Astronauta brasileiro - Um passeio de 10 milhões de dólares

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#16 Mensagem por pby_Mars_Explorer » 11 Abr 2006, 14:25

Carnage escreveu:
ElPatrio escreveu:Espero que pelo menos essa missão idiota sirva para aguçar a curiosidade nas crianças pela astronomia e ciência em geral.
Acho que a única coisa que possa ser capitalizada dessa viagem é despertar o interesse da população por esses assuntos, e a vontade nos nossos jovens de ir por esse caminho e gerar mentes importantes pro desenvolvimento desse país.
Pois o Brasil carece muito de profissionais nestas áreas, e somente o apoio da população à pesquisa tecnológica, via simpatia, pode estimular os políticos a liberar mais grana pra essas coisas.
Pois vocês sabem que políticos só fazem coisas que acham que o povão vai gostar. Quantos já não ouviram alguém dizer que "Tem gente passando fome no Brasil e o governo fica gastando dinheiro tentando lançar um foquete! Que absurdo tem coisas melhores pra se fazer com esse dinheiro" Mas essas pessoas não pensam que se o país dominar a tecnologia de lançamento de foguetes, pode meter a mão numa parte do incomensuravelmente lucrativo mercado de lançamentos de satélites, e assim gerar uma riqueza imensa que pode ser usada também pra aplacar a fome!!
Mas também de nada aditanta estimular as crianças e não dar a elas condições de estudar e se tornarem estes profissionais que precisamos!
Concordo com voce Carnage ... US$ 10 milhões é pouco pelo que isto pode trazer futuramente ... desde que o governo tenha um plano e recursos garantidos ... e mais, o Brasil é privilegiadíssimo pois possue a base de lançamento mais bem posicionada do mundo e não sabemos explorar este fato !!!

O custo de lançamento de uma carga ao espaço é 30% mais barato que de qualquer outro local pela sua posição praticamente na linha do equador. Qualque país que tivesse a linha do equador cruzando seu território poderia ter uma, mas um detalhe importante que faz a diferença ... a Base de alcantara tem condições de ter porto próprio o que barateia demais o envio de peças pesadas fabricadas em qualquer parte do mundo, coisa que outros países não dispoe.
Os EUA já se propuseram a arrendar a base de Alcantara, moderniza-la e rechar os lucros com o Brasil. Não aceitamos pois nosso orgulho nacionalista não pertime que Yankees transformem Alcantara na mais impostante base de lançamentos do mundo, devemos ser nós os Brasileiros que desviam 90% das verbas para Valérios Dutos da vida que temos que fazer. E isto só vai acontecer quando lançar foguetes do espaço poderá ser feito no quintal de qualquer casa próxima a linha do equador ... e todo lucro dos lançamentos que poderia não só financiar escolas melhores ( pois uma grande nação se cria a partir do conhecimento e educação), como tambem mais mestres e doutores, como tambem matar a fome de muita gente , vai continuar a ser apenas promessa politica.

El Pátrio, sem dúvida a melhor contribuição desta missão será sentida daqui a 15 anos , quando uma enorme quantidade de novos cientistas surgirão, inspirados neste voo.

Não devemos olhar só para o lado científico da missão. Sem dúvida, o governo vai explorar politicamente isto, o que é um grande erro. Mas para um governo que sequer consegue gerir um programa de tapar buracos em estrada, não podemos esperar muito mais que isto infelismente.

O Brasil não só não está fazendo sua parte na ISS, como tambem não está fazendo na Antartida, pois a nossa base lá está quase que abandonada por faltas de verbas. Da mesma forma que o espaço é uma enorme fonte de recursos, a Antartida tambem é. E o Brasil, não sabe explorar estas oportunidades de ouro. E não é de hoje isto.

O dia que tivermos pessoas com experiencia empresarial e menos ambições politicas no governo, seremos uma nação bem mais respeitadas, até hoje nós eleitores não tivemos a capacidade de fazer isto.


P.S. Algo importante que está sendo tocado do jeitinho Brasileiro, e que no andar da carruagem trará enorme vergonha a nação é o PAN no Rio de Janeiro, para a maioria, que está ao largo das informações que pouco se veiculam na mídia , as obras estão tremendamente atrasadas, algumas sequer começaram, e corremos o risco de perder a sede dos jogos na próxima vistoria. Isto para mim é até mais importante que colocar alguem no espaço, pois para um país que pleiteia copa do mundo, não conseguir sequer gerir um Pan Americano é o fim da picada !!!

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Carnage
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#17 Mensagem por Carnage » 11 Abr 2006, 14:52

Na verdade o caso da base de Alcântara foi mais delicado. O acordo não foi aceito porque continha cláusulas impostas pelos EUA que prejudicavam em muito o Brasil e que eles não aceitaram abrir mão de jeito nenhum.
Na prática, o acordo aceito do jeito que estava iria mais atrasar do que ajudar o programa espacial brasileiro:
Em relação aos entraves para desenvolvimento científico, os problemas abrangem tanto a independência de negociação de novos acordos quanto o avanço tecnológico nacional. Existem cláusulas no acordo que impedem que o dinheiro pago pelos norte-americanos possa ser investido para a criação de técnicas de lançamento de foguetes, além de impedir inspeção das áreas reservadas para uso dos EUA. No tocante aos acordos com outros países, os americanos impedem o Brasil de firmar convênios com nações consideradas suspeitas de incentivar o terrorismo.

"Sabemos que esse conceito do governo norte-americano é muito elástico e pode incluir qualquer país", diz Marcelo Zero, do PT. Logo, essa cláusula pode impossibilitar parcerias com países dispostos a desenvolver tecnologias conjuntas, como China e Ucrânia, pois fica claro o interesse de Washington em impedir o Brasil de desenvolver tecnologias capazes de colocá-lo em condições de utilizar a base de forma independente e oferecer serviços a quem se interessar em utilizar a base.

O setor aeroespacial representa uma esfera de importante negociação científica e política internacional, e o Brasil faz parte do projeto da Estação Espacial Internacional, junto a mais 16 países. Além dos EUA, há importantes acordos de cooperação com centros de pesquisa argentinos, chineses, franceses, russos e ucranianos. Nenhum deles tem clausulas que inviabilizam investimentos em pesquisas na área.
Na prática o dinheiro gerado pelo arrendamento da base não poderia ser revertido novamente pra pesquisa de nenhuma forma, nem recursos de outras coisas (como saúde, educação, etc) poderiam ser redirecionados para tanto como forma de não configurar mera manobra financeira para usar o dinheiro assim mesmo. Assim os Estados Unindos pretendiam impedir que a base gerasse recursos para finaciar o desenvolvimento tecnológico do programa espacial, o que era justamente o interesse em fazer esse arrendamento.
Toda e qualquer modernização da base seria de uso exclusivo dos americanos, que não permitiriam a presença de técnicos brasileiros na área da base que seria reservada pra eles. Na verdade essa área seria quase que considerada como território Norte Americano, ninguém poderia entrar lá!!
Além de não gerar nenhuma divisa tecnológica, esse acordo ainda criaria a possibilidade dos EUA embargar qualquer outro acordo com outros países o momento que eles quisessem, via essa cláusula de não cooperação com países suspeitos de ajudar terroristas.
Então, a decisão de não ratificar o acordo foi acertada, pois não passava de um instrumento que beneficiaria apenas os EUA e visava claramente emperrar o programa espacial brasileiro!

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#18 Mensagem por pby_Mars_Explorer » 11 Abr 2006, 15:46

Carnage, minha fonte comentou sobre algumas cláusulas e parece que elas foram divulgadas um pouco distorcidas.

Acesso restrito seria só quando se tratasse de voos militares ( cerca de 50% dos lancamentos nos EUA tem carga militar ou pesquisa militar envolvida)

A restrição de investimentos é para foguetes de grande porte com combustivel liquido para evitar o desenvolvimento de misseis balisticos intercontinentais, já que quem consegue colocar carga util elevada no espaço consegue lançar orgivas nucleares.

Isto é o que me foi dito por uma pessoa que teve acesso a documentos do protocolo de intenções.

Claro que o acesso é restrito, pois o Brasil não tem capacidade de evitar que um caminhão com armas chegue as favelas, como va impedir um maluco de sabotar um foguete ?

Alem disto, falta experiencia em negociação ... coloca do lado destas cláusulas um acordo com o Irã para desenvolvimento de foguetes espaciais para voce ver se os EUA não amolecem nas suas exigencias ...

O Brasil até para negociar pensa pequeno e imediatista ... por isso que o melhor que conseguimos nos últimos 20 anos é criar um foguete de combustivel sólido ( já ultrapassado) que ou explode na plataforma de lançamento e mata muita gente com elevada carga de conhecimento ( erro estratégico deixar este pessoal chegar perto do brinquendo já com combustivel) ou é obrigado a apertar o botão de auto destruição 30 segundos depois do lançamento. Falta dinheiro e um planejamento sério de todos que passaram por Brasília.

Não adianta termos acordos de cooperação com países que não disponibilizem recursos, pois se depender da grana de Brasília, nenhum foguete vai sair "da chõn" !!!

Se o Brasil quer mesmo um assento no conselho de segurança, se quer ver suas reivindicações perante a comunidade internacional atendidas .. precisamos de foguetes ... de preferencia dos grandes e de alcance intercontinental, ai vc vai ver se nego não vai saber que a capital do Brasil é Brasília e que alem de Carnaval, cerveja e samba, sabemos lançar foguetes, que somos um país grande, e que deve ser respeitado.

Porque será que respeitam mais a Índia, e o Paquistão do que a nós ... eles tem poder nuclear tático ( a india caminha a passos largos para poder nuclear estratégico).

Neste planeta, só quem tem capacidade de explodir seu quintal é respeitado, o resto, é resto .. infelismente.

2 países sem capacidade nuclear são respeitados por outros fatores ... Alemanha e Japão, em ambos, eles possuem bases militares controladas pelos EUA ou Gran Bretanha, tem poder economico monstruoso e industria de alta tecnologia trabalhando em estreita cooperação com os paises da OTAN .. no caso da Alemanha, inclua misseis táticos nucleares apontados para o ex bloco socialista. A guerra fria acabou, mas os brinquedinhos de destruição em massa estão meio sem donos do lado de lá .. todo cuidado é pouco ...

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#19 Mensagem por Eros Millenium » 12 Abr 2006, 10:23

Commander escreveu:Poxa quantos TDs dava pra fazer com essa grana toda.......... :lol: :lol: :lol:

Aí sim o cara iria se sentir nas alturas......... :roll: :roll:

Abraços

COM TODA CERTEZA. PODERIAMOS FAZER UMA ORGIA POR DIA....

VARIAS GAROTAS DE QUINA PRA LUA.... E A GALERA MANDANDO FOGUETE....

10 MILHOES.... PODERIAMOS FRETAR UM AVIÃO E FAZER UMA ORGIA EM FERNANDO DE NORONHA.... IA SER A FESTA DO EVA E ADÃO

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Onsly
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#20 Mensagem por Onsly » 14 Abr 2006, 17:01

Carnage escreveu: E ele não está sozinho, em coro com ele estão grandes nomes da atronomia e tecnlogia do Brasil. Até mesmo membros do programa espacial brasileiro! Não tenho comigo agora, mas já vi vários criticando o gasto desse dinheiro.
Sei lá Carnage ... não acredito muito nisso não. Mesmo o cara sendo quem é vou continuar considerando o cara um "frustrado". Odeio gente pessimista que só vê problemas em tudo que se relaciona ao governo, não sou partidário do Lula ou qualquer outro Petista mas posso citar vários exemplos desses tipo de nego "frustrado".
  • 01 -) Hora é um padre fazendo greve de fome dizendo que a "transposição do São Franscico" não é solução (foda-se a boa vontade do governo de trazer água para o sertão do nordeste).
    02 -) Outra hora é ministro reclamando dos U$S 700 milhões que bloquearam para compra de caças que "ajudariam na defesa de nosso território" (foda-se novamente a boa vontade do governo de desviar o dinheiro para o falido programa "Fome Zero", afinal de conta que se fodam os miseráveis, nós deveríamos mesmo ter comprado aqueles caças e explodindo algumas boca-de-fumo nos morros cariocas).
    03 -) Em outro momento são políticos reclamando dos projetos de inclusão digital (Que todos temos certeza de se tratar de uma clara propaganda do governo para forçar a venda de computadores e o uso de telefones, se os brasileiros nem sabem ler porque diabos precisamos de internet ?).
    04 -) Sem contar os ambientalista reclamando dos projetos das usinas hidroeléticas, de álcool, termoelétricas e dos investimentos no setor nuclear (concordo com todos eles, devemos continuar usando petróleo e morrer com o efeito estufa, devemos passar toda a nossa vida dependendo desse óleo maldito e matando árabes terroristas que não querem ter seus países explorados. Sem falar na ganância do governo brasileiro em tentar manufaturar a sexta maior reserva do mundo de urânio. Aonde já se viu investir em tecnologia nuclear em um país de esfomeados ? Que usina nuclear que nada, deviamos era fazer uma bomba e explodir Buenos Aires, vamos ferrar com a Argentina antes que eles nos ferrem na Copa do Mundo).
Desculpe o desabafo cara ... mas odeio neguinho que só criíca e nunca vê o lado bom de cada coisa. No que se refere a essa viagem do Marcos Pontes, antes de pensar no lado negativo, o que me vem a mente são dois benefícios já citados nesse tópico:
  • - Parceria tecnológica e comercial (principalmente Aero-espacial) com a Rússia, que resultará no desenvolvimento de um novo VLS. O que traria modernização e a especialização da indústria nacional para o desenvolvimento de novos processos e tecnologia. Isso sem contar na especialização da pauta dos produtos da balança comercial brasileira (que hoje possui mais de 33% só de commodities do Agronegócio).
    - Incentivo de estudo da ciência aero-espacial as nossas crianças.
Sem querer ser egocentrico espero que um dia todos sejam otimistas que nem eu, ou pelo menos deixem de criticar tudo que vêem na frente e dêem sugestões para melhorar nosso país... [-o<

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#21 Mensagem por ussama » 14 Abr 2006, 17:46

eu como um brasileiro comum, ou seja , onde temos um presidente, que tropeça no portuga, sou comum mesmo,
mas tenho algumas dúvidas:
1) este projeto surgiu, muitos anos antes do governo lula? ou seja será que foi obra exclusiva deste governo?
2) será que este cidadão foi ao espaço só para plantar feijão, ou pelo contrário desenvolver pesquisas mais aprofundadas, ex. nanotecnologia?
3) será que foram feitas pesquisas que possam ser consideradas, segredo de estado?

acho que viajei na maionese, caramba.

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Re: perguntas

#22 Mensagem por Onsly » 14 Abr 2006, 17:58

ussama escreveu:1) este projeto surgiu, muitos anos antes do governo lula? ou seja será que foi obra exclusiva deste governo?
Não, começaram no segundo mandato do governo FHC.
As origens da viagem de Pontes remontam a 1997. Naquele ano, o Brasil tornou-se um dos 15 parceiros no projeto de construção da Estação Espacial Internacional, um projeto em andamento desde 1993. Por meio de um sistema de subcontratos, no valor de US$ 120 milhões, nosso país se responsabilizou pela construção de alguns equipamentos. "Em troca, ganharíamos o direito de enviar um homem ao espaço", explica Petrônio Portela, do Inpe, ex-coordenador da participação brasileira na EEI e presidente da Associação Aeroespacial Brasileira. Portela conta que o astronauta brasileiro seria treinado pela Nasa, a agência espacial norte-americana. Ela também se encarregaria de enviá-lo para a EEI num vôo do ônibus espacial, capaz de levar ao espaço sete astronautas de cada vez. Tudo isso sem custos adicionais. Foi aberta uma seleção para a vaga de astronauta, e o escolhido foi Marcos Pontes em 1998.

http://revistagalileu.globo.com/Galileu ... -2,00.html
ussama escreveu:2) será que este cidadão foi ao espaço só para plantar feijão, ou pelo contrário desenvolver pesquisas mais aprofundadas, ex. nanotecnologia?
Desenvolver o setor científico e tecnológico de um país é fundamental para gerar conhecimentos e riquezas que alcançam a área econômica e social. Esta premissa poderá ser constatada na diversidade e qualidade dos experimentos científicos que o astronauta Marcos Pontes realizará na Estação Espacial Internacional (ISS). Eles abrangem desde as engenharias, microeletrônica, saúde, biotecnologia e demonstram a capacidade das universidades e institutos brasileiros em produzir pesquisas de ponta.

Nesse sentido, a Agência Espacial Brasileira (AEB) disponibiliza à comunidade científica brasileira um dos meios mais nobres para a realização de estudos: o ambiente espacial. Desde 1998, quando surgiu o Programa Microgravidade, os foguetes de sondagem desenvolvidos pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE/CTA) proporcionam tal oportunidade. Com a participação do país na ISS, surge, em 2006, a possibilidade de realização dos experimentos diretamente no espaço por meio do laboratório orbital.

1. Efeito da microgravidade na cinética das enzimas - FEI

2. Danos e reparos do DNA na microgravidade - UERJ e INPE

3. Teste de evaporadores capilares em ambiente de microgravidade - UFSC

4. Minitubos de calor - UFSC

5. Germinação de sementes em microgravidade - Embrapa/Cenargen

6. Nuvens de interação protéica - CenPRA/MCT

7. Germinação de sementes de feijão - Secretaria Municipal de Educação de São José dos Campos (SP)

8. Cromatografia da clorofila - Secretaria Municipal de Educação de São José dos Campos (SP).

Para mais informações consulte --> http://www.aeb.gov.br/missaocentenario/ ... mentos.php
ussama escreveu:3) será que foram feitas pesquisas que possam ser consideradas, segredo de estado?
Dúvido ... não temos tecnologia suficiente para tudo isso.

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#23 Mensagem por panzer » 14 Abr 2006, 22:46

O governo federal gastou 10 milhões de dólares para enviar um astronauta brasileiro até uma estação espacial em órbita da Terra...
Detalhe: a tecnologia envolvida, do traje do astronauta ao foguete, não tem paralelo nacional, trocando em miúdos: mandamos um carona de 10 milhões de dólares ao espaço...
Foi um espetáculo de marketing apenas, a ciência e tecnologia empregados são marcos... da ex-URSS, dos EUA, da China...
Enquanto isso, nos laboratórios da USP, da Unicamp, da Unesp, da UFRJ, da UnB, da Embrapa, do INPE, do IPT, do Inmetro, e de todas as outras instituições que ainda mantém pesquisa científica e tecnológica no Brasil, os pesquisadores e estudantes de pós-graduação tem que tocar seus trabalhos lutando com a burocracia para conseguir verbas... Mas esses trabalhos não dão retorno imediato em termos de marketing, apenas geram desenvolvimento sustentável a médio e longo prazo... Coisa irrelevante para nós...

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Re: perguntas

#24 Mensagem por Onsly » 15 Abr 2006, 17:41

ussama escreveu: 2) será que este cidadão foi ao espaço só para plantar feijão, ou pelo contrário desenvolver pesquisas mais aprofundadas, ex. nanotecnologia?
Desculpe cara... esqueci de citar o tal experimento de "nanotecnologia" no meu último post
Experimento de nanotecnologia não passa nos testes de segurança

Um dos nove experimentos selecionados pela Agência Espacial Brasileira (AEB), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), para ir à Estação Espacial Internacional (ISS), não poderá mais participar da viagem.

Devido ao pouco tempo disponível para desenvolver o experimento da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), não foi possível cumprir todos os requisitos de segurança estabelecidos pela Agência Espacial da Federação Russa (Roscosmos). Normalmente, a preparação de um experimento leva em torno de um a dois anos, podendo chegar até a cinco anos.

As equipes brasileiras que enviarão experimentos à ISS estiveram reunidas com uma delegação de técnicos russos em janeiro, quando puderam conhecer as exigências para o envio de suas pesquisas em um vôo tripulado. Desde então, os cientistas brasileiros têm se dedicado a promover ajustes para atender às recomendações da comitiva russa.

Nesta semana, as equipes ligadas aos demais experimentos continuam em São José dos Campos (SP) realizando testes no Laboratório de Integração e Testes (LIT/Inpe) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT). No próximo dia 13, parte da delegação russa retorna ao Brasil para conferir as recomendações deixadas na última visita.

O experimento da UFPE, sobre nanotecnologia, consiste de amostras de vidro com partículas de prata e um forno, que tem o objetivo de verificar a formação de um filme na superfície do vidro por aquecimento. A pesquisa visa estudar a relação entre microgravidade e novos materiais.

Um relatório técnico sobre os testes será divulgado nos próximos dias. Para mais detalhes do experimento leia --> http://www.aeb.gov.br/missaocentenario/ ... entos5.php
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panzer escreveu:O governo federal gastou 10 milhões de dólares para enviar um astronauta brasileiro até uma estação espacial em órbita da Terra...
Detalhe: a tecnologia envolvida, do traje do astronauta ao foguete, não tem paralelo nacional, trocando em miúdos: mandamos um carona de 10 milhões de dólares ao espaço...
Coisa irrelevante para nós...
Carnage escreveu:No mais, essa missão é apenas simbólica. As experiências feitas pelo astronauta, apenas "algo pra ele fazer lá" pra não ficar parecendo que foi só a passeio.
Novamente discordo um pouco do que foi mencionado, vcs deviam ler um pouquinho mais antes de fazer esse tipo de afirmação. Está certo que o ganho tecnológico que teremos não é tão significante (não construiremos nada revolucionário com isso) mas ele não é nulo de maneira nenhuma. Com certeza serão resultados interessantes para um país que ainda engatinha nas ciências espaciais.
Experimento: EVAPORADORES CAPILARES (CEM)

Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Controlar a temperatura interna em um satélite é fundamental para o funcionamento dos circuitos eletrônicos. Visando desenvolver tecnologia nacional nesse sentido, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) , referência na América Latina na área de Engenharia Mecânica, envia à Estação Espacial Internacional (ISS) um experimento com o objetivo de desenvolver e aperfeiçoar o cnohecimento de controle térmico para satélites.

O projeto contribui para o alcance da autonomia no setor, uma vez os dispositivos utilizados para controlar a temperatura em satélites brasileiros são comprados em outros países, além de representar uma janela de oportunidade para as empresas brasileiras em um ramo de alta tecnologia.
Experimento: DANOS E REPAROS DO DNA NA MICROGRAVIDADE

Instituição: Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Audaciosamente indo onde nenhum bactéria jamais esteve. Ou melhor, "como" nenhuma bactéria jamais esteve. Uma das novidades de um dos oito experimentos a serem realizados pelo astronauta Marcos Cesar Pontes na ISS (Estação Espacial Internacional) em abril será o envio de bactérias em sua condição natural, crescendo e se multiplicando, já na viagem até a órbita, para investigar como elas "se viram" num ambiente de radiação.

"Normalmente, em experimentos desse tipo, as bactérias são liofilizadas para ir ao espaço. É como se elas estivessem completamente desidratadas, convertidas em um pó", explica Adriano Caldeira de Araújo, da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), um dos envolvidos na concepção do experimento, em parceria com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O processo de liofilização é rotineiramente usado para evitar o risco de contaminação dos astronautas a bordo, em caso de falha do experimento --providência necessária, já que o organismo em questão, a bactéria Escherichia coli, é um ilustre causador de diarréia.

Desta vez não. As bactérias irão ao espaço como vieram ao mundo. Tudo graças a um aparelho de contenção para impedir qualquer risco, desenvolvido por pesquisadores brasileiros e aprovado para vôo por técnicos russos. "São três níveis de segurança" para impedir um vazamento, explica Araújo.

Dentro do aparelho, várias cepas de bactéria, algumas em sua versão selvagem e outras com mutações, serão expostas a doses de raios ultravioleta, danosos aos organismos vivos. A idéia é verificar como funcionam, em microgravidade, os mecanismos naturais de reparo do DNA, a molécula que carrega os genes da criatura. Quando exposto à radiação, o DNA sofre danos --e as células contra-atacam e corrigem as falhas. Na Terra, o funcionamento desses mecanismos é razoavelmente conhecido. Mas será que tudo é igual sem a gravidade? É atrás desse tipo de resposta que estão os cientistas.

"Esperamos também descobrir se existe algum outro mecanismo de reparo que aqui na Terra não funciona, mas que em microgravidade entre em ação", diz Nasser Ribeiro Asad, da UERJ, outro envolvido com o experimento.

É a segunda vez que os cientistas tentam realizar um vôo com seu equipamento. A primeira tentativa foi no último lançamento do Programa Microgravidade, da AEB (Agência Espacial Brasileira), com um foguete de sondagem, em 2002. Um problema impediu a recuperação dos experimentos embarcados para análise. A nova oportunidade permitiu que os cientistas ampliassem suas ambições. Agora, em vez de durar alguns minutos, o experimento tomará quatro horas. É uma novidade para os brasileiros, mas não para a comunidade internacional.

Os pesquisadores admitem que vários arranjos experimentais similares já foram feitos em órbita ao longo dos anos. "Mas a coisa é que é difícil reproduzi-los --não surgem muitas oportunidades para lançá-los ao espaço", diz Asad. "Então cada nova tentativa é uma chance de confirmar e validar os resultados anteriores."

Os cientistas também destacam o potencial ganho tecnológico da pesquisa --já planejam pedir o patenteamento do aparelho que desenvolveram e destacam que a tecnologia pode servir também em outros lugares remotos, como a Antártida, dada a portabilidade do sistema (uma caixa de cerca de 20 cm por 15 cm).

E quanto às chances de sucesso do experimento que voará para a ISS? O que o astronauta Pontes terá de fazer lá em cima para que tudo dê certo? "Ele precisará apenas apertar um botão", diz Asad. "É mais uma das vantagens do nosso sistema. A máquina faz praticamente tudo sozinha."
Experimento: NUVENS DE INTERAÇÃO PROTÉICA

Instituição: Centro de Pesquisas Renato Archer (CenPRA/MCT)

A substância responsável pelo brilho dos vaga-lumes é a matéria-prima do experimento conduzido pelo Centro de Pesquisas Renato Archer (CenPRA). Dentro de uma caixa escura, ondas acústicas induzirão o fenômeno da bioluminescência pela colisão de gotas d´agua cheias de enzimas. Todo o processo será filmado e reproduzido dentro de uma sala com visão 3D para uso dos estudiosos e, provavelmente, do público.

O resultado dessa análise possibilitará, entre outros benefícios, o aprimoramento de técnicas para a obtenção de medicamentos de ação mais rápida. Outra vantagem será a identificação de microorganismos causadores de doenças em reservatórios de abastecimento de água.
.
...Quem saiu ganhando foi o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que teve o seu LIT (Laboratório de Integração e Testes) certificado para preparar experimentos de missões tripuladas. É um selo de qualidade que cai bem a essa instalação, que não deve nada a outras do tipo localizadas em outros países, supostamente "mais desenvoltos" que nós em tecnologias espaciais...
Por outro lado talvez a opnião de vcs seja a realidade de alguns dos experimentos (4 deles que possuem foco em itens agrícolas e suas propriedades), mas afinal de contas, o que poderíamos esperar de um país que é apontado por todos como "O Celeiro do Mundo" ?

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#25 Mensagem por Truman » 15 Abr 2006, 18:12

Teria valido totalmente a pena se a expedição tivesse incluido como experência o envio de sapos ao espaço para ver o seu comportamento na ausência de gravidade... e de ar... especialmente o raro Sapus barbudus...

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Re: perguntas

#26 Mensagem por panzer » 15 Abr 2006, 20:05

Onsly escreveu:
ussama escreveu: 2) será que este cidadão foi ao espaço só para plantar feijão, ou pelo contrário desenvolver pesquisas mais aprofundadas, ex. nanotecnologia?
Desculpe cara... esqueci de citar o tal experimento de "nanotecnologia" no meu último post
Experimento de nanotecnologia não passa nos testes de segurança

Um dos nove experimentos selecionados pela Agência Espacial Brasileira (AEB), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), para ir à Estação Espacial Internacional (ISS), não poderá mais participar da viagem.

Devido ao pouco tempo disponível para desenvolver o experimento da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), não foi possível cumprir todos os requisitos de segurança estabelecidos pela Agência Espacial da Federação Russa (Roscosmos). Normalmente, a preparação de um experimento leva em torno de um a dois anos, podendo chegar até a cinco anos.

As equipes brasileiras que enviarão experimentos à ISS estiveram reunidas com uma delegação de técnicos russos em janeiro, quando puderam conhecer as exigências para o envio de suas pesquisas em um vôo tripulado. Desde então, os cientistas brasileiros têm se dedicado a promover ajustes para atender às recomendações da comitiva russa.

Nesta semana, as equipes ligadas aos demais experimentos continuam em São José dos Campos (SP) realizando testes no Laboratório de Integração e Testes (LIT/Inpe) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT). No próximo dia 13, parte da delegação russa retorna ao Brasil para conferir as recomendações deixadas na última visita.

O experimento da UFPE, sobre nanotecnologia, consiste de amostras de vidro com partículas de prata e um forno, que tem o objetivo de verificar a formação de um filme na superfície do vidro por aquecimento. A pesquisa visa estudar a relação entre microgravidade e novos materiais.

Um relatório técnico sobre os testes será divulgado nos próximos dias. Para mais detalhes do experimento leia --> http://www.aeb.gov.br/missaocentenario/ ... entos5.php
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panzer escreveu:O governo federal gastou 10 milhões de dólares para enviar um astronauta brasileiro até uma estação espacial em órbita da Terra...
Detalhe: a tecnologia envolvida, do traje do astronauta ao foguete, não tem paralelo nacional, trocando em miúdos: mandamos um carona de 10 milhões de dólares ao espaço...
Coisa irrelevante para nós...
Carnage escreveu:No mais, essa missão é apenas simbólica. As experiências feitas pelo astronauta, apenas "algo pra ele fazer lá" pra não ficar parecendo que foi só a passeio.
Novamente discordo um pouco do que foi mencionado, vcs deviam ler um pouquinho mais antes de fazer esse tipo de afirmação. Está certo que o ganho tecnológico que teremos não é tão significante (não construiremos nada revolucionário com isso) mas ele não é nulo de maneira nenhuma. Com certeza serão resultados interessantes para um país que ainda engatinha nas ciências espaciais.
Experimento: EVAPORADORES CAPILARES (CEM)

Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Controlar a temperatura interna em um satélite é fundamental para o funcionamento dos circuitos eletrônicos. Visando desenvolver tecnologia nacional nesse sentido, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) , referência na América Latina na área de Engenharia Mecânica, envia à Estação Espacial Internacional (ISS) um experimento com o objetivo de desenvolver e aperfeiçoar o cnohecimento de controle térmico para satélites.

O projeto contribui para o alcance da autonomia no setor, uma vez os dispositivos utilizados para controlar a temperatura em satélites brasileiros são comprados em outros países, além de representar uma janela de oportunidade para as empresas brasileiras em um ramo de alta tecnologia.
Experimento: DANOS E REPAROS DO DNA NA MICROGRAVIDADE

Instituição: Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Audaciosamente indo onde nenhum bactéria jamais esteve. Ou melhor, "como" nenhuma bactéria jamais esteve. Uma das novidades de um dos oito experimentos a serem realizados pelo astronauta Marcos Cesar Pontes na ISS (Estação Espacial Internacional) em abril será o envio de bactérias em sua condição natural, crescendo e se multiplicando, já na viagem até a órbita, para investigar como elas "se viram" num ambiente de radiação.

"Normalmente, em experimentos desse tipo, as bactérias são liofilizadas para ir ao espaço. É como se elas estivessem completamente desidratadas, convertidas em um pó", explica Adriano Caldeira de Araújo, da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), um dos envolvidos na concepção do experimento, em parceria com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O processo de liofilização é rotineiramente usado para evitar o risco de contaminação dos astronautas a bordo, em caso de falha do experimento --providência necessária, já que o organismo em questão, a bactéria Escherichia coli, é um ilustre causador de diarréia.

Desta vez não. As bactérias irão ao espaço como vieram ao mundo. Tudo graças a um aparelho de contenção para impedir qualquer risco, desenvolvido por pesquisadores brasileiros e aprovado para vôo por técnicos russos. "São três níveis de segurança" para impedir um vazamento, explica Araújo.

Dentro do aparelho, várias cepas de bactéria, algumas em sua versão selvagem e outras com mutações, serão expostas a doses de raios ultravioleta, danosos aos organismos vivos. A idéia é verificar como funcionam, em microgravidade, os mecanismos naturais de reparo do DNA, a molécula que carrega os genes da criatura. Quando exposto à radiação, o DNA sofre danos --e as células contra-atacam e corrigem as falhas. Na Terra, o funcionamento desses mecanismos é razoavelmente conhecido. Mas será que tudo é igual sem a gravidade? É atrás desse tipo de resposta que estão os cientistas.

"Esperamos também descobrir se existe algum outro mecanismo de reparo que aqui na Terra não funciona, mas que em microgravidade entre em ação", diz Nasser Ribeiro Asad, da UERJ, outro envolvido com o experimento.

É a segunda vez que os cientistas tentam realizar um vôo com seu equipamento. A primeira tentativa foi no último lançamento do Programa Microgravidade, da AEB (Agência Espacial Brasileira), com um foguete de sondagem, em 2002. Um problema impediu a recuperação dos experimentos embarcados para análise. A nova oportunidade permitiu que os cientistas ampliassem suas ambições. Agora, em vez de durar alguns minutos, o experimento tomará quatro horas. É uma novidade para os brasileiros, mas não para a comunidade internacional.

Os pesquisadores admitem que vários arranjos experimentais similares já foram feitos em órbita ao longo dos anos. "Mas a coisa é que é difícil reproduzi-los --não surgem muitas oportunidades para lançá-los ao espaço", diz Asad. "Então cada nova tentativa é uma chance de confirmar e validar os resultados anteriores."

Os cientistas também destacam o potencial ganho tecnológico da pesquisa --já planejam pedir o patenteamento do aparelho que desenvolveram e destacam que a tecnologia pode servir também em outros lugares remotos, como a Antártida, dada a portabilidade do sistema (uma caixa de cerca de 20 cm por 15 cm).

E quanto às chances de sucesso do experimento que voará para a ISS? O que o astronauta Pontes terá de fazer lá em cima para que tudo dê certo? "Ele precisará apenas apertar um botão", diz Asad. "É mais uma das vantagens do nosso sistema. A máquina faz praticamente tudo sozinha."
Experimento: NUVENS DE INTERAÇÃO PROTÉICA

Instituição: Centro de Pesquisas Renato Archer (CenPRA/MCT)

A substância responsável pelo brilho dos vaga-lumes é a matéria-prima do experimento conduzido pelo Centro de Pesquisas Renato Archer (CenPRA). Dentro de uma caixa escura, ondas acústicas induzirão o fenômeno da bioluminescência pela colisão de gotas d´agua cheias de enzimas. Todo o processo será filmado e reproduzido dentro de uma sala com visão 3D para uso dos estudiosos e, provavelmente, do público.

O resultado dessa análise possibilitará, entre outros benefícios, o aprimoramento de técnicas para a obtenção de medicamentos de ação mais rápida. Outra vantagem será a identificação de microorganismos causadores de doenças em reservatórios de abastecimento de água.
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...Quem saiu ganhando foi o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que teve o seu LIT (Laboratório de Integração e Testes) certificado para preparar experimentos de missões tripuladas. É um selo de qualidade que cai bem a essa instalação, que não deve nada a outras do tipo localizadas em outros países, supostamente "mais desenvoltos" que nós em tecnologias espaciais...
Por outro lado talvez a opnião de vcs seja a realidade de alguns dos experimentos (4 deles que possuem foco em itens agrícolas e suas propriedades), mas afinal de contas, o que poderíamos esperar de um país que é apontado por todos como "O Celeiro do Mundo" ?
O colega coloca uma dezena de citações, ciência por ciência também considero tudo válido, meu ponto de discórdia é: o custo-benefício do carona espacial não compensa.
Compensa sim a pesquisa básica em física, a pesquisa tecnológica de novos materiais, de combustíveis e de micro-eletrônica, a pesquisa bio-médica sobre o metabolismo humano em ambientes extremos, o desenvolvimento de instrumental para o vôo espacial e de uma base industrial de apoio, entre inúmeras outras atividades que um programa espacial sério induz.
Agora, colocar um sujeito em órbita com a tecnologia de terceiros, com o potencial industrial de terceiros e com as instalações de terceiros.... Pra mim até vale a pena se for definido que o Brasil abdica de continuar com um programa espacial nacional... Daí podemos nos contentar em ser um país agrícola para sempre... ou talvez um produtor de manufaturados de 2ª linha para as demais potências... fama de exportador de bucetas já temos... :lol: :lol: :lol: :lol:

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