Situação na Bolívia

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Situação na Bolívia

#1 Mensagem por Carnage » 28 Nov 2007, 10:59

Um olhar sobre o que está acontecendo:

http://viomundo.globo.com/site.php?nome ... dicao=1544
Refrão de música dá o tom da crise boliviana: "Negros parecem baratas que se amontoam no lixo"

"Manifestante se protege durante choques ocorridos nas ruas de Sucre, na Bolívia, contra aprovação de nova Constituição". A legenda foi publicada pela "Folha Online". Um dos mortos na Bolívia foi um policial, espancado. Mas como isso pegaria mal para as forças que se opõem a Evo Morales, a mídia brasileira não deu destaque. Policial morto só se chora se for no Rio de Janeiro.

Tenho amigos que insistem: se você não lê a imprensa brasileira e não vê a TV brasileira, como pretende criticá-la? De fato, não assino jornais, pouco vejo TV. Acho, sinceramente, uma perda de tempo. E a manipulação, a distorção e a omissão de informações é tamanha que prefiro me informar pela imprensa internacional: New York Times, Washington Post, El Pais, La Nacion, Tal Cual, Agencia Bolivariana de Notícias, Telesur, The Economist, Financial Times, BBC, The Guardian, The Independent e assim por diante. É de graça. E meu dinheiro não financia golpismos.

A situação na Bolívia é altamente complexa. Envolve questões de autonomia regional, da coleta de impostos e da aplicação de recursos obtidos com a venda de gás. Porém, a oposição politizou tudo aquilo que poderia desgastar o governo de Evo Morales, embora a economia do país, em crescimento, tenha beneficiado tanto aos mais ricos quanto aos mais pobres.

O Ivo Pugnaloni me mandou este artigo, publicado no "La Nación" da Argentina, que resume os distúrbios dos últimas dias na Bolívia:

"SUCRE - Os distúrbios que sacodem esta cidade desde que a maioria governista na Assembléia Constituinte aprovou a nova Constituição sem a presença da oposição continuaram ontem em um clima de violência e saques que deixaram ao menos três mortos, entre eles um policial que foi linchado. Em suas primeiras declarações sobre a pior crise que enfrenta em 22 meses de governo, o presidente Evo Morales avalizou a Constituição - aprovada por 136 votos dos 255 constituintes - e pediu um pacto social para apaziguar Sucre.

"Quero pedir ao povo boliviano serenidade e tranquilidade. E às autoridades quero pedir-lhes que trabalhem pela paz com justiça social", disse Morales. O presidente, além disso, responsabilizou "pequenos grupos oligárquicos, que se opõem à mudança e que sempre foram contra a Constituinte" por promover os protestos em Sucre, anunciando uma investigação sobre os incidentes.

Os fortes choques entre a polícia e opositores do governo, em sua maioria estudantes, tiveram lugar perto do colégio militar onde a assembléia deliberava. Um civil e um policial morreram ontem, com o que se elevou a três o total de vítimas desde que começaram os distúrbios, anteontem. Além disso, há cerca de 200 feridos.

Os ataques contra a polícia e a morte de um de seus agentes forçou o deslocamento das forças de segurança até a cidade vizinha de Potosí, "por falta de garantias". À noite, quando se fechava esta edição, a situação parecia voltar à precária normalidade. Em meio ao caos e aproveitando o débil controle policial, cerca de 120 presos fugiram da prisão de San Roque, em Sucre, depois de um motim.

"Na prisão havia 133 presos, mas parece que agora só restam 13", informou Daqysy Aguilar, diretora do setor penitenciário do departamento de Chuquisaca.
Segundo informaram fontes do hospital Santa Bárbara, um jovem chegou ontem sem vida, com uma ferida de bala nas costas, enquanto outra pessoa estava entre a vida e a morte. O advogado Gonzalo Durán, de 29 anos, havia falecido anteontem "com uma ferida de bala no tórax", segundo fontes médicas. Apesar dessas informações, o ministro do Interior, Juan Ramón Quintana, insistiu que a polícia utilizou apenas gás lacrimogêneo e balas de borracha para reprimir as manifestações e que o calibre das balas que provocaram as mortes não corresponde ao da munição utilizada pelo Exército.

O terceiro morto é o policial Jimmy Quispe, que foi "seqüestrado e linchado" por moradores, segundo informou ontem o comandante da polícia da Bolívia, general Miguel Vásquez. Acrescentou que os manifestantes incendiaram o edifício onde funciona a Unidade de Trânsito da Polícia, o quartel de bombeiros de Sucre e 30 viaturas policiais. A morte de Quispe e os ataques dos manifestantes contra unidades policiais levaram Vásquez a ordenar a retirada das unidades até que o governo dê garantias.

"Não existindo as garantias, retiramos todos os policiais", disse Vásquez, que acrescentou: "Nós também fomos atacados e queremos evitar mais enfrentamentos. Se a população de Sucre não quer ver a polícia, sairemos da cidade".

Os distúrbios começaram na sexta-feira, quando o partido do governo Movimento ao Socialismo (MAS) decidiu retomar as sessões da Assembléia Constituinte, paralisada há três meses, em um prédio militar fora de Sucre, para evitar os protestos. Os manifestantes exigiam que a nova Constituição aprovasse o retorno das sedes do Executivo e do Legislativo a Sucre, retirando-as de La Paz. A decisão de retomar as deliberações não foi acatada pela oposição, que não se apresentou.

A maioria governista aprovou, sábado a noite, a nova Constituição, que agora deverá ser aprovada artigo por artigo. Depois dos distúrbios, a Assembléia foi suspensa novamente, já que os 136 membros foram retirados de madrugada, em caravana, para Potosí. Em sua mensagem de ontem para pedir tranquilidade à população, Morales afirmou que a questão da transferência plena da capital para Sucre tornou-se um tema político, mas afirmou que a nova Constituição "garante o equilíbrio de interesses entre os departamentos de La Paz e Chuquisaca". O projeto de Constituição aprovado confirma Sucre como capital oficial da Bolívia, como sede do Poder Judiciário e do poder eleitoral que se pretende criar."
Do La Nación com as agências AFP, EFE, AP e DPA.

Publicado em 26 de novembro de 2007

Subiu para quatro o número de mortos na Bolívia. A ascensão do índio Evo Morales ao poder levou ao renascimento de grupos fascistas bolivianos, como o Nación Camba, além de manifestações explícitas de racismo. Um pequeno exemplo está aqui, na TV Viomundo.

Acrescentado em 26 de novembro de 2007

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Kengo
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#2 Mensagem por Kengo » 28 Nov 2007, 12:49

Carnage,
Sei lá de onde você tirou a citação mas veja você o que ela contêm:

"prefiro me informar pela imprensa internacional: New York Times, Washington Post, El Pais, La Nacion, Tal Cual, Agencia Bolivariana de Notícias, Telesur, The Economist, Financial Times, BBC, The Guardian, The Independent e assim por diante."
Para se informar sobre o Brasil o cara lê a imprensa estrangeira, alegando que
"meu dinheiro não financia golpismos"
É díficil de se acreditar que a imprensa estrangeira, em especial a americana, tenha menos participação do que a imprensa nacional em conspirações para golpes de Estado! Em seguida ele faz todo um relato sobre A BOLÍVIA e não sobre O Brasil. O que temos a ver com os problemas bolivianos? Não conseguimos resolver nem aquilo que nos interessa (a estatização da PETROBRÁS, por exemplo) o que dirá daquilo que não tem nenhuma relevância para nós! Eu odeio o Evo Morales, mas o foda da democracia é isso: dar a quem odiamos os mesmos direitos que nós temos. Evo Morales foi eleito democraticamente por um bando de plantadores de coca e sei lá mais quem e isso é a verdade. Se entrou democraticamente, só deve sair democraticamente e pelas mãos de seu próprio povo e não por que setores não o querem. Para mim, no próprio texto da citação, pesam coisas a favor de Evo Morales, veja:
", embora a economia do país, em crescimento, tenha beneficiado tanto aos mais ricos quanto aos mais pobres"
"Os distúrbios que sacodem esta cidade desde que a maioria governista na Assembléia Constituinte aprovou a nova Constituição sem a presença da oposição"
"A decisão de retomar as deliberações não foi acatada pela oposição, que não se apresentou"
"A maioria governista aprovou, sábado a noite, a nova Constituição, que agora deverá ser aprovada artigo por artigo."
E por aí vai. Enfim, odio o cara, e acho que ele tá fazendo sacanagem, mas tudo dentro das regras que os próprios bolivianos criaram, então, eles que limpem a merda, eles que digam ao Evo "pede pra sair" igual um truta conhecido de todos faz! rsrsrsrs
Quanto a imprensa brasileira eu acredito piamente que essa deturpação de imprensa pela qual estamos passando seja reflexo do lixo que se aprende nas faculdades de jornalismo de que dispomos hoje.

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#3 Mensagem por Carnage » 28 Nov 2007, 13:51

Kengo escreveu:Carnage,
Sei lá de onde você tirou a citação mas veja você o que ela contêm(...)
O link de onde eu tirei está em cima.

Eu escrevi "Um olhar sobre o que está acontecendo" justamente por partir de um cara enviesado à favor do Lula e outros líderes Sul-Americanos, que gosta de ler imprensa internacional.

Concordo que a imprensa internacional também possa ser dirigida por interesses e opiniões, mas já li diversos jornalistas brasileiros dizendo que lá fora, quando um jornal é a favor de determinado grupo, ele informa isso aos seus leitores, diferente do Brasil, onde os jornais noticiam segundo seus interesses e de seus aliados mas posam de isentos.

Realmente não temos nada a ver com os problemas particulares da Bolívia, mas o assunto está sendo amplamente noticiado aqui no Brasil, e eu acho mesmo que esta serve a interesses que querem a Ámercia do Sul dividida em lutas internas para não se fortalecer frente aos EUA e a Comunidade Européia, e ficar enternamente sendo manipulada por estes. Por isso o que se fala aqui sempre tem a conotação de que estes líderes são loucos, tiranos e beligerantes. Mas acho que tem sim um contrapartida.

Quando estudantes na Venezuela protestam contra o governo e destroem o campus de uma faculdade eles estão lutando contra um governo tirano e sendo reprimidos.
Quando estudantes no Brasil invadem um campus, são baderneiros que a polícia tem que remover imediatamente.

Onde está a verdade?

Acho que nem mesmo eu sei, mas é interessante ler de todas as fontes. Se você sabe inglês, dê uma lidinha nas mídias mencionadas. Colha informações e tire suas prórprias conclusões. Ao invéz de aceitar cegamente tudo o que a mídia brasileira nos impõe.

Mesmo dentro do Brasil existem várias opções de informativos na internet.

abs

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#4 Mensagem por superdinamo » 28 Nov 2007, 16:04

A situação na Bolívia está ruim e se alguém tentar melhorar, vai acabar piorando. Quando o povinho é limitado, não há mágica política que dê jeito. Sou totalmente cético em relação à capacidade do Estado de promover mudanças sociais significativas. Todas as tentativas de reengenharia do indivíduo feitas de cima pra baixo (o novo homem socialista, que piada!!!) terminaram em catástrofe. O que ocorre é justamente o contrário, é o povo que faz o Páis. E se o povo tem uma cultura atrasada, é intelectualmente limitado, é emocional ao invés de racional, a política irá refletir isso inexoravelmente.

Tá certo que tem aquela história de tentar fazer uma limonada com os limões. O problema é que às vezes tem limão demais e pouco açúcar.

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#5 Mensagem por wheresgrelo » 28 Nov 2007, 16:56

superdinamo escreveu:A situação na Bolívia está ruim e se alguém tentar melhorar, vai acabar piorando. Quando o povinho é limitado, não há mágica política que dê jeito. Sou totalmente cético em relação à capacidade do Estado de promover mudanças sociais significativas. Todas as tentativas de reengenharia do indivíduo feitas de cima pra baixo (o novo homem socialista, que piada!!!) terminaram em catástrofe. O que ocorre é justamente o contrário, é o povo que faz o Páis. E se o povo tem uma cultura atrasada, é intelectualmente limitado, é emocional ao invés de racional, a política irá refletir isso inexoravelmente.

Tá certo que tem aquela história de tentar fazer uma limonada com os limões. O problema é que às vezes tem limão demais e pouco açúcar.

Uma pergunta básica???

Na hora que deu merda, Onde está o CHAVES????

o falastrão vazou, vazou, vazou...

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#6 Mensagem por Kengo » 28 Nov 2007, 17:05

CARALHO CARNAGE, ME DÊ UMA BRECHA PARA EU DISCORDAR DE TI!:lol: :lol: :lol:


Concordo com você na questão de que a imprensa brasileira deveria anunciar seu candidato e apoia-lo explicitamente. É rídiculo o que a Folha de São Paulo faz, ela proíbe que seus funcionários votem (um direito assegurado na constituição) alegando que para ser um veículo apartidário ela impede seus funcionários de votarem. Já começa com o paradoxo: um meio de comunicação proíbe seus funcionários de execerem o direito ao voto. Seria mais justo para com ela, a Folha, seus funcionários e a sociedade que ela anunciasse seu candidato, como fazem nos states.

Concordo em tudo o que você disse sobre os interesses que querem ver a América do sul desunida, mas isso acontece por termos chefes de estado que realmente aprentam traços de personalidade loucas, tiranas e beligerantes. A melhor mentira é aquela recheada com meia verdade.

No mais eu tenho a mesma opinião que você. Apenas creia que eu não aceito tudo o que a imprensa me mostra. Em casa mesmo fomos vitimas da globo e de sua sede por sensacionalismo e é impressionante como ela massacara a vida de uma pessoa sem o menor direito de resposta. Os repórteres vem lhe entrevistam e sua opinião não é exposta. Resta a você reclamar seus direitos na Justiça!. E aí, meu amigo, depois que seu nome saí no programa da Ana Maria braga, em todos os jornais diários e em todos os programas de fofoca da tarde dizendo que você é um ser inescrupuloso e que fez isso e aquilo fica difícil recuperar a sua credibilidade, e isso Carnage não tem preço.

Acredite, eu não acredito cegamente em tudo oo que saí na imprensa.

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#7 Mensagem por TRICOLAÇO-TRI MUNDIAL » 28 Nov 2007, 18:58

COMO DIZIA MINHA VÓ.
DIGA COM QUEM ANDAS QUE DIREI QUE ÉS.
EVO MORALES,CHAVES E LULA.
SÃO FARINHA DO MESMO SACO.
O LULA MOLUSCO CORNO MANSO JA SE FUDEU NA BOLIVIA.
INVESTIU COM A PETROBRAS E O INDIO SE APOSSOU.
E VAI COLOCAR MAIS DINHEIRO LA E FALA QUE OS BOLIVIA SÃO COITADINHOS E SÃO UNS DOS POVOS MAIS CARENTES DA AME´RICA DO SUL.
VAI SER CORNO E BURRO NA PQP.

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#8 Mensagem por Tricampeão » 28 Nov 2007, 19:44

Eu também não freqüento a imprensa nacional. Para saber o que se passa no Brasil, é melhor ler os jornais argentinos e mexicanos na Internet. Geralmente não têm interesse em manipular as notícias e cumprem regras básicas do jornalismo, como ouvir os dois lados, por exemplo.
A imprensa americana é pior do que a nossa. Só é um pouco mais eficiente: a Fox conseguiu roubar a eleição para o Bush sem maiores dificuldades; quando a Globo tentou fazer o mesmo com o Brizola no Rio, foi desmascarada e passou vexame, e isso no tempo da ditadura e sem urna eletrônica.
Acho os jornais ingleses legais pra saber sobre a Europa e os EUA; daqui não falam quase nada, infelizmente. Engraçado que com Independent, Times e Guardian disponíveis on-line pra pescar matérias, a Globo geralmente cita o Sun, que é uma merda, tipo esses de 25 centavos daqui.
Notícias da Ásia e da Oceania dá pra pegar nos jornais indianos em inglês: Hindu, Hindustan Times, etc. Também trazem uma visão diferente sobre Europa e América.

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#9 Mensagem por Carnage » 29 Nov 2007, 09:26

Kengo escreveu:CARALHO CARNAGE, ME DÊ UMA BRECHA PARA EU DISCORDAR DE TI!
Sempre!! ::ok::

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#10 Mensagem por ussama » 01 Dez 2007, 00:10

vide abaixo minha assinatura.

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#11 Mensagem por Compson » 13 Dez 2007, 22:48

A Constituição do Morales foi promulgada...
Os estados de oposição ameaçam se separar...

E se se separarem, esses estados, que tem as principais reservas de petróleo e gás, vão devolver as usinas da Petrobrás no preço pago, já que elas foram estatizadas pelo índio populista?

Ou isso não tem problema?

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Re: Situação na Bolívia

#12 Mensagem por Carnage » 11 Mar 2013, 16:25

http://terramagazine.terra.com.br/blogd ... morales-1/
A volta por cima do índio Evo Morales (1)

Por mais incorreto, ainda permanece um ar entre o incrédulo e o jocoso com relação a mulheres ocupando o cargo de mais altas mandatárias de nações.

Se na América do Sul, e demonstrando perfis de mando ousados, firmes ou impositivos, cresce o tom das piadas e descrenças.

É o percebido ultimamente em rodas que “se acham”, esta doença sem vacina na Casa Grande, e que aproxima as presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, e do Brasil, Dilma Rousseff.

Por enquanto, em termos de alerta, do tipo “tomara que não”. Não o quê, cara pálida? Descambe?

Da chilena Michelle Bachelet, falaram menos. Eles veem o Chile de forma diferente. Disciplinado, alto nível cultural, economia equilibrada.

Se os chilenos elegeram uma mulher socialista, que teve o pai assassinado pela ditadura militar e foi presa, torturada e exilada com a mãe, não tem problema, eles sabem o que fazem.

Mas se vocês estão pensando que fujo dos assuntos econômicos para discutir o preconceito sul-americano com mulheres no poder, estão enganados.

Vou discutir economia e um homem, o presidente da Bolívia, Evo Morales.

Quando Juan Evo Morales Ayma, em 2006, foi eleito presidente da Bolívia, perdi a conta de quantas vezes li e ouvi sobre o fracasso que seria o seu governo.

Depois de alguns incidentes econômicos e diplomáticos com o Brasil, chegou-se a propor intervenção armada. Nossa política externa foi considerada fraca e covarde.

Evo era um índio. Usava roupas típicas, jogava peladas de futebol, dividia o país com benefícios tributários que prejudicavam regiões bolivianas mais endinheiradas, afastava as multinacionais. Pior, dava-se bem com Hugo Chávez.

Na primeira década deste século, não apenas o governante da Bolívia foi visto assim.

Varridos por uma onda neoliberal, que fazia engordar o rentismo e definhar a atividade produtiva e as camadas mais pobres da população, em vários países, foram eleitos governos mais à esquerda.

Com diferenças de matizes, assim foi em Paraguai, Uruguai, Chile, Bolívia, Venezuela, Peru, Equador, Argentina e Brasil.

Se por coincidir com um período suculento de crescimento da economia mundial ou por eficácia nas políticas internas – mais provável uma combinação de fatores -, o fato é que, praticamente, todos esses países se deram bem.

Muitos continuam assim. Cresceram e distribuíram renda. Depois de séculos de senzalas dominadas, isso é o que mais interessa.

Dentre eles, os casos mais emblemáticos sempre pareceram ser os de Bolívia e Paraguai, cerceados por longos períodos de ditadura militar e que, entre 1932 e 1935, tiveram a infelicidade de se confrontarem na Guerra do Chaco.

Os dois países sempre povoaram o imaginário da reação nacional como os de maiores atrasos. Por aqui, desrespeitosamente, viraram folclore.

Pois é, vai bem a Bolívia do índio Evo Morales.

Continuo amanhã.
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... vo-morales
A volta por cima do índio Evo Morales (2)

Ontem, paramos a conversa eu dizendo que o índio Evo Morales havia dado a volta por cima.

Desacreditado no início, hoje, além de um bom índice de aprovação interna e alta taxa de crescimento econômico, o país tem sido reconhecido no exterior como politicamente estável. Muitos poderão dizer que isso se deve aos bons ventos do mercado de commodities e preços do gás natural. O mesmo que dirão sobre o petróleo venezuelano e os minérios, soja e carnes brasileiros.

Mas não é isso o que temos? E quando não foi assim?

Fato é que, em 2012, o PIB da Bolívia cresceu 5,2%, com inflação na casa de 4,5%. Comparem com o “pibinho” e a inflação por aqui. Na América do Sul, somente Peru, Chile e Venezuela cresceram pouco mais do que os bolivianos.

Importante notar que o governo de Evo Morales faz crescer o país sem fazer piruetas com o déficit fiscal, mantendo um superávit da ordem de 1,8% do PIB.

Com isso, ganha credibilidade e investimentos inéditos num país décadas perseguido pela falta de confiança.

Em seus pronunciamentos, o governo credita as conquistas, sobretudo, ao mercado interno. Emprego, renda e consumo. Quer afastar qualquer suspeita de exercer política econômica neoliberal.

Na empreita, rebaixa o fato de que suas exportações de gás natural para Brasil e Argentina, aumentadas em volume e preços, cresceram mais de 40%, em 2012.

Não deveriam desculpar-se ou esconder a importância de suas exportações de uma nota só. Exportar mais não é apanágio exclusivo de rotas neoliberais.

Ou lhes parece neoliberal um governo que aumentou o índice de estatização do principal setor da economia, o de hidrocarbonetos, de 18%, em 2005, para os atuais 34%?

Imaginem isso acontecendo no Brasil e quantas passeatas “Cansei” e manchetes amaldiçoando o governo já teriam ocorrido.

No mais, e por todos os índices que se escolher para analisar o desempenho da economia boliviana, encontraremos sucesso.

Até agora, na Bolívia, o índio eleito presidente parece preferir um Stradivarius a um apito. É um virtuose perto de alguns colonizadores.

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