Hoje o mercado da prostituição modernizou-se e a profissão ganhou o título de "garota de programa", nem puta e nem acompanhante de luxo mas garota de programa. Denominação adequada as necessidades da classe média que deseja apenas um programa, bate-bola rápido para tirar o estresse e seguir a vidinha de rotina. Programa de programado, sequêncial, linear, objetivo e prático. Assim funciona a vida na classe média, tal qual um programa de computador, tudo previsível e programado para que o risco seja mínimo e a satisfação garantida. Classe média odeia correr riscos e ama a segurança. E para completar, com o advento da internet, surgiram os sites de acompanhantes e os fóruns, como este.
Mas por mais que se modernize uma coisa não muda. Na relação cliente/prostituta o protagonista sempre será a garota, sempre. Não tem jeito. O cara paga para ser coadjuvante da situação. Essa é a verdade. A mulher sempre esteve no domínio, seja usando uma carinha de vítima tal qual Jode Foster em Taxí Driver, ou na condição de sedutora fatal de Catherine Deneuve, ou ainda na figura de uma puta adolescente que enrola um pobre velho, como no livro Memórias de Minhas Putas Tristes.
No fórum gpguia, ao longo de seus 5 anos, tem-se travado uma luta incessante na busca de uma garota de programa submissa ao forista e que atenda as suas expectativas da melhor maneira, tanto financeira como sexual. Era intenção do fórum ser o Procon da Putaria mas será que conseguiu este intento? Creio que não, apesar do esforço. E não faço aqui uma crítica ao fórum, não é isso. Minha opinião é que é inevitável que seja assim. A mulher sempre estará no comando. Seja manipulando (no mau sentido) os foristas ou forjando situações que lhe sejam favoráveis. E não adianta impedir que elas postem ou criar um milhão de regras. A fraqueza do homem pelo rabo de saia aliado ao seu individualismo e ego derrubam qualquer proteção. Minimizar possíveis desvios de foco é necessário mas não é tarefa fácil. Recusar a mulher gostosa lhe abanando o rabo grande ou lhe oferecendo o número do celular dela que só (ai ai ai) vc terá é uma tarefa árdua. E essa situação chega a ser traumática para o forista, tanto é que criaram um consultório virtual com terapeutas (ou teraputas, como queiram) virtuais para dar conselhos ao putanheiro confuso com relação a sua condição e ao mundo de conflitos que o cerca.
E nesse jogo o pobre pensa que explora. O rico pensa que compra, o classe média pensa que usa e todos pensam que marginalizam. Mas na verdade quem comanda são elas.
A Bruna Surfistinha é um caso simbólico. Quantos e quantos textos já não foram escritos aqui no fórum? Quantos e quantos blogs não surgem na rede todos os dias? Mas só um blog chamou atenção e virou livro. De todos os usuários que já passaram por este fórum apenas um virou livro, e não foi um homem, foi uma puta.
É a derrocada do homem e, especialmente, do homem de classe média que passa toda sua vida pagando impostos, reclamando do governo (principalmente se for de esquerda e operário) e torcendo para seu time preferido.
Hoje a mulher ganha posição de destaque na sociedade deixando sua condição aparentemente secundária e isso talvez faça com que o papel da prostituta seja ainda mais valorizado, já que a mulher independente dificulta a conquista de amantes por parte do homem. A necessidade que o homem tem de copular com várias mulheres tende a ser saciada cada vez mais com as serviçais do sexo ao invés das amantes, já que a esposa independente não faz vistas grossas, ao contrário da mulher dependente e submissa ao dinheiro do seu marido.
Amigos, somos uma confraria aqui, mais do que qualquer coisa, mas não podemos tapar o sol com a peneira e não falar a verdade. Podemos nos unir, sermos cumplices uns do outros, tudo isso é válido, mas nada impedirá que elas comandem as ações.
E fascínio ou repulsa é uma questão de ponto de vista. Dois lados da mesma moeda.