Disponível apenas para administradores
Oculto para usuários:
(Peço licença aos senhores moderadores e colegas do fórum para escrever um relato longo)
(ATENÇÃO: texto longo, não quer ler, não leia. Só não enche o meu saco!)
Perdoem-me, Putanheiros, pois eu pequei...
Gostaria de esclarecer que este depoimento é uma forma de exorcizar tudo que aconteceu, em tom quase terapêutico, e quem sabe caminhar em direção à retomada da consciência. E que, portanto, é longo, detalhado, irônico, doloroso, hilário... como devem ser as histórias mais estupidas e ridículas.
O meu relato, por mais estúpido que possa parecer em alguns momentos, inverossímil em outros, do começo ao fim simplesmente idiota e fadado ao desastre completo e total, é totalmente verdadeiro. Peço que acreditem nas palavras a seguir pois não há razão nenhuma para o jumento aqui assumir tamanha estupidez e, certamente, me colocar diante do escrutínio dos colegas, das porradas, comentários ofensivos, mas corretos, comentários ofensivos e simplesmente idiotas, baseado em depoimento falso. Não faço parte do grupo que busca um rush de dopamina nas redes sociais, minha dopamina, assim como a maioria de vocês, vem de outra forma.
Eu confesso: eu sou um jumento.
Eu confesso, cometi o pecado capital de acreditar na GP.
Eu confesso, fui arrogante de acreditar que poderia “namorar” (sou casado) e manter tudo sob controle.
Enfim, ao relato.
Contexto geral...
Tenho 40 anos, sou casado há 20 com a mesma mulher, amigo da putaria velada e profissional, para não causar distúrbios na vida social e familiar. Frequentador esporádico de casas com *********, Café Photo, Bamboa etc... não costumo realizar TDs com freelancers, mas já percebi que o custo-benefício é MUITO melhor.
Sobre o pecado capital...
Conheci a Carol (nome para efeitos de relato apenas) em um evento onde ela trabalhava.
Uma Deusa no corpo de mulher. Na época que nos conhecemos, 21 aninhos. Um rosto angelical, perfeito, um sorriso encantador, um olhar doce e enigmático, cabelos pretos, lisos, sedosos, longos (até a bunda).
O corpo é um templo da perdição para mim: 1,78, falsa magra, pernas torneadas de academia, bunda perfeita, barriguinha chapada (mas não musculosa, não é meu tipo), peitos siliconados G, braços finos com uma tatuagem fechando todo o braço direito.
No geral a mina é a armadilha perfeita pra mim, feita sob medida para testar cada átomo (ou string se prefirir) do meu corpo. E eu falhei miseravelmente no teste, por várias vezes, durante meses.
Li em algum lugar, há algum tempo, que o macho precisa de menos de meio segundo para entrar em estado de “excitação”. Com ela, meu tempo foi recorde.
Abordei com um papinho qualquer sobre trabalhar em um dos meus eventos (trabalho com eventos), peguei contato etc.
Cortejei por algum tempo por Whatsapp primeiro com tom profissional e, lentamente, adotando uma abordagem mais pessoal. Militantes, feminazis, gerações mais novas podem chamar de assédio, na minha época era assim que você conquistava mulheres – com cortejo, indiretas, marcando presença. Enfim...
Vejam, até esse momento não tenho a menor ideia de que estamos falando de uma GP.
Finalmente, consigo uma brecha. Ela aceita um convite para um jantar para nos conhecemos melhor.
Faço questão de representar bem toda uma classe de homens idiotas românticos: escolho um puta restaurante foda para levar a gata (não quero parecer arrogante, apenas evidenciar a minha idiotice) com o custo de R$ 800/cabeça, reserva de semanas, estrela Michelin, chefe famosinho de TV.
Veja bem, eu ainda não sabia que era GP, mas a partir desse momento eu começo a desconfiar (e a dica que fica para mim é: confie nos seus instintos, alemão).
Ela feliz pelo convite, pelo local escolhido, me manda uma mensagem: você vai me mandar um Uber?
Imediatamente me veio à mente aquele antigo e famoso cartaz bastante popular em jogos de futebol “Eu já sabia”. Lutei contra o pensamento intrusivo e falei pra mim mesmo: não, não... ela não é GP, essa geração moderna de mulheres não está acostumada com homens de verdade.
Afastei o pensamento e respondi algo como: “você está maluca? Eu vou te buscar em casa. Esteja pronta às X horas”.
Peguei a gata e fomos jantar...
As bandeiras vermelhas não param de se acumular, mas o pau duro é foda de ignorar...
Durante todo o jantar o PPP era EVIDENTE e jorrava da boca da Carol o tempo todo.
Em um restaurante 5 estrelas, eu me vejo falando sobre Signos, Ascendentes, Luas, Mapa Astral e toda aquela bobagem que vocês já conhecem muito bem. Mas a beleza, porte, corpo e todos os demais atributos físicos justificavam toda a tormenta de ter que ouvir e interagir com aquele papo.
Em meio ao tesão de ter uma mulher que literalmente parou o restaurante quando entrou e a tormenta de ter uma mulher que não era nada além de uma casca bonita, eu fui tocando a noite até que, em determinado, momento ela me solta uma frase que deveria ser o título de um livro, ou pelo menos desse post: “você já deve ter percebido o que eu sou, né?”.
Cego pelo tesão, eu disse “me desculpa, eu não entendi.” Mas é CLARO que eu entendi, é claro que eu entendi. Era evidente, transparente, cristalino...
Ela desconversou e eu segui meu plano.
Daqui pra frente eu já tinha quase certeza que estava lidando com uma GP de vida dupla: trabalha em eventos e também faz programa, a famosa Ficha Rosa (Book Rosa). Mas, embora tivesse certeza, eu preferi continuar nas trevas e alegar ignorância. Dizem que o pior cego é aquele que não quer ver, isso se aplica aos trouxas também.
Para concluir o primeiro encontro, eu entreguei para a Carol uma puta experiência que faria qualquer mulher ficar encantada. Mas parecia que para ela, tudo que eu fiz era trivial... incrível o poder que as GPs têm.
No dia seguinte, eu já havia programado a entrega de um baita arranjo de flores na casa dela (muito antes das bandeiras vermelhas). Eu sou o pacote completo do trouxa mesmo.
Continuamos a nos falar por Whatsapp, os assuntos começam a ficar mais pessoais, mais reais, mais interessantes. Ela manda o Insta dela e mais um alarme dispara, mais uma bandeira vermelha. Não é o *naopode* de uma pessoa normal, não tem fotos pessoais, de família, do trabalho, de viagens à praia grande ou Bertioga (pra quem é de SP)...
Sim! Vocês acertaram... só tinha lugar paradisíaco, fotos profissionais claramente tiradas em ensaios fotográficos, jantares em restaurantes incríveis, nenhum membro da família, nada que ligasse aquela mulher a um grupo de pessoas.
Daí, não tinha mais como ignorar.
Fui investigar...
A descoberta...
Não foi NADA difícil descobrir os anúncios da Carol nos principais e mais conhecidos sites. Claro, ela usa um pseudônimo, mas o telefone era o mesmo, as fotos as mesmas... não levou 10 minutos.
Quando descobri fui tomado por um misto de decepção, de euforia, de excitação, de “eu já sabia”, era bom demais pra ser verdade, uma verdadeira avalanche de emoções.
Mas como eu já estava procurando algo “extra conjugal” e a mina era fisicamente perfeita pra mim, achei que podia dar conta.
Confrontei a Carol de forma muito sincera e deixei claro que topava seguir conversando com ela independente da “profissão”.
Ela ficou em êxtase, certamente, por antecipar que havia “fisgado um trouxa” e que isso seria benéfico para ela. Mas no momento, eu achei que ela realmente tinha curtido o macanudo aqui e que ia gostar de fazer coisas diferentes. Mas que babaca.
Como diz o famoso poeta “o golpe tá aí, cai quem quer”...
E eu escolhi cair, umas 3 vezes.
No começo foi tudo muito sincero e aberto. Conheci a família por vídeo chamada, elas moram no interior, criou-se grupo da família no whats e tudo mais. Mas que babaca.
Conforme as semanas foram passando, envolvido naquela excitação de finalmente, no auge dos meus 40 anos, casado há 20, ter uma novinha de 21 anos que para a balada do meu lado, acabei esquecendo do fato dela ser GP. E como uma cobra esperando o momento certo para o bote, ela deu... e eu não percebi.
Sempre disfarçado de ajuda, sempre disfarçado de favor... mas sempre baseado na minha vontade incontrolável de agradar todo mundo, de ver todo mundo feliz e bem, o golpe veio de várias formas. E o pior: sempre achei que “partia de mim”.
A forma como fui conduzido por uma menina de 21 anos foi tão brilhantemente tocada por ela que ouso dizer “ela mereceu tudo que tirou de mim”. (rindo alto aqui) A menina era talentosa.
O Golpe #1 – Aluguel
Assumi o aluguel dela.
Inicialmente R$ 3.000, mas o apartamento era feio, pequeno, numa localização ruim, sem estacionamento para eu parar meu carro. Tinha que deixar na rua e ela ficava com medo de ser roubado, nunca ficamos “tranquilos”. Sempre tinha o medo de algo acontecer.
Então, “eu sugeri” (em aspas, porque hoje fica claro que a ideia foi minha, mas não foi) de trocarmos de apartamento.
E foi aí que o aluguel foi para quase R$ 6k num flat foda na Oscar Freire.
Mas, tudo bem, porque foi ideia minha. (risos)
Valor subtotal do Golpe #1: R$ 6k x 12 meses (contrato) = R$ 72k depositados na conta da perva para garantir um ano de aluguel no novo AP.
Que babaca!
O Golpe #2 – Saudades da Família
A gata era muito apegada à família, sempre falando com a mãe (que sabe do estilo de vida dela aqui e a “apoia”, mas claro, a mãe não trabalha e vive do dinheiro que a filha manda – basicamente, a mãe é a cafetina da própria filha).
E ela sempre falava sentir muita saudade da família, de ficar em casa.
Então, “tive a ideia” (já entenderam, né?) de dar férias para ela. Aéreo para a família (3 pax), Hotel Fazenda Top, Massagem, Carro Alugado, Passeios, Jantares tudo por minha conta.
Ah! E, claro, eu não fui. Sou casado! Como vou explicar passar 1 semana fora?
Foi só ela e a família.
Mas, tudo bem, porque a ideia foi minha. É um presente. Na boa, ela vai me amar pra caralho depois. (Risos)
Valor subtotal do Golpe #2: R$ 13.5k para férias em família no cartão de crédito, que claro, eu deixei com ela para a viagem toda.
Que babaca!
O Golpe #3 – Celular
“Poxa, minha mãe está com um celular tão velho. Acho que vou dar outro pra ela.”
Mas que super oportunidade de dar mais um presente para a mulher que vivia na minha cabeça e nas minhas fantasias, não é mesmo?
E, claro, como toda GP, ela quer iPhone de última geração. O desejo dela era minha obsessão: comprei iPhone 14 Pro e, claro, presenteei a gata. Assim, ela podia dar o iPhone antigo para a mãe dela.
Recebi mensagens de áudio da mãe agradecendo, reafirmando para o meu ego estúpido “o quão bom eu era para filha dela.” Só acho que ela trocou o adjetivo, “bom” e “idiota” não são sinônimos.
Valor subtotal do Golpe #3: R$ 9.500 para compra do tal iPhone.
Que babaca!
O Golpe #4 – Anel de Diamantes
Mas é claro que ela me “adorava”, me “curtia”, “sonhava comigo”, queria ficar comigo o tempo todo. Foi muito rápido até ela dizer que queria “namorar sério comigo”, me assumir, apresentar pra família, pros amigos, largar a vida e ficar comigo.
Eu sou babaca pra caralho, mas não vou largar 20 anos de história por qualquer uma.
Mas, como já apontei inúmeras vezes, eu sou babaca. Então, pensei numa solução genial... que era, na verdade, na minha cabeça doentia, a segunda melhor opção disponível – uma vez que assumir aquela que, fisicamente, era a mulher que eu sempre sonhei em ter do meu lado, não era viável. Para mim, a segunda melhor opção era: vou fazer dela minha goomah, vamos ter um relacionamento “mais formal possível” dentro dessa história completamente estúpida e perversa. Ou seja, vou fazer dela minha “amante” e já era...
Romântico, bobo, iludido, a esta altura apaixonado que sou, comprei um anel de diamantes lindo para ela.
E, feliz da vida, o idiota foi propor um relacionamento “sério”.
Toda a ceninha, joelhinho no chão, anel de diamantes no bolso... pra quem olhava de fora, era nítido: as mulheres olhavam e falavam, esse velho com essa novinha, ele tem dinheiro e ela é puta. Os homens olhavam e falavam, caralho, esse cara com essa novinha, ela é puta, ele tem dinheiro, mas se eu tivesse na situação dele faria igualzinho que cara de sorte... (risos). Pelo menos foi isso que eu pensei.
É claro, ela aceitou o anel. Mas disse que ia pensar sobre a proposta.
Valor subtotal do Golpe #4: aproximadamente R$ 19k em um anel de diamantes.
Que babaca.
O desfecho...
Quando eu escalei a coisa para ficarmos “mais sério”, ela ficou assustada. Muito assustada.
Durante o jantar e no caminho de volta, deu tudo errado. Brigamos, discutimos, falamos um monte de coisa um para o outro... nitidamente iniciado por ela, com diversas provocações, alfinetadas, ofensas etc...
Eu não aguentei e falei coisas que também machucam.
O silêncio imperou.
No dia seguinte ao “meu pedido”, logo pela manhã, eu mando uma mensagem de “Bom dia, espero que tenha um dia excelente...” Não tenho resposta durante o dia todo.
A resposta vem no fim do dia e, caros amigos, adivinhem: ela prefere não atrapalhar meu casamento, minha vida, acha melhor nos encontrar esporadicamente, como “cliente e GP”. Ou seja, basicamente, “terminando” nosso casinho.
A GP teve um momento de lucidez e, de repente, decidiu pensar nas consequências que só eu sofreria. Há quem diga que foi a “luz do espírito santo”, mas acho difícil, porque ela continua na vida.
Discussão virtual pelo whatsapp, lavagem de roupas sujas, alguns xingamentos, contas bloqueadas no whatsapp e redes sociais.
E cá estamos...
O Resultado|
Golpe #1 – R$ 72.000
Golpe #2 – R$ 13.500
Golpe #3 – R$ 9.500
Golpe #4 – R$ 19.000
Total do Namoro Fantasia com GP: R$ 114.000 e uns trocados (flores, cabeleireiros, unhas, sobrancelhas, massagens, lingeries, roupas, maquiagens, jantares, algumas viagens curtas para Rio, Campos, Monte Verde etc..)
O que eu apendi com isso?
A lição mais clara de todas é que eu sou um otário mesmo. Mas existem mais coisas a serem aprendidas aqui e, talvez, a mais importante para mim é que eu me apaixono pelo “ideal da mulher perfeita”, eu me apaixono pela ideia que eu faço da pessoa, me apaixono pela sensação de poder que eu tinha ao chegar com ela em um restaurante, em um hotel, ao passear com ela e todas as cabeças se virarem para olhar. A menina é um furacão de beleza, mas acreditem, acaba aí.
O poder é dela, mas eu me embriaguei em tomar emprestado por algum tempo. E fiz papel de otário.
Frequentemente, me pego pensando nela. Mesmo depois de tudo isso. Ainda me pergunto como ela está, ainda tenho vontade de “pegar aquele poder todo emprestado” de novo.
Meu terapeuta que me aguente agora...
De novo, sei que pode parecer fantasia – os números são bizarros, eu sei, olhando de fora são inverossímeis – mas é tudo verdade. Meu melhor amigo me acompanhou durante a jornada, tentou de todas as formas me segurar, me proibir, foi um puta amigo mesmo. Mas eu estava cego!
Ainda não superei, ainda não consigo “dar risada”, mas já tá mais fácil de conviver com essa cagada.
Pode dar risada.
Pode zuar.
Só não pode cometer a mesma cagada.
Um abração a todos,
OldRed
Se não fosse um sonegador de mão cheia ia deixar rolar a fanfic
DK
Moderação 
