Edu28 escreveu:Dexei carregando o episodio 4, e assisti.
Vou postar como se fosse um TD.
TD Neutro
Achei interessante o conceito. O áudio poderia (deveria) ser melhor. Por muitas vezes fica difícil entender direito o que os atores falam (principalmente se tiver barulho por perto, o que foi o caso quando assisti). Se não der para melhorar o áudio, acho que os atores devem se esforçar mais em falarem, como dizemos, 'pra fora', com as palavras bem pronunciadas, alto e claramente.
Bem, percebe-se que se passa no Rio pelo sotaque dos atores. Eu sei que deve ter cliente que chega de camiseta e jeans pra um TD de 350 reais. Mas, mesmo no Rio, acho que ficou pouco realístico o visual do cliente. E em termos de realismo, a pouca sensualidade do jeito de falar e da intereção entre os dois também me pareceu pouco realística, fora os beijinhos no rosto de despedida (pelo menos por aqui um atendimento desses a maioria não daria Positivo). Imagino que a intenção não seja mostrar sexo e gente se beijando e se pegando. Mas pelo menos para clientes assistindo, fica um tanto estranho e pouco realístico a frieza toda da interação. Parecia mesmo um consultório médico (talvez seja isso, não vi os outros episódios).
Se achei graça? humm

nada que me empolgasse, e principalmente por isso o neutro.
Achei bem interessantes as observações do Mr. Caos, concordo com várias delas.
De fato, na parte técnica, deveria haver uma melhora no som, porque em vários momentos mal deu pra ouvir o que os atores diziam. O cenário também merecia uma melhora, assim como o figurino. Afinal de contas, não condiz muito com a realidade de uma garota de programa se apresentar para o cliente com lingeries tão pouco sensuais como as que aparecem em alguns episódios.
Mas o problema maior creio ser o texto. O enredo proposto em cada episódio chama a atenção, mas o seu desenvolvimento se revela fraco, a despeito do esforço da atriz Diana Behrens. Os diálogos ficam perdidos e a história invariavelmente apresenta um anticlimax, quer dizer, espera-se demais por um desfecho que decepciona, tanto como mensagem quanto como peça de humor. Os episódios "Violência" e "Casal" são exemplos de como não se deve terminar um texto. Nesse último, aliás, o tédio da personagem na cama com a esposa do cliente parace refletir a insatisfação da atriz com o roteiro carente de falas interessantes.
Quero mais uma vez elogiar a atuação da Diana Behrens, uma atriz muito bonita e ao seu modo bastante sensual, com pitadas de humor bem colocadas. Mas, obviamente, não pode fazer milagre, muito mais em se considerando os atores ruins que forma escolhidos para contracenar. Muitos deles mal se conseguia ouvir as falas e a falta de expressão incomodava.
A despeito dessas críticas, gostei muito da iniciativa, embora não ache nada muito criativo, em se considerando o recente sucesso do filme "Bruna Surfistinha". Acho que quanto mais se falar sobre a vida das garotas de programa, mais avançará a sua desmistificação.
Agora, para uma melhora nos textos, acho que os criadores deveriam se esforçar numa pesquisa de campo mais profundo, inclusive consultando os clientes, para no mínimo tomar contato com o outro lado da moeda. Bastará para ver que a coisa não é bem assim, não é exatamente da forma que foi exposta. Muito menos como foi mostrado no filme da "Surfistinha", que beira a uma história do Walt Disney.
Nesse mister, aconselho a começar por ler os TDs postados pelos foristas aqui no GPGuia, sobretudo os mais antigos e experientes na zona do meretrício.
Finalmente, no "quesito humor", creio que é possível se trabalhar um pouco mais sob a inspiração de muitos TDs - ou seja, com fonte na própria realidade. Com isso, poderia até se explorar melhor o potencial da Diana.
É isso, boa sorte.
Roman Barak.