I HAVE A DREAM!

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Roman Barak
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#31 Mensagem por Roman Barak » 09 Nov 2008, 00:11

S1 escreveu:Também estava na torcida pela eleição do Barak, o deles, não o nosso
Pô, S1, o que você tem contra a minha eleição? :lol:
Peter_North escreveu:Que belo post, Barak. Concordo com tudo
Obrigado Peter.

Como procurei deixar claro, a força dessa eleição reside na simbologia, porque claramente não se pode esperar que Obama vá resolver (todos) os problemas dos EUA, notadamente a crise econômica.

Mas situações políticas como esta são engrenagens que impulsionam a evolução de uma sociedade. Veja-se o caso da eleição de John Kennedy em 1960, cujo governo enfrentou inúmeros impasses (crise dos mísseis com a URSS, frustrada invasão da Baia dos Porcos em Cuba, problemas com o FBI, cobranças da Máfia que lhe garantiu a eleição em alguns estados do sul, etc.), além de não avançar no fortalecimento da economia à época e ter dado início ao envio de tropas ao Vietnã. Ou seja, o governo Kennedy se caracterizou por suas inúmeras contradições. No entanto, nos três anos de governo Kennedy, os EUA deram a largada para os avanços no campo dos direitos civis, especialmente dos negros.

Há de se notar, também, que situação semelhante os EUA passaram à véspera da eleição de Jimmy Carter em 1977. A sociedade americana amargava uma crise moral decorrente das falcatruas do governo de Richard Nixon, que envolviam corrupção, espionagem política (escândalo Watergate), a guerra do Vietnã (que já ninguém mais acreditava na vitória dos EUA, nem na utilidade ou na razão de ser), o financiamento e apoio estratégico aos golpes militares na América Latina (Chile, Uruguai, Argentina e Bolívia) e a crise do petróleo, que arrasou a economia americana a partir de 1973. Nixon renunciou, o que balou a moral dos republicanos, que praticamente ficaram com vergonha de lançar um candidato de peso em 1977, e Gerald Ford ficou tapando buraco, passando a maior parte do tempo jogando golfe nos jardins da Casa Branca. Mas o governo de Jimmy Carter acabou sendo um total desastre, tanto no campo econômico (economia americana destruída com a segunda crise do petróleo, em 1979), quanto no campo político (Carter não conseguiu fazer nada em prol da paz mundial). A bem da verdade, a eleição de Jimmy Carter se deu numa situação bem parecida com a atual. Só espero que Obama não cometa os mesmos erros. O desastre do governo Jimmy Carter elegeu Ronald Reagan, em 1981. Se Obama não der certo, o que virá por aí?

Ainda sobre economia, não tenho certeza sobre o protecionismo dos Democratas ser absoluto, nem sobre a vantagem para o Brasil de um governo Republicano. Veja-se que a crise econômica que está nos ameaçando foi causado pela incompetência de um republicano, que torra bilhões de dólares por mês numa guerra na qual não obteve resultado prático nenhum, a naõ ser para os picaretas das indústrias petrolíferas que tomaram conta do Iraque.
Peter_North escreveu: exceto com a parte de gostar do pessoal do Friends.
Ué, mas eu não citei o Friends, mesmo porque acho uma das piores idiotices da TV americana. Talvez você tenha confundido com o Seifeld, cujos personagens eu citei, esse sim um sitcom que vale a pena ver.
Clinton escreveu:De minha parte faz tempo que eu colaboro com a igualdade racial: minha REGRA 3 é mulata.
O esquisito é que eu li em algum lugar que você disse que ela se parecia com Eva Longoria, que, indiscutivelmente, não é mulata.
Gringo Aposentado escreveu:I have a dream : TD completo no flat por menos de R$ 150 / 2 horas
De que lhe adiantam as duas horas, Gringo, se, na sua idade e condição física, que são públicas e notórias, a primeira bimbada se dá com muita dificuldade e a segunda é uma fantasia de Walt Disney?

Melhor sonhar com uma cartela de Viagra, meu velho.

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binho1979
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#32 Mensagem por binho1979 » 09 Nov 2008, 08:39

Eu queria que Mc Cain ganhase, eu adoraria ver americano se fudendo ainda mais! Talvez o Obama seja bom para esses Yankees safados, saudades do Brejnev!

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Peter_North
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#33 Mensagem por Peter_North » 09 Nov 2008, 09:53

Pô Barak, realmente me confundi, quis dizer o Seinfeld, que é um seriado que eu sei que tem muitos fãs mas nunca conseguiu me agradar.

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Capitão Caverna BsB
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#34 Mensagem por Capitão Caverna BsB » 09 Nov 2008, 10:21

Roman Barak escreveu:I HAVE A DREAM!

"Eu tenho um sonho!" Assim abriram as manchetes de vários jornais norte-americanos no dia 29 de agosto de 1963, dia seguinte à "Marcha pela Liberdade", organizada pelos líderes negros em prol de que se garantisse, no Congresso, aprovação de legislação federal voltada a estender aos negros os mesmos direitos civis e políticos dos brancos.

"Eu tenho um sonho" era o mote do discurso do pastor Martin Luther King, notavelmente da parte do discurso que ele improvisou após desistir de ler o que escrevera na noite anterior.

Diante da emoção causada pelas suas palavras iniciais à multidão de mais de 100 mil pessoas, em frente ao monumento à Lincoln, o jovem pastor de apenas 34 anos largou a folha de papel no qual estava escrito o discurso ensaiado e partiu para o improviso, dizendo o que lhe vinha ao coração naquele momento:

"Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.
Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.
Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.
Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!
Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!
Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta".


Se esse dia ainda não veio, está por vir, porque a primeira pedra dessa obra que o "doutor King" queria tanto ver realizada já foi lançada.

A eleição de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos da América não é um fato mísero nem uma questão mesquinha de se escolher o candidato que melhor possa resolver a crise econômica pela qual aquele país passa e arrasta tantos outros consigo.

A eleição de Barack Obama é muito mais que ter-se escolhido o candidato indubitavelmente mais preparado para o posto, tendo se formado em Direito em Harvard e em Ciências Políticas em Columbia, duas das mais prestigiadas universidades do mundo.

A eleição de Barack Obama é muito mais do que a eleição do primeiro presidente negro da história dos EUA, país que há não mais que 40 anos mantinha intacta a legislação segregacionista do século XIX, que excluía o negro de todas as liberdades as quais o povo norte-americano se orgulhava de possuir e denominar "American Way of Life".

A sua eleição como presidente é muito mais do que a vitória de quem teve uma infância humilde e que lutou para galgar postos mais altos na sociedade, sem esquecer os seus assemelhados, no trabalho comunitário de auxílio jurídico aos que não tinham força ou dinheiro para reivindicar seus direitos.

A eleição de Barack Obama é muito mais porque é tudo isso junto!

Foi a vitória de uma metade da nação americana que costumamos não dar a devida importância, mas que é fundamental na sua compreensão.

Sim, porque apartada daquela América prepotente que se auto-proclama "América", em desprezo pelo "resto da América, a América do Norte, a Central e a do Sul", apartada daquela América dos cowboys, dos soldados que invadem os países miseráveis atrás do petróleo sob o manto da farsa de defesa da liberdade, dos WASP ignorantes e devotos da Ku-Klus-Klan, dos imbecis que acreditam que o crédito ilimitado é a solução para o êxito do capitalismo...

Apartada dessa América existe a América do jazz, do blues, do rock'n'roll, do folk, a América da poesia e da prosa, a América do cinema de discussão social (hoje um pouco perdido em meio aos brockbusters), enfim a América que adoro e admiro.

Quem seria eu sem John Coltrane, Miles Davis, Charlie Parker, Dizzie Gillespie, B.B.King, Albert King, Freddie King, John Lee Hooker, Robert Johnson, Muddy Waters, Chuck Berry, Elvis Presley, Little Richard, Brian Wilson, Mama Cash, Jim Morrison, Jimi Hendrix, James Taylor, Bob Dylan, Billy Preston, Marlon Brando, Paul Newman, Marylin Monroe, James Dean, Robert Redford, Robert De Niro, Martin Scorcese, Wood Allen, Brian De Palma, John Ford, John Houston, Nicholas Ray, George Stevens, Montygomery Cliff, John Garfield, Gregory Peck, Richard Dreyfuss, Steven Spielberg, Schultz, Crumb, Jerry Seinfeld, Kramer, Elaine e George Constanza, o gato Garfield, o garoto Kalvin, o Recruta Zero, o viking Hagar, Popeye, Wald Disney, Hanna & Barbera, CSI, House, Two and a half men, Columbo, Baretta e o Casal 20, George Hil Roy, John Cassavetes, Frank Sinatra, James Stewart, William Holden, Warren Beatty, Dustin Hoffmann...

Não, meus amigos, não odeio nem nunca odeiei os americanos... ESSES americanos. Ao contrário, eles contribuíram para o que sou.

Eu diria que Obama simboliza tudo isso e alguém poderia dizer que a vida não se sustenta em símbolos, com o que eu discordaria. A vida é sim sustentada por símbolos, símbolos bons ou ruins. Revisem suas vidas e o que foi a história da humindade e verão que a direção foi dada sempore pelos símbolos.

Eu não espero que Obama resolva todos os problemas da crise econômica americana, nem que solucione o problema da desigualdade social. Não, nada disse.

Obama é apenas um símbolo, um símbolo de que AS COISAS PODEM MUDAR.

Sei que muitos esperavam uma auto-piada a respeito do meu "nick" e o prenome do Obama, mas preferi falar sério, de improviso, ao menos uma vez a vocês para dizer-lhes que estou muito, mas muito feliz.

Roman Barak.
Roman Barak escreveu:
S1 escreveu:Também estava na torcida pela eleição do Barak, o deles, não o nosso
Pô, S1, o que você tem contra a minha eleição? :lol:
Peter_North escreveu:Que belo post, Barak. Concordo com tudo
Obrigado Peter.

Como procurei deixar claro, a força dessa eleição reside na simbologia, porque claramente não se pode esperar que Obama vá resolver (todos) os problemas dos EUA, notadamente a crise econômica.

Mas situações políticas como esta são engrenagens que impulsionam a evolução de uma sociedade. Veja-se o caso da eleição de John Kennedy em 1960, cujo governo enfrentou inúmeros impasses (crise dos mísseis com a URSS, frustrada invasão da Baia dos Porcos em Cuba, problemas com o FBI, cobranças da Máfia que lhe garantiu a eleição em alguns estados do sul, etc.), além de não avançar no fortalecimento da economia à época e ter dado início ao envio de tropas ao Vietnã. Ou seja, o governo Kennedy se caracterizou por suas inúmeras contradições. No entanto, nos três anos de governo Kennedy, os EUA deram a largada para os avanços no campo dos direitos civis, especialmente dos negros.

Há de se notar, também, que situação semelhante os EUA passaram à véspera da eleição de Jimmy Carter em 1977. A sociedade americana amargava uma crise moral decorrente das falcatruas do governo de Richard Nixon, que envolviam corrupção, espionagem política (escândalo Watergate), a guerra do Vietnã (que já ninguém mais acreditava na vitória dos EUA, nem na utilidade ou na razão de ser), o financiamento e apoio estratégico aos golpes militares na América Latina (Chile, Uruguai, Argentina e Bolívia) e a crise do petróleo, que arrasou a economia americana a partir de 1973. Nixon renunciou, o que balou a moral dos republicanos, que praticamente ficaram com vergonha de lançar um candidato de peso em 1977, e Gerald Ford ficou tapando buraco, passando a maior parte do tempo jogando golfe nos jardins da Casa Branca. Mas o governo de Jimmy Carter acabou sendo um total desastre, tanto no campo econômico (economia americana destruída com a segunda crise do petróleo, em 1979), quanto no campo político (Carter não conseguiu fazer nada em prol da paz mundial). A bem da verdade, a eleição de Jimmy Carter se deu numa situação bem parecida com a atual. Só espero que Obama não cometa os mesmos erros. O desastre do governo Jimmy Carter elegeu Ronald Reagan, em 1981. Se Obama não der certo, o que virá por aí?

Ainda sobre economia, não tenho certeza sobre o protecionismo dos Democratas ser absoluto, nem sobre a vantagem para o Brasil de um governo Republicano. Veja-se que a crise econômica que está nos ameaçando foi causado pela incompetência de um republicano, que torra bilhões de dólares por mês numa guerra na qual não obteve resultado prático nenhum, a naõ ser para os picaretas das indústrias petrolíferas que tomaram conta do Iraque.
Peter_North escreveu: exceto com a parte de gostar do pessoal do Friends.
Ué, mas eu não citei o Friends, mesmo porque acho uma das piores idiotices da TV americana. Talvez você tenha confundido com o Seifeld, cujos personagens eu citei, esse sim um sitcom que vale a pena ver.
Clinton escreveu:De minha parte faz tempo que eu colaboro com a igualdade racial: minha REGRA 3 é mulata.
O esquisito é que eu li em algum lugar que você disse que ela se parecia com Eva Longoria, que, indiscutivelmente, não é mulata.
Gringo Aposentado escreveu:I have a dream : TD completo no flat por menos de R$ 150 / 2 horas
De que lhe adiantam as duas horas, Gringo, se, na sua idade e condição física, que são públicas e notórias, a primeira bimbada se dá com muita dificuldade e a segunda é uma fantasia de Walt Disney?

Melhor sonhar com uma cartela de Viagra, meu velho.

=D> =D> =D> =D> =D> =D>

Barak, parabéns pelo texto claro e objetivo, se pudesse assinava em baixo. :-chapeu-: :-chapeu-:

Sobre a questão racial, não sou tão otimista quanto vcs , um negro ganhar na F1, o presidente dos EUA , entre outros, são nada em relação a questão social mundial.

A classe média/alta do mundo demonstra PEQUENOS movimentos em relação a quebra dos preconceitos referentes questão racial, mas pra mim o que fica é .

Essa classe média/alta que domina o mundo politicamente e economicamente não faz PORRA NENHUMA pra cabar com a desigualdade social existente, e todo mundo sabe que se falando em exclusão social a maioria absoluta é negra.

Como disse o Barack, simbolicamente, mas simbilicamente mesmo, podemos ver como ponto positivo, mas não se esqueçam a "ÁMERICA" deles é o simbolo mundial do capitalismo,( eu me dando bem, que se fodam os outros), da exploração da mão de obra, do consumismo sem limetes, da exploração dos paises e do povo economicamente dependetes.

sds

cc

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estressado
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#35 Mensagem por estressado » 12 Nov 2008, 05:43

Another dream come true: http://jadedvideo.com/WhosNalinPaylin

Gostei também da visão do episódio de South Park sobre o tema: http://www.southparkstudios.com/clips/209726/

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Roman Barak
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#36 Mensagem por Roman Barak » 12 Nov 2008, 19:58

Peter_North escreveu:Pô Barak, realmente me confundi
Peter, mudando um pouco o foco, me recordo bem que você foi um dos poucos - se não foi o único - que pediu calma quando todos já diziam que a eleição de Obama estava no papo.

Louvo essa clareza, exatamente porque o entusiasmo pré-eleitoral impediu que se percebesse o que realmente são os Estados Unidos.

De fato, o eleitorado republicano é muito grande, notadamente no interior do país. Em verdade, na média ele é idêntico em número ao dos democratas, com aquelas variáveis condizentes com os específicos momentos político-socio-econômicos.

Não fosse o povo estar farto - na sua maioria não muito expressiva -, o candidato do Bush não teria perdido. Como foi divulgado na imprensa, a margem de diferença não lá tão grande.

A vitória de Obama foi mais perceptível nos grandes centros urbanos, mas nos afastados rincões dos EUA, nem passava na cabeça do americano eleger alguém como ele.

Recordando o que você disse na ocasião, meses antes da eleição, me parece que você antecipou essa situação.

A relevância desse aspecto sobre as eleições americanas é que se aplica a toda e qualquer eleição, assim como a toda e qualquer evento político. Veja o caso do Bolsa Família, que nem eu, nem você chegamos perto de ver, mas que é muito "presente" numa cidade do interior do Piauí. Juntando as opiniões de todo mundo, nos mais longinquos lugares do interior do Brasil, com o de uma porção de gente que conseguiu, agora, comprar um frango assado, você consegue chegar à soma necessária para a altíssima taxa de aprovação do Lula.

Portanto, não adianta ouvir apenas os "formadores de opinião", grupo no qual incluo eu, você e a maioria dos foristas do GPGuia, para saber "o que pensa o Brasil". O que "ele" pensa nem aparece na internet, simplesmente porque ele nem tem acesso a ela.

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#37 Mensagem por Clinton » 12 Nov 2008, 21:52

Roman Barak escreveu:
Clinton escreveu:De minha parte faz tempo que eu colaboro com a igualdade racial: minha REGRA 3 é mulata.
O esquisito é que eu li em algum lugar que você disse que ela se parecia com Eva Longoria, que, indiscutivelmente, não é mulata.
Simplesmente é uma Eva Longoria mais bem passada e com peitos maiores.

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#38 Mensagem por Roman Barak » 13 Nov 2008, 23:18

Clinton escreveu:Simplesmente é uma Eva Longoria mais bem passada e com peitos maiores.
Como diria o Zé Leôncio da novela Pantanal, "Huummm, então tá certo".

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#39 Mensagem por S1 » 14 Nov 2008, 00:45

Roman Barak escreveu:
S1 escreveu:Também estava na torcida pela eleição do Barak, o deles, não o nosso
Pô, S1, o que você tem contra a minha eleição? :lol:
Não sabia que vc estava concorrendo a alguma eleição, mas se você quiser ser síndico do meu prédio, meu voto é todo seu. E aí vê se conserta a porra do portão da quadra!

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#40 Mensagem por D K » 14 Nov 2008, 13:52

:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

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#41 Mensagem por Peter_North » 14 Nov 2008, 17:19

Roman Barak escreveu:Peter, mudando um pouco o foco, me recordo bem que você foi um dos poucos - se não foi o único - que pediu calma quando todos já diziam que a eleição de Obama estava no papo.

Louvo essa clareza, exatamente porque o entusiasmo pré-eleitoral impediu que se percebesse o que realmente são os Estados Unidos.

De fato, o eleitorado republicano é muito grande, notadamente no interior do país. Em verdade, na média ele é idêntico em número ao dos democratas, com aquelas variáveis condizentes com os específicos momentos político-socio-econômicos.

Não fosse o povo estar farto - na sua maioria não muito expressiva -, o candidato do Bush não teria perdido. Como foi divulgado na imprensa, a margem de diferença não lá tão grande.
Perfeita a tua análise. Realmente, se analisarmos o voto popular a diferença foi relativamente pequena. É aquela coisa: Cerca de 47% dos americanos sempre votam republicano, 45% democrata e aí eles ficam se digladiando pelos 8% restantes, os indecisos que mudam de lado a cada eleição e decidem quem ganha. E esse público estava cansado do Bush (quem não estava?). E como falei na ocasião, o partido democrata estava tão dividido que cheguei à pensar que não levariam a eleição, e olha que estava fácil devido à impopularidade do atual governante.

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Roman Barak
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#42 Mensagem por Roman Barak » 16 Nov 2008, 20:08

Peter_North escreveu:Perfeita a tua análise. Realmente, se analisarmos o voto popular a diferença foi relativamente pequena.
Pois é, é uma conta complicada essa dos delegados. Fato é que, pelo voto popular, a diferença foi mínima, mas o Obama teve uma número bem maior de delegados do que o McCaim.

Peter_North escreveu:É aquela coisa: Cerca de 47% dos americanos sempre votam republicano, 45% democrata e aí eles ficam se digladiando pelos 8% restantes, os indecisos que mudam de lado a cada eleição e decidem quem ganha. E esse público estava cansado do Bush (quem não estava?). E como falei na ocasião, o partido democrata estava tão dividido que cheguei à pensar que não levariam a eleição, e olha que estava fácil devido à impopularidade do atual governante.
Interessante é, também o que ocorreu aqui na cidade de São Paulo. A ex-prefeita Marta Suplicy tem cativos uns 30% dos votos (não me pergunte o porquê, ainda que eu suspeite ser mesmo a estupidez), mas não passa disso. Desse modo, em qualquer eleição ela vai para o segundo turno, qualquer que seja o candidato, porque como os currais eleitorais aqui são muitos (mais adiante desenvolvo uma tese a respeito disso) e nenhum candidato-adversário-dela consegue atingir os votos necessários para levar a eleição no primeiro turno. No entanto, ela possui uma margem espetacular de rejeição, equivalente a esses 70% remanescentes, de maneira que qualquer outro candidato-adversário-dela, desde que não seja um sujeito/a tosco/a com grande rejeição também, leva a eleição com certa tranqüilidade. Desta vez, foi a da sorte do Kassab, que todos detestam e não perdem tempo em chamar de "viadinho", mas que representou o "voto contra a volta da Marta". É certo que o PT tem rejeição grande aqui em São Paulo, mas a Marta conseguiu a façanha de obter a rejeição até dos petistas. Mas parece ter feito algum trabalho na periferia da cidade, que é grande, e daí, talvez, venham esses 30%. Mas não passa disso. O Kassab é péssimo. Eu, por conta do meu trabalho, tenho acompanhado as contas da Prefeitura e posso afirmar categoricamente que ele não vem pagando nada e está devedo horrores, sem ter feito praticamente nada pela cidade, a não ser embelezar (segundo o seu duvidoso critério) a Avenida Paulista. Mas com uma adversária como a Marta Suplicy, não foi dificil para ele ganhar a eleição.

Não sei se dá para fazer um paralelo disso no Rio Grande do Sul, particularmente em Porto Alegre, onde por 3 ou 4 mandatos seguidos a prefeitura foi do PT.

Sobre a minha tese de que há vários currais em São Paulo, um dos fatores, me parece ser o fato de que as pessoas das zonas Sul, Oeste, Leste, Norte e Central da cidade serem completamente diferentes. Até o tal "sotaque paulistano" é diferente em cada uma dessas zonas. As preocupações são outras, independentemente do nível socioeconômico - ou seria este um fator a mais na equação? não tenho certeza, mas deve ser. Na minha vizinhança, por exemplo, não conheço quem tenha simpatia pelo Paulo Maluf, mas ele ainda é amado em certos bairros da cidade da zona Norte, especialmente). O mesmo acontece com a Marta (que tem uns redutos nos extremos ou confins das zonas Sul, Leste e Oeste). Noto que onde há mais serviços públicos e privados, emprego e lazer e melhores condição de moradia, são os candidatos do PSDB que se dão melhor. Na zona Central, o Kassab me parece que é quem se deu melhor.

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Peter_North
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#43 Mensagem por Peter_North » 17 Nov 2008, 08:22

Roman Barak escreveu:Não sei se dá para fazer um paralelo disso no Rio Grande do Sul, particularmente em Porto Alegre, onde por 3 ou 4 mandatos seguidos a prefeitura foi do PT.
Acho que dá sim, porque a situação é parecida: O PT queimou o filme e restou a ele uns 30% dos votos, mais ou menos como em SP. Da mesma forma, por aqui o Fogaça e até a Yeda foram eleitos por serem a alternativa não-PT. E da mesma forma que em SP, quem foi eleito era (e é) ruim, só não era tão ruim quanto o PT.

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