A legalização da prostituição

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#91 Mensagem por florestal » 03 Nov 2011, 00:03

A Gabriela Leite participou do programa da Marília Gabriela e eu não assisti, porquê não sabia. Ela defende a legalização da prostituição e é uma pessoa afirmativa. Conforme disse, li o livro dela e gostei muito, recomendo aqui para todos e principalmente para todas.

[ external image ]
Rio - Gabriela Leite, 60 anos, ex-prostituta (que inspirou o espetáculo ‘Filha, Mãe, Avó e Puta’), é a convidada do ‘De Frente com Gabi’, hoje, às 0h15, no SBT. Sobre a profissão mais antiga no mundo, diz: “Prostitutas sempre vão existir. Não acredito que não haja outras escolhas.”

Ela também não economiza críticas ao filme ‘Bruna Surfistinha’, que conta a história da ex-prostituta Rachel Pacheco: “Achei o filme estranho. Uma história cheia de dedos para não influenciar. A Bruna tem mágoas e sente por ter sido prostituta.”

Dona da grife Daspu (de roupas para garotas desinibidas) e presidente da ONG Da Vida, ela garante não se arrepende de suas escolhas: “Se eu tivesse que começar de novo, faria tudo igual.”
http://odia.ig.com.br/portal/diversaoet ... 03543.html

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florestal
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Hetaira

#92 Mensagem por florestal » 03 Nov 2011, 01:19

O blog da PaulaVIP é um blog muito interessante de uma mulher que pratica o sexo pago em Barcelona, Espanha. Sempre traz boas novidades sobre a prostituição. Vale muito a pena ler.

Esta notícia abaixo, copiada pelo blog de El País, é uma pesquisa, feita por uma universidade espanhola, sobre quem é o homem que frequenta a prostituição. É interessante que coincide com o que me disse uma GP da Clínica que frequento aqui em São Paulo, ela me disse que a maioria dos homens que iam na Clínica eram casados, na faixa dos trinta anos.

Misoginia é o ódio ou desprezo ao sexo feminino.

A tradução foi feita pelo Google e eu estou meio sem tempo de corrigi-la, mas dá pra ler.
A maioria dos homens que procuram bordel tem ao redor de 35 anos e é casado.

Uma investigação da Universidade de Vigo encontra insatisfação generalizada e um alto grau de misoginia entre os praticantes de sexo pago na Galiza


A pesquisa de clientes da prostituição realizada pelo Centro de Pesquisas Sociológicas, em 2009, fez o mais ambicioso até à data na Espanha, revelou que 32,1% dos homens recorrem à prostituição , 15% com regularidade. Inquéritos sucessivos realizados pelo Departamento de Estudos Feministas da Universidade de Vigo, obtiveram resultados diferentes, dependendo do número de respondentes. Em um grupo de discussão onde os homens foram chamados aleatoriamente, um em cada quatro era um cliente da prostituição . Em outras entrevistas com 214 homens ligados a vários setores industriais de Vigo e Santiago, descobriu-se que 45,3% relataram ter usado o sexo para pagar para, nesta ordem, razões fisiológicas, social, lazer ou emocional.

51% tinham idade entre 30 e 41 anos e 79,4% mantinham um relacionamento estável. Na verdade, a maioria, quando eles foram para um bordel, as mulheres escolheram menos como sua namorada ou sua esposa, e bordéis valorizado, acima de tudo, ele poderia dormir com as mais exóticas e escolher a hora do sexo. Ambiente Interracial (da Galiza são uma minoria em quando, embora a crise trouxe de volta alguns encontros para os andares) e o papel dominante dos homens em bordéis incentiva fantasias sexuais.

O exotismo é garantido neste "microcosmo" de "flerte fictícia", como descrita por Perez Freire, que já visitou a maioria dos bordéis da comunidade é comum porque o sistema de rotação. Mulheres ", estrangeiros e pobres", são "quadrados" em poucos dias e depois ir para outro locais. Assim, na Galiza exercem um ano, "entre 8.000 e 10.000 mulheres", que pode começar a ir nesse período "a três ou quatro países". Este fluxo constante de prostitutas aqui alimenta uma população de aproximadamente 6.000 para a manutenção dos clientes de seus corpos nutridos.

Este valor é dividido entre os andares, na rua e os 232 clubes alternativos de funcionamento na comunidade, incluindo quatro hipermercados considerado o sexo do seu pessoal e seu volume de negócios. Eles são "macroclubes com uma centena de mulheres" que, de acordo com Perez Freire, pode receber os fins de semana, "500 ou 600 clientes por noite."

O perfil, de fato, há um, há pelo menos quatro tipos principais, mas a maioria dos homens que usam prostitutas concordam em certos pontos de vista: a prostituta está lá porque quer, a mulher tem sorte, pode cobrar para copular, o macho está programado pela natureza para fazer sexo com freqüência e não pode desfazer esse instinto animal (mulheres, no entanto, só estão programadas para ter um bebê a cada nove meses), graças aos clubes, o cliente pode fornicar quando você quiser, você pode escolher o corpo da mulher para fazê-lo e não cometer o ato, porque o macho humano, ao contrário do feminino ", sabe a diferença entre sexo e amor." Estes comentários surgiram com freqüência nas entrevistas da Universidade de Vigo.

Da prostituição é um sexo à vontade em todos os sentidos ", uma das coisas mais valorizadas pelos entrevistados," de acordo com Perez Freire, é não ter de cantar a mulher antes e "não ter que falar com ela depois do evento" . Também "ninguém duvida de como ele fez isso." Além disso, há um pacto não escrito de silêncio entre pessoas que se encontram em um bordel : o que há e que não vai além das paredes da sala. "Este detalhe torna muito atraente para os políticos e pessoas influentes."

De um modo geral, os pesquisadores identificaram quatro protótipos: o homo sexualis, afetivo-sexual, ou o homem, o samaritano economicus do homo, e Homo Politicus. O primeiro é um homem que "é medida pela quantidade de sexo com muitas mulheres." Samaritano procura "uma relação de amizade e apoio" com uma prostituta, mais fraco e indefeso que ele, e às vezes vêm para iniciar um relacionamento. O economicus, é o grupo que geralmente inclui os muito jovens, hedonistas, os consumidores de drogas recreativas, coletores de emoções e mulheres. O politicus, no entanto, tem alguma consciência de que o que está errado, mas ele faz.
Os 75% não satisfeito

A Suécia é o único país que penaliza o uso da prostituição. Na Galiza, este alto percentual representou clientes alegando os clubes e legalização. E não propriamente a pensar em mulheres. Homens que compram sexo, segundo o professor da Universidade de Vigo, quer regularizar o trabalho das prostitutas, para que "não há um exame de saúde" (copular mais chamada sem preservativo) e "pagar ao Tesouro."

Prostituição no livro: os clientes e os outros homens, publicado pela Xerais, Agueda Perez Silvia Gomez e incluir os resultados de uma série de entrevistas com as mulheres clientes, proprietários, gerentes e funcionários dos clubes. Entre os personagens que freqüentam o chamam a atenção ao sexo pago com o "misógino abertamente" que temem ou desprezam o sexo oposto e todas as fêmeas desclassificado em virtude de ser. Um "empregado do Exército", 33 anos, solteiro, sem vergonha defendeu com os pesquisadores que "todas as mulheres são putas, prostitutas que cobram": "Eu sei que muitos homens que são casados ​​e suas esposas são com os outros", acrescentou a para solidificar a sua reivindicação.

Os investigadores concluem que o consumidor da prostituição "não é patológico." Nem podemos apontar para uma classe social dominante. E há mais jovens finalizar suas noites de fim de semana pagando por sexo "às cinco horas, quando vêem que não atendem" livre. Muitas vezes é um "ato de socialização", eles vêm em grupos, depois de "jantares de negócios" e muitas vezes pagam com "empresa de cartão de crédito", um erro que pode acabar traindo. No entanto, "75% não estão satisfeitos" com o tipo de sexo que oferecem bordéis.
http://elblogdepaula.com/2011/11/el-cli ... s-y-novia/

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#93 Mensagem por florestal » 04 Nov 2011, 19:34

http://viveconlaverdad.blogspot.com/

*

Tania é uma garota ao redor dos vinte anos e que vive na Espanha, sua mãe é uma prostituta que nasceu na Suiça e trabalha na Espanha e ela criou o Blog "Hija de una prostituta, mi historia", onde conta todas as suas sensações quando sua mãe lhe revelou qual era o seu trabalho.

O Blog é em espanhol, Google para aqueles que não conseguirem ler, mas é muito bom, muito bem redigido e contém pouca coisa.

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Re: Hetaira

#94 Mensagem por Dr. Zero » 05 Nov 2011, 14:16

ao insigne forista florestal:

sua luta utópica pela legalização da prostituição não leva em conta que o ser humano não é um ser angelical e voltado para o bem comum, tanto que o bairro da luz vermelha de Amsterdã é, para os holandeses, um local que eles encaram de uma maneira bastante enviesada e as experiências de liberalização do uso de drogas por lá e em Zurique têm sido, aos poucos, revistas e revogadas porque simplesmente deu tudo errado — ao contrário que certos "progressistas" da pseudo-esquerda brasileira querem fazer crer

portanto, se esse pessoal quiser fumar maconha é melhor ficar doente e se mudar para a Califórnia para fazer uso "medicinal" da Cannabis sativa

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florestal
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China: trabalhadoras do sexo exigem legalização.

#95 Mensagem por florestal » 04 Fev 2012, 19:42

Essa mulher é um exemplo de coragem, bem que poderia ser brasileira:
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Trabalhadoras do sexo e apoiantes tomaram de assalto as ruas de Wuhan, no centro-sul da China, equipadas com chapéus de chuva vermelhos na passada quarta-feira para a recolha de assinaturas apelando à legalização da prostituição.

Entre a multidão encontrava-se Hooligan Sparrow, que há vários anos afirmou-se através da publicação online de fotografias nuas de si própria e hoje gere uma organização para os direitos da mulher. O seu perfil no Twitter descreve-a como “feminista, membro do movimento da prostituição e trabalhadora do sexo”. Antes da noite de Domingo, Hooligan Sparrow informou no Twitter que tinha sido levada pela polícia.

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Não sei se isto conta como a primeira vez que uma ONG Chinesa sai à rua apelando à legalização das trabalhadoras do sexo, mas, para o nosso grupo de trabalho, esta decisão foi bastante solene.

Eu antes não tinha qualquer intenção de exigir a legalização, esperava apenas que diante do atual estado das coisas, os direitos e os interesses das nossas irmãs recebessem mais atenção.

Mas as repressões deste ano têm sido alucinantes e deixam-me sem esperança. Quando se dá uma olhada às notícias do quotidiano, vê-se o sexo a ser criminalizado por todo o país; quando vêem as câmeras as irmãs cobrem os rostos à medida que as expõem e as humilham publicamente. Por isso decidi que não posso continuar hesitante ou acovardar-me em relação a isto e que é preciso haver uma voz poderosa que se oponha ao tratamento dado a estas mulheres.

Sim, sou pró-legalização e esta luta é contra a perseguição do sexo!

Durante décadas, este tipo de repressão tem sido apenas uma atuação; reprimir a imoralidade sexual nunca foi alvo de nenhuma mudança sexual, tem sido sempre um ciclo repressivo, repressões no oriente seguidas de repressões no ocidente. Uma espécie de obliteração dos direitos humanos, ou da humanidade, este tipo de supressão nunca durará. Havendo mais mulheres do que homens, as restrições sexuais aos homens solteiros criou uma enorme demanda social.

Hoje tomámos conta da rua.

Muitas pessoas não entendem o que defendemos, e alguns transeuntes olham para nós com estranheza - esta deve ter sido a primeira vez que se depararam com pessoas apelando à legalização do trabalho sexual - e acham tudo esquisito. Algumas mulheres de meia-idade foram menos compreensivas, dizendo “legalização? Isso não deixaria a sociedade virada do avesso?”

Vejam, ninguém confia na capacidade dos orgãos estaduais e das autoridades para manter a ordem; as coisas são encaradas da seguinte maneira, se o trabalho sexual alguma vez fosse legalizado todas as mulheres do país tornar-se-iam prostitutas.

A legalização em conjunto com a gestão permitiria controlar os números e as idades dos praticantes, e nunca tornaria prostitutas todas as mulheres. Além disso, o mercado auto-regular-se-ia; se todas as mulheres se tornassem prostitutas os preços do trabalho sexual caíriam equiparando-se desta forma ao salário dos trabalhadores de colarinho branco e ainda assim, as mulheres continuariam a gravitar em volta da opção mais convencional.


Legalizar não significa falta de restrições ou de supervisão. Legalizar significa que esta profissão atual estaria aberta aos olhos do público.
Estas mulheres, que nunca tiveram em conta os problemas sociais e cujas mentes há muito enferrujaram, seriam de alguma utilidade se envolvidas num debate do género? A única coisa que as preocupa, em caso de legalização, seria se os seus maridos começariam a visitar prostitutas abertamente e flagrantemente (sendo a lei, afinal de contas, incapaz de as ajudar a controlar os seus homens).


Porém, contámos com o apoio inflexível de uma mulher de meia-idade. Vendedora de jornais à beira da estrada, perguntou: “serve de alguma coisa fazer isto? É escusado, a sociedade já está um caos e tudo o que os oficiais sabem é encher os bolsos de dinheiro, porque é que eles se preocupariam connosco?”
“Não é apenas escusado, vocês vão queimar-se se continuarem com isto!”

“O governo vai pagar-vos alguma coisa pelo que estão a fazer? Irão sequer agradecer-vos?”

Só me restava rir.

Mas ela estava realmente zangada.

“Quem são vocês, afinal? Para quem trabalham? São estudantes?”


Disse-lhe que sou organizadora comunitária, que faço isto há cinco anos. Também lhe disse que não espero uma mudança imediata e o que o facto das autoridades serem tão corruptas é precisamente a razão para que os cidadãos se revoltem e os monitorizem, para que as suas vozes sejam ouvidas, que só assim haverá mudanças. Se daqui a um ano nada mudar, então passaremos cinco anos a lutar; se em cinco anos tudo permanecer na mesma, então levaremos dez anos ou cem se necessário; as coisas terão de mudar eventualmente.

Posto isto, a senhora ficou calada e depois disse, é uma pena que não saiba ler, senão deixaria de vender jornais e juntava-me a vocês nesta luta.

Não esperava que uma senhora de meia-idade sem educação fosse tão corajosa em relação à resolução dos problemas sociais. Em comparação com as cabeças vazias que circulavam por ali sorrindo estupidamente à medida que liam os nossos cartazes, pessoas supostamente bem educadas, esta senhora é cem vezes mais forte.

Alguns jovens assinaram a nossa petição como forma de apoio; segundo os seus pontos de vista, a prostituição devia ser legalizada e alguns chegaram mesmo a fazer referência a uma campanha que está a ser levada a cabo em Taiwan.

Ainda assim é preciso chegar a mais gente. Os Chineses estão demasiado preocupados com as suas vidas, demasiado afastados da informação, muitos nem sequer sabem o significado de estar vivo, esqueçam lá os seus próprios direitos e interesses ou o respeito pelos direitos dos outros. A minha ida à rua para apelar à legalização do trabalho sexual foi a minha forma de expressar o direito que tenho à liberdade de expressão e o direito a ser ouvida!

Quer se apoie estas mulheres ou não, as trabalhadoras do sexo ainda têm o direito de se fazerem ouvir e de expressarem as suas exigências.

Não tentem travar-nos por favor. Ao invés disso, tentem dar às trabalhadoras do sexo um espaço onde possam falar abertamente.

Li Gong tem um blogue no site Sina e tocou no assunto da legalização do trabalho sexual no seu longo texto de 18 e julho intitulado ”Actualmente, a China precisa deter os agentes corruptos e não as prostitutas”, onde enumera várias razões pela qual a China está pronta apenas para tal movimento:


Historicamente, as razões por trás da maioria das alterações dinásticas têm estado relacionadas com a corrupção e não com a prostituição. Pequim lançou recentemente ataques repressivos à prostituição, seguido de repressões em todo o país. A julgar pela reação dos internautas, não tem havido muito apoio. Parece que a maioria dos internautas simpatizam com as prostitutas e com aqueles que procuram os seus serviços, exigindo ao mesmo tempo a erradicação da corrupção.

Pessoalmente,, acho que combater a corrupção é actualmente uma prioridade governamental. (…) Baseado no actual status quo, sinto que o governo não devia priorizar a luta contra a prostituição e a solicitação, deve-se alterar as leis existentes e permitir a legalização da prostituição e da solicitação. As razões para isto são: 1) A legalização da prostituição permite que a indústria de serviços sexuais da China passe de ilegal e obscura a legal e aberta, facilitando ao governo uma melhor gestão da saúde das prostitutas, prevenindo a disseminação do HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis, 2) A legalização da prostituição alteraria o status quo no qual a indústria do sexo Chinesa tem permissão para existir ilegalmente sob a proteção das autoridades reduzindo assim a corrupção à autoridade do Estado; 3) A legalização da prostituição ajudaria a restaurar a autoridade das leis estaduais, prevenindo a recorrência a “senhoras” fazendo juramentos coletivos ou a outras situações bizarras que desafiam abertamente as leis estaduais.

http://pt.globalvoicesonline.org/2012/0 ... -e-detida/

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China: trabalhadoras do sexo exigem legalização.

#96 Mensagem por florestal » 04 Fev 2012, 19:56

Encontramos esse excelente artigo, com ótima argumentação, a favor da legalização da prostituição no Brasil. Vale a pena ler!
Legalizar as casas de prostituição

O Brasil deve abolir esse crime sem vítima, motivado tão-somente por valorações moralistas e religiosas que recriminam o comércio do sexo entre pessoas adultas e capazes. Um resquício de nosso Código Penal autoritário que precisa ser superado

Por Túlio Vianna

Há um princípio elementar de Direito Penal democrático que veda que crimes sejam criados para punir condutas meramente imorais. Em estados democráticos de direito o legislador não é livre para criminalizar qualquer ação, mas somente pode proibir condutas que lesam ou colocam em risco de lesão bens jurídicos alheios, tais como a vida, a saúde, a liberdade, o patrimônio e outros direitos fundamentais. Esta limitação ao poder do legislador, conhecida como princípio da lesividade, é uma importante garantia de que as minorias não serão submetidas à imposição dos valores morais e/ou religiosos de uma maioria intolerante.

Esta garantia é especialmente relevante quando se trata de crimes sexuais. Uma lei que proibisse, por exemplo, a prática do sexo anal, seria inconstitucional, mesmo se hipoteticamente aprovada pela maioria absoluta da Câmara e do Senado e referendada pelo voto popular. Isto porque democracia não se confunde com ditadura da maioria e a Constituição da República garante em seu art.5º, VIII, que “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. No Estado Democrático de Direito a maioria não pode impor suas convicções religiosas ou morais à minoria. Nossa Constituição reconhece a autodeterminação dos indivíduos e impede que comportamentos consensuais entre pessoas maiores e capazes que não causam dano a terceiros sejam criminalizados.

Lamentavelmente, nosso Código Penal não compartilha a ideologia política que inspirou nossa Constituição; muito pelo contrário: sua principal influência foi o código penal fascista italiano de 1930 (Codice Rocco). E, como em todo código penal autoritário, o respeito à autodeterminação humana é substituído por uma pretensa tutela de valores abstratos como “bons costumes” e “moralidade pública”. E é em razão desta nefasta herança histórica, infelizmente ainda não rejeitada pelo Supremo Tribunal Federal, que as casas de prostituição ainda são ilegais no Brasil e seus proprietários podem ser punidos como criminosos.

Crime sem vítima

A prostituição em si não é crime no Brasil. A troca de sexo por dinheiro ou qualquer outro tipo de pagamento é plenamente lícita no país. Paradoxalmente, porém, é crime manter estabelecimentos onde prostitutas possam prestar estes serviços sexuais (art.229 do Código Penal).

Esta visível incoerência do sistema penal, que tolera a prostituição quando praticada individualmente, mas reprime a prostituição coletiva nos prostíbulos não se sustenta juridicamente, pois não há um bem jurídico a ser tutelado e muito menos uma vítima a ser protegida. Tudo o que há são argumentações exclusivamente morais que partem de valorações religiosas do tipo “o corpo é sagrado e não deve ser comercializado” ou “o sexo deve ser praticado somente na constância do matrimônio, com amor, e única e exclusivamente para procriação”.

Na impossibilidade constitucional de se impor concepções morais por meio de crimes, muitos acabam procurando disfarçar seus argumentos moralistas contrários à legalização da prostituição na tutela de uma suposta liberdade sexual da própria prostituta. Afirmam que a prostituição não é uma escolha da mulher, que seria levada a vender seu corpo ora por violência sexual, ora por necessidades econômicas. Trata-se, evidentemente, de duas hipóteses bastante distintas. Se a vítima foi forçada a se prostituir, não se trata de mera prostituição, mas de estupro ou de escravidão para fins sexuais, e por estes graves crimes o autor deve ser punido, já que houve uma inequívoca lesão ao direito à liberdade sexual da vítima.

Situação bastante diversa é quando a mulher, por necessidade econômica, é levada a se prostituir. Aqui não há vítima, pelo menos no sentido jurídico do termo, já que a mulher fez uma escolha por esta forma de ganhar a vida. É bem verdade que esta escolha pode não ter sido voluntária e que suas condições socioeconômicas talvez tenham sido determinantes em sua decisão, mas certamente foi uma escolha livre. Escolhas livres não são necessariamente voluntárias, no sentido de serem determinadas por um desejo íntimo independente das condições socioeconômicas em que se vive. O sistema capitalista é bastante perverso, já que permite a muito poucas pessoas escolherem voluntariamente se preferem ser médicas ou faxineiras; engenheiras ou serventes de pedreiro; advogadas ou traficantes de drogas; atrizes ou prostitutas, mas não se pode cair no determinismo simplista de afirmar que suas escolhas não sejam livres. Do contrário, boa parte dos traficantes de drogas e ladrões não poderiam também ser presos, pois seus crimes também não seriam escolhas livres. E o crime de casa de prostituição deveria ser imputado não ao proprietário, mas ao Estado que não deu condições socioeconômicas para a mulher optar por uma outra carreira.

Vê-se, pois, que não se pode querer punir os donos e donas de casas de prostituição por meio do singelo argumento de que exploram as prostitutas que não estão ali por escolhas voluntárias, pois no sistema capitalista, por definição, é isso que fazem todos os proprietários dos meios de produção: o fazendeiro explora o camponês porque é dono da terra, o industrial explora o operário porque é dono das máquinas; o comerciante explora o balconista porque é dono da loja. E o(a) dono(a) do prostíbulo há de explorar também a prostituta por ser dono(a) do quarto e da cama.
A questão não é a exploração do trabalho em si, mas a condenação moral de um trabalho que tem por fim a satisfação sexual de alguém. O que incomoda é a herança moral cristã que condena como pecado uma profissão que em vez de produzir riqueza, produz prazer.

Moralismo que restringe direitos

Afastado qualquer tipo de moralismo, a prostituição é uma profissão como qualquer outra que pode ser explorada economicamente e deve ser regulada pelo Estado para que as prostitutas possam ter direitos trabalhistas e previdenciários como qualquer outro trabalhador. É bem verdade que a profissional do sexo já pode hoje pagar a previdência social como autônoma e se aposentar. Manter as casas de prostituição na ilegalidade, porém, equivale a impedir a prostituta de ser trabalhadora assalariada, negando-lhe, por questões exclusivamente morais, os direitos constitucionais a salário mínimo, seguro-desemprego, repouso semanal remunerado, férias anuais e licença saúde e gestante.

Na Europa, as casas de prostituição são legalizadas e regulamentadas na Alemanha, Holanda, Suíça, Áustria, Hungria, Grécia e Turquia e, na América Latina, estes estabelecimentos são legais no México, Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Países que superaram o moralismo em prol da dignidade desta parcela de trabalhadores que merece o mesmo respeito de qualquer outra atividade humana.

A criminalização dos prostíbulos não evita a prostituição, mas tem o efeito de penalizar as prostitutas, não só negando-lhes os direitos de trabalhadoras assalariadas, mas principalmente forçando-as a se prostituírem nas ruas, onde ficam muito mais vulneráveis às agressões de clientes e criminosos. É sabido que nos países onde a prostituição é legalizada, muitas agressões às prostitutas são evitadas, pois os prostíbulos possuem seguranças e até mesmo “botões de pânico” nos quartos que são acionados quando há algum tipo de ameaça.

A legalização das casas de prostituição é uma necessidade de política pública para reduzir a violência principalmente contra mulheres, mas também contra travestis e homens que prestam serviços sexuais e são alvos das mais variadas agressões motivadas pelo preconceito social legitimado e incentivado por uma lei criminal que condena o comércio do sexo.

A pena não escrita à qual o Estado condena as prostitutas é a ausência de proteção contra todo tipo de agressões por parte de seus clientes; seu julgamento moral é o mais perverso, pois não é feito diante de um tribunal com oportunidade de defesa, mas perante as ruas, onde é julgada por sua própria sorte. A pena alternativa que lhes resta, diante da omissão estatal, é buscar proteção na ilegalidade dos cafetões e prostíbulos, que não prestam contas de suas atividades a ninguém e ficam livres para explorar seu trabalho sexual em um capitalismo totalmente selvagem sem qualquer tipo de regulação estatal.

O risco constante de serem estupradas e agredidas ou a semiescravidão no trabalho em prostíbulos são as penas morais não escritas a que as prostitutas estão hoje condenadas. A criminalização da prostituição, ao longo da história, nunca conseguiu pôr fim ao comércio sexual, mas sempre serviu bem ao propósito não declarado de estigmatizar e causar sofrimento àquelas que desafiam com seu trabalho a moralidade dominante que recrimina o sexo casual como forma legítima de prazer.
http://www.revistaforum.com.br/conteudo ... %A7%C3%A3o

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DO BIGODE
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Re: China: trabalhadoras do sexo exigem legalização.

#97 Mensagem por DO BIGODE » 04 Fev 2012, 20:08

Lá é tudo tão reprimido e controlado e censurado pelo PCC. Pensei que praticamente não tivesse prostituição.

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roladoce
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Re: China: trabalhadoras do sexo exigem legalização.

#98 Mensagem por roladoce » 04 Fev 2012, 20:34

DO BIGODE escreveu:Lá é tudo tão reprimido e controlado e censurado pelo PCC. Pensei que praticamente não tivesse prostituição.
A vontade de gozar, assim como a liberdade, não há como controlar, sempre encontram um meio!! (filosofei agora) :lol:

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DO BIGODE
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Re: China: trabalhadoras do sexo exigem legalização.

#99 Mensagem por DO BIGODE » 04 Fev 2012, 20:46

roladoce escreveu:
DO BIGODE escreveu:Lá é tudo tão reprimido e controlado e censurado pelo PCC. Pensei que praticamente não tivesse prostituição.
A vontade de gozar, assim como a liberdade, não há como controlar, sempre encontram um meio!! (filosofei agora) :lol:
Você quis dizer gozar a liberdade, ou gozar de gozar mesmo ? Ou gozar a liberdade de gozar ? :-x :P

De qualquer forma, na China não tem muita liberdade para gozar seja lá o que for.

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roladoce
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Re: China: trabalhadoras do sexo exigem legalização.

#100 Mensagem por roladoce » 04 Fev 2012, 20:55

DO BIGODE escreveu:
roladoce escreveu:
DO BIGODE escreveu:Lá é tudo tão reprimido e controlado e censurado pelo PCC. Pensei que praticamente não tivesse prostituição.
A vontade de gozar, assim como a liberdade, não há como controlar, sempre encontram um meio!! (filosofei agora) :lol:
Você quis dizer gozar a liberdade, ou gozar de gozar mesmo ? Ou gozar a liberdade de gozar ? :-x :P

De qualquer forma, na China não tem muita liberdade para gozar seja lá o que for.
Eu quis dizer, que mesmo com o regime totalitário, sempre encontram um jeito de gozar e de se libertar!!!

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Re: China: trabalhadoras do sexo exigem legalização.

#101 Mensagem por caçador_novo » 04 Fev 2012, 21:17

A legalização da prostituição traria diversas vantagens, em especial no que concerne à saúde pública. O problema é que a nossa classe média é muito hipócrita e preconceituosa.

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roladoce
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Re: China: trabalhadoras do sexo exigem legalização.

#102 Mensagem por roladoce » 04 Fev 2012, 21:35

caçador_novo escreveu:A legalização da prostituição traria diversas vantagens, em especial no que concerne à saúde pública. O problema é que a nossa classe média é muito hipócrita e preconceituosa.
Acho que o problema nem é esse..

O problema que tem muito empresários, jornalistas, aprensetadores/atores/ e sei lá mais o que, que trabalham em TV, e outros bam bams com dinheiro, que seriam pegos comendo algo legalizado...pra essa classe, é melhor do jeito que estar

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Compson
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Re: China: trabalhadoras do sexo exigem legalização.

#103 Mensagem por Compson » 05 Fev 2012, 18:50

DO BIGODE escreveu:
roladoce escreveu:
DO BIGODE escreveu:Lá é tudo tão reprimido e controlado e censurado pelo PCC. Pensei que praticamente não tivesse prostituição.
A vontade de gozar, assim como a liberdade, não há como controlar, sempre encontram um meio!! (filosofei agora) :lol:
Você quis dizer gozar a liberdade, ou gozar de gozar mesmo ? Ou gozar a liberdade de gozar ? :-x :P

De qualquer forma, na China não tem muita liberdade para gozar seja lá o que for.
Autoritarismo político não significa rigor moral.

Basta olhar para nossa história: nossos períodos mais negros foram os mais depravados em termos de putaria, corrupção etc.

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Re: China: trabalhadoras do sexo exigem legalização.

#104 Mensagem por joaopolones » 05 Fev 2012, 22:27

O pior de tudo é que diferente daqui, lá tem muito mais homens do que mulheres.

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Re: China: trabalhadoras do sexo exigem legalização.

#105 Mensagem por DO BIGODE » 07 Fev 2012, 20:26

Compson escreveu:
DO BIGODE escreveu:
roladoce escreveu:
DO BIGODE escreveu:Lá é tudo tão reprimido e controlado e censurado pelo PCC. Pensei que praticamente não tivesse prostituição.
A vontade de gozar, assim como a liberdade, não há como controlar, sempre encontram um meio!! (filosofei agora) :lol:
Você quis dizer gozar a liberdade, ou gozar de gozar mesmo ? Ou gozar a liberdade de gozar ? :-x :P

De qualquer forma, na China não tem muita liberdade para gozar seja lá o que for.
Autoritarismo político não significa rigor moral.

Basta olhar para nossa história: nossos períodos mais negros foram os mais depravados em termos de putaria, corrupção etc.
Acho que quem vive nas ditaduras islâmicas não concorda com: Autoritarismo político não significa rigor moral. . E também nos "anos de chumbo" de nossa história tivemos sim uma censura severa nas expressões culturais.

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