MST - Movimento dos sem terra

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Re: MST - Movimento dos sem terra

#856 Mensagem por Carnage » 07 Jul 2011, 22:50

http://blogdosakamoto.uol.com.br/2011/0 ... articular/
O Brasil e a sua guerra particular
por Leonardo Sakamoto


O Ibama apreendeu quatro toneladas de agrotóxicos, entre eles desfolhante 2.4D, que seria utilizado na substituição de 3 mil hectares de floresta por pastagem no Sul do Amazonas. Cerca de 250 ha já haviam ido para o beleléu.

O 2.4D, que é usado na agricultura, é um dos componentes do agente laranja, despejado no Vietnã para revelar inimigos do Tio Sam que se escondiam na mata.

Comentei com um colega antropólogo que, seguindo essa toada, em breve, o pessoal ia começar a usar napalm para limpar fazendas de indígenas indesejáveis.

No que ele me lembrou que isso já aconteceu. Durante a construção da BR-174, que cortou o território Waimiri Atroari, entre Roraima e o Amazonas, o exército brasileiro controlado pela Gloriosa quase levou à extinção o povo kinja na década de 70. Há relatos de bombas lançadas por aeronaves na população.

Outros relatos apontam o massacre de indígenas no Mato Grosso na década de 60, quando fazendeiros, com o apoio de representantes do Estado, teriam lançados objetos contaminados com doenças, como sarampo, nas aldeias indígenas.

Reestabelecida a democracia, casos assim continuaram. Há denúncias de que pecuaristas, temendo que suas terras viessem a ser devolvidas aos indígenas isolados que nelas viviam no Sul de Rondônia, mandaram dar açúcar de presente à tribo. O que não avisou a eles é que o açúcar tinha sido temperado com veneno de rato.

E olha que não falamos de trabalhadores rurais, como nas bombas jogadas durante a repressão violenta à greve dos cortadores de cana em Guariba (SP) na década de 80 ou nas chacinas e massacres, como Eldorados dos Carajás (PA).

Em suma, quando dizemos que uma guerra tem sido travada no campo no Brasil, tem gente que duvida. O pior é que ela não foi ou é apenas convencional, mas também química e biológica.

Não dava para ter aplicado a Convenção de Genebra por aqui, não?

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Re: MST - Movimento dos sem terra

#857 Mensagem por Roy Kalifa » 23 Ago 2011, 15:28

MST volta a invadir a Cutrale, na fazenda Santo Henrique, uma das maiores produtoras de suco de laranja do mundo.
A mesma propriedade já havia sido invadida em 2009, onde houve atos de vandalismo praticados por "sem terra".
O objetivo desta vez parece ser simplesmente pressionar o governo.

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Re: MST - Movimento dos sem terra

#858 Mensagem por Carnage » 25 Ago 2011, 22:11

http://www.viomundo.com.br/denuncias/al ... midia.html
Grileiro da Cutrale e laranjas da mídia
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Por Altamiro Borges, em seu blog


A mídia ruralista voltou a babar seu ódio contra o MST, que ontem ocupou novamente as terras griladas pela empresa Cutrale em Iaras, no interior de São Paulo. Na TV, âncoras e comentaristas criticaram a “invasão” e repetiram as cenas da destruição dos pés de laranja… em setembro de 2009. Apesar do Incra reafirmar que a área pertence a União, a mídia insiste em satanizar os sem-terra.

A ocupação da Cutrale faz parte da jornada de luta pela reforma agrária – que inclui um acampamento de 4 mil pessoas em Brasília e várias ações nos estados. A mídia nada fala das reivindicações do MST ou da absurda concentração fundiária no país. Prefere defender a “vítima” Cutrale – neste sentido, a ocupação serviu para noticiar, mesmo que de forma pejorativa, a luta pela reforma agrária.

A omissão criminosa

Nos momentos de confronto, a mídia hegemônica sempre toma partido. Ela fica ao lado dos poderosos, neste caso os barões do agronegócio, contra os trabalhadores. Ela até chega a ocultar denúncias que fez em períodos de maior calmaria. O caso da Cutrale é emblemático. As redações da imprensa conhecem bem as irregularidades desta empresa, mas preferem o silêncio criminoso.

Em maio de 2003, por exemplo, a revista Veja – talvez em mais uma ação mercenária – fez uma longa reportagem sobre a Cutrale. Ela revelou que a empresa é uma das mais ricas do mundo e que construiu o seu império de maneira predatória e ilegal. “O brasileiro José Luís Cutrale e sua família detêm 30% do mercado global de suco de laranja, quase a mesma participação da Opep no petróleo”.

Exploração, sonegação e remessa ilegal

Ainda segundo a revista, “o principal segredo do negócio consiste em adquirir a fruta a preço baixo – a preço de banana, brincam os fornecedores –, esmagá-lo pelo menor custo possível e vender o suco a um valor elevado”. Em 2001, o governo FHC chegou a investigar a altíssima lucratividade da Cutrale (nos anos 1980, ela teve taxas de retorno na ordem de 70%, um fenômeno raro).

“Uma autoridade da Receita Federal relatou a Veja que a estratégica para elevar a lucratividade do grupo passa por contabilizar parte dos resultados por intermédio de uma empresa sediada no paraíso fiscal das Ilhas Cayman. Com isso, informa a autoridade da Receita, a Cutrale conseguiria pagar menos impostos no Brasil”.

“Agressividade gerencial”

Em síntese, a revista Veja criticou a “agressividade gerencial da família Cutrale”, que já virou “uma lenda no interior paulista. Os plantadores de laranja no Brasil têm poucas opções para escoar a produção. Há apenas cinco grandes compradores da fruta e Cutrale é o maior deles. Por essa razão, acabam mantendo com o rei da laranja uma relação que mistura temor e dependência”.

“Por um lado, eles precisam que ele compre a produção. Por outro, assustam-se com alguns métodos adotados pela Cutrale para convencê-los a negociar as laranjas por um preço mais baixo”. Vários produtores relataram à revista a brutal pressão para baixar preços ou mesmo para adquirir suas fazendas, inclusive com sobrevôos ameaçadores de helicóptero e outros métodos terroristas.

Uma coleção de processos na Justiça

A bombástica reportagem simplesmente foi arquivada, assim como também foram esquecidos os inúmeros processos na Justiça contra a Cutrale por desrespeito aos direitos trabalhistas, crimes ambientais e pressão contra os lavradores. Somente de 1994 a 2003, a empresa foi alvo de cinco ações no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) por formação de cartel.

Para criminalizar a jornada nacional de luta pela reforma agrária, a mídia omite os crimes da Cutrale. A empresa vira uma santa; o MST é o demônio. A mídia “privada” sequer esclarece que as terras em Iaras não pertencem legalmente à Cutrale. Elas compõem o lote do Núcleo Monções, que possui cerca de 30 mil hectares pertencentes à União. Ou seja, elas foram griladas – roubadas!

Laranjas ou vendidos da mídia

Em 2007, a Justiça Federal cedeu a totalidade do imóvel ao Incra. Mas a empresa permanece na área com base em ações judiciais protelatórias. Desde que grilou as terras e passou a monopolizar a produção, milhares de pequenos e médios agricultores foram à falência e 280 mil hectares de pés de laranja foram destruídos. Mas a mídia só repete as cenas do trator em setembro de 2009.

Diante da riquíssima família Cutrale, com uma fortuna avaliada em US$ 5 bilhões, os colunistas da mídia são realmente laranjas! Já alguns pegam “carona” e se vendem!

*****

NOTA DO INCRA A RESPEITO DA ÁREA EM LITÍGIO:
Terras públicas do Núcleo Colonial Monção serão transferidas ao Incra/SP

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária em São Paulo (Incra/SP) receberá em definitivo a transferência do domínio das terras públicas remanescentes do Núcleo Colonial Monção, localizadas em Iaras/SP.

A solução conciliada foi construída no âmbito da Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal da Advocacia Geral da União (CCAF/AGU) e definida em reunião no último dia 19 de abril.

A Secretaria de Patrimônio da União (SPU) concordou em firmar os termos para a transferência e com estas providências não haverá mais dúvidas sobre a legitimidade do Incra na adoção de medidas judiciais para a retomada destas terras públicas e sua destinação à reforma agrária.

O Núcleo Colonial Monção foi criado a partir de 1909/1910 com aquisição de vários imóveis rurais na região pelo Governo Federal, no intuito de realizar projetos de colonização com imigrantes.

Na época, foram reunidos 40 mil hectares por meio de compra de propriedades particulares e pelo recebimento de dívidas fiscais, abrangendo parte dos municípios de Agudos, Lençóis Paulistas, Borebi, Iaras e Águas de Santa Bárbara.

É grande o potencial dessas áreas para o desenvolvimento socioeconômico, pois concentrar assentamentos rurais em uma mesma microrregião permite ao poder público um enfoque no desenvolvimento territorial sustentável.

A recuperação deste patrimônio público traz a perspectiva de construir uma grande área reformada no centro do Estado de São Paulo, que facilitará a integração produtiva dos trabalhadores assentados e sua articulação com os mercados locais.

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Re: MST - Movimento dos sem terra

#859 Mensagem por PAULOSTORY » 25 Ago 2011, 22:34

INVADIR UMA PROPRIEDADE É CRIME!!
MST INVADIR UMA PROPRIEDADE PRODUTIVA E CAUSAR DESTRUIÇÃO DA LAVOURA, É NO MÍNIMO INCLASSIFICÁVEL ( E CRIME)!!
EXISTEM LEIS NO PAÍS, E AS AÇÕES CITADAS ACIMA SÃO CRIMES!!
SE A CUTRALE NÃO TEM O DIREITO A POSSE DA TERRA, ISSO DEVE SER RESOLVIDO EXCLUSIVAMENTE PELO PODER JUDICIÁRIO, QUE TEM A PRERROGATIVA PARA ISSO!!
NÃO É O MST, QUE VAI JULGAR E DAR O VEREDITO SOBRE A POSSE DA TERRA !!
ENGRAÇAD QUE NINGUÉM ANALISA O QUANTO REPRESENTA PARA OS TRABALHADORES DA CUTRALE, QUANTO REPRESENTA EM DIVISAS PARA O BRASIL E ETC...
SE PROCURAREM, VERÃO O TAMANHO DAS DÍVIDAS DOS ASSENTADOS, E O NÍVEL DE PRODUÇÃO DOS MESMOS!!

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Re: MST - Movimento dos sem terra

#860 Mensagem por Roy Kalifa » 26 Ago 2011, 10:11

PAULOSTORY escreveu:INVADIR UMA PROPRIEDADE É CRIME!!
MST INVADIR UMA PROPRIEDADE PRODUTIVA E CAUSAR DESTRUIÇÃO DA LAVOURA, É NO MÍNIMO INCLASSIFICÁVEL ( E CRIME)!!
EXISTEM LEIS NO PAÍS, E AS AÇÕES CITADAS ACIMA SÃO CRIMES!!
SE A CUTRALE NÃO TEM O DIREITO A POSSE DA TERRA, ISSO DEVE SER RESOLVIDO EXCLUSIVAMENTE PELO PODER JUDICIÁRIO, QUE TEM A PRERROGATIVA PARA ISSO!!
NÃO É O MST, QUE VAI JULGAR E DAR O VEREDITO SOBRE A POSSE DA TERRA !!
ENGRAÇAD QUE NINGUÉM ANALISA O QUANTO REPRESENTA PARA OS TRABALHADORES DA CUTRALE, QUANTO REPRESENTA EM DIVISAS PARA O BRASIL E ETC...
SE PROCURAREM, VERÃO O TAMANHO DAS DÍVIDAS DOS ASSENTADOS, E O NÍVEL DE PRODUÇÃO DOS MESMOS!!
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Na verdade não dá para discutir com o pessoal da esquerda. Eles somente enxergam pela ótica dos "despossuidos", esquecendo que os que deram duro e conseguiram alguma coisa na vida, não tem o menor valor.

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Re: MST - Movimento dos sem terra

#861 Mensagem por Dr. Jalim Rabei » 26 Ago 2011, 11:06

Roy Kalifa escreveu:
PAULOSTORY escreveu:INVADIR UMA PROPRIEDADE É CRIME!!
MST INVADIR UMA PROPRIEDADE PRODUTIVA E CAUSAR DESTRUIÇÃO DA LAVOURA, É NO MÍNIMO INCLASSIFICÁVEL ( E CRIME)!!
EXISTEM LEIS NO PAÍS, E AS AÇÕES CITADAS ACIMA SÃO CRIMES!!
SE A CUTRALE NÃO TEM O DIREITO A POSSE DA TERRA, ISSO DEVE SER RESOLVIDO EXCLUSIVAMENTE PELO PODER JUDICIÁRIO, QUE TEM A PRERROGATIVA PARA ISSO!!
NÃO É O MST, QUE VAI JULGAR E DAR O VEREDITO SOBRE A POSSE DA TERRA !!
ENGRAÇAD QUE NINGUÉM ANALISA O QUANTO REPRESENTA PARA OS TRABALHADORES DA CUTRALE, QUANTO REPRESENTA EM DIVISAS PARA O BRASIL E ETC...
SE PROCURAREM, VERÃO O TAMANHO DAS DÍVIDAS DOS ASSENTADOS, E O NÍVEL DE PRODUÇÃO DOS MESMOS!!
Roy e Paulo,

tentar discutir com o pessoal da esquerda é perda de tempo...

eu não perco mais meu tempo aqui....

prefiro falar das primas e de futebol...

deixo as discussões ideológicas pra outros lugares...

abs
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Na verdade não dá para discutir com o pessoal da esquerda. Eles somente enxergam pela ótica dos "despossuidos", esquecendo que os que deram duro e conseguiram alguma coisa na vida, não tem o menor valor.

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Re: MST - Movimento dos sem terra

#862 Mensagem por Carnage » 10 Set 2011, 15:17

A cara do Agronegócio:

http://www.brasildefato.com.br/content/ ... g.facebook
CNA foge de debate sobre agrotóxicos na TV

Integrante da CNA abandonou gravação de programa da TV Justiça depois de exibição do documentário “O veneno está na mesa”, de Silvio Tendler

06/09/2001

Maria Mello

De Brasília




Um episódio estarrecedor marcado pela falta de respeito à democracia e ao livre debate de ideias provou, mais uma vez, que os ruralistas não têm como defender o indefensável.

Na tarde desta terça-feira (06), um dos representantes da Campanha contra os Agrotóxicos e Pela Vida no Distrito Federal e integrante do SINPAF, Vinícius Freitas, participaria da gravação do programa “Meio ambiente por inteiro”, da TV Justiça, em Brasília, para debater o problema do aumento do uso dos agrotóxicos no Brasil. Além de Freitas, a produção do programa convidou também o integrante da Confederação da Agricultura e Pecuária no Brasil (CNA) José Mário Schereiner para expor a visão da entidade em relação ao tema.

Após serem recebidos pela equipe do programa, os debatedores foram informados da linha de condução das perguntas. No roteiro da entrevistadora, a primeira pergunta seria direcionada ao ruralista e afirmava ser utópica a possibilidade de acabar com o uso de agrotóxicos no país.

No início da gravação, a jornalista apresentou os participantes e chamou o VT de um trecho do documentário “O veneno está na mesa”, recém-lançado pelo cineasta Silvio Tendler e que ganhou repercussão nacional, que serviria como pontapé inicial para o debate.

Antes que a transmissão do trecho do filme terminasse, porém, um dos três assessores de Schereiner que acompanhava a gravação dentro do estúdio correu até a apresentadora e determinou a interrupção do andamento do programa. “Não sabíamos que vocês iriam exibir esse filme, podem parar”, bradou o assistente.

O dirigente ruralista, por sua vez, passou a argumentar de forma agressiva com a equipe de jornalistas que não continuaria com a gravação e que não estava ali “para que seus filhos o vissem como assassino”.

No intuito de garantir o debate, a produção se desculpou e propôs que a exibição do VT fosse excluída, o que de pronto foi negado por Schereiner. O grupo deixou o local alegando “insegurança” para continuar a gravação.

“Lamentamos não ter podido promover um debate saudável sobre um assunto tão importante para a população. Continuamos à disposição do programa e da sociedade brasileira para ouvir e argumentar”, afirma Freitas.

Por fim, o programa não foi gravado, mas a produção do “Meio ambiente por inteiro” afirmou que pretende convidar novamente o SINPAF para debater o tema.

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Re: MST - Movimento dos sem terra

#863 Mensagem por Carnage » 26 Out 2011, 20:30

http://oglobo.globo.com/economia/mat/20 ... 653152.asp
Fazendeiros acusados de trabalho escravo são do Sudeste, com boa formação e ligados a partidos políticos

Publicada em 25/10/2011 às 16h42m
Geralda Doca ([email protected])

Pesquisa da OIT

BRASÍLIA - A pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que pela primeira vez traçou o perfil das vítimas de trabalho escravo no Brasil, mostra quem são os fazendeiros acusados de explorar os trabalhadores nessas condições. Com base na Lista Suja do Ministério do Trabalho, entrevistas com 12 dos 66 contactados pelo organismo permitiram concluir que a maioria deles nasceu no Sudeste, mas mora nas regiões próximas às lavouras (Norte, Nordeste e Centro-Oeste). Eles têm curso superior e declararam como profissões pecuarista, agricultor, veterinário, comerciante, gerente, consultor e parlamentar. São filiados ao PMDB, PSDB e PR.

Por outro lado, revela a pesquisa, 85% dos trabalhadores libertados, além de baixíssima escolaridade (analfabetos e com menos de quatro anos de estudo), nunca fizeram um curso de qualificação. No entanto, 81,2% deles declararam que gostariam de fazer algum curso, principalmente os mais jovens: 95,2% dos que têm menos de 30 anos disseram ter preferência nas áreas de mecânica de automóveis, operação de máquinas, construção civil (pedreiro, encanador, pintor) e computação.

Os aliciadores (conhecidos como gatos) também têm baixa escolaridade, idade média de 45,8 anos, são na maior parte nordestinos e vivem nas regiões Norte e Centro-Oeste.

A pesquisa, chamada "Perfil dos principais atores envolvidos no trabalho escravo rural no Brasil", mostra ainda que Maranhão, Paraíba e Piauí são exportadores desse tipo de mão de obra. Segundo o levantamento, realizado a partir de depoimentos de 121 pessoas libertadas pela fiscalização do governo, entre 2006 e 2007, esses três estados foram as principais origens dos trabalhadores resgatados em Goiás (88%) e Pará (47%). No Mato Grosso e na Bahia, 95% deles eram procedentes da região.

Segundo a OIT, a agropecuária continua sendo o setor de maior concentração de trabalho escravo, sobretudo nas fazendas de cana-de-açúcar e produção de álcool, como é o caso do Pará; plantações de arroz (Mato Grosso); culturas de café, algodão e soja (Bahia); lavoura de tomate e cana (Tocantins e Maranhão).

LEIA MAIS: Teceirizada da Petrobras é condenada por aliciar trabalhadores e mantê-los em condições degradantes

O coordenador do projeto de combate ao trabalho escravo da OIT no Brasil, Luiz Antonio Machado, disse que a pesquisa mostrou que a dinâmica do trabalho escravo no país tem se mantido, tanto nos estados com maior ocorrência, quanto nas atividades econômicas. Ele destacou, porém, que o governo aumentou também a fiscalização nas regiões Sul e Sudeste.

O levantamento também mostrou que as desigualdades de renda e raça se reproduzem entre as vítimas do trabalho escravo: 81% são negros, oriundos das regiões Norte e Nordeste, com renda média de 1,3 salário mínimo. Do universo entrevistado, 18,3% são analfabetos e 45% têm menos de cinco anos de estudo, sendo considerados analfabetos funcionais.

Entre as recomendações para tornar as políticas de combate ao trabalho escravo mais efetivas, a OIT sugere programas de qualificação profissional e elevação da escolaridade dos trabalhadores nas áreas de maior concentração, associados ao benefício do Bolsa Família; criação de empregos nos municípios de origem e residência dos trabalhadores; e realização de programas de reforma agrária, com apoio à agricultura familiar.

Bolsa família não barra trabalho escravo

O estudo da OIT revela ainda que o benefício do Bolsa Família não tem sido suficiente evitar a ocorrência do problema. O levantamento, realizado a partir de depoimento de 121 pessoas, revela que em 67% das famílias de trabalhadores libertados, existem crianças e adolescentes, sendo que 28% delas são beneficiárias do programa.

O levantamento concluiu também que quase 60% dos trabalhadores resgatados são reincidentes e que a fiscalização do governo conseguiu libertar apenas 12,6% deles - o que revela a pouca efetividade das políticas de combate ao trabalho escravo no Brasil.

Segundo Luiz Antonio Machado, coordenador do projeto da OIT de combate ao trabalho escravo no país, o Bolsa Família ajuda a reduzir a vulnerabilidade dos trabalhadores porque melhora a alimentação das famílias, mas por si só, não evita que os chefes dessas famílias se submetam a condições degradantes de trabalho, com cerceamento de liberdade.

- O Bolsa Família é insuficiente para impedir que os trabalhadores sejam vítimas de trabalho escravo - disse Machado, defendendo que o governo desenvolva outros programas associados, como criar empregos nas localidades onde residem esses trabalhadores, ofertando cursos de qualificação.

Segundo Machado, o alto índice de recorrência se deve à falta de alternativas, sobrando nas áreas rurais apenas a "empreitada". Ele disse que além da equipe de fiscalização não conseguir cobrir todo o país, é preciso que haja maior conscientização. Na maioria das vezes, o trabalhador não denuncia. Em alguns casos, eles conseguem fugir ou, depois que a empreitada acaba, são liberados sem receber pelo serviço.

A pesquisa revelou também problemas no combate ao trabalho infantil: 92,6% dos entrevistados começaram a trabalhar antes dos 16 anos de idade, em média aos 11,4 anos. Os trabalhadores foram ouvidos entre outubro de 2006 e julho de 2007. Eles foram libertados de fazendas no Pará, Bahia, Mato Grosso e Goiás.

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socialismo, segundo Margareth Thatcher

#864 Mensagem por Dr. Jalim Rabei » 27 Out 2011, 10:57

A frase do seculo - socialismo, segundo Margareth Thatcher

" O socialismo dura até terminar o dinheiro dos outros. "


Está mulher é realmente sábia......

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Re: MST - Movimento dos sem terra

#865 Mensagem por Carnage » 06 Nov 2011, 17:47

http://colunistas.yahoo.net/posts/14115.html
A grilagem recorde
Por Lúcio Flávio Pinto . 03.11.11 - 07h59

A maior propriedade rural do mundo deixou de existir legalmente na semana passada. O juiz Hugo Gama Filho, da 9ª vara da justiça federal de Belém, mandou cancelar o registro imobiliário da Fazenda Curuá, que consta dos assentamentos do cartório de Altamira, no Pará. O imóvel foi inscrito nos livros de propriedade como tendo nada menos do que 4,7 milhões de hectares.

Seu suposto proprietário podia se considerar dono da 23ª maior unidade federativa do Brasil, com tamanho superior ao dos Estados do Rio de Janeiro, Alagoas, Sergipe e do Distrito Federal. Suas pretensões poderiam ainda exceder essas dimensões. Através de outros imóveis, pretendia alcançar uma área de 7 milhões de hectares, duas vezes e meia o tamanho da Bélgica, país onde vivem mais de 10 milhões de habitantes.

Como uma pessoa – física ou jurídica – consegue se apresentar como detentor de uma área dessas proporções e se manter nessa condição por tanto tempo, como aconteceu no caso da Fazenda Curuá?

Responder a esta pergunta de maneira satisfatória e eficaz pode contribuir para fortalecer o primado da lei nos “grotões” do país, as distantes e geralmente abandonadas fronteiras nacionais. De forma inversa, manter tal anomalia significa perpetuar o domínio da violência e do respeito às regras da vida coletiva e ao superior interesse público.

Em primeiro lugar porque o Estatuto da Terra, editado pelo primeiro governo militar pós-1964, o do marechal Castelo Branco, continua em vigor. Esse código agrário sobreviveu à Constituição de 1988 e se revelou superior em confronto com as regras da Carta Magna. O estatuto, com seu propósito de modernizar o campo brasileiro (mesmo que de forma autoritária, à semelhança do que fez o general MacArthur com o Japão ainda semi-feudal, derrotado pelos americanos na Segunda Guerra Mundial), proíbe a constituição de propriedade rural com área acima de 72 mil hectares (ou 600 vezes o maior módulo rural, o destinado ao reflorestamento, com 120 hectares).

A Fazenda Curuá foi registrada com quase 60 vezes o limite legal. Por que o cartorário legalizou a matrícula do imóvel com sua fé pública, ele que é serventuário de justiça, sujeito à polêmica (e questionada pelo Conselho Nacional de Justiça da ministra Eliana Calmon) Corregedoria de Justiça do Estado?

A apropriação ilegal de terras públicas, fenômeno a que se dá a qualificação de grilagem, é simples, embora de aparência complexa para o não iniciado nos seus meandros. Ainda mais porque lendas são criadas em torno da artimanha dos espertos e passam a ser apresentadas como verdade.
Muita gente acredita que a expressão grilagem se deve à prática dos fraudadores de colocar papéis para envelhecer artificialmente em gavetas com grilos.

A verdade é menos engenhosa. A origem é romana e diz respeito ao fato de que a terra usurpada serve para a especulação imobiliária e a formação de latifúndios improdutivos. Tanta terra não cultivada acaba servindo de pasto para grilos. Uma maneira de estigmatizar o roubo de terras públicas de forma popularizada.

O espantoso, no caso da Fazenda Curuá, é que o golpe tenha se mantido por tantos anos. A ação de cancelamento foi proposta em 1996 pelo Instituto de Terras do Pará. Apesar de ter provado que nenhum título de propriedade havia na origem do imóvel, a justiça estadual manteve o registro incólume, decidindo sempre contra o órgão público. Até que o Ministério Público Federal e outros órgãos da União conseguiram desaforar o processo para a justiça federal, que, afinal, reconheceu a ilegalidade da propriedade e cancelou o registro.

Essa tramitação acidentada e pedregosa seria evitado se a justiça do Pará tivesse realmente examinado as provas dos autos. Neles está demonstrado que o uso das terras no rico vale do Xingu, onde está sendo construída a hidrelétrica de Belo Monte e agem com sofreguidão madeireiros e fazendeiros, começou em 1924.

Moradores da região foram autorizados a explorar seringueiras e castanheiras localizadas em terras públicas, através de concessões com tempo determinado de vigência e para fim específico. Exaurida a atividade extrativa vegetal, a área deixou de ter uso, mas algumas pessoas decidiram inscrevê-la em seu nome. Como os cartórios não se preocupavam com o rigor da iniciativa, até mesmo dívidas em jogo deram causa à transmissão da inexistente propriedade de um detentor para outro, formando cadeias sucessórias.

A lesão ao patrimônio público por causa dessas práticas ilícitas permaneceu latente até que uma das maiores empreiteiras do país colocou os olhos nesse mundo de águas, florestas, solos e animais. A C. R. Almeida, criada no Paraná por um polêmico engenheiro, Cecílio do Rego Almeida, que nasceu no próprio Pará, comprou uma firma de Altamira por preço vil (sem sequer pagá-lo por inteiro).

No ativo da firma estavam as terras cobiçadas. Não conseguindo regularizá-las pela via legal, por ser impossível, o empreiteiro decidiu se apossar da área à base do fato consumado e passando por cima de quem se colocasse no seu caminho. Montou uma pequena base no local, contratou seguranças, seduziu os índios vizinhos e fez uso da máquina pública que se amoldou à sua vontade. Os que resistiram à grilagem foram levados às barras dos tribunais, que sempre decidiram em favor do grileiro.

Os magistrados da justiça estadual não se sensibilizaram sequer pela publicação do Livro Branco da Grilagem, editado pelo Ministério da Reforma e do Desenvolvimento Agrário, que não deixava dúvida sobre a fraude praticada. Nem pelos resultados das comissões parlamentares de inquérito instauradas em Belém e em Brasília. Ou pelas seguidas manifestações de todas as instâncias do poder público, estadual e federal. Enquanto exerceu sua jurisdição sobre o caso, a justiça do Pará ficou ao lado do grileiro e de seus herdeiros, quando ele morreu, em 2008.

Foi preciso que o processo chegasse à justiça federal para, finalmente, 15 anos depois da propositura da ação pelo Iterpa, secundado por outros agentes públicos, a situação se invertesse. Não é ainda uma decisão definitiva. Os herdeiros da C. R. Almeida deverão recorrer. Mas já sem o registro cartorial que lhes permitia manipular terras como se fossem os donos do 22º maior Estado brasileiro.

Quem sabe, a partir de agora, a intensa grilagem, um dos males que assola a Amazônia, não possa refluir?

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Dr. Jalim Rabei
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Re: MST - Movimento dos sem terra

#866 Mensagem por Dr. Jalim Rabei » 07 Nov 2011, 10:13

não sei se o clima é favorável...mas tá bom pra plantar eucalipto nesta fazenda Curuá..... :roll:

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Re: MST - Movimento dos sem terra

#867 Mensagem por Carnage » 21 Jan 2012, 18:24

Reforma agrária: saldo do Incra embaraça Dilma; para MST, foi pior
Balanço oficial do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária mostra inoperância do primeiro ano do governo Dilma na comparação com Lula. Menos assentamentos e famílias beneficiadas, poucas e tardias desapropriações. MST, que aponta 180 mil famílias acampadas à espera do prometido plano de reforma agrária, contesta dados e diz que situação foi ainda pior.

http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=19408

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Re: MST - Movimento dos sem terra

#868 Mensagem por Carnage » 01 Mai 2013, 20:54

MST recebe prêmio em Guernica pela luta da Reforma Agrária
http://www.mst.org.br/MST-recebe-premio ... ma-Agraria

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Re: MST - Movimento dos sem terra

#869 Mensagem por Mistar Gaga » 01 Mai 2013, 21:22

Carnage escreveu:Reforma agrária: saldo do Incra embaraça Dilma; para MST, foi pior
Balanço oficial do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária mostra inoperância do primeiro ano do governo Dilma na comparação com Lula. Menos assentamentos e famílias beneficiadas, poucas e tardias desapropriações. MST, que aponta 180 mil famílias acampadas à espera do prometido plano de reforma agrária, contesta dados e diz que situação foi ainda pior.

http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=19408
Se o MST anda desassistido pela Dilma em compensação espetáculos da Broadway...
Em março, a T4F estreia “O Rei Leão” no Teatro Renault. Trata-se do musical mais rentável da história do teatro americano — US$ 853,8 milhões computados desde a estreia, em 1997. Mesmo com todo o seu potencial de retorno, devido a esses superlativos internacionais e a atrativos nacionais — Gilberto Gil assina a versão das canções originais —, a produção chega ao Brasil com grande parte de seus recursos garantida através de dinheiro público — a T4F não divulga o total, mas já recebeu aprovação para captar até R$ 11,7 milhões via Rouanet.

http://oglobo.globo.com/cultura/concent ... al-7279771


Endereço do teatro no qual o grandioso espetáculo está sendo encenado:

Teatro Abril – End.: Av. Brigadeiro Luís Antônio, 411 – Bela Vista.


O teatro Abril é do grupo Abril, aquele da revista Veja. Hoje o teatro mudou de nome e se chama teatro Renault mas poderia muito bem chamar-se Rouanet.

E mesmo assim a Dilma tem medo da Marina SIlva...

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Re: MST - Movimento dos sem terra

#870 Mensagem por Dr. Jalim Rabei » 02 Mai 2013, 10:39

melhor investir em cultura do que em invasão de propriedades.... 8)

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