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#181 Mensagem por Carnage » 20 Dez 2009, 17:33

Uma amostra do motivo pelo qual não devemos comprar os caças dos Estados Unidos:


http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=67882

Notícias Terça-Feira, 15 de dezembro de 2009
Brasil desenvolve sistema de navegação de satélites e foguetes

Com um custo estimado de R$ 40 milhões, projeto está sendo financiado com recursos da Finep
Virgínia Silveira escreve para o "Valor Econômico":

O Brasil está conseguindo resolver um dos principais desafios tecnológicos impostos, há quase três décadas, ao seu programa de lançadores de satélites: desenvolver e fabricar seu próprio sistema de navegação inercial, utilizado na estabilização de satélites em órbita e na orientação da trajetória de um foguete no espaço.

A primeira fase do projeto, batizado de SIA (Sistemas de Navegação Inercial para Aplicação Aeroespacial) já foi concluída, com o desenvolvimento do protótipo de uma plataforma inercial completa, que será testada em uma montanha russa, em um parque de diversões, em São Paulo, no começo do próximo ano. O teste em voo da plataforma será feito até o fim de 2010, numa operação chamada de "Maracatu".

"Vamos testar os sensores da plataforma no veículo de sondagem brasileiro VSB-30, utilizado em missões suborbitais de exploração do espaço", disse o coordenador do projeto SIA, Waldemar de Castro Leite Filho. O VSB-30 acumula um histórico de nove lançamentos de sucesso, sendo que dois foram realizados no começo deste mês, no campo de Esrange, em Kiruna, na Suécia, levando à bordo experimentos científicos europeus.

O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) também está finalizando a construção de um prédio, que irá abrigar um laboratório de infraestrutura de testes para os sensores da plataforma inercial do SIA.

O laboratório, segundo Leite Filho, é único na América Latina e será capaz de testar sensores com uma precisão de 0,1 grau por hora, ou seja, poderá medir movimentos cem vezes menor que o movimento de rotação da Terra. Empresas como a Embraer e a Petrobras, segundo o pesquisador, já utilizam os laboratórios do DCTA para calibrar seus sensores.

O projeto SIA tem um custo estimado de R$ 40 milhões e está sendo financiado pela Finep, por meio da Fundação de Desenvolvimento de Pesquisa (Fundep). A execução do projeto está a cargo do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e Instituto de Estudos Avançados (IEAv), vinculados ao DCTA e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O objetivo inicial do SIA, segundo Leite Filho, é capacitar o Brasil a fabricar sistemas inerciais para foguetes e satélites.

A tecnologia será repassada para a indústria brasileira e, por esta razão, o projeto SIA envolve ainda a participação de um consórcio de empresas, o SIN, formado pela Mectron, Equatorial, Optsensys, Navcon e Compsis.

Além do programa espacial, o SIA também vem sendo acompanhado de perto pelo exército brasileiro, devido a sua aplicação em sistemas inerciais de carros de combate e mísseis. A marinha tem interesse no SIA para a guiagem de navios e como estabilizador de armas e a Petrobras utiliza sensores inerciais em brocas e sistemas de ancoragem de estruturas flutuantes, utilizadas no processo de exploração de petróleo.

"Se considerarmos um atirador, o sistema inercial é a luneta, porque sem ela não se vê o alvo", explica Leite Filho. Num avião, segundo ele, o sistema de navegação inercial diz para onde ele está indo e controla o veículo, estabilizando a sua velocidade angular e atitude (orientação no espaço em relação a um sistema de referência). O sistema inercial, neste caso, ajuda a navegação acrescentando os dados do GPS, mas ele é autônomo, ou seja, não depende de satélites, e sim dos seus sensores para funcionar.

O sistema inercial de um foguete é composto por dois sensores principais: um girômetro e um acelerômetro, que repassam as informações sobre a posição do foguete no espaço para o computador de bordo. É através da plataforma inercial que se consegue, por exemplo, identificar os desvios de rota de um foguete ou satélite em órbita.

O domínio da tecnologia que envolve o sistema de navegação de veículos espaciais, segundo Leite Filho, dará ao Brasil autonomia em uma área considerada estratégica, restrita a poucos países no mundo e sujeita a embargos tecnológicos, que há vários anos tem afetado o programa espacial brasileiro.

Os sistemas inerciais de todos os protótipos de foguetes já lançados pelo Centro Técnico Aeroespacial, (CTA), por exemplo, foram comprados da Rússia e da França, em meados da década de 90, sob objeções do governo dos Estados Unidos. A compra de componentes para o atual projeto também continua sofrendo embargo dos EUA. Já o sistema de controle de atitude dos novos satélites da Plataforma Multimissão (PMM) do Inpe, serão fornecidos pela Argentina. Os satélites que o Brasil fez com a China levam um sistema de controle de órbita chinês.

O SIA também pode ser usado na aviação e a aeronave Super Tucano, que depende do fornecimento de sistemas da americana Honeywell, teria uma opção nacional para equipar a frota de 99 aeronaves do modelo, comprada pela FAB. O Super Tucano já sofreu embargo dos EUA, em 2005, quando a Embraer tentou vender a aeronave para a Venezuela, por conta dos componentes americanos instalados no avião.

Há cerca de um ano a FAB também teve dificuldades em comprar os sensores inerciais do avião de patrulha marítima P-3, que está sendo modernizado na Espanha, pela empresa europeia EADS. O fabricante original do P-3 Orion é a empresa americana Lockheed Martin.
(Valor Econômico, 14/12)

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Peter_North
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#182 Mensagem por Peter_North » 29 Dez 2009, 22:52

Carnage escreveu:
Peter_North escreveu:A sua conta é errada. A quase totalidade dos gastos vai ser para ter o aviãozinho e para mantê-lo. Quase nada é para a tal transferência de tecnologia, que vai gerar uma meia dúzia de empregos, os mais caros já "gerados" no país.
A conta não é minha, mas tirada de vários artigos de especialistas. Eles fizeram a conta.

Mas é claro, eu me esqueci que o Peter geralmente entende mais que os especialistas... Não é a primeira vez que isso acontece.
Claro, surpreendentemente os especialistas do vermelho.org e do PHA acham que o que o Lula faz é bom. Ótimo lugar para se informar. Quem sabe se conversamos com um especialista em educação e perguntamos a ele o que dá pra fazer na educação com essa grana?

Mas estou me preocupando menos com isso ultimamente, tenho esperança que o Lula vai enrolar até acabar o mandato dele. Ele é bom nisso. Aqui tem uma reportagem melhor que as do PHA:

http://www.upi.com/Business_News/Securi ... 260974936/

Ali menciona que o contrato dos jatos será de dezenas de bilhões de dólares. Mesmo se usarmos a menor definição possível de dezenas (20 bilhões de dólares) são TRINTA E CINCO BILHÕES DE REAIS. No mínimo dos mínimos. Na última informação que tenho (é de 2007) o orçamento total do ministério da saúde é de 27 bilhões. Perguntem a um educador (mas um sério, não um que dẽ entrevistas a essa porcaria do PHA) o que dá para fazer por esse nosso pobre país se mais do que dobrarmos o dinheiro gasto em educação. Imaginem só.

Outra coisa a se pensar é essa coisa nebulosa de "tranferência de tecnologia". Mesmo se nos tranferissem 100% da tecnologia do Rafale, o que não vai acontecer nem de perto, ainda assim é 100% de uma tecnologia que já é possuída pela França e que foi vendida para um total de ZERO países, ou seja, é uma tecnologia que ninguém até agora comprou, todo o resto do mundo optou por outras alternativas. Mesmo se vender ao Brasil, vai ser só porque a decisão é política e foi tomada pelo Lula usando o mesmo parâmetro de sempre: Vamos ver que alternativa espezinha mais os EUA.

Mas vamos supor que vamos receber umas rebarbas de transferência de tecnologia. Se coloquem um pouco no lugar dos franceses. Eu sei que é difícil, mas tentem se imaginar em um país com uma ótima educação e que faz pesquisa científica e desenvolvimento de tecnologia de forma exemplar. Vocẽs acham que os franceses são trouxas? Que vão nos entregar uma galinha dos ovos de ouro? Se o que estão nos vendendo tem mercado, porque iriam querer perder esse mercado? Só se o mercado não existir, se não houver compradores. Ou só se nada de importante for transferido de verdade. Ou se o preço a ser pago supera em muito o que se pode obter com o que é transferido. Se fosse bom negócio vender esse conhecimento, os franceses não o fariam pois não são trouxas.

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Peter_North
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#183 Mensagem por Peter_North » 29 Dez 2009, 23:09

Carnage escreveu:Excelentes a suas obvervações, bullitt!!

Pena que você, como eu, está totalmente errado! (segundo o Peter)
Ué, eu concordo com o bullit, olha só:
bullitt escreveu:Com certeza o Brasil se beneficiaria muito mais de investimentos em educação, sem dúvida.
É exatamente o que penso. E é exatamente o contrário do que o Carnage pensa. Ele acha melhor investir em jatinhos (bruuuuummmm!!!!) , eu e o Bullit achamos melhor investir em educação.
bullitt escreveu:É claro que não existe interesse de qualquer governante nisso. Melhorar a educação leva tempo e não é fácil, não basta uma canetada, precisa planejar
Também concordo. E acho que o governante tem menos interesse ainda em melhorar a educação quando ele sabe que quanto mais exposição a educação, menos se vota nele.
bullitt escreveu:A Embraer é uma das poucas grandes indústrias nacionais de tecnologia que competem no mundo, se não for a única nacional (que eu lembre o resto das grandes vende grãos, carne, commodities, e aços)
A Embraer realmente virou um orgulho para o Brasil depois que foi privatizada. Na mão do governo era uma piada falida.
bullitt escreveu:Vai ter uma linha maior de produtos e venderá mais. Não ficará tão limitada à aviação civil e os Supertucanos. Vendendo mais, gera mais empregos. Não só da meia-dúzia de engenheiros aeronáuticos, mas da cadeia de produção inteira.
Olha, eu fico feliz quando a Embraer expande, mas não se for a custo de 35 bilhões de dólares de dinheiro público, sugado de trabalhadores como eu e você. Sou contra o governo dando dinheiro a empresa privada, especialmente nesse volume.
bullitt escreveu:O que vale para a Taurus, que fabrica a PT 24/7. Aliás esta arma ganhou um prêmio da NRA como melhor pistola de um certo ano.
Essa empresa eu conheço bem, é pertinho aqui de casa. Realmente, fabricam armas de primeiríssima quialidade. É uma empresa privada, não custa lembrar.
bullitt escreveu:Enfim, quanto mais o Brasil puder exportar melhor, quanto mais sofisticado o produto, mais empregos entram na cadeia de produção. Enfim, não ficar limitado às commodities. Não ser lembrado como o maior exportador de bananas, mas sim ser referência mundial em áreas avançadas. É claro que para tudo isso, não foge dos investimentos em educação!
Exato. Não pode fugir de investimentos em educação. Mas pode fugir de investimentos em aviãozinho de guerra.

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#184 Mensagem por Carnage » 06 Jan 2010, 21:21

05/01/2010 - 07:20
A ofensiva da Gripen
Por Abilio Soares

Olha aí os balões de ensaio das resistências à hierarquia…..rswrs

Será que essas preferências são tecnicas ??????

http://noticias.terra.com.br/brasil/not ... sueco.html

Relatório da FAB aponta preferência por modelo de caça sueco

05 de janeiro de 2010 • 05h02

O relatório técnico feito pela Força Aérea Brasileira (FAB) sobre os modelos de caças oferecidos ao governo do Brasil pela França, Suécia e EUA, apontou o modelo Gripen NG, da sueca Saab, como a melhor opção de compra. O concorrente francês, Rafaele, fabricado pela Dassault, ficou em terceiro e o F-18 Super Hornet, da Boeing, em segundo. As informações são do jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira.

A avaliação teria sido entregue pela FAB ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, e contrariaria, tecnicamente, a preferência política do governo brasileiro pelo modelo da França, conforme anunciou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antes mesmo da conclusão da avaliação feita pela FAB. O preço de US$ 70 milhões (metade do valor pedido pela França, segundo a Saab) e o custo de manutenção teriam sido fatores determinantes para a indicação do modelo sueco, que ainda está em fase de projeto.


Por bruno Abreu

Os três aviões, até por serem os finalistas, cumpririam bem a missão de atualizar a FAB.

A avaliação da Força Áerea é a mais técnica possível. O Grippen é o mais barato dos três, tanto para ser adquirido quanto para ser operado, teria contra si o fato de ser, nessa geração, um protótipo. A indústria brasileira, no entanto, vê esse fato como uma vantagem, pois poderá desenvolver o avião para adequar-se as necessidades nacionais.

O Rafale, apesar do ótimo desempenho recente em exercícios, é caro de manter, caro para ser adquirido e goza da péssima reputação da Dassault em transferência de tecnologia, era difícil manter a nossa frota de Mirage voando por conta disso e, hoje, os Mirage 2000 do Peru estão praticamente confinados ao solo.

Do F-18E a proposta americana fala por si. Não transferem o conhecimento tecnologógico, apenas células de avião, capacetes, armamento e o como operar tudo isso.

Podem ficar certos, a defesa aérea estaria bem com qualquer um dos três. O Brasil estará melhor com o Grippen, ainda que tenhamos algumas dificuldades iniciais decorrentes do aprendizado de como construí-lo.


Por Atenir

Fala sério. Caça sueco que ainda não existe, nunca foi testado e que ainda depende de tecnologia americana é brincadeira….

É bom lembrar tb que essa compra envolve o componente político, que é o apoio do país vendedor ao Brasil em organismo internacionais, como a ONU.

Para mim, essa não é uma compra comum onde o preço decide. É uma jogada política onde se pode colher dividendos muito melhores que uma simples diferença monetária.


Por Mario Sergio

Outra matéria interessante da Folha, do ponto de vista “ver prá crer” é a respeito da licitação dos caças. Diz lá no título da notícia que o relatório da Aeronáutica dá preferência aos caças suecos, mas termina assim a gracinha:

“apontou o fator financeiro como decisivo para a classificação do caça sueco: o Gripen NG, até por ser monomotor e ainda em fase de projeto (se baseia no Gripen atual, uma versão inferior em performance), é o mais barato dos três”

Eu sou leigo no assunto, mas como é que um relatório de 30.000 páginas conclui que uma avaliação predominantemente técnica conclui pelo aspecto financeiro a favor de um “monomotor ainda em fase de projeto”.

Acho que a Folha deve ficar em “Observação” de novo.
http://www.estadao.com.br/noticias/naci ... 0934,0.htm
terça-feira, 5 de janeiro de 2010, 15:45 | Online
Relatório sobre caças ainda não foi entregue, diz Aeronáutica

De acordo com o Centro de Comunicação Social, o documento não foi encaminhado ao Ministério da Defesa

Sandra Manfrini, da Agência Estado


BRASÍLIA - O Centro de Comunicação Social do Comando da Aeronáutica divulgou nesta terça-feira, 5, nota à imprensa, na qual confirma que o relatório final de análise técnica das aeronaves concorrentes para renovação da frota da Força Aérea Brasileira (FAB) foi concluído, mas destaca que, "até o presente momento", o documento não foi encaminhado ao Ministério da Defesa.

De acordo com matéria publicada nesta terça-feira, 5, pelo jornal Folha de S.Paulo, o relatório técnico sobre os caças não só teria sido concluído como entregue ao ministério da Defesa e o caça francês Rafale teria ficado em último lugar na avaliação da Aeronáutica. A nota do Comando da Aeronáutica, no entanto, não cita o teor do relatório.

Segundo o texto, o "relatório de análise técnica permanece pautado na valorização dos aspectos comerciais, técnicos, operacionais, logísticos, industriais, compensação comercial (Offset) e transferência de tecnologia".



Leia abaixo a íntegra da nota divulgada:



"F-X2: Esclarecimentos


A respeito de matérias publicadas pela imprensa, este Centro esclarece que o Comando da Aeronáutica, por meio da Comissão Gerencial do Projeto F-X2 (GPF-X2), encerrou o relatório final de análise técnica das aeronaves concorrentes e destaca que, até o presente momento, não o encaminhou ao Ministério da Defesa.



Por fim, o Comando da Aeronáutica ressalta que o relatório de análise técnica permanece pautado na valorização dos aspectos comerciais, técnicos, operacionais, logísticos, industriais, compensação comercial (Offset) e transferência de tecnologia.



Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez

Chefe do CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA AERONÁUTICA"
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... do-rafale/
06/01/2010 - 07:15
Duas hipóteses sobre o preço do Rafale
Em Observação


Minha hipótese para esse vazamento de informações sobre as preferências da Aeuronáutica na licitação FX:

1. Desde o início a escolha recaiu sobre o Rafale. As razões são óbvias. A França é potência militar, o acordo vai se espalhar por outras áreas da Defesa, o avião é bom e testado, há plena garantia de transferência de tecnologia.

2. A Dassult depende fundamental desse contrato para sua sobrevivência, o que poderia garantir ao Brasil enorme poder de barganha nas negociações.

3. Ao antecipar a preferência do Brasil pelo Rafale, no entanto, Lula acabou enfraquecendo a posição brasileira nas negociações em torno de preço. Os franceses se valeram disso para endurecer.

4. Meses atrás, suecos e americanos passaram a jogar pesado na questão preço, mas os franceses se acomodaram, sentindo-se garantidos pela incontinência de Lula.

5. O relatório da Aeronáutica pode ter sido utilizado, então, como elemento estratégico para virar o jogo e derrubar os preços franceses.

Baseio-me nos seguintes fatos:

1. A Eliane Cantanhede tem como fonte o próprio Nelson Jobim – que desde o início defendia a solução francesa.

2. Não cabe à Aeronáutica discutir preços. O relatório deveria se ater (e provavelmente se ateve) aos aspectos técnicos. A pessoa que vazou para a Folha o relatório, com a improvável menção ao preço do equipamento, visou passar um recado para os franceses.

3. Para não cravar 100% nessa hipótese, considere-se o poder de lobby da sueca Grippen junto a alguns brigadeiros – hoje na reserva, mas com bom trânsito na imprensa. E não se deve menosprezar a ação do notório deputado Raul Jungmann.

6. Seja qual for a hipótese correta, Lula errou ao antecipar a preferência pela França.

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MulderFox
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#185 Mensagem por MulderFox » 07 Jan 2010, 09:45

O erro maior mesmo foi o Lula ter se manifestado sobre o avião francês que, repito, é uma excelente aeronave (a exemplo dos outros dois aviões concorrentes), porém ainda acho que o avião da Sukhoi não deveria ter ficado de fora. Minha escolha ainda recai sobre o F-18, por todo seu extenso histórico em combates.

Numa aquisição desse porte, não somente os preços tem que ser levados em consideração, mas também a capacidade de cada aeronave.

A escolha é díficil, pois são ótimos aviões, mas o principal interessado é a FAB, e os relátórios dela é que devem ser levados em consideração.

Essa discussão acaba se tornando política, muita gente sem conhecimento técnico dos aviões opina apenas baseado em fatos políticos, mas quem realmente deveria decidir pela melhor opção é a FAB, que embora carente de recursos a exemplo das outras duas armas, possui um material humano de grande valor e competência.

No Brasil, creio que o único jornalista especialista em armamentos é o Roberto Godoy, me corrijam se eu estiver errado. Gosto dos artigos dele, mas já ouvi algumas besteiras que ele disse na TV, como por exemplo no caso de 1986, em que aviões da FAB perseguiram luzes no céu, notícia amplamente divulgada na época.

Ele simplesmente disse que EUA e França possuiam tal tecnologia, embora não explicou nem o que era e tampouco pra que servia. Passados 24 anos, vários conflitos depois, jamais se viu a "tal" tecnologia a que ele se referiu.


[]´s

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Carnage
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#186 Mensagem por Carnage » 08 Jan 2010, 22:35

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... ronautica/
08/01/2010 - 08:23
O relatório FX da Aeronáutica

Abaixo, duas matérias diferentes sobre o relatório da Aeronáutica sobre a licitação FX: a da Folha e do Estadão.

A Folha diz que o relatório final privilegia o Gripen e será refeito por Nelson Jobim. O do Estadão garante que o relatório foi modificado, voltou a indicar o Rafale como melhor opção, mas a rebeldia da Aeronáutica resultará em punições.

Em qual matéria acreditar?

O Estadão é mais rigoroso na apuração das matérias e a sucursal de Brasília está entregue a mãos jornalísticas mais sólidas.

Já a matéria da Folha é assinada por dois jornalistas. A provável autora principal, Eliane Cantanhêde, tem as melhores fontes no setor. E conseguiu falar com Jobim – que não estava em Brasília. Além disso, descreveu o relatório entregue.

Se ambos estiverem certos, Jobim foi by-passado pela Aeronáutica, pois estaria desinformado sobre a retificação do relatório.

Uma coisa parece certa: a Aeuronáutica é uma força sob observação. Vazamento de informações era prática de ministérios civis.


Da Folha
Jobim fará relatório próprio sobre caças para levar a Lula

Ministro da Defesa poderá rever critérios que levaram FAB a escolher avião sueco

Jobim deve dar mais peso a pontos de interesse do Planalto, que prefere o caça francês, para alterar documento da Aeronáutica

ELIANE CANTANHÊDE

COLUNISTA DA FOLHA

FERNANDO RODRIGUES

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, apresentará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva seu próprio relatório sobre a renovação da frota da Força Aérea Brasileira, podendo rever o critério de pontuação dos seis itens avaliados tecnicamente para cada avião e que, confrontados, deram o primeiro lugar ao sueco Gripen NG, fabricado pela empresa Saab. “É importante ver se a pontuação [do relatório da FAB] bate com a posição da gente, que é baseada na Estratégia Nacional de Defesa e dá prioridade à transferência de tecnologia”, disse Jobim à Folha.

A Aeronáutica manteve o ranking antecipado pela Folha na última terça-feira para a compra dos 36 caças por até R$ 10 bilhões: o Gripen NG em primeiro lugar, o F-18 da Boeing norte-americana, em segundo, e o Rafale, da Dassault francesa, em terceiro. O francês é o preferido de Jobim e de Lula, que defendem negócio com a França porque o país é seu “parceiro estratégico”, com o qual assinou grande acordo militar em 2009.

Jobim, porém, irá analisar todas as informações e a confrontação de dados e poderá fazer a reavaliação do sistema de pesos e notas para cada critério antes de levar uma posição da Defesa a Lula, a quem cabe a decisão final da compra. Como hipótese: a Aeronáutica pontua mais a questão operacional (20%) e menos a contrapartida comercial (15%), e Jobim não descarta, em tese, inverter esse peso.

No limite, uma mexida assim pode até mesmo resultar numa mudança no ranking. Ninguém no governo admite abertamente a possibilidade, apesar da preferência pelos Rafale. A Aeronáutica formalizou entre anteontem e ontem a entrega do seu relatório final a Jobim -que, entretanto, já o conhecia desde o final do ano passado, quando foi ratificado pelo comando da Força Aérea.

O trabalho foi dividido em três partes: uma peça “master” com 390 páginas, um “sumário” com 117 (incluindo sete com a definição de abreviaturas) e uma apresentação em Power Point com as explicações sobre a metodologia e comparando as vantagens e desvantagens dos finalistas.

Todo o material foi enviado em um pen drive para Jobim, que está em férias, passou por Brasília nesta semana e só retorna à Defesa na próxima segunda-feira, mesmo dia em que Lula voltará a dar expediente.

Jobim pretende estudar o conteúdo do relatório, preparar uma coluna de dúvidas (pontos que não entender) e outra com questionamentos (sobre dados com os quais não concorda) e depois se reunir com o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito.

“Vou analisar tudo, tirar dúvidas, avaliar o sistema de cálculos e levar as minhas conclusões para o presidente Lula. A decisão depende dele, e vou levar o máximo de análise que possa ajudá-lo nessa decisão”, disse o ministro.

Ao contrário da Aeronáutica, que quer decidir a questão o mais rapidamente possível para evitar a contaminação do ano eleitoral, Jobim disse que não tem pressa. Ele acha que a reunião com Lula pode acontecer na semana que vem, mas alerta que, antes de qualquer anúncio oficial, ainda será necessário ouvir o Conselho de Defesa Nacional para ratificar a decisão do presidente.

O conselho é apenas consultivo. Mas participam dele os presidentes da Câmara, Michel Temer, e do Senado, José Sarney, e há o temor em setores do governo de que um deles, senão ambos, possa insistir em pedir vista do processo, o que seria difícil de negar politicamente. Além disso, seria uma forma de levar o assunto para debate no Congresso, o que poderia acabar arrastando o desfecho da compra durante meses.

O relatório da FAB foi feito pela Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate), presidida pelo brigadeiro Dirceu Tondolo Noro, um oficial aviador com MBA em projeto pela Fundação Getulio Vargas. Reuniu cerca de 30 mil páginas, em quase um ano de trabalho, com viagens internacionais, consultas e confronto de dados.

São seis os critérios analisados pela Aeronáutica: técnica (garantias e adequação à necessidade brasileira); operacional (logística, armamento e capacidade de carregamento de armas); transferência de tecnologia (em que níveis); “offset” (contrapartida da empresa vencedora em investimentos tecnológicos); comercial (preços e condições de pagamento) e gerenciamento do programa (pelos próximos 30 anos).

Foi do confronto desses critérios, com um peso decisivo dado ao fator preço, que o Gripen NG acabou escolhido. O avião, que tem um protótipo demonstrador voando há mais de um ano, é um desenvolvimento de duas gerações anteriores do mesmo caça. Assim, o pacote ficou mais atrativo para a Aeronáutica por compartilhar métodos de produção. Além disso, mais leve e monomotor, tem custo de operação mais baixo.

Do Estadão

FAB entrega relatório sobre caças que agrada ao Planalto

Nova avaliação, que lista características, permite apontar caça francês como melhor

Denise Chrispim Marin

Parecer final – Jobim recebeu ontem documento, de 390 páginas

BRASÍLIA


O relatório final do Comando da Aeronáutica sobre o projeto FX-2, que envolve a compra de 36 caças e um negócio estimado em R$ 10 bilhões, agradou ao Palácio do Planalto. O documento indica que as aeronaves Rafale, da companhia francesa Dassault, e F-18 Super Hornet, da americana Boeing, contam com características técnicas e militares superiores aos Gripen NG, da sueca Saab. O Ministério da Defesa confirmou a entrega do parecer, que tem 390 páginas. Um colaborador direto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva também teve acesso ao documento.

O conteúdo do novo relatório – modificado por pressão do governo, que permite apontar o francês Rafale como o melhor – contrasta com a versão anterior, na qual a Aeronáutica hierarquizou os três concorrentes e apontou o Gripen NG no topo da lista. Ao caça Rafale, que é o preferido de Lula e do ministro da Defesa, Nelson Jobim, a Aeronáutica reservara o terceiro e último lugar, em função especialmente de seu custo mais elevado. A publicação dessa versão pela Folha de S. Paulo, no início da semana, irritou a Presidência, que avaliou o ato como uma pressão adicional da Força Aérea para fazer valer seus critérios na decisão final e o qualificou como nocivo à “segurança nacional”.

“Não acho bom que um relatório da Defesa transcenda ao público. Isso afeta a segurança nacional. Pode não trazer problemas hoje, mas eles podem ser mais visíveis no futuro”, afirmou o colaborador de Lula, que teve acesso à versão final.

O novo documento não traz uma hierarquia dos concorrentes, como o anterior. Mas expõe as vantagens dos caças Rafale e F-18 Super Hornet, como os fatos de serem projetos já construídos, testados e birreatores, enquanto os Gripen NG são monorreatores.

Parlamentares que acompanham essa concorrência para a renovação da frota da Força Aérea consideram que o documento final apenas alivia a saia-justa entre a Aeronáutica e a Presidência.

Mesmo que o relatório viesse a apontar o Rafale como a escolha perfeita, as sucessivas tentativas da Aeronáutica de constranger o governo a recuar em sua preferência foram registradas pelo Palácio do Planalto e devem resultar em punição. Em outubro, a cúpula da Aeronáutica apresentou a deputados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional as razões pelas quais considerava os caças Gripen NG mais apropriados.

O próprio comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, alegara a um parlamentar que o fato de o projeto do caça sueco ainda estar em fase de desenvolvimento aumentaria a chance de absorção de tecnologia pela Embraer. Além disso, Saito reforçara as vantagens dos Gripen NG em termos de custo e de manutenção. O ápice, entretanto, foi o vazamento do relatório anterior, quando a nova versão estava prestes a ser concluída.

Comparação entre os caças:
http://www.gp-guia.net/phpbb/phpbb2/post ... ly&t=91033

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#187 Mensagem por Carnage » 08 Jan 2010, 22:50

http://www.viomundo.com.br/opiniao/rafa ... oma-banho/
Rafale não toma banho

Atualizado em 08 de janeiro de 2010 às 21:57 | Publicado em 07 de janeiro de 2010 às 23:02

por Luiz Carlos Azenha


A "crise militar" -- a polêmica envolvendo as decisões do governo Lula referentes à Comissão da Verdade e a compra de caças para a FAB -- interessa a Washington e aos lobistas de Washington. Os lobistas de Washington querem que o Brasil compre aviões fabricados nos Estados Unidos. Ao governo de Washington não interessa que o Brasil "injete" a França na geopolítica do hemisfério, com uma ampla parceria estratégica.

Ao Pentágono interessa que o Brasil compre aviões americanos e, se de fato precisar usá-los, fique sem peças de reposição e sem os softwares de gestão. O Pentágono quer vender ao Brasil uma daquelas impressoras cujo cartucho de impressão custa duas vezes mais que a própria impressora. Se o Brasil decidir imprimir algum texto escrito em Brasília, não em Washington, eles cortam o fornecimento de cartuchos.

Se o Brasil não comprar dos Estados Unidos, que pelo menos compre da Suécia: comprando da Suécia, ficará da mesma maneira dependente da tecnologia dos Estados Unidos.

É impossível determinar exatamente a quem servem os "mentores" da "crise militar". Mas sabemos quem ganha com a "crise": Washington deposita nela as esperanças de, se não fizer negócio com o Brasil agora, pelo menos desfazer o negócio alheio. Adiar o negócio, quem sabe para um futuro governo. Adiar o negócio, ganhar tempo, esperar "novas circunstâncias", quem sabe "facilidades". Tudo isso interessa aos lobistas de Washington. Aos vendedores de avião e aos estrategistas. O Estadão chega a ser explícito:

"Deixar o assunto em banho-maria pode ser, para Lula, a escolha menos onerosa", diz trecho de editorial recente.

Do jeitinho que Washington quer.

Mas há a demanda interna por mais uma crise. "Atritar" o adversário é uma das táticas para desviar a atenção dele, fazer com que ele gaste energia onde não precisaria gastar, perca o foco e faça besteira. Por isso, a assessoria midiática de um certo candidato "fabrica" mais uma crise, assim como fabricou o caos aéreo, a epidemia de febre amarela e a hecatombe da gripe suína. O Brasil, alerta a Folha, pode ficar refém dos humores "dos governantes franceses de turno". Não consta que o jornal tenha manifestado a mesma preocupação acerca dos humores de Washington. Aliás, ficar refém do humor dos franceses soa como uma gigantesca ameaça e estou certo de que foi uma piada involuntária, que escapou ao editorialista do jornal.

[Para quem perdeu a piada, os franceses são conhecidos internacionalmente pelo mau humor]

"Vale lembrar que nem os presidentes militares atropelaram decisões técnicas na compra de material bélico", alertou um ex-porta voz do regime militar, hoje comentarista da TV Globo. O Estadão chuta o balde: simplesmente sugere, por comparação com o presidente Sarkozy, da França -- "ele sim, trabalhando pelo interesse nacional" -- que Lula não representa os interesses brasileiros. É a pista para que os militares -- estes sim, supostamente defendendo o interesse nacional -- acusem Lula de ser apátrida ou de tirar vantagens pessoais do negócio.

Trata-se de uma retórica que tem o objetivo de constranger o presidente da República, com repercussões de médio e longo prazo.

Lula será acusado em qualquer das circunstâncias: será acusado de mudar de ideia diante da pressão de subordinados, se o fizer; ou de "insistir no erro", "atropelando os subordinados". Lula, aquele que não defende os interesses nacionais, atropelando os militares -- estes sim, patriotas. Trata-se de um discurso irresponsável, de franco desespero.

Entendo que se trata do velho jogo de desgastar o governo, de olho nas eleições. O problema é que a tal "crise militar" não rende um voto sequer. Se a economia estiver bombando em 2010, quem é que vai votar porque o Brasil comprou caças deste ou daquele país? Ou seja, tudo indica que cavar o fosso entre o poder civil e o poder militar não renda votos. É pouco provável que de fato interfira com uma decisão soberana do Estado brasileiro, que cabe ao presidente da República, comandante-em-chefe das Forças Armadas. Assim sendo, a quem realmente interessa desmoralizar o poder civil e reacender as chamas do poder militar? Acima de tudo, àqueles que desconfiam não contar com o poder dos eleitores para chegar ao poder.

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/0 ... 479962.asp
Compra de jatos
Favorito da FAB, caça da Saab não voou e existe só no papel

Publicada em 07/01/2010 às 00h01m
José Meirelles Passos


RIO - O vazamento do informe técnico da Comissão Coordenadora do Programa Aeronaves de Combate (Copac) expôs claramente que a preferência pelo avião Gripen NG, da sueca Saab , se deu através de uma comparação míope, segundo fontes do setor. Isso porque o quesito com maior peso nessa escolha - o preço do jato - leva em conta apenas o valor do avião, enquanto os preços do Rafale, da francesa Dassault, e do F/A-18 Super Hornet, da americana Boeing, abrangem tanto a aeronave quanto o armamento.

Este é o motivo pelo qual o Gripen NG aparece como sendo equivalente à metade do valor do jato francês (que custaria US$ 70 milhões, enquanto o americano sairia por US$ 55 milhões). Pilotos da Força Aérea Brasileira e alguns brigadeiros, que dão preferência ao jato da Boeing, dizem que a proposta sueca "é honesta, mas de alto risco". O problema básico é o de que o avião da Saab existe apenas no papel. Ainda não voou. Não há sequer um protótipo pronto. Os outros dois jatos já operam há anos.

Outro detalhe intriga o Palácio do Planalto, que se inclina mais para o avião francês : o fato de que nem o próprio governo da Suécia se comprometeu a comprar o jato da Saab:
- Se ele é tão bom, por que não compram logo?

- perguntou um funcionário federal que acompanha a licitação.

Um terceiro fator comprometeria a oferta sueca: tanto o motor quanto o software utilizados no Gripen NG são made in USA. Ou seja: ao optar por esse avião, o Brasil teria de pedir autorização de transferência de tecnologia aos EUA. A proposta americana tem como principal isca a oferta de a Embraer vir a fabricar as asas e a fuselagem do F/A-18 Super Hornet. Além disso, a Boeing abriria à indústria brasileira o acesso à sua linha completa de produtos (caças, helicópteros e satélites).

A França, por sua vez, prometeu uma transferência irrestrita de tecnologia do Rafale. E, além disso, se dispõe a transmitir os segredos de fabricação de mísseis, permitindo ao Brasil produzir o armamento a ser utilizado no caça.

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bullitt
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#188 Mensagem por bullitt » 11 Jan 2010, 22:13

MulderFox escreveu:O erro maior mesmo foi o Lula ter se manifestado sobre o avião francês que, repito, é uma excelente aeronave (a exemplo dos outros dois aviões concorrentes), porém ainda acho que o avião da Sukhoi não deveria ter ficado de fora. Minha escolha ainda recai sobre o F-18, por todo seu extenso histórico em combates.

Sou bem leigo nessa área de aviação militar moderna, mas pelas informações que eu tinha em mãos estava inclinado pelo Gripen NG, até o Carnage postar a matéria que diz que tanto o motor quanto o software utilizados no Gripen NG são americanos.

Pelo que tinha de informações (boatos do mercado financeiro...) a Embraer preferia o Gripen NG, mas enfim não sei se é verdade.

Sou da opinião que o melhor para o Brasil é a transferência de tecnologia do que a capacidade de combate das aeronaves. É aquela velha história de ensinar a pescar do que dar o peixe.

Agora esse negócio de ganhar voto da França no conselho de segurança é balela, tem vários países que podem, e provavelmente vão, votar contra e tem capacidade de veto. China é um deles, e já manifestou faz tempo que não quer ampliar porque não quer de jeito nenhum que o Japão entre também.

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#189 Mensagem por Peter_North » 12 Jan 2010, 01:10

Carnage escreveu:A conta não é minha, mas tirada de vários artigos de especialistas. Eles fizeram a conta. Mas é claro, eu me esqueci que o Peter geralmente entende mais que os especialistas.
Ei Carnage, vocẽ que dá tanta bola para especialista em guerra (prefiro ouvir os especialistas em educação), como é que estás encarando o relatório da Fab? Afinal, ninguém é mais especialista do que quem sabe exatamente como, quando e onde vai usar o tal aviãozinho, e no caso é a Fab.

Me diz uma coisa, a FAB não é especialista mas o Nassif é? O Lula é?

Quem entenderia mais do uso do avião do que a Fab? E eles disseram que o aviãozinho do Sarkozy é o pior. O pior!

Comprar esses jatos já é péssimo negócio. Comprar o pior jato e pagar mais caro por isso é daquelas coisas que só o Lula consegue.

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Peter_North
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#190 Mensagem por Peter_North » 12 Jan 2010, 02:20

Carnage escreveu:A França é potência militar
Realmente, é uma potência militar dessas que queremos como modelo. Vamos analisar a história dessa grande potência militar:

Guerra da Algéria - França foi derrotada pela Algéria

Guerra da Indochina - França foi derrotada pelo Vietnã.

Seguda Guerra mundial - Se rendeu aos nazistas quase sem resistir e teve que ser libertada pelos Estados Unidos.

Guerra Franco-Prussiana - Perdeu também.

Guerras Napoleônicas - Perderam para um sapateiro inglês.

Guerra da Sucessão Espanhola - Perdeu.

Guerra Franco-Indígena - Perdeu também.

Guerras Italianas - Perdeu

Guerras Gálicas - Perdeu.

Primeira Guerra Mundial - Nessa sim a França mostrou macheza. Ganhou, e com bravura de sobra. Mas além da pŕimeira guerra, só me lembro de mais uma guerra vencida por franceses: A Revolução Francesa. Mas aí o adversário era francês também.

Realmente, me parece o tipo de potência militar em quem devenos nos espelhar.

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#191 Mensagem por Nazrudin » 12 Jan 2010, 09:02

Mon Dieu, non!
kkkkkkkkkkkkkkkk

E a guerra da gastronomia televisiva a perderam pros ingleses!

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Tricampeão
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#192 Mensagem por Tricampeão » 12 Jan 2010, 17:03

A França ganhou a Guerra dos Cem Anos.
É verdade que demoraram 100 anos pra ganhar, mas ganharam.
Na Guerra dos Trinta Anos, já levaram menos tempo.

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HomemDeToalha
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#193 Mensagem por HomemDeToalha » 12 Jan 2010, 17:37

Tricampeão escreveu:A França ganhou a Guerra dos Cem Anos.
É verdade que demoraram 100 anos pra ganhar, mas ganharam.
Na Guerra dos Trinta Anos, já levaram menos tempo.
Ah então é por isso.....

Exército de vovôs não aguenta mais.... :lol: :lol:

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HomemDeToalha
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#194 Mensagem por HomemDeToalha » 12 Jan 2010, 17:40

Mas sério agora, o Jobim com essa história de caças e ainda vestir a farda de guerra é demais....

Vamos ficar "fortes" com esses caças! Os "inimigos" jamais vão invadir.......

Na boa, alguém interna esse homem. E pensar que ele (o Jobim) já foi o presidente do STF.

Tá louco viu...

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#195 Mensagem por MulderFox » 12 Jan 2010, 19:26

Carnage escreveu:A França é potência militar
Militarmente a França é um dos países mais bem preparados e auto-suficientes em armamentos do mundo todo. Sua força aérea (Armée de l'Air) é dotada de aviões fabricados no próprio país, assim como sua marinha moderna que é uma das poucas no mundo a ter um porta-aviões (Charles de Gaulle). Porém, não pode ser considerada uma potência militar. No mundo de hoje, gostemos ou não, a única potência militar são os Estados Unidos.

[]´s

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