O que acontece com as prostitutas quando elas envelhecem?
Enviado: 12 Mar 2017, 00:49
Caros foristas:
Tirem-me uma dúvida. Como vivem as operárias do sexo depois que se aposentam? Sempre fiz essa reflexão. Mas nunca conheci uma ex-prostituta para ter uma ideia de como ela sobrevive. Digo isso porque apesar da prostituição não ser considerada crime, ela também não é legalizada. Não é uma atividade profissional reconhecida pelo Ministério do Trabalho, com direitos previdenciários e trabalhistas.
Se a prostituição fosse uma atividade legalizada e não estigmatizada, presumo que o fim de carreira seria um pouco melhor, mas ainda assim degradante. Elas eram trabalhadoras do sexo. Envelheceram e agora vivem desamparadas. Muitas pessoas se recusariam a dar emprego a uma ex-prostituta. Bom, vamos fazer uma avaliação mais a fundo. Quando tudo começa? Eu nunca vi uma menina dizer: mãe, quando crescer quero ser prostituta! Acho que o meretrício não é uma escolha, mas uma fatalidade. Falta de condições financeiras, desestrutura familiar, abuso sexual doméstico e o sentimento de abandono e de insegurança da menina causam vulnerabilidades. Sobretudo vulnerabilidades.
Muitas tentam trabalhar em outros lugares. Mas, sem qualificação profissional perdem oportunidades; enquanto negras, sofrem discriminação; engravidam e fica mais difícil trabalhar ainda; e acabam por não ter outra forma de se sustentar.
Mas aí, vem a pergunta que você já deve estar se fazendo: e as prostitutas de luxo? Será que as vidas delas foram tão desestruturadas assim? Por que estão nessa vida? Será que é por prazer? É claro que não. Nunca acreditei nessa história de que algumas delas fazem por prazer. O único prazer que elas sentem é receber as vultosas quantias de seus clientes. Elas fazem pelo dinheiro fácil e abastado que seus trabalhos lhes proporcionam. Algumas são mais inteligentes. São universitárias e estão ali só por algum tempo. Outras lucram bastante, se profissionalizam em outras áreas e conseguem fazer seu pé-de-meia.
Mas o que acontece com a grande maioria? Falta senso crítico pras moças da vida. Mas é só pensar: se tivessem, será que seriam putas? O problema é que a prostituição é uma atividade que degrada muito e, quando envelhecem, não são mais procuradas. Para se manter, vão onde há um público menos exigente. É chato ter consciência de que quanto mais o tempo for passando, mais o seu salário vai diminuindo. O negócio só termina quando elas envelhecem e ficam desgastadas. E agora, José? Como os senhores acham que a vida segue pra elas?
Até a próxima?
Tirem-me uma dúvida. Como vivem as operárias do sexo depois que se aposentam? Sempre fiz essa reflexão. Mas nunca conheci uma ex-prostituta para ter uma ideia de como ela sobrevive. Digo isso porque apesar da prostituição não ser considerada crime, ela também não é legalizada. Não é uma atividade profissional reconhecida pelo Ministério do Trabalho, com direitos previdenciários e trabalhistas.
Se a prostituição fosse uma atividade legalizada e não estigmatizada, presumo que o fim de carreira seria um pouco melhor, mas ainda assim degradante. Elas eram trabalhadoras do sexo. Envelheceram e agora vivem desamparadas. Muitas pessoas se recusariam a dar emprego a uma ex-prostituta. Bom, vamos fazer uma avaliação mais a fundo. Quando tudo começa? Eu nunca vi uma menina dizer: mãe, quando crescer quero ser prostituta! Acho que o meretrício não é uma escolha, mas uma fatalidade. Falta de condições financeiras, desestrutura familiar, abuso sexual doméstico e o sentimento de abandono e de insegurança da menina causam vulnerabilidades. Sobretudo vulnerabilidades.
Muitas tentam trabalhar em outros lugares. Mas, sem qualificação profissional perdem oportunidades; enquanto negras, sofrem discriminação; engravidam e fica mais difícil trabalhar ainda; e acabam por não ter outra forma de se sustentar.
Mas aí, vem a pergunta que você já deve estar se fazendo: e as prostitutas de luxo? Será que as vidas delas foram tão desestruturadas assim? Por que estão nessa vida? Será que é por prazer? É claro que não. Nunca acreditei nessa história de que algumas delas fazem por prazer. O único prazer que elas sentem é receber as vultosas quantias de seus clientes. Elas fazem pelo dinheiro fácil e abastado que seus trabalhos lhes proporcionam. Algumas são mais inteligentes. São universitárias e estão ali só por algum tempo. Outras lucram bastante, se profissionalizam em outras áreas e conseguem fazer seu pé-de-meia.
Mas o que acontece com a grande maioria? Falta senso crítico pras moças da vida. Mas é só pensar: se tivessem, será que seriam putas? O problema é que a prostituição é uma atividade que degrada muito e, quando envelhecem, não são mais procuradas. Para se manter, vão onde há um público menos exigente. É chato ter consciência de que quanto mais o tempo for passando, mais o seu salário vai diminuindo. O negócio só termina quando elas envelhecem e ficam desgastadas. E agora, José? Como os senhores acham que a vida segue pra elas?
Até a próxima?