A Crise Econômica Mundial

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#91 Mensagem por Compson » 17 Abr 2009, 11:02

Isso até que é uma boa notícia; algum sinal de que os bancos americanos podem se recuperar sem que o governo compre mais ativos podres (ou seja, doe mais dinheiro para eles):

http://economia.uol.com.br/ultnot/2009/ ... u2481.jhtm
Citigroup surpreende e lucra US$ 1,6 bi no trimestre
Da Redação
Em São Paulo
(Texto atualizado às 8h55)

O Citigroup, que já foi o maior banco dos Estados Unidos e no final do ano passado atravessou um dos piores momentos de sua história, surpreendeu analistas ao divulgar nesta sexta-feira que teve um lucro líquido de US$ 1,6 bilhão no primeiro trimestre de 2009.

Este é o melhor resultado do Citigroup desde o segundo trimestre de 2007.

A receita do grupo financeiro somou US$ 24,8 bilhões, em grande parte devido ao setor que atende investidores institucionais.

Apesar de o banco ter registrado lucro líquido, cada acionista terá um prejuízo de US$ US$ 0,18 por ação para os acionistas ordinários, somando US$ 966 milhões, um resultado melhor que a perda de US$ 5,19 bilhões, ou US$ 1,03 por ação, um ano antes.

O motivo foi uma operação feita pelo banco em janeiro, redefinindo o preço de conversão de US$ 12,5 bilhões de ações preferenciais que haviam sido emitidas em uma oferta privada em janeiro do ano passado, afirmou o Citigroup em comunicado.

Mesmo assim, a notícia surpreendeu positivamente o mercado. Analistas, em média, esperavam perda de US$ 0,30 por ação e receita de US$ 21,73 bilhões, segundo a Reuters Estimates.

O Citigroup foi ajudado pelo governo norte-americano três vezes desde outubro, recebendo US$ 45 bilhões em recursos do Troubled Asset Relief Program e acertando acordo com o governo para compartilhar perdas geradas por US$ 300,8 bilhões em ativos problemáticos.

(Com informações de AFP e Reuters)
O matéria do Yahoo Finance é menos otimista:
http://finance.yahoo.com/news/Citigroup ... et=&ccode=
One concern among investors is that the strong trading activity seen by banks in the first quarter was a one-time event -- the first quarter saw a surge in corporate bond issuance as the credit markets started thawing from their frozen fourth quarter. Even JPMorgan CEO Jamie Dimon acknowledged Thursday that trading activity is unlikely to remain so robust.

The question is whether banks like Citigroup can find other ways to offset loan losses, which nearly all economists and bankers agree will keep rising throughout the year as the unemployment rate ticks higher. The global recession is causing defaults in mortgages, credit cards and commercial real estate loans -- and Citigroup is heavily exposed to all of these.
Urubus! :x :roll:

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#92 Mensagem por Carnage » 17 Abr 2009, 11:57

O banco J.P. Morgan Chase & Co, revelou seus resultados recentes e eles acabaram perdendo bem menos lucro do que previam, o que representou um ótimo resultado e restaurou a confinaça no banco.
Por conta disso eles já planejaram antecipar a compra de volta os títulos que eles venderam ao governo americano no programa de ajuda.

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#93 Mensagem por Compson » 17 Abr 2009, 19:17

Já a GM...
GM quer US$ 5 bilhões extras de ajuda do governo americano
http://economia.uol.com.br/ultnot/2009/ ... 69042.jhtm

tsc, tsc, tsc...

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#94 Mensagem por Compson » 18 Abr 2009, 09:17

Outro fato interessante que passou despercebido essa semana: o Brasil baixou substancialmente a meta de superavit primário e não houve nenhum gemido do tal mercado...

Fosse nos tempos do Malan, com seu doutorado em Berckeley, ou do Gustava Franco, com sua tese de Harvard, a BOVESPA estaria lá no chão...

Como diz o ditado: mais vale um metalúrgico esperto do que um sociólogo cagão...

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#95 Mensagem por Compson » 19 Abr 2009, 23:24

Compson escreveu:Eu particularmente acho melhor o governo, pois pelo menos vão escolher um cara para cumprir o manual do FMI e não fazer cagada...
Apenas esclarecendo, não que eu seja fã do FMI, mas Banco Central não resolve nada sozinho; no máximo atrapalha... Como não existe nenhum projeto financeiro alternativo minimamente realista, é melhor que o que está aí funcione; crise não provoca nenhum ganho social...

***

Bom comentário:
Esse BC [do Brasil], e todos os BCs do mundo que estão empenhados atualmente em reinflar uma bolha sinistra, injetando dinheiro inexistente para esse fim, não estão mais do que agravando a situação futura do planeta inteiro, numa política que, mais do que irresponsável ou equivocada, parece perversa, atendendo a interesses que não são precissamente os da população em geral.
Tirei daqui:
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... more-30116

Mas a colagem é tão grande que não sei se foi o Nassif ou outro qu escreveu...

PS: Não, é de um leitor (está originalmente nos comentários)!

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#96 Mensagem por Peter_North » 20 Abr 2009, 11:19

Compson escreveu:Como diz o ditado: mais vale um metalúrgico esperto do que um sociólogo cagão...
Supondo, é claro, que o metalúrgico em questão é esperto, e sobre isso digamos que há controvérsias, no mínimo.
Compson escreveu:Bom comentário:
todos os BCs do mundo que estão empenhados atualmente em reinflar uma bolha sinistra, injetando dinheiro inexistente para esse fim, não estão mais do que agravando a situação futura do planeta inteiro, numa política que, mais do que irresponsável ou equivocada, parece perversa, atendendo a interesses que não são precissamente os da população em geral.
Eu VIVO dizendo isso. Porque diabos estão coloc ando dinehiro público para reerguer um sistema furado? Se o banco tem 10 reais e empresa 10 mil, tem mais é que se foder mesmo, e quem coloca seu dinheiro em um banco que age assim tem mais é que se foder mesmo. Deixa tudo implodir, será mais doloroso agora mas o sistema que surgir dos escombros será infinitamente mais robusto e honesto. Outra coisa: http://pt.wikipedia.org/wiki/Moeda_fiduci%C3%A1ria

A nossa moeda (e muitas outras, como o dólar) na verdade não valem porra nenhuma oprque não há nada que garanta o sue valor exceto o governo dizendo que tem. Eu gostaria que a moeda tivesse uma base em algo com valor intrinseco, como o ouro.

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#97 Mensagem por Compson » 21 Abr 2009, 16:58

Peter_North escreveu:
Compson escreveu:Como diz o ditado: mais vale um metalúrgico esperto do que um sociólogo cagão...
Supondo, é claro, que o metalúrgico em questão é esperto, e sobre isso digamos que há controvérsias, no mínimo.
Estava mais tirando onda... Se quisesse levar o argumento adiante, teria que, no mínimo, levar em consideração os ventos econômicos favoráveis que sopraram de 2002 a 2008...

Mas acho que é razoável pleitear uma ligação entre a confiabilidade do Brasil e o fato de ter assumido um governo oriundo da esquerda radical, sem cometer nenhuma estupidez estatizante, nenhum populismo desvairado, nenhum golpe (sofrido ou tentato - a única tentativa foi a impressa carioca e paulista na época do mensalão e alguns "aloprados" do PT falando em terceiro mandato) e assumindo um compromisso incondicional com a estabilidade dos mercados financeiros.

Isso é indubitavelmente bom para o mercado, mas foi a facada final no debate político brasileiro, que atualmente se resume a criticas as cagadas e crimes dos outros para poder assumir o poder e cometer as mesmas cagadas e crimes. Agora todos os gatos são pardos, e todos os mercados são livres...
Editado pela última vez por Compson em 21 Abr 2009, 17:00, em um total de 1 vez.

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#98 Mensagem por Compson » 21 Abr 2009, 16:59

Governo dos EUA investiga desvio no uso dos US$ 700 bi para socorrer economia
http://economia.uol.com.br/ultnot/efe/2 ... 44092.jhtm

Ah, se essa palhaçada fosse nos EUA!

Opa... É nos EUA!

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#99 Mensagem por Peter_North » 22 Abr 2009, 17:49

Compson escreveu:Governo dos EUA investiga desvio no uso dos US$ 700 bi para socorrer economia
http://economia.uol.com.br/ultnot/efe/2 ... 44092.jhtm

Ah, se essa palhaçada fosse nos EUA!

Opa... É nos EUA!
Esse dinheiro já nem está mais em 700bi, já passou do trilhão há tempos. Uma péssima idéia. E uma coisa te garanto: Muito mais escândalos virão.

Em uma notícia relacionada, o controlador do banco Freddie Mac, um dos primeiros a falir e a dar início à crise, se matou hoje:
http://www.wcbs880.com/Freddie-Mac-Chie ... de/4249204

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#100 Mensagem por Compson » 23 Abr 2009, 22:37

Quem imaginaria uma manchete dessas há dez anos atrás:

Mantega defende bancos brasileiros contra críticas do FMI
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinh ... 5439.shtml

Bizarro...

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#101 Mensagem por Carnage » 24 Abr 2009, 10:37

http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... =534IMQ003
JORNALISMO ECONÔMICO
A crise no Brasil e a mídia sem bússola

Por Luiz Antonio Magalhães em 21/4/2009

No dia 11 de março de 2009, a Folha de S. Paulo publicou na manchete, em quatro colunas – as outras duas estavam ocupadas por um infográfico desolador, conforme se pode observar na figura abaixo –, o seguinte título: "Queda do PIB no Brasil é uma das piores do mundo". Na tarde do mesmo dia, a fatídica quarta-feira (11/3), a Folha Online, site do jornal na internet, informava algo ainda pior: "Brasil é o segundo mais atingido pela crise, aponta estudo da Fiesp". O estudo, que pode ser acessado aqui, revelava que só a economia da Coréia do Sul estava em situação pior do que a brasileira.

http://observatorio.ultimosegundo.ig.co ... Q003_1.jpg

Pouco mais de um mês depois, no domingo (19/4), O Estado de S. Paulo publicou uma reportagem que também mereceu destaque como manchete do jornal. "Investidor externo faz Bovespa liderar ganhos", dizia o título, acompanhado da seguinte "linha fina", como se diz no jargão das redações: "Bolsa de SP se torna a mais rentável do mundo; real se valoriza". O lide da matéria não deixa dúvidas.

"A melhora de humor nos mercados internacionais nas últimas semanas trouxe o investidor estrangeiro de volta ao Brasil e colocou os principais ativos do País em destaque no mundo. Do início do ano para cá, a bolsa brasileira é a que tem os maiores ganhos do planeta e o real é a moeda com a terceira maior valorização ante o dólar. Se a máxima segundo a qual o mercado financeiro antecipa o que ocorrerá meses depois na economia real for mesmo verdadeira, os brasileiros podem ter razão para algum alívio, em meio a tantas notícias negativas."

http://observatorio.ultimosegundo.ig.co ... Q003_2.jpg

Fundo do poço

É evidente que a crise mundial é muito complexa. Também é certo que os efeitos das turbulências na economia brasileira ainda não cessaram – há quem diga que na verdade ainda nem começaram. Tudo isto é verdade, mas nada justifica que no prazo de quarenta dias o Brasil passasse da categoria de "segunda nação mais afetada pelos efeitos da crise" para a posição de "porto seguro dos investidores estrangeiros". Alguma coisa está errada, muito errada nesta história toda.

E o erro provavelmente é da imprensa. Os jornalões, à exceção do especializado Valor Econômico, cuja cobertura tem se mostrado correta e equilibrada, não consegue acompanhar direito o que está acontecendo no Brasil, na economia real.

De um lado, qualquer fato ruim nos Estados Unidos ou estatística negativa por aqui mesmo é magnificado por alguns veículos, que praticamente celebram as piores notícias. Em geral, o que está por trás dessa postura é a ideia de que o velho e surrado "quanto pior, melhor" vai ajudar a desalojar o atual governo do Palácio do Planalto em 2010. Por outro lado, veículos alinhados com o governo correm a apresentar qualquer pequena recuperação no campo do emprego, renda, vendas e produção industrial como se o pior já tivesse sido superado e a crise não passasse mesmo de uma "marolinha".

Nem tanto à terra, nem tanto ao mar. O Brasil sem dúvida não foi o "segundo mais afetado" pelo terremoto financeiro cujo epicentro foi Wall Street, mas também não escapou incólume. E os efeitos ainda não estão claros, como também não é possível dizer que as coisas já estão melhorando. É só ler os bons colunistas lá da terra do Tio Sam para perceber que a preocupação deles ainda é muito grande e que, na real, ninguém tem a menor idéia se o fundo do poço já foi atingido — ou se ainda há muito para cair.



Além das movimentações puramente ideológicas – para atacar ou defender o governo Lula –, no que diz respeito ao comportamento da grande imprensa nacional é possível avançar um pouco mais na análise. De forma geral, os jornalões parecem ter perdido a bússola, estão sem norte. Faz cada vez mais falta nas redações gente experimentada, com vivência de crises econômicas – e não foram poucas na história recente do Brasil. Profissionais capazes de perceber o que os números de fato significam e de oferecer ao leitor uma interpretação justa do que vai pelos vários setores da economia nacional – os craques em manipular as cifras de acordo com a postura em relação ao governo estão todos em campo, atuantes.

Um pequeno exemplo da falta de norte de alguns veículos está na cobertura do setor automotivo, um dos mais afetados pela crise. Já analisamos aqui o exemplo da venda e produção de automóveis, em março. Enquanto a maior parte dos jornalões insiste em dizer que as espetaculares vendas no mês passado foram "antecipação de compra" em função do fim da isenção de IPI (quanto toda a torcida do Flamengo sabia que o governo prorrogaria o benefício), o Valor correu atrás e publicou na semana passada uma interessante reportagem mostrando que os primeiros números de abril indicam aquecimento nas vendas de carros novos semelhante ao verificado em março, derrubando assim a tese, encampada principalmente pela Folha, de "antecipação de compras".

A função dos jornalistas que cobrem economia é auxiliar o leitor a entender o que está acontecendo à sua volta. É mais fácil para o grande público entender as questões que aparecem nos cadernos de Esporte, Cidades e Política. Economia em geral é visto como um assunto árido, chato e repleto de números que podem ser facilmente manipulados. Uma cobertura equilibrada deve contextualizar os eventos e ajudar o leitor — seja ele um pequeno poupador, um assalariado sem poupança alguma ou um grande empresário — a se preparar para o que vem pela frente.

No contexto da atual crise, do ponto de vista da imprensa, pintar o cenário de cor de rosa ou vender o fim do mundo para depois de amanhã são posturas apenas estúpidas, porque no fim acabarão arranhando o ativo que os veículos mais precisam para sobreviver e pensar em crescer: a credibilidade. É altamente provável que a evolução dos acontecimentos mostre uma realidade bem menos "preto ou branco" e se revele em vários tons de cinza: nem a marolinha do presidente Lula, tampouco o tsunami avassalador que a oposição tanto deseja (mas evita assumir). A corrida é longa, não são cem ou cinquenta metros. Os que se preocuparem em manchetar o Armagedon serão desmentidos a cada duas semanas. A turma do "pior já passou" pode ter de explicar os vales logo adiante. Quem tiver fôlego para bancar a investigação cotidiana e profunda do cenário econômico vai se dar bem. Alguns já estão neste caminho.

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Incompetencia

#102 Mensagem por Pinter » 26 Abr 2009, 14:25

Enquanto houver incompetenes, o mundo conitnuará essa bosta...
Ecônomica, Política, etc...

Agora há pouco, num canal de TV pago, lançaram a seguinte idéia:

Se existe "circuit breaker" para queda, pq não deveria existir um "circuit breaker" também para quando a bolsa sobe demais?

E outra, atualmente, estou numa fase bem melhor do que quando antes nao tinha crise....

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#103 Mensagem por Compson » 27 Abr 2009, 02:11

A quem possa se interessar pelo mercado de crédito nos States:
http://www.eco.unicamp.br/docdownload/p ... go%203.pdf

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#104 Mensagem por O Pastor » 27 Abr 2009, 07:16

PPubliquei em outro topico mas vai de novo. Abaixo tem-se uma teoria sobre a surpreendente valorização do iBOVESPA no ano de 2009.
PORTFÓLIO-Batatas podres e a alta da bolsa

CLÁUDIO GRADILONE - REUTERS
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SÃO PAULO - O mercado brasileiro parece estar de cabeça para baixo. No ano, até 23 de abril, o Ibovespa acumula valorização de 22 por cento, o que representa um dos melhores desempenhos entre as principais bolsas do mundo.

Não há justificativas econômicas para que isso ocorra. Ao contrário, as más notícias não têm faltado.

Os prognósticos para a economia brasileira são ruins. Segundo a última pesquisa Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve encolher 0,49 por cento este ano. Companhias importantes para o mercado, como a Usiminas, por exemplo, anunciam cortes de pessoal para reduzir custos, e outras, menos conhecidas, têm mostrado que ou perderam faturamento ou sacrificaram pesadamente as margens para manter fatias de mercado.

A situação internacional é ainda mais dramática: as autoridades norte-americanas têm reiterado que a recuperação será demorada.

Mesmo assim, a bolsa sobe, pelo mais aritmético dos motivos: está entrando dinheiro. No ano, até o dia 23, o saldo positivo de investimentos internacionais no mercado era de 4,8 bilhões de reais. Desse total, 3,4 bilhões de reais haviam chegado ao mercado em abril.

Ausentes durante o segundo semestre do ano passado, os investidores internacionais voltam a apostar com gosto no mercado financeiro brasileiro.

Esse movimento pode ser explicado por um fenômeno econômico raro, mas muito interessante, conhecido como teoria de Giffen: em alguns casos muito específicos, o consumo de um bem aumenta quando o preço sobe. Pela lógica, deveria ocorrer sempre o inverso --mas os bens de Giffen não se comportam assim.

Sir Robert Giffen (1837-1910), foi um estatístico e economista inglês que começou a vida como jornalista (foi um dos principais editores da The Economist, ao lado de Walter Bagehot) e foi mais tarde chamado para ocupar cargos importantes no governo inglês.

Ao analisar as consequência da Grande Fome na Irlanda, entre 1845 e 1852, Giffen descobriu que o consumo de batatas --base da alimentação irlandesa-- aumentava quando seu preço subia.

Incomum, mas compreensível: as batatas representavam uma fatia tão grande dos gastos das famílias que, se os preços subissem, haveria menos dinheiro para comprar outros alimentos, como carne, por exemplo.

Ou seja, os gastos com batatas deslocavam outros gastos e o dinheiro que sobrava acabava comprando mais batatas. Por isso, quando uma praga devastou as colheitas, o consumo bateu recordes.

O que tudo isso tem a ver com a alta da bolsa? Simples: devido a uma conjunção de fatores, o mercado acionário brasileiro vem sendo uma boa alternativa para os investidores internacionais.

SAINDO NA FRENTE

A bolsa tem funcionado, mais ou menos, como um bem de Giffen: os preços das ações têm subido e atraído recursos de investimento que são escassos e, por isso, têm de buscar as melhores alternativas possíveis.

Apesar dos prognósticos ruins, das empresas que vêm cortando gastos e postos de trabalho, a economia brasileira tem boas possibilidades de superar a crise antes dos outros países. Não apenas por seus méritos, mas por uma política governamental arriscada de elevar gastos e esticar as carteiras de empréstimo dos bancos estatais para manter o consumo aquecido.

Enquanto isso ocorrer, o capital externo continuará entrando e animando a alta das ações.

Até onde esse movimento é sustentável? Assim como as batatas podres de Giffen, que geraram uma lei econômica a partir de uma situação excepcional, a valorização da bolsa está dependendo de uma confluência de fatores excepcionais, ou seja, difícil de se manter no longo prazo.

Por isso, a valorização das ações pode ser seguida por um longo período de estagnação ou, menos provavelmente, um rápido retrocesso das cotações. Tradução: a bolsa está cara, apesar de estar muito distante dos picos do ano passado.

O investidor vai saber que deve voltar a pensar em comprar ações quando ler notícias de retomada dos investimentos diretos, com investidores internacionais comprando participações ou o controle de empresas brasileiras, ou abrindo escritórios e plantas por aqui.

Enquanto isso não ocorrer, será difícil imaginar que a bolsa vai manter a trajetória de valorização.

* O jornalista Cláudio Gradilone assina a coluna Portfólio para a Reuters; as opiniões expressas são de sua responsabilidade.
http://www.estadao.com.br/noticias/econ ... 0129,0.htm

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#105 Mensagem por Carnage » 27 Abr 2009, 15:26

http://www.viomundo.com.br/opiniao/a-cr ... ue-parece/
A crise nos Estados Unidos: é mais grave do que parece
Atualizado em 26 de abril de 2009 às 21:31 | Publicado em 25 de abril de 2009 às 22:33

http://www.viomundo.com.br/img/casas.jpg

por Luiz Carlos Azenha

Os cheerleaders do mercado já estão em polvorosa, abanando os seus pompons como se torcida fosse o suficiente para ajudar a economia.

É minha crença que fazem isso para dar cobertura ao dinheiro inteligente, o smart money, que reduz as perdas enquanto empurra os micos para os suspeitos de sempre -- fundos de pensão, empresas públicas e governos.

Quanto o Brasil vai crescer em 2009? Lá atrás eu dizia: foguetório por minha conta se crescer 2%. O governo Lula tomou uma série de medidas positivas, especialmente no financiamento de casa própria para quem ganha até três salários mínimos. É uma medida de inclusão social que ainda ajuda a estimular a construção civil e a indústria em geral.

Quanto aos Estados Unidos, reproduzo o gráfico acima para dar a vocês uma idéia da gravidade da crise. Ele registra estatísticas do Departamento de Comércio sobre o início de construção de novas casas, desde 1959. Foram apenas 510 mil unidades em março de 2009, o pior índice desde que a coleta dos números começou.

A casa é o principal bem durável do americano. É a principal forma de poupança. É contra o valor da casa que os americanos fazem empréstimos. É refinanciando a casa que os americanos arranjam uma grana extra para comprar um segundo automóvel, por exemplo.

Foi refinanciando as casas que os americanos conseguiram grana para torrar em jipões nos anos 80 e 90. Os gastos de consumo giram 2/3 da economia americana, um número impressionante.

O desabamento do mercado imobiliário fragiliza ainda mais o motor da economia dos Estados Unidos: o consumidor. Ele não tem lastro para emprestar como antes, gasta menos e faz a economia real desabar.

Há alguns meses nos Estados Unidos o problema era que os bancos temiam emprestar. Crise de crédito. O problema agora é que os consumidores não podem mais emprestar. O governo transferiu bilhões para o mercado financeiro. Os bancos vão tapar seus rombos. Mas como é que vão ganhar dinheiro emprestando se a indústria corta a produção, diante do consumidor em crise?

A economia americana pode até ensaiar um vôo de galinha, mas parece que o que vem mais adiante é depressão econômica. Igual ou pior que a de 1929? É a pergunta do momento.

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