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Receita e PF fazem operação contra importação ilegal de artigos de luxo em São Paulo
Publicada em 14/07/2009 às 18h08m
O Globo
SÃO PAULO - A Receita Federal, em conjunto com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, realizou nesta terça-feira a Operação Porto Europa, em São Paulo, durante a qual apreendeu documentos para investigar um suposto esquema fraudulento de importação de artigos de luxo, criado para beneficiar a loja de decoração e perfumaria da empresária Tania Bulhões Grendene Bertelle. A suspeita é de crimes de descaminho (importação de produtos legais sem pagar tributos) e lavagem de dinheiro.
Os policiais que participam da operação estiveram na Tania Bulhões Home, loja que funciona em um casarão nos Jardins, em São Paulo, vende mais de 18 mil artigos de luxo e é frequentada pela elite paulistana. No cofre do escritório principal da empresa, foram encontrados cerca de R$ 2,2 milhões: R$ 537 mil em dinheiro e R$ 1,67 milhão em cheques.
Tania Bulhões atua no ramo de artigos de luxo há vinte anos e entre seus produtos estão pratarias, louças, móveis e objetos de decoração, muitos deles desenhados pela própria empresária. Ela é casada com o empresário Pedro Grendene, um dos donos do grupo Grendene. A empresária é mineira de Uberaba, onde um jornal local, no fim do ano passado, anunciava que este ano ela expandiria seus negócios com "a parceria de um fundo de investimento europeu".
De acordo com a Receita Federal, dentro da Operação Porto Europa, foram cumpridos nesta terça-feira sete mandados de busca e apreensão na cidade de São Paulo, em dois escritórios de contabilidade, duas residências e três lojas, no Jardim Europa. Foram apreendidos três servidores (computadores de grande porte), seis HDs, notebooks e pen-drives. Segundo balanço divulgado no final da tarde pela PF, também foram apreendidos aproximadamente R$ 600.000,00 em dinheiro, além de R$ 1.500.000,00 e um automóvel da marca Mercedes Benz, F500 blindado, no valor de aproximadamente R$ 500.000,00.
Os mandados de busca e apreensão ocorreram nas duas empresas de Tania Bulhoes, a "Home", cujo verdadeiro nome é Noventa e Nove Comércio de Móveis e Objetos de Decoração, e a TB Comércio de Perfumes, aberta há dois anos e com um capital social, segundo a Junta Comercial, de R$ 3,35 milhões. Também foram feitas buscas e apreensões em dois endereços residenciais da empresária, em escritórios de contadores e em um depósito de mercadorias, em Santo Amaro. Não foram feitas prisões.
Nas residências, a Polícia Federal achou ações ao portador, que indicariam propriedades no exterior, mais especificamente no paraíso fiscal de Ilhas Virgens. Suspeita-se de que essas operações poderiam ser usadas para evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
O esquema consistia em substituir, nos documentos de importação, os reais importador e fornecedores, respectivamente, por tradings brasileiras e por empresas exportadoras interpostas ("de fachada"), sediadas em Miami. Dessa forma, o grupo conseguia ocultar da Receita Federal tanto os reais beneficiários (adquirentes) quanto os verdadeiros valores da operação.
De acordo com informações da Receita, havia duas exportadoras interpostas sediadas no mesmo endereço em Miami. Enquanto a primeira simulava uma aquisição dos reais fornecedores, majoritariamente sediados na Europa, a segunda se encarregava de remeter as mesmas mercadorias ao Brasil com valores correspondentes, em média, a 30% dos valores originais. As faturas comerciais falsas eram apresentadas aos servidores da Receita Federal nos trâmites de importação.
O caso deverá ser remetido à 6ª Vara, do juiz Fausto Martins de Sanctis. A assessoria de imprensa da empresária informou que os advogados ainda não tinham sido acionados.
De acordo com a PF, 40 policiais federais participaram da operação, que teve início com documentos apreendidos na Operação Dilúvio, em 16 de agosto de 1006, que investigou esquema de fraudes no comércio exterior, além de outros crimes.
http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=14165
Por que o Serra não mandou o Rapa à Tânia Bulhões?
15/julho/2009 17:55
Essa pergunta é de uma amiga navegante do Conversa Afiada.
Ela já viu na televisão, várias vezes, a ação implacável e violenta da polícia do poste do Zé Pedágio, Geraldo Kassab, contra os ambulantes – na maioria nordestinos – na rua 25 de Março.
Como gosta de dizer a Folha (*), “supostamente” os ambulantes nordestinos vendem mercadoria contrabandeada.
Não é o material da Tânia Bulhões nem da Daslu.
É coisa de procedência mais próxima.
Mesmo assim, pergunta a amiga navegante, por que o Rapa do Serra não foi à Tânia Bulhões.
Paulo Henrique Amorim
Em tempo: o Conversa Afiada sabe que o Rapa é da alçada municipal. Mas, como se sabe, quem manda no município, no estado, na ONU e no mundo é o Zé Pedágio.
(*) Folha é aquele jornal da “ditabranda”, do câncer do Fidel, da ficha falsa da Dilma, de Aécio vice de Serra, e que nos anos militares emprestava os carros de reportagem aos torturadores.