceu com o nome de Eleanora Fagan Tosse em Baltimore em 7 de abril de 1915, de uma mãe nova e de um pai que abandonou a família logo após o nascimento. Depois de estuprada aos 10 anos, Billie foi abandonada pela mãe, indo viver com parentes distantes.

Para se sustentar ficou fazendo pequenos serviços e esfregando o chão de um bordel foi que ela ouviu jazz pela primeira vez, foram gravações ruins de Louis Armstrong e Bessie Smith no fonógrafo de casa. Com a idade de 12 anos Billie se mudou para New York onde se tornou uma prostituta. Em 1930, Billie convenceu um dono de boate para que a deixasse cantar numa noite, com o nome de Billie Holiday, em homenagem ao astro de cinema Billie Dove.

Depois de ser descoberta por John Hammond, Billie foi apresentada a Benny Goodman que a ajudou na primeira sessão de gravação em 1933; durante os próximos 11 anos Billie gravou mais de 200 músicas de jazz e swing.

No final dos anos 30, Billie se apresentava com Count Basie, Artie Shaw e outros, mas não gostava de atuar em orquestras por várias razões. Entre 1939 e 1945 Billie lançou vários sucessos, entre eles, "Fine and Mellow", "God Bless the Child", "Lover Man" e o anti-racista "Strange Fruit".

Porém em meados de 40, Billie era viciada em heroína; apesar de tudo ela continuou trabalhando bastante para se tornar um dos melhores cantores de jazz dos Estados Unidos. Com sua marca registrada, gardênias brancas no seus cabelos, "Lady Day" construiu uma reputação formidável como vocalista, capaz de cativar as audiências com o seu fraseado incomum, apesar da falta de um treinamento formal.

Enquanto Billie era reconhecida como uma artista brilhante, a sua vida pessoal era um desastre sempre crescente. Ela se casou e divorciou três vezes durante os anos quarenta, sofrendo freqüentemente abuso por parte dos maridos. Embora com seus concertos ganhassem uma boa renda, Billie não obtinha vantagens das gravadoras, que nunca lhe pagavam qualquer royalties.

Depois de anos de vício, Billie foi presa e encarcerada sob acusação de droga em 1947, fazendo com que mudassea sua carreira. Ela começou a excursionar pela Europa, onde era mais popular que nunca, mas em 1956 ela estava presa pela segunda vez e entrou em programa de reabilitação. Embora ela lutasse terminar com o abuso que a droga e o alcool lhe faziam, Billie morreu prematuramente em 17 de julho de 1959.

Apesar de morrer muito cedo, ela permanece como um das mais populares cantoras de jazz de todos os tempos. Em 1972 a dura vida de Billie foi revelada no filme "The Lady sings the Blues" sendo interpretada por Diana Ross.

Discografia
1933 The Quintessential Billie Holiday, Vol. 1 -9 Columbia
1939 The Commodore Master Takes GRP
1945 The Complete Billie Holiday on Verve Polygram
1950 Billie Holiday Sings Mercury
1955 All or Nothing at All Polygram
1956 Songs for Distingué Lovers Classic
1958 Lady in Satin Classics
1991 I Like Jazz: The Essence of Billie Holiday Columbia

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Maestro Alex
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#236 Mensagem por Maestro Alex » 27 Mai 2006, 08:56

mais um bom Jazz:

Charlie Byrd


Biografia
Byrd nasceu em Chuckatuck, Virginia, no dia 16 de setembro de 1925. Charlie Byrd tem duas notáveis contribuições à música: primeiro ao aplicar técnicas de guitarra acústica ao jazz e música popular; segundo, ao ajudar a introduzir a música brasileira para o público norte-americano.

Nascido dentro de uma família musical, Byrd experimentou sua primeira grande emoção na França durante a guerra, ao tocar com seu ídolo, Django Reinhardt. Depois de tocar com Sol Yaged, Joe Marsala e Freddie Slack no pós-guerra, Byrd temporariamente abandonou o jazz para estudar guitarra clássica com Sophocles Papas em 1950 e Andrés Segovia em 1954.

Entretanto, ele retornou no final dos anos 50 a tocar na região da capital Washington em alguns grupos, mesclando jazz com clássico. Ele retornou às gravações no selo Savoy, como líder em 1957 e também tocou com a banda de Woody Herman durante os anos de 1958-59. Uma viagem à América do Sul, sob os auspícios do Departamento de Estado americano em 1961, revelou à Byrd o emergente movimento da bossa nova.

De volta a Washington, ele mostrou algumas gravações de bossa nova para Stan Getz, que convenceu ao diretor da Verve, Creed Taylor, para gravar um álbum de música brasileira com ele e Byrd. Este álbum, “Jazz Samba” se tornou um sucesso em 1962 pela força da música "Desafinado", introduzindo a onda da bossa nova na América do Norte.

Graças à bossa nova, vários discos para a Riverside se seguiram, e pouco tempo depois, Byrd assinou um bom contrato com a Columbia, onde realizou obras mais comerciais e digestivas, voltadas para o grande público. Em 1973, ele formou o grupo, “Great Guitars” com Herb Ellis e Barney Kessel e nesse mesmo ano, escreveu um manual de instrução para guitarra, que se tornou bastante usado durante a década.

A partir de 1974 em diante, Byrd gravou para o selo Concord Jazz uma grande variedade de álbuns, incluindo as sessões com Laurindo Almeida e Bud Shank. Charlie Byrd morreu de câncer, aos 74 anos, em sua casa em Annapolis, Maryland, no dia 03 de dezembro de 1999.



Discografia
1957 Jazz Recital Savoy Jazz
1959 Mr Guitar OJC
1960 The Guitar Artistry of Charlie Byrd OJC
1963 Latin Byrd Milestone
1963 Byrd at The Gate OJC
1965 Brazilian Byrd Sony
1974 Charles Byrd, B. Kessel & H. Ellis Concord Jazz
1978 Blue Byrd Concord Jazz
1991 Bossa Nova Years Concord Jazz
1995 Du Hot Club to Concord Concord Jazz

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Maestro Alex
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#237 Mensagem por Maestro Alex » 27 Mai 2006, 11:13

entre o Jazz e o clássico:

Carla Bley


Biografia
A compositora, pianista, organista e bandleader Carla Bley tem desenvolvido uma alta reputação como uma das melhores compositoras e arranjadoras para jazzband. Nascida em Oakland, California, no dia 11 de maio de 1938, Carla recebeu aulas de piano e órgão desde muito cedo, pelo seu pai, que era um professor. Ela também cantava em coros de igreja e tocava hinos. Quando tinha 17 anos, Carla já estava escutando jazz e começava a sua mudança para New York.

Em 1957, ela casou com o pianista Paul Bley. Carla começou a compor em 1959, encorajada pelo marido Paul. Seus trabalhos começaram a ser executados por músicos de New York e proximidades, dentre eles se destacando George Russell, Art Farmer e Jimmy Giuffre. Ao mesmo tempo, em meados de sessenta ela tocava com Pharoah Sanders e Charles Moffett.

Com o segundo marido, Michael Mantler, formou em 1964, a Jazz Composers Orchestra. A JCO refletiu o trabalho de Carla direcionado ao movimento do free jazz, particularmente dentro do estilo de Ornette Coleman e Don Cherry. Uma viagem para a Holanda em 1965 para gravar em estúdio foi o começo de uma série de viagens que realizou entre os Estados Unidos e a Europa, incluindo colaborações com Steve Lacy e Peter Brotzmann.

Carla eventualmente sentia vontade de sair do free jazz realizando trabalhos dentro do jazz "mainstream", como o álbum "A Genuine Tong Funeral" composto por ela e executado pelo grupo do vibrafonista Gary Burton em 1967. Sua ópera de jazz, “Escalator Over The Hill"(1967-71), e o álbum que realizou junto com a Charlie Hadens Liberation Music Orchestra(1969), representou um ponto de mutação no trabalho de Carla, fazendo com que ela se concentrasse mais em composição.

“Escalator Over The Hill”, criada com elementos de jazz, rock e world music, ganhou o prêmio francês mais renomado, o Disque de Jazz em 1973. No mesmo ano, ela criou o selo Watt Records junto com Mantler para gravar seus trabalhos, deixando o outro selo, JCOA Records para ser utilizado por outros artistas.

Nos anos seguintes, Carla foi convidada a compor música clássica, ela tocou na Jack Bruce Band, formou grupos próprios, inclusive big bands, e tem realizado vários trabalhos com o baixista Steve Swallow e o saxofonista Andy Sheppard. Seus trabalhos têm sido requisitados tanto pelos músicos clássicos e de jazz.

Discografia
1968 Escalator Over the Hill ECM
1973 Appetites ECM
1976 Dinner Music ECM
1977 European Tour 1977 ECM
1978 Musique Mecanique ECM
1980 Social Studies ECM
1981 Live! Watt
1983 Heavy Heart ECM
1988 Fleur Carnivore (live) ECM
1988 Duets: Carla Bley and Steve Swallow ECM
1992 Go Together ECM
1993 Big Band Theory ECM
1996 Carla Bley Big Band Goes to Church ECM
1998 Fancy Chamber Music ECM
2000 Are We There Yet? (live) ECM
2003 Looking for America ECM
2004 The Lost Chords ECM/Watt

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#238 Mensagem por Elektra » 27 Mai 2006, 13:37

http://www.hotmixradio.fr/index.php?page=funky

Sei q aqui dominam os clássicos, mas um pouquinho de "Drag music" não faz mal á ninguém, né?!
Aumente o volume e enjoy it!!!

Beijos!

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Maestro Alex
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#239 Mensagem por Maestro Alex » 27 Mai 2006, 16:05

mais uma diva do jazz...

Carmen McRae


Biografia
Carmen McRae foi uma das primeiras e das melhores vocalistas do bebop. Suas improvisações em scat e a escolha do repertório fazia com que cantasse dentro de uma profundidade emocional em cada momento lírico.

"Ela tinha um sentido musical para saber que, quando ela tivesse cinco tons para cantar, ela descobriria o tom certo vindo da sua cabeça e seguiria em frente" disse o baterista Joey Baron, que trabalhou com McRae.

Carmen McRae nasceu em New York no dia oito de abril de 1920. Foi um prodígio no piano; Carmen cantou na orquestra de Benny Carter em 1944 e com as de Count Basie e Mercer Ellington alguns anos depois. Durante esse tempo, ela também trabalhou como cantora e pianista no Minton Playhouse, lugar onde ele absorveu as idéias rítmicas dos boppers, que fizeram desse clube de New York o espaço de criação do novo jazz.

Carmen começou a gravar como líder em 1953 e continuou trabalhando para várias gravadoras e liderou diferentes grupos, por quatro décadas. Em 1988, McRae gravou um álbum especial, só com músicas de Thelonious Monk. Carmen McRae morreu em New York no dia 10 de novembro de 1994.

Discografia
1955 Boy Meets Girl Decca
1958 Carmen for Cool Ones Universal
1964 Bittersweet Koch Jazz
1972 The Great American Songbook (live) Atlantic
1977 As Time Goes By JVC
1983 For Lady Day Novus
1988 Carmen Sings Monk BMG
1990 Sarah: Dedicated to You Novus

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Maestro Alex
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#240 Mensagem por Maestro Alex » 28 Mai 2006, 00:02

mais um bom Jazz:

Chet Baker


Biografia
"Ele sempre sabe onde achar as notas doces, não é?" Herb Ellis observava numa noite a Tal Farlow, enquanto escutava Chet Baker em uma boate canadense, em 1982.

Um improvisador lírico, autodidata com um toque macio que parecia beijar as notas como elas fossem voar, Baker com tom pálido, olhares fatais e reputação de badboy, se tornou o ícone do cool jazz da West Coast.

Seu estilo combinava uma certa agitação nervosa com uma dose forte de sentimentalidade, particularmente nas baladas. Baker capturava não só a imaginação de amantes de jazz, mas de um público fascinado com seu estilo de vida e com a sua música.

Com seus vocais sussurantes capturava a mesma intimidade sonolenta do seu trompete, em especial nas músicas "I Fall in Love Too Easily" e "Everything Happens To Me".

Chet Baker nasceu em 23 de dezembro de 1929 em Yale, Okla., e se mudou para a Califórnia com a sua família em 1940. Ele começou a tocar trompete na high school e continuou seus estudos no El Camino College depois de uma temporada na U.S. Army Band em Berlim. Em 1950, quando foi morar em San Francisco,Baker se tornou um freqüentador dos clubes de bop.

Em 1952 foi até Los Angeles, onde foi selecionado numa audição para tocar com Charlie Parker; a partir daí, foi recrutado por Gerry Mulligan para tocar no quarteto sem piano na boate Haig em Hollywood.

As gravações que fez com o quarteto, o tornaram famoso. Ele fez gravações com a Pacific Jazz, trabalhou novamente com Parker, formou uma sucessão de grupos como líder, primeiro nos Estados Unidos e depois de 1955, na Europa.

O vício prolongado de heroína e as várias prisões que teve, fizeram com que sua carreira, em grande parte na Europa, tivesse que fugir das autoridades ou entrar em programas de recuperação através da metadona.

Pouco antes de morrer, no dia 13 de maio de 1988, em Amsterdam, debaixo de circunstâncias misteriosas, Baker participou de um documentário esclarecedor sobre ele e sua obra, feito por Bruce Weber, “Let's Get Lost”. O começo de uma autobiografia, “As Though I Had Wings”, foi publicado postumamente em 1997.



Discografia
1953 Grey December Pacific Jazz
1954 Chet Baker Big Band Pacific Jazz
1954 Jazz at Ann Arbour Pacific Jazz
1956 Chet Baker & Crew Pacific Jazz
1956 Chet Baker Sings Pacific Jazz
1956 Playboys Pacific Jazz
1958 Chet Baker in New York Riverside/OJC
1958 It Could Happen to You Riverside/OJC
1961 Picture of Heath Pacific Jazz
1962 Somewhere over the Rainbow Bluebird
1965 Baby Breeze Limelight
1977 Once upon a Summertime OJC
1978 Live at Nicks Cris Cross
1979 Together Enja
1983 Mr. B Timeless
1985 Chet Choise Cris Cross
1987 Chet Baker in Tokyo Evidence
1989 Let's Get Lost Novus

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