Mestre dos magos escreveu:
"Presidente...manda uma crônica a respeito de sua aventura com a BB
Sds,
Mestre"
Aqui está.
CLINTON VAI AO SWING
Ao contrário do que andam afirmando as vozes maledicentes, não sou um sonegador. Sou apenas um homem ocupado e estava sem tempo para relatar essa rodada de TDs, que me disponho a narrar agora.
Incitado pelas más companhias (leia-se Suzuki e Steve), resolvi fazer uma lauta refeição nesse "Rodízio de Bucetas".
Primeiramente, quero dizer que essa história de que C&C signifique "Casal & Companhia" é colóquio flácido para acalentar bovinos. Na verdade, C&C significa "Chanas & Caralhos", pois é isso o que se vê por lá em profusão.
Segundamente, esses eufemismos na razão social não condizem com a natureza do lugar. Durante muito tempo li muita conversa fiada a respeito de "swing". Tenho uma terrível compulsão a não conseguir ficar quieto sem ler alguma coisa que me venha às mãos. Em algum desses consultórios da vida, seja de dentista ou proctologista (é tudo a mesma merda, porque enfiam os dedos na gente), vi-me na contingência de ter que ler uma revista Nova, que eu denomino como “a revista da mulher orgasmática”. Pois bem, havia lá uma matéria sobre “swing”, que repetindo outras, veio com aquela cantilhena de que o casal estava com sua vida sexual caindo na rotina, que algum deles sugeriu “por que não conhecermos o “swing”, que conheceram outro casal experiente, que estavam muito nervosos, que não sabiam se iam ter ciúmes um do outro, que tiveram um prazer inimaginado, que hoje freqüentam as casas de “swing”, que só se relacionam com outros casais sérios, que tudo é feito com muito carinho e respeito, que blá-blá-blá, blá-blá-blá, blá-blá-blá.
Tudo baboseira, pois a realidade é da forma como vou compartilhar com os nobres camaradas, que perdem seus preciosos tempos lendo as bobagens que escrevo.
Quando um casal justifica para sociedade de que está indo a um “swing”, porque isso apimenta a relação entre eles, está na verdade é tentando ser educado com a sua cara-metade, posto que já enjoou de seus genitais, mas não tem coragem de confessar os fatos dessa forma nua e crua.
Quando o marido diz:
- Querida, vamos ao swing?
Na verdade ele quer dizer:
- Bruaca, vamos pra putaria que eu não agüento mais essa sua buceta velha. Vou te levar que é pra você não ficar me enchendo o saco.
E quando ela responde:
- Claro meu amor, vamos fazer tudo juntos, sem segredos.
Ela quer dizer:
- Vamos, quem sabe assim eu encontro um que o pau levante.
Pois é, meus caros, esse verniz de casal moderninho é apenas desculpa social de casamento falido. Um marido que leva a patroa para o swing quer mais é que ela se foda. Em todos os sentidos!
Digo tudo isso, não por um preconceito ignorante, mas pelo que vi e constatei com esses olhos que a terra há de comer, se eu não for cremado antes.
Faltam-me palavras para descrever o lugar, pois ninguém melhor que ElPatrio para narrar ambientes obscuros com tendências alucinógenas. Mas vou tentar, começando pelo começo.
AS TRATATIVAS
Se a patroa sabe que eu sou amigo de dois sujeitos como o Steve e o Suzuki, pede o divórcio imediatamente. O Suzuki basta olhar a cara; parece uma fuinha tarada procurando carne de buceta.
O Steve, ao contrário, é um “gentleman”, aquele genro que toda sogra quer ter. Mas debaixo dessa pele de cordeiro oculta-se um chacal babão e sem escrúpulos, pronto a dar o bote na primeira bunda que se aproxime.
Pois foram esses dois que me levaram à perdição, embotando meu raciocínio e me convencendo que nunca é tarde para se ir a uma suruba. Ainda bem que eles não esperaram eu completar 90 anos para me dizer isso...
Como tenho personalidade fraca e sou suscetível ao canto da sereia, fui.
A minha swingueira-metade: Valquiria Treviani. Belos peitos, bela bunda e, acima de tudo, vontade de dar.
O AMBIENTE
Já fui a muitos puteiros, mas o ambiente de uma casa de swing é algo completamente diferente. Da mesma forma que um Bomboa na vida, respira-se sexo no ambiente, mas de uma forma diversa, em que a mulher está mais disponível, não importando o lugar em que você esteja. Se quiser dar uma trepada no corredor, sem problemas. Se quiser um boquete enquanto assiste à televisão, tudo bem.
Aquela meia-luz e a sensação de total disponibilidade, lembra mais as cenas de filme em que se mostra a degradação final do personagem, que atinge o auge de sua decadência, sem noção de passado, presente e futuro.
A sensação, ao menos a minha, é de que aquele era um momento marcante da vida, o instante em que, se houver Deus, ele irá passar o filminho em que eu estou dançando ensanduichado entre a Valquíria e a Bebeloira e me perguntar no Juízo Final: “Seu merda, foi para isso que Eu te fiz?" E eu responderei, todo enxavido: “O Senhor me desculpe, mas tava bão demais! Condene-me ao fogo eterno, eu sei que mereço.”
Desde pequeno, quando eu descobri para quê serve um pau duro, comecei a sonhar (sonho mesmo) que chegava a um lugar, escolhia uma mulher e sem conversar passava-a na vara. Igual aqueles filmes pornôs, em que o leiteiro bate na porta, atende uma gostosa e ele já começa o serviço sem conversar, dizer o nome ou dar tempo para a ereção.
Num canto do bar, havia um daqueles casais “moderninhos” de mais de 50 anos. A coroa me fitava com um olhar cobiçoso, enquanto eu pensava: “pode tirar o cavalo da chuva, tia, porque eu não compactuo sexo com a geração Woodstock. Tome vergonha na cara e vá para casa cuidar de seus netos!”
Sobre a mesa, alguns petiscos, que eu comi lembrando da música "Tragédia Afrodisíaca", do Língua de Trapo:
“...........................
Mas antes do amor ser consumado
Quis ter o estômago forrado
Pra evitar humilhação
Corri pruma cantina italiana
Pedi filé a parmegiana
Com catuaba, arroz e pão
(para surpresa do garção)
De quebra um prato de sopa bem morna
Vinte ovinhos de codorna
Tudo ao molho vinagrete
(para encarar o tête-à-tetê)
Comi mais do que um monge tibetano
A sobremesa foi tutano
Pra aumentar minha energia
......................”
Torcia para que aquela gororoba toda não se revoltasse contra mim, principalmente os patês, que fariam um belo estrago numa cama coletiva.
Antes do embate, a Valquíria me arrastou para a pista de dança, onde pude dar uma clara demonstração de meus dotes chacoalhantes, cultivados desde os tempos da discoteca, ao som de uma música bate-estaca, que nem de longe me lembrava o Santa Esmeralda (“...please don’t let me be misunderstood...”).
Apesar de estar em plena consciência, afinal recusei-me a beber para não dar vexames de virilidade, sentia-me como um viciado em plena viagem lisérgica, em que a música, as pessoas e vozes se uniam de forma desconectada no cérebro, como uma luz estroboscópica que transforma nossa percepção em flashes.
A FODELANÇA
Nem só de embalos de quinta à noite vive um putanheiro e se era sexo que eu queria, as bucetas estavam todas ali, à disposição.
Sugeri à Valquíria que fôssemos aos trabalhos de sondagem das entranhas uterinas, no que ela prontamente aquiesceu. Pois foi naquele maldito andar superior que eu senti o peso de 40 anos de uma educação de rígidos princípios éticos e morais. Não obstante a minha obstinada resistência a esses padrões, eles teimam em me acompanhar, de tal forma que não me deixam encarar como algo natural uma cama de quase dez metros quadrados, com um bando de alucinados se esfregando e cobiçando a mulher do próximo.
Aliás, por falar em próximo, o meu próximo mais próximo era um grandissíssimo filho da puta. Além de estar trepando com uma mulher que era um bagulho, ficou bolinando a minha, enquanto eu tentava me concentrar para desfrutar a parte que me cabia naquele latifúndio ginecológico. E não é que aquele bucéfalo, que provavelmente tinha Mal de Parkinson, pois não parava com a mão, errou o alvo e acabou bolinando a mim!!!
Antes que eu me visse na condição daquele português (“parem esta suruba, que já me comeram o cu 3 vezes e eu ainda não comi ninguém!”) retirei-me daquele campo de batalha e fui terminar o que havia começado no reservado mesmo.
Realmente, há certas coisas que não funcionam para um homem normal, mesmo um desclassificado como eu e uma dessas coisas é o sexo grupal. Bom de se ver em filmes, mas péssimo para se atuar.
No reservado pude desfrutar das delícias de um ambiente em que o cacete mais próximo é aquele que eu carrego desde que nasci e a buceta está ali à frente dele, à disposição nas mais diversas posições.
De quebra, ainda fomos tomar um banho no chuveiro coletivo, onde fui brindado com um belo boquete da Valquíria. Meu único medo era escorregar na porra de alguém.
De volta ao bar, quem eu vejo abandonada num canto? Bebeloira. Hummm.
Após uma breve shimbação, convidei-a para um téte-a-téte. No reservado, porque no camão eu não daria mais o ar da graça do meu pênis. Surpreendentemente, ela, em evidente atitude de ânus glicosado, pretextou fidelidade ao Steve. Não me fiz de rogado e do alto de meu quase 1,90m fui perguntar ao Steve se havia algum problema em ele me ceder a patroa. Sujeito boa praça esse Steve. Tal qual um bom esquimó, ele concordou, como se nada quisesse em troca. Depois eu soube que ele foi comer a Valquíria, mas tudo bem, não sou ciumento, até porque estávamos ali num rodízio de bucetas mesmo. Até agora não sei se ele concordou comigo porque é meu amigo, ou porque eu estava de pau duro na frente dele, depois da shimbação com a Bebê.
Fomos ao reservado. Apresentam-se aqui e agora, as perguntas que eu tanto ouvi nestes dias e não querem calar. Mas Clinton, você comeu a Bebeloira? Ela é gorda? Foi bom? Ela trepa bem? Chupa como dizem?
Vamos por partes:
1) Comeu a Bebeloira?
Comi. Ou ela me comeu, dependendo do ponto de vista, pois há correntes doutrinárias que defendem a tese de que se a buceta envolve o pinto, é a mulher que come o homem. Porém, fiquemos nas definições tradicionais: comi, porque se eu disser que fui comido, vão acabar maldando que ela enfiou o dedo no meu cu, o que é privilégio do meu proctologista, mas isto é tema para a próxima crônica.
2) Ela é gorda?
Segundo me disse a própria, ela fez um regime, de forma que as banhas d’antanho parecem ser coisa do passado, no que eu agradeço comovido à divina providência e à bicicleta ergométrica. Não se trata de uma mulher pequena e o codinome Bebê não se encaixa de forma adequada a uma bunda daquelas proporções, mas tem a consistência de um baby-beef, que deve ser comido bem passado no espeto.
3) Foi bom?
Foi ótimo! Comer uma mulher gostosa às custas do Steve é algo que chega a ser comovente. Isto me faz afirmar com convicção que, quem tem amigo nunca fica com o pau na mão. Steve, te desejo muita saúde, disposição, trabalho, dinheiro no bolso e que continue com essa proverbial falta de juízo!
4) Ela trepa bem?
Trepa. Assim como a Valquíria, ela trepou na costa do sofá e fico a me perguntar que estrago elas fariam em uma escada...
5) Chupa como dizem?
Sou um sujeito honesto e nesta condição sou obrigado a admitir: levanta pau de defunto. Ela tem o Dom Divino do sopro da vida em um caralho inerte.
Após este embate com a Bebê, ainda me arrisquei a outra trepada com a Valquíria num quarto semi-coletivo. Porém, a presença de um ex-jogador de futebol, até bem conhecido, impediu-me de concluir os trabalhos que estavam bem encaminhados, até ele se aninhar ao nosso lado. Aquela mão boba da primeira coletiva me deixou traumatizado...
Ainda tentei uma última e derradeira trepada com a Bebê no reservado, mas o local estava lotado pois, pelo visto, eu não era o único “travado” naquelas bandas. Ela ainda me levou para a cama coletiva, mas quando lá cheguei, havia um séquito atrás de mim, composto do Steve, Suzuki, Codenys e Pinto Armado. Antes que a buceta da Bebê ficasse mais congestionada que a 23 de maio às 6 da tarde, retirei-me, a bem de minhas pregas, pois não sou de dar as costas a indivíduos sedentos de sexo, até porque não fiquei controlando o quanto eles já tinham bebido. A única coisa que sabia, é que eu estava sóbrio e, portanto, era ainda proprietário de meu cu.
Na saída, a Gabrielle, que havia ido acompanhada do GP, disse-me que precisava ir embora e se eu podia acompanhá-la para sair. Para quem não sabe, em casas de swing só se entra ou sai em duplas. Concordei e fomos colocar nossas roupas. O bom desses lugares é o fator surpresa. Pois não é que já nos vestiários resolvi ao menos aproveitar que a Gabrielle estava na minha frente e começamos um roça-bucho ali mesmo, culminando com um boquete memorável, sob o olhar atento de uma platéia.
A partir dali eu entendi o porquê do velho jargão, repetido à exaustão pelos habitués desses lugares:
ESSA PORRA VICIA!