12/06/2009 - 17h28
Ao menos 16 novos casos de Aids são confirmados em indústria pornô dos EUA
Los Angeles (EUA), 12 jun (EFE) - As autoridades sanitárias do condado de Los Angeles informaram hoje pelo menos 16 novos casos de Aids entre atores da indústria pornográfica do sul da Califórnia, de acordo com a imprensa local.
Estes novos casos, somados ao de uma atriz que foi diagnosticada esta semana com a doença e que renovou as dúvidas sobre os métodos de prevenção à doença no setor, elevam para 22 o número de atores infectados nos últimos cinco anos.
Um relatório das autoridades locais reacendeu a polêmica sobre a histórica oposição da indústria pornográfica contra uma maior regulação e o uso de preservativos nesse tipo de filme, pois apontava diretamente contra a Fundação de Saúde Médica para a Indústria de Adultos (AIM, na sigla em inglês), clínica que faz testes do vírus HIV.
A AIM informou, nesta semana, sobre o contágio de uma atriz pornô, o primeiro registrado na indústria desde 2004, mas não publicou o nome da paciente, nem o de seu empregador.
As produções pornográficas foram paralisadas em 2004, durante quatro semanas, por medo de um contágio em massa. "A AIM nunca cooperou conosco", disse o porta-voz da divisão de Segurança e Saúde Ocupacional do condado de Los Angeles, Dean Frye, ao jornal "Los Angeles Times".
A atriz foi confirmada como HIV positivo, no dia 4 de junho, segundo o diretor médico da AIM, o doutor Colin Hamblin. A intérprete trabalhou no dia seguinte, por razões que Hamblin disse ainda estar sob investigação, e que, no dia 6, um segundo teste na atriz voltou a dar positivo.
Segundo a AIM, a intérprete esteve com dois parceiros sexuais, desde que foi diagnosticada com a doença. Um é um ator pornô com o qual trabalhou no dia 5 e o outro é seu namorado. Os dois homens tiveram relações sexuais com outras seis pessoas, que foram notificadas da situação e que também foram testadas. Até agora, nenhum deles foi confirmado como HIV positivo.
Os dados do relatório preocupam as autoridades do condado de Los Angeles, já que a atividade pornográfica desenvolvida no sul da Califórnia é uma das principais do mundo, com 200 companhias que empregam cerca de cinco mil pessoas, incluindo 1.200 atores.