Noite. Na amplidão da Rodoviária Novo Rio viajantes aguardavam e movimentavam-se descoordenados. Quando entrei no ônibus, alguém ouvia Homem-Aranha — do Jorge Vercillo — pelo celular com o som aberto, aquilo me pareceu um mau agouro. Convidado por um amigo professor, eu estava indo à montanhosa Teresópolis para dar um tipo de palestra sobre leitura e escrita em um renomado colégio da região, um seminário.
O trajeto foi tranquilo, excetuando-se pela criatura que obrigou o ônibus inteiro a escutar repetidas músicas do Vercillo. Percebi que a canção “Que nem maré” devia ser a preferida, pois...