Tricampeão escreveu: ↑16 Jun 2019, 19:20
Não se trata de estigmatizar, mas apenas de encarar a realidade. Os brancos de classe média são minoria no Brasil, portanto não podem propor nenhuma mudança radical na estrutura da sociedade. Os negros, sim, têm número pra isso.
As brancas de classe média, assim, são obrigadas a focar em temas como estupro, que elas imaginam que vão mobilizar um grande número de pobres e não ameaçam seus privilégios, como acontece, por exemplo, com cotas raciais e regulamentação da profissão de empregada doméstica.
As negras, apesar de serem as maiores vítimas da violência sexual, estão mais preocupadas com mudanças concretas que vão melhorar sua situação econômica.
Trata-se sim. Foi comum na trajetória comunista usar-se de rótulos para criar inimigos. E subjacente às asserções que descrevem a realidade, para a esquerda, prevalece a lógica do encantamento, pois antes de tudo ela é um movimento religioso, disfarçado de ideologia racional. O teu texto é isto, e repercute nada mais que o comportamento estereotipado de espécimes de esquerdista que encaram a sociedade em milhões de grupos vitimológicos, e isto por sua vez, se relaciona ao interesse, necessidade de atualizar aquele discurso de exclusão. O discurso para os mais amenos implica em capturar as estruturas do estado para monopolizar privilégios estatais; já outros revolucionários de porão, são mais ousados, ambicionam a "
mudança radical da estrutura da sociedade", seja lá que estrovenga for isso na mentalidade obtusa de um esquerdopata.
Aqui a divisão é o comum já ouvida/lida muitas vezes, brancos de classe média e negros. Os brancos de classe média, então, não representariam a mudança real - seriam o quê nos rótulos esquerdistas, um esquerdista imaturo, um desviacionista, um fascista (já que brancos de classe média são comumente estigmatizados como fascistas)? Na necessidade de subdividir a humanidade em milhões de segmentos, às vezes surgem situações cômicas promovida por grupos ligados às pautas de libertinagem cultural, como a criação da sigla "LGBTQQICAPF2K +'"
. Não vou dizer o que cada letra significa, mas a última (K) significa
kink (fetichista), e os LGBTs não gostam de incluir os
kinks, pois não acreditam que eles são excluídos morais o suficiente. Observe-se é a mesma preocupação da mentalidade de porão revolucionária com os brancos(as) de classe média.
Veja-se, não se trata de não reconhecer determinados problemas concretos na sociedade, ligado a discriminações, se trata de se opor ao tribalismo de grupos de interesse, à opressão do politicamente correto, ou mesmo ao intervencionismo excessivo de burocratas do estado nesse fetihce da igualdade material.
O texto acima está desconectado da realidade, pois usa a justificativa da violência contra as mulheres negras para promover outros interesses, que pertence especificamente a determinados grupos ideológicos, não a população geral (e isso é típico desses coletivismos revolucionários); e está desconectado quando afirma que os negros são a maioria. Não são, a maioria, no Brasil, é brancos e pardos. A não ser que se considere pardos, por ter sangue negro, também negros. Um oitavão seria um negro?
Em realidade se olhar a descendência longínqua, até branco caucasiano pode ter sangue negro, apenas para dizer que estabelecer critérios científicos nesse campo é uma névoa, especialmente quando há a influência ideológica na ciência.