Sob o aspecto político, esse texto inova ao abordar o tema da prostituição, algo raro na nossa sociedade. Porém o texto avança pouco naquilo que considero adequado para a prostituição.
O ideal é buscar a legalização da prostituição, com a legalização, para nós putanheiros, teríamos locais mais aparelhados e com o oferecimento de diversas comodidades, como sauna, massagem, jogos, etc.; os preços também tenderiam a ficar mais baixos, já que desapareceria o dinheiro pago para a corrupção (é ilegal, mas é tolerado, portanto gera a caixinha para não ser autuado). Um bordel na Alemanha, onde é legal, recentemente fez uma promoção de 24 horas, trepe quanto quiser e pague apenas ao redor de 80 dólares. E os salários lá são bem melhores que os nossos.
Para as putas, acabaria com o tráfico de pessoas; da puta ser contratada para trabalhar na Espanha e ao chegar lá descobrir que é devedora de uns 3.000 euros, quantia devida ao atravessador que a contratou. Poderiam também optar pela previdência social, além dos direitos trabalhistas.
Já para a sociedade, iria acabando com a dupla moral existente em nosso meio, isso das pessoas serem publicamente contra a prostituição, mas furtivamente comparecerem aqui no GPGuia para escolherem com quem trepar. Essa dupla moral é estimulada pela visão religiosa do mundo, uma visão falsa e que contraria princípios biológicos do homem e que, portanto, não pode perdurar.
O único político que defendeu a legalização da prostituição até agora foi o Gabeira, do Partido Verde; Roberto Freire, do PPS, foi o único candidato a presidente que defendeu, em 1989, o direito a livre opção sexual, um tema que é análogo. O primeiro candidato político declaradamente homossexual também foi do PPS, para vereador em 2006 em São Paulo, mas não se elegeu. O preconceito com as questões sexuais ainda é muito forte em nossa sociedade, por força da pregação religiosa, que é falsa.
Na Alemanha foram os Verdes e os Social-democratas que fizeram a lei da legalização:
A prostituição na Alemanha será, a partir do próximo ano, uma profissão protegida por lei.
Foi isso mesmo que o Parlamento Federal Alemão deliberou, embora com um voto contra dos democrata-cristãos, os quais insistem em que a venda do próprio corpo é moralmente reprovável.
Seja como for, a partir de 1 de Janeiro de 2002, tudo mudará: as 400.000 pessoas que exercem a prostituição na Alemanha terão acesso à Segurança Social.
Calcula-se que entre um milhão e dois milhões de pessoas, na sua maioria homens, recorrem, na qualidade de clientes, a serviços de prostituição. Logo, segundo a social-democrata alemã Christine Bergmann, ministra federal da Família e Juventude, as mulheres que prestam esses serviços não podem ser consideradas párias. "Temos de acabar com a dupla moral" afirmou Bergmann que celebrou a decisão na companhia de grupo de prostitutas, encabeçado por Felicitas Weigberg, a mais famosa de Berlim.
In Visão - 25 a 30 de Outubro de 2001
http://www.aidsportugal.com/article.php?sid=875