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Alexander Dimitrov
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#16 Mensagem por Alexander Dimitrov » 31 Dez 2006, 18:39

MadMax escreveu:
D. MAUL escreveu:Mas será que tudo isso não foi uma grande farsa? (...)
Onde tem dedo de americano tem farsa... eu não acredito nem que eles foram a lua!
(...) Naquela época não existia nem calculadora! (...)
Não acreditar que o homem foi a Lua é um direito que qualquer um tem, apesar de me soar meio non-sense... Agora dizer que na época não existia nem calculadora? As calculadoras existem desde o século XVII e em 1940 inventaram as eletrônicas... :shock: :shock:

... Em tempo, o pouso na Lua foi em 1969.

É óbvio que Neil Armstrong pisou na Lua em 1969; a União Soviética obteve mais de mil provas sobre o fato. O grande problema foi que, do ponto de vista científico, foi uma missão de alto risco e totalmente inútil, pois, muitos anos antes, a URSS já tinha pousado algumas naves na Lua que fez todo o trabalho humano através da robótica.

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Roman Barak
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#17 Mensagem por Roman Barak » 31 Dez 2006, 18:40

MadMax escreveu:
D. MAUL escreveu:Mas será que tudo isso não foi uma grande farsa? (...)
Onde tem dedo de americano tem farsa... eu não acredito nem que eles foram a lua!
(...) Naquela época não existia nem calculadora! (...)
Não acreditar que o homem foi a Lua é um direito que qualquer um tem, apesar de me soar meio non-sense... Agora dizer que na época não existia nem calculadora? As calculadoras existem desde o século XVII e em 1940 inventaram as eletrônicas... :shock: :shock:

... Em tempo, o pouso na Lua foi em 1969.
Pois é, e o Túnel do Tempo, inventado pelo Irving Allen, também existe desde 1964! :lol:

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ussama
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#18 Mensagem por ussama » 01 Jan 2007, 11:56

sadan de fato era um psicopata, matava pessoas inocentes.
agora interessante que o usa usou-o como aliado, e agora enforca o dito cujo.

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Cosmonauta Spiff
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#19 Mensagem por Cosmonauta Spiff » 02 Jan 2007, 08:01

Fico abismado com a hipocrisia neste mundo.
O Saddam realmente mereceu o fim que teve, MAS ele TINHA de ser julgado pelo uso de armas químicas contra os curdos, nos anos 80, quando morreram mais de 140.000 pessoas!!! Ele foi condenado e executado pelo menor dos crimes dele!!! Nem preciso explicar porque a pressa em executá-lo, não? Se ele fosse a julgamento pelo assassinato dos curdos, ele teria de explicar onde ele conseguiu as armas quimicas e a tecnologia para desenvolvê-las...desnecessário lembrá-los que ele as conseguiu com os EUA e Europa, que não protestaram nem um pouco quando o Saddam as usou contra o Irã.
O Saddam vivo seria um arquivo vivo com muitas informações perigosas contra os EUA. Morto, virou história.
O equivalente ao fato que ocorreu seria o Hitler ter sido julgado e executado apenas por ter anexado a Austria, e não pelo Holocausto judeu e pela guerra.

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Roman Barak
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#20 Mensagem por Roman Barak » 02 Jan 2007, 16:15

Exatamente, El Barto. Você foi sagaz em sua análise.

O processo de julgamento e condenação do Saddam Hussein foi rápido ao excesso. Como bem disse um articulista do "O Estado de S. Paulo" na edição de domingo, a condenação de Saddam veio ao mesmo tempo tarde e cedo demais. Com efeito, o mundo deveria ter assistido ser ele acusado pelos demais crimes que cometeu, dentre os quais o genocídio dos curdos e homicídio coletivo de seus opositores. Mas isso exporia o fato de que cometera todas essas atrocidades com a conivência e suporte técnico dos EUA.

Por essas e por outras é se deve olhar com desconfiança os clamores, em certos casos, por uma justiça rápida. A criticada morosidade nesse caso seria necessária para que o mundo pudesse tomar conhecimento de quem realmente era Saddam Hussein. Evitaria, dentre outras situações, aquela em que esse facínora figura como mártir do imperialismo americano e símbolo da resistência árabe. A rapidez do processo foi um fator contribuinte dessa concepção absurda mas muito em voga nos países árabes. Um julgamento mais aberto, melhor noticiado pelos meios de comunicação e esclarecido por juristas especialistas na área (que estranhamente se calaram) poderia evitar que isto acontecesse. Ao invés de trazer a paz, a morte de Saddam nessas circunstâncias veio a ser mais uma das causas pelas quais os árabes, equivocadamente, lutarão por vingança.

A crise do Oriente Médio está longe de ser solucionada simplesmente porque não existem especialistas competentes para auxiliar os governos das grandes potências a compreender as causas e as conseqüências das soluções aventadas.

Abraços,

Barak

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#21 Mensagem por Cosmonauta Spiff » 02 Jan 2007, 16:56

Com certeza Roman, agora ele virou um mártir, comportando-se com dignidade na hora da morte, mesmo rodeado por asseclas do Moqata al Sadr humilhando-o antes do enforcamento.
Temo dizer que o Iraque como nação não existe mais. Me atrevo a chutar que num futuro não muito distante, o Iraque será dividido em 3 países dependente de sua composição religiosa-étnica. Um país para os xiitas, outro para os sunitas e um Curdistão. Desnecessário dizer que antes disso acontecer o país será trucidado pela guerra civil, já que nenhumpaís gostaria disso, já que um país xiita seria um aliado poderoso do Irã, e um Curdistão livre é algo que os turcos jamais permitirão.

Aliás, vamos apostar. Quando os EUA atacarão o Irã? Não falo SE, mas QUANDO. Alguém duvida?

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Roman Barak
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#22 Mensagem por Roman Barak » 02 Jan 2007, 17:17

Só pra completar meu raciocício...

Poucas pessoas se dão conta que uma das razões do surgimento do Hamas como força política radical (não é uma força religiosa, como a imprensa ocidental costuma mostrar, com todos os estereóticos típicos de correspondentes internacionais desinformados) dentre os palestinos foram acusações/suspeitas de corrupção por parte de lideranças do Fatah, em especial Yasser Arafat, que igualmente morreu como mártir da "causa árabe". Pouca gente para pra pensar que a OLP recebeu durante anos dezenas de milhões de dólares para por em prática seu projeto de criação do Estado Palestino, mas o povo palestino não viu nem a cor desse dinheiro. O Hamas há anos acusa Arafat de manter contas em bancos europeus. A OLP de Yasser Arafat, assim como o Fatah, seu sucessor político, e agora o Hamas, incoerentemente, a bem da verdade estão se lixando pra criar condições dignas de vida para o povo palestino, porque para esses políticos demagogos o que interessa é um povo miserável, com jovens sem educação e sem perspectivas, o fanatismo e o fatalismo religioso, de maneira a que as pessoas não tivessem nada a perder quando se candidatassem a serem os próximos homens e mulheres bombas.

Os líderes palestinos criam a fantasia para esse povo desesperado de que a razão única da sua condição deplorável advém da existência de Israel, quando são os próprios árabes os maiores exploradores dos árabes, numa versão moderna do "homem como lobo do próprio homem", aludido por Thomas Hobbes no seu "Leviatã". Poucos livros de história dizem que os palestinos refugiados na Jordânia após a guerra de 1956 foram massacrados por ordem do Rei Hussein. Poucos livros de história dizem que os refugiados palestinos foram massacrados pelas milícias cristãs do Líbano. Poucos livros de história irão dizer que o primeiro-ministro libanês foi morte pelo governo sírio simplesmente porque lutava pela libertação do Líbano da dominação da Síria, que mantém tropas estacionadas lá desde os anos 70.

Os governos israelenses foram, sim, responsáveis, em boa parte pelas penúrias dos palestinos e deverão, um dia, fazer a "mea culpa" por isso. Os isralenses cometeram atos reprováveis durante a ocupação de territórios para a criação do Estado de Israel, ainda que as Guerras de 1948, de 1956, dos Seis Dias e do Yom Kippur estivessem voltadas à defesa da nação judaica. Ariel Sharon foi para muitos em Israel um heróis de guerra e para outros um criminoso, que deu suporte às milícias cristãs libanesas para cometer atrocidades. Talvez esteja pagando por isso tardiamente, moribundo num leito de hospital. Sou a favor da retirada dos assentamentos na Cisjordânia, desde seja dada condição de vida digna aos colonos.

Mas os árabes precisam enxergar a farsa do movimento pan-árabe, fantasia criada pelos seus dirigentes para melhor dominá-los. Precisam perceber que esse jogo onde os seus líderes os colocam contra o resto do mundo não funciona, simplesmente porque sempre vão perder.

Torço para que os árabes não se deixem mais ser governados por canalhas como o presidente iraniano, que muita barbaridade fala sobre política externa, mas absolutamente nada faz para melhorar a vida do povo iraniano, que vive em condições sub-humanas, como é retratado com perfeição pelos cineastas iranianos e corajosos jornalistas.

Cada vez que vejo uma imagem da Faixa de Gaza ou da Cisjordânia, vejo casas em piores condições do que de qualquer favela brasileira, vejo esgoto a céu aberto, vejo gente miserável vagando pelas ruas e me pergunto pra onde vai todo o dinheiro que a OLP de Yasser Arafat arrecadou nesses anos de militância. O mesmo posso dizer de qualquer país árabe de posição política militante. Por outro lado, nunca vi imagens de miséria da Árabia Saudita, o maior reserva de petróleo do mundo, mas certamente ela lá existe, não tenho dúvidas disso.

O populismo, a demagogia é universal.

Para os governos das potências (e o Brasil está fazendo de tudo para se tornar uma) a opinião dos especialistas em assuntos do Oriente Médio pouco importa, porque os governos BUsh e companhia estão preocupados apenas em fazer bons negócios, como o nosso querido Luiz Ignácio, que cometeu a besteira de saldar o rei da Síria com um brinde, num país cuja religião proíbe o consumo do álcool.

Na política externa, o mundo se divide entre amadores, de um lado, e sem-vergonhas e canalhas, do outro.

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Cosmonauta Spiff
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#23 Mensagem por Cosmonauta Spiff » 02 Jan 2007, 17:42

Roman, belíssima explanação a sua. Muito coerente.
Um adendo: eu vivi um tempo (pouco) nos EUA, e lá essa discussão que temos seria totalmente impossível. Fale-se mal (ou critique) Israel, por mais imparcial que vc seja, e vc é rotulado de anti-semita. O pessoal nem sabe o que é semita, pois os árabes também o são. Já vi o cúmulo de um judeu criticar a política israelense, e ser tachado de ser um judeu anti-judeu. O ex-presidente Kissinger lançou um livro sobre a Palestina, com algumas criticas a Israel, e obviamente virou o saco de pancadas da vez.
Ser coerente e imparcial é virtude para poucos neste mundo, infelizmente.

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#24 Mensagem por binho1979 » 02 Jan 2007, 19:09

Para os governos das potências (e o Brasil está fazendo de tudo para se tornar uma) a opinião dos especialistas em assuntos do Oriente Médio pouco importa, porque os governos BUsh e companhia estão preocupados apenas em fazer bons negócios, como o nosso querido Luiz Ignácio, que cometeu a besteira de saldar o rei da Síria com um brinde, num país cuja religião proíbe o consumo do álcool.

Na política externa, o mundo se divide entre amadores, de um lado, e sem-vergonhas e canalhas, do outro.


Caro Roman:
A politica esta se tornando sinonimo de canalhice... Sabe como se define canalhice ? É o uso de um discurso que encobre um ato. Isso é canalhice. Infelizmente o Lula não é amador... é apenas um canalha inexperiente. Essas pequenas trapalhadas o colocam como representante da humildade, as vezes me pergunto se não são ensaiadas. E os problemas do Oriente Médio são insolúveis, tenho a sensação que a vida e o cotidiano perderam a razão de ser nessa parte do mundo, quando o petróleo acabar esses paises se tornarão muito parecidos com a África...
É uma pena... culturas tão ricas consumidas em nome de qualquer coisa.

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Roman Barak
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#25 Mensagem por Roman Barak » 02 Jan 2007, 19:38

Pois é, caros El Barto e Binho1979, não sou nenhum fanático religioso ou político, muito pelo contrário.
Veja a situação sob o aspecto histórico e sociológico.
Se árabes e judeus podem se dar bem na 25 de Março e na José Paulino, porque não lá?
Claro, claro existem sérios obstáculos históricos para que isso aconteça.
Quais são eles?
Em linhas gerais, até a I Guerra Mundial, no começo do século XX, os árabes eram 95% da população da região administrada pelos ingleses e chamada Palestina. A ocupação da região pelos árabes se deu bem depois da Diápora, iniciada com a expulsão dos judeus do Reino de Israel pelos romanos. Daí, então, a controvérsia "quem tem direito àquelas terras?" A terra era ocupada antes pelos judeus, que foram desalojados pelos romanos, mas os árabes a ocuparam por séculos. Partindo-se, pois, do princípio de que ambos os povos teriam direito àquela terra, inúmeras foram as soluções testadas para resolver a questão, sem êxito. Aos ingleses, durante a I Guerra Mundial, interessava apoiar os árabes, aliados no combate ao Império Turco (para ilustrar essa passagem, procure assistir o filme "Lawrence da Arábia", de David Lean, com Peter O'Toole, Antony Quinn e Omar Sharif). Mas aos ingleses interessava também manter o apoio dos judeus que habitavam a região, notórios estrategistas nas táticas de guerrilha. O Movimento Sionista, surgido na Europa no final do século XIX, já se associava com o interesse desses judeus "orientais" em prol da criação de um estado judeu. As idéias foram fermentando, e os ingleses de início apoiaram a imigração de judeus da Europa, sobretudo vindos da Rússia e Europa Central, que muito contribuiriam no combate dos turcos. Só que, acabada a guerra, os judeus se tornaram "um estorvo" para a administração britânica, que passou a impedir a imigração para evitar maiores atritos com a população árabe. Assim, a população judia na Palestina passou a sofrer humilhações e segregação, em reprodução do que lhe era imposto na Europa. O movimento sionista voltou seu braço armado (a Haganá) contra a administração inglesa, que não soube como combater os atentados dos guerrilheiros judeus, alguns liderados por Menahem Begin, que 40 anos mais tarde viria a se tornar 1º Ministro de Israel. O Nazismo e o Holocausto foram a gota d'água para que não mais houvesse barreira que impedisse o crescimento do movimento em prol da criação do Estado de Israel. A imigração dos judeus europeus foi maciça após o fim da II Guerra Mundial. A opinião pública mundial em boa parte apoiava a ida dos judeus para lá. Governos europeus e norte-americanos viam essa imigração como uma forma "pacífica" para o "problema judeu" (a despeito de combaterem o nazismo, americanos, ingleses, franceses e russos queriam "distância" dos judeus sobreviventes do Holocausto). Os conflitos cresceram e em 1948 explodiu uma guerra que resultou em massacres de ambos os lados. Os israelenses venceram e conseguiram se manter na seguinte guerra de 1956, na qual se destacou o Gal. Moshe Dayan. Seguiu-se a humilhação do líder egípcio Nasser na Guerra dos Seis Dias (1967), sentimento do qual surgiu a OLP (Organização pela Libertação da Palestina), liderada por Yasser Arafat, cuja célula Setembro Negro perpetrou o famoso atentado aos atletas israelenses na Olimpíada de Munique em 1972. Em seguida, veio a Guerra do Yom Kippur (1973), na qual por pouco Israel não foi varrido, havendo até ameaça de uso da bomba atômica pela 1ª Ministra Golda Meir. Os anos 70 foram marcados por ações das milícias palestinas e do Mossad, serviço secreto israelense, retratado ao melhor estilo "spielberguiano" (entendam como quiserem) no filme Munique. Surpreendentemente, após a eleição do líder da extrema direita Menahem Begin para o cargo de 1º Ministro, Israel começou a travar conversas com o Egito, visando um acordo de paz, obtido, se não me engano, em 1980, com o presidente Anuar Sadat, que acabou assassinato por um radical egípicio. Frustada mais essa tentativa de paz, seguiram-se esporádicos atentados em Tel Aviv, seqüestos de aviões, apoio da Líbia de Muhamar El Kadafi, a Intifada ("guerra das pedras", em árabe) nos anos 80, até que Ytzak Rabin foi assassinado por um extremista judeu quando pretendiam por em prática um acordo de paz. Novas tentativas frustadas vieram com a intervenção do presidente Bill Clinton, a despeito da aparente cordialidade entre Yasser Arafat e o 1º Ministro Ehud Barak, no final dos anos 90. Desse fracasso, veio a eleição de Ariel Sharon, tido por uns como herói das guerras dos Seis Dias e do Yom Kippur e como assassino por outros, líder do Likud, partido de direito. Seu governo foi marcado por atos extremos, como a desocupação das Colinas de Golã e do sul do Líbano, ao mesmo tempo que se intensificaram o estacionamento de colonos na Cisjordânia e se construía um muro separando Israel do Estado Palestino. Como já disse, desses avanços e recúos no processo de paz, surgiram grupos radicais como o Hamas, na Palestina, e o Hizbolá, movimento voltado a combater a ocupação do sul do Líbano e que recebe apoio da Síria e do Irã. A força desses dois movimentos advém do apoio que recebem da população miserável de libaneses muçulmanos, frustados por não participarem como gostariam do governo tripartide libanês (cristãos e 2 facções muçulmanas), no caso do Hizbolá, e da frustação da população palestina com a Autoridade Palestina, liderada antes por Arafat, que fora acusado inclusive de corrupção, e agora por Abbas. O Hamas, que mantinha sua linha de atacar Israel mediante atentados perpetrados pelos famosos homens-bomba, passou a atacar também o Fatah, partido de Arafat e do atual Chefe da Autoridade Palestina, Abbas. Em meio a isso tudo, ocorreram inúmeros conflitos entre árabes, envolvendo o Líbano, a Síria, o Iraque, o Irã, a Jordânia, a Líbia, a Tunísia, o Egito, o Sudão, a Etiópia, o Afeganistão, mas os líderes árabes costumam riscar essas "ocorrências" dos livros de história. De outro lado, a população isralense cresce muito atualmente com a imigração de judeus vindos dos países do Oriente Médio. Se depois da II Guerra, a maioria do imigrantes vinha da Europa Central (Alemanha, Áustria, Polônia, Romênia) e nos anos 80 e 90, da Rússia, agora os judeus enchotados dos países árabes são obrigados a se alojar onde é possível (ou quase), formando novos assentamentos nos territórios ocupados por incentivo dos grupos religiosos radicais. Imegine tudo isso acontecendo numa faixa de terra menor do que o Estado de Sergipe.
Como se vê, esse "caldeirão" que é Oriente Médio possui inúmeros ingredientes, medidos cuidadosamente e de difícil cozimento.
Infelizmente o Lula não é amador... é apenas um canalha inexperiente.
Essa sua frase, Binho, foi simplesmente brilhante!

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superdinamo
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#26 Mensagem por superdinamo » 02 Jan 2007, 20:58

Gostei da análise dio Barak. Os governantes árabes usam os EUA e Israel como forma de desviar a atenção do povo árabe para as razões reais de suas mazelas, quais sejam: ditadores corruptos e incompetentes, teocratas ultrapassados e famílias de reis e ditadores que desviam toda a riqueza do petróleo para suas contas particulares ao invés de investir no bem-estar da população. Podem riscar Israel do mapa amanhã, que a situação do povo árabe continuará na mesma.

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Dom Braz
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#27 Mensagem por Dom Braz » 03 Jan 2007, 00:25

el barto escreveu:Fico abismado com a hipocrisia neste mundo.
O Saddam realmente mereceu o fim que teve, MAS ele TINHA de ser julgado pelo uso de armas químicas contra os curdos, nos anos 80, quando morreram mais de 140.000 pessoas!!! Ele foi condenado e executado pelo menor dos crimes dele!!! Nem preciso explicar porque a pressa em executá-lo, não? Se ele fosse a julgamento pelo assassinato dos curdos, ele teria de explicar onde ele conseguiu as armas quimicas e a tecnologia para desenvolvê-las...desnecessário lembrá-los que ele as conseguiu com os EUA e Europa, que não protestaram nem um pouco quando o Saddam as usou contra o Irã.
O Saddam vivo seria um arquivo vivo com muitas informações perigosas contra os EUA. Morto, virou história.
É isso aí.

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binho1979
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#28 Mensagem por binho1979 » 03 Jan 2007, 11:17

Amigos:
O que me assusta é abrir o jornal e ver palestinos chorando pela morte de um ente querido, é assustador, e o mais terrível é o uso desse choro como propaganda de uma luta absolutamente insandecida. Muitos israelenses também são mortos, e o que me assusta é a incapacidade de Israel encontrar meios de parar com essa sangria desatada.
O problema é que uma vida não tem preço, e os governantes percebem isso, matam e ninguem vem cobrar a fatura...

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Primo preto
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#29 Mensagem por Primo preto » 03 Jan 2007, 12:56

...CARÍSSIMOS AMIGOS DE PUTARIA...

...O IRAQUE, APESAR DE SE ENCONTRAR OCUPADO POR TROPAS ESTRANGEIRAS E, FALTANDO APENAS UM RELES PEIDO PARA ECLODIR UMA GUERRA CIVIL, DEU UMA IMPORTANTE LIÇÃO AO BRASIL NO FINAL DO ANO PASSADO: CONSEGUIU, EM RELATIVAMENTE POUCO TEMPO (MENOS DE 2 ANOS), LEVAR A JULGAMENTO O EX-DITADOR SADDAM HUSSEIN. CONDENANDO-O À FORCA, E MANDANDO ELE PARA O INFERNO...

...BEM É UMA PENA PENA, PARA O VERDUGO IRAQUIANO, QUE SEUS CRIMES NÃO POSSAM SER JULGADOS NO BRASIL...CASO FOSSEM AQUI, A REALIDADE PARA ELE SERIA COMPLETAMENTE RÓSEA, GRAÇAS ÀS EXISTENTES ARTIMANHAS PROCESSUAIS...SEUS DEFENSORES JÁ PODERIAM TER LANÇADO MÃO DOS SEGUINTES ARTIFÍCIOS, VEJAMOS...

...IMPETRAR VÁRIOS HABEAS CORPUS PARA QUE O RÉU RESPONDESSE EM LIBERDADE (E ASSIM FUGISSE PARA UMA JURISDIÇÃO ONDE NÃO HOUVESSE RISCO DE EXTRADIÇÃO)...

...PEDIR A EXPEDIÇÃO DE VÁRIAS CARTAS ROGATÓRIAS, QUE PODEM LEVAR ANOS ATÉ SEREM CUMPRIDAS PARA ESCUTAR TESTEMUNHAS NO ESTRANGEIRO, VERDADEIRO ESCULACHO...

...SOLICITAR PERÍCIAS INÚTEIS OU DESNECESSÁRIAS...

...IMPUGNAR, SEM NENHUM FUNDAMENTO, DEPOIMENTOS DE TESTEMUNHAS...CASO AS IMPUGNAÇÕES NÃO FOSSEM ACOLHIDAS, OS DEVIDOS RECURSOS SERIAM INTERPOSTOS PARA OS TRIBUNAIS SUPERIORES..

...PEDIR A ANULAÇÃO DE PROVAS SOB A ALEGAÇÃO DE TEREM SIDO OBTIDAS ILEGALMENTE...

...IMPUGNAR JURADOS APENAS PARA TUMULTUAR O PROCESSO...

...APRESENTAR A RENÚNCIA DOS ADVOGADOS A FIM DE RETARDAR O JULGAMENTO, ENQUANTO O JUIZ TEM QUE NOMEAR DEFENSORES DATIVOS...

...REQUERER A EXTENSÃO DE PRAZOS PROCESSUAIS SOB O ARGUMENTO DE QUE HÁ MAIS DE UM RÉU NO PROCESSO...

...INVOCAR "FORO PRIVILEGIADO" PARA FAZER O PROCESSO IR E VIR ENTRE TRIBUNAIS, ENQUANTO SE DISCUTE A CHAMADA "COMPETÊNCIA"...(PAUSA PARA O RISO)...

...TUDO ISSO, SEM CONTAR O FATO DE QUE O PROCESSO CONTRA ELE TERIA DEZENAS DE VOLUMES (A MAIOR PARTE, DE PÁGINAS COM CARIMBOS OU DESPACHOS BUROCRÁTICOS) CUJA LEITURA TOMARIA SEMANAS DO JULGAMENTO...

...BEM FINALMENTE, SE NÃO CONSEGUISSE FUGIR, E SE NÃO FOSSE BENEFICIADO PELA PRESCRIÇÃO, SADDAM HUSSEIN PEGARIA UMA PENA LEVE...COMO SE SABE, NÃO HÁ PENA DE MORTE NO BRASIL...NEM A LEI DOS CRIMES HEDIONDOS SERIA APLICADA, POIS O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL JULGOU INCONSTITUCIONAL ALGUNS DE SEUS ASPECTOS MAIS RELEVANTES (COMO A PROGRESSÃO NO CUMPRIMENTO DA PENA). SE FOSSE NO BRASIL, EM POUCO TEMPO SADDAM HUSSEIN SERIA VISTO AO SOL, NAS AREIAS DE COPACABANA, RODEADO DE MULATAS, TOMANDO CAIPIRINHA, E NEGOCIANDO COM ALGUM CAFETÃO DO POSTO 9 ALGUMAS PIRANHAS VESTIDAS À DASPU, LÓGICO!!! COM SUA ESPINGARDA EM RISTE NADANDO A BEIRA DA PRAIA COMO BOM NADADOR QUE COSTUMAVA SER...

...ENTRETANTO PARA ALEGRIA (OU TRISTEZA) DE MUITOS A REALIDADE PARA ELE FOI OUTRA, ELA BATEU NA SUA CARA E LHE DEU UM NÓ NO PESCOÇO...

...EM TEMPO: ANTES ELE A IR AO INFERNO DO QUE EU...HEHEHEHEHEHEHE

E TENHO DITO

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ussama
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#30 Mensagem por ussama » 03 Jan 2007, 13:45

pena de morte no Brasil?
sim.
vamos começar fazendo um teste, duns 5 anos, mandando pra forca politico corrupto.

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