Um conto de Putaria escrito por membros do GPGuia - Autor: muitos foristas insanos

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Maestro Alex
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Um conto de Putaria escrito por membros do GPGuia - Autor: muitos foristas insanos

#1 Mensagem por Maestro Alex » 18 Ago 2005, 17:01

A PROPOSTA É INICIAR UM CONTO SOBRE PUTARIA ESCRITO A TODAS AS MÃOS POSSÍVEIS... DAQUELES QUE TIVEREM VONTADE DE ESCREVER E CONTINUAR COM A IDÉIA INICIAL...
PARA ISTO SÓ TEREMOS QUE IR COPIANDO E COLANDO A CADA NOVO POST OU COLABORAÇÃO... TOPAM?
SE A MODERAÇÃO ACHAR QUE NÃO É LEGAL... PODE LIMAR A VONTADE....
DAREI O COMEÇO:


Marcelo era um homem de aproximadamente 50 anos, bem sucedido e já estava no quarto casamento. Tinha uma filha acabando a faculdade de Direito do seu primeiro casamento, e um filho de 4 anos do último casamento. Mantinha boa relação com as ex-esposas e pagava religiosamente a pensão a todas elas. Sua esposa atual era uma mulher bonita, atraente e ainda jovem, beirando os 30 anos.
Marcelo mantinha uma saúde de ferro, e como o dinheiro não era problema estava sempre em forma com academia tratamentos de rejuvenescimento e check-ups constantes. Nosso amigo em questão tinha um defeitinho desde o seu primeiro casamento... Não conseguia viver sem putaria... entrava em todas do trash ao sofisticado, não podia parar... e esse defeitinho foi o pivô do fim do seu primeiro casamento, já que num descuido tinha passado uma DST a sua esposa. Ele não conseguia parar com o vício... precisava de mulheres, sempre variadas de todas as cores, de todos o tipos. Estava realmente apaixonado pela sua esposa, que não negava fogo nunca..., muito pelo contrário, era chegada numa boa sacanagem. Mas..., ele não conseguia parar e práticamente quase todo dia antes de ir para casa precisava de um pulo de cerca.
Alguns dias atrás, precisando dar uma variada decidiu ir num puteiro trash e...

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Clinton
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#2 Mensagem por Clinton » 19 Ago 2005, 07:36

Meus caros,

Na condição de falecido moderador desta área, fui convocado a opinar. Entendo que a idéia é boa e deva ser levada adiante.

Saneei o tópico. Botem a cabeça para funcionar, continuem a história e vamos ver como acabará essa bagaça.

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Maestro Alex
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#3 Mensagem por Maestro Alex » 19 Ago 2005, 08:29

Clinton escreveu:Meus caros,

Na condição de falecido moderador desta área, fui convocado a opinar. Entendo que a idéia é boa e deva ser levada adiante.

Saneei o tópico. Botem a cabeça para funcionar, continuem a história e vamos ver como acabará essa bagaça.
OBRIGADO FALECIDO POR ENTENDER A MINHA IDÉIA!

COLEGAS:
OS QUE VÃO ESCREVER LEMBREM SEMPRE DE COPIAR O QUE JÁ FOI FEITO... COLAR... E A PARTIR DALI CONTINUAR A ESCREVER!
TODOS PODEM PARTICIPAR FILIADOS AOS PARTIDOS, MEMBROS DO FÓRUM E GP´S QUE SEMPRE COLABORAM NOS TÓPICOS.... VAMOS ROMÁNTICA MEYRE GUEIXA... :lol: :lol: :lol:

com E Truman... DESTA VEZ COLABORAR COM SERIEDADE E COM AS REGRAS.....

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#4 Mensagem por Horista » 19 Ago 2005, 11:00

pfspbr escreveu:
Marcelo era um homem de aproximadamente 50 anos, bem sucedido e já estava no quarto casamento. Tinha uma filha acabando a faculdade de Direito do seu primeiro casamento, e um filho de 4 anos do último casamento. Mantinha boa relação com as ex-esposas e pagava religiosamente a pensão a todas elas. Sua esposa atual era uma mulher bonita, atraente e ainda jovem, beirando os 30 anos.
Marcelo mantinha uma saúde de ferro, e como o dinheiro não era problema estava sempre em forma com academia tratamentos de rejuvenescimento e check-ups constantes. Nosso amigo em questão tinha um defeitinho desde o seu primeiro casamento... Não conseguia viver sem putaria... entrava em todas do trash ao sofisticado, não podia parar... e esse defeitinho foi o pivô do fim do seu primeiro casamento, já que num descuido tinha passado uma DST a sua esposa. Ele não conseguia parar com o vício... precisava de mulheres, sempre variadas de todas as cores, de todos o tipos. Estava realmente apaixonado pela sua esposa, que não negava fogo nunca..., muito pelo contrário, era chegada numa boa sacanagem. Mas..., ele não conseguia parar e práticamente quase todo dia antes de ir para casa precisava de um pulo de cerca.
Alguns dias atrás, precisando dar uma variada decidiu ir num puteiro trash e...
...se lembrou do que tinha aprendido no GPGUIA: em se tratando de puteiro trash, não tem pra ninguém: PREDIÃO é o que há.
Tirou a gravata, vestiu uma velha camiseta do PT, um bermudão desbotado, pegou um xerox do RG, 10 notas de 5 reais, um pacote de camisinhas, e seguiu rumo à rua dos Andradas, 69.

Sem pensar muito, e temendo ser reconhecido, Marcelo entrou rapidamente no predião. No elevador, deu de cara com a ascensorista, a lendária tiazinha da bengala... ela não deixou de reparar na camiseta do PT: "E aí, veio gastar o MENSALÃO aqui? Dá um real, pra mim, aí".
Antes que Marcelo se decidisse se dava 1 real pra tia ou não, o elevador chegou ao oitavo andar.

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#5 Mensagem por MadMax » 19 Ago 2005, 11:21

Horita escreveu:
pfspbr escreveu:
Marcelo era um homem de aproximadamente 50 anos, bem sucedido e já estava no quarto casamento. Tinha uma filha acabando a faculdade de Direito do seu primeiro casamento, e um filho de 4 anos do último casamento. Mantinha boa relação com as ex-esposas e pagava religiosamente a pensão a todas elas. Sua esposa atual era uma mulher bonita, atraente e ainda jovem, beirando os 30 anos.
Marcelo mantinha uma saúde de ferro, e como o dinheiro não era problema estava sempre em forma com academia tratamentos de rejuvenescimento e check-ups constantes. Nosso amigo em questão tinha um defeitinho desde o seu primeiro casamento... Não conseguia viver sem putaria... entrava em todas do trash ao sofisticado, não podia parar... e esse defeitinho foi o pivô do fim do seu primeiro casamento, já que num descuido tinha passado uma DST a sua esposa. Ele não conseguia parar com o vício... precisava de mulheres, sempre variadas de todas as cores, de todos o tipos. Estava realmente apaixonado pela sua esposa, que não negava fogo nunca..., muito pelo contrário, era chegada numa boa sacanagem. Mas..., ele não conseguia parar e práticamente quase todo dia antes de ir para casa precisava de um pulo de cerca.
Alguns dias atrás, precisando dar uma variada decidiu ir num puteiro trash e...
...se lembrou do que tinha aprendido no GPGUIA: em se tratando de puteiro trash, não tem pra ninguém: PREDIÃO é o que há.
Tirou a gravata, vestiu uma velha camiseta do PT, um bermudão desbotado, pegou um xerox do RG, 10 notas de 5 reais, um pacote de camisinhas, e seguiu rumo à rua dos Andradas, 69.

Sem pensar muito, e temendo ser reconhecido, Marcelo entrou rapidamente no predião. No elevador, deu de cara com a tiazinha da bengala... ela não deixou de reparar na camiseta do PT: "E aí, veio gastar o MENSALÃO aqui? Dá um real, pra mim, aí".
Antes que Marcelo se decidisse se dava 1 real pra tia ou não, o elevador chegou ao oitavo andar.
Vendo que era uma boa oportunidade para economizar alguns trocados, Marcelo saíu rapidamente do elevador. A Tia, mais puta do que nunca, lhe cutucou enfiando a bengala na sua bunda e dizendo:
"Dá 1 Real aí, Tio"

Mas Marcelo não tinha R$ 1. Tinha apenas 10 notas de R$ 5, além de uma moedinha de 10 centavos que tinha tomado de um "nóia" lá embaixo que, muito louco com crack na cabeça, dizia ser suficiente para comprar toda aquela "bosta de prédio".

Marcelo rapidamente via num flash sua última semana... cansado, estressado com o trabalho, irritado com a 3a mulher que lhe pedia uma ajudinha extra mensal... e agora, num muquifo dos infernos em pleno centro, com uma bengala pressionando-lhe pela retaguarda. Onde iria parar? Qual seria o próximo passo, se é que haveria mais algum? Se sentiu no fundo do poço. Na sarjeta. Na lama.

Eis que a Tia, num gesto de habilidade, moveu a bengala com força para baixo e arriou sua bermuda velha desbotada e sua cueca samba canção de seda. Que cena mais trash! Digna realmente do predião. Aquela bunda branca, peluda, no meio do corredor. Mas o pior estava por vir. Da cueca de Marcelo cai o macinho com as 10 notas de R$ 5. Todas espalhadas pelo chão...

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J76
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#6 Mensagem por J76 » 19 Ago 2005, 16:12

MadMax escreveu:
Horita escreveu:
pfspbr escreveu:
Marcelo era um homem de aproximadamente 50 anos, bem sucedido e já estava no quarto casamento. Tinha uma filha acabando a faculdade de Direito do seu primeiro casamento, e um filho de 4 anos do último casamento. Mantinha boa relação com as ex-esposas e pagava religiosamente a pensão a todas elas. Sua esposa atual era uma mulher bonita, atraente e ainda jovem, beirando os 30 anos.
Marcelo mantinha uma saúde de ferro, e como o dinheiro não era problema estava sempre em forma com academia tratamentos de rejuvenescimento e check-ups constantes. Nosso amigo em questão tinha um defeitinho desde o seu primeiro casamento... Não conseguia viver sem putaria... entrava em todas do trash ao sofisticado, não podia parar... e esse defeitinho foi o pivô do fim do seu primeiro casamento, já que num descuido tinha passado uma DST a sua esposa. Ele não conseguia parar com o vício... precisava de mulheres, sempre variadas de todas as cores, de todos o tipos. Estava realmente apaixonado pela sua esposa, que não negava fogo nunca..., muito pelo contrário, era chegada numa boa sacanagem. Mas..., ele não conseguia parar e práticamente quase todo dia antes de ir para casa precisava de um pulo de cerca.
Alguns dias atrás, precisando dar uma variada decidiu ir num puteiro trash e...
...se lembrou do que tinha aprendido no GPGUIA: em se tratando de puteiro trash, não tem pra ninguém: PREDIÃO é o que há.
Tirou a gravata, vestiu uma velha camiseta do PT, um bermudão desbotado, pegou um xerox do RG, 10 notas de 5 reais, um pacote de camisinhas, e seguiu rumo à rua dos Andradas, 69.

Sem pensar muito, e temendo ser reconhecido, Marcelo entrou rapidamente no predião. No elevador, deu de cara com a tiazinha da bengala... ela não deixou de reparar na camiseta do PT: "E aí, veio gastar o MENSALÃO aqui? Dá um real, pra mim, aí".
Antes que Marcelo se decidisse se dava 1 real pra tia ou não, o elevador chegou ao oitavo andar.
Vendo que era uma boa oportunidade para economizar alguns trocados, Marcelo saíu rapidamente do elevador. A Tia, mais puta do que nunca, lhe cutucou enfiando a bengala na sua bunda e dizendo:
"Dá 1 Real aí, Tio"

Mas Marcelo não tinha R$ 1. Tinha apenas 10 notas de R$ 5, além de uma moedinha de 10 centavos que tinha tomado de um "nóia" lá embaixo que, muito louco com crack na cabeça, dizia ser suficiente para comprar toda aquela "bosta de prédio".

Marcelo rapidamente via num flash sua última semana... cansado, estressado com o trabalho, irritado com a 3a mulher que lhe pedia uma ajudinha extra mensal... e agora, num muquifo dos infernos em pleno centro, com uma bengala pressionando-lhe pela retaguarda. Onde iria parar? Qual seria o próximo passo, se é que haveria mais algum? Se sentiu no fundo do poço. Na sarjeta. Na lama.

Eis que a Tia, num gesto de habilidade, moveu a bengala com força para baixo e arriou sua bermuda velha desbotada e sua cueca samba canção de seda. Que cena mais trash! Digna realmente do predião. Aquela bunda branca, peluda, no meio do corredor. Mas o pior estava por vir. Da cueca de Marcelo cai o macinho com as 10 notas de R$ 5. Todas espalhadas pelo chão...
Ai, já vi né meus amigos..., foi aquele alvoroço só, Marcelo tentou pegar o dinheiro que havia caido de sua cueca, mas tomou uma bengalada da tia no meio da cabeça que quase o levou a nocalte. Afinal das contas, aquele dinheiro era pra ele gastar com a coisa que mais gostava na vida.

As putas sairam gritando: _ '' O Filho da Puta ta no esquema do Valerio, vamos arrancar o pinto dele''.

Ao ouvir estas palavras, Marcelo deu um salto que quase foi parar no teto e com uma destreza impar, nosso heroi desceu as escadas daquele andar fetido, correndo, afim de encontrar um porto seguro.

Mas como bom putanheiro que Marcelo é, e apesar do ocorrido, ele ainda queria uma mulher para matar sua sede de sexo.............

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ElPatrio
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#7 Mensagem por ElPatrio » 19 Ago 2005, 19:26

J76 escreveu:
MadMax escreveu:
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Marcelo era um homem de aproximadamente 50 anos, bem sucedido e já estava no quarto casamento. Tinha uma filha acabando a faculdade de Direito do seu primeiro casamento, e um filho de 4 anos do último casamento. Mantinha boa relação com as ex-esposas e pagava religiosamente a pensão a todas elas. Sua esposa atual era uma mulher bonita, atraente e ainda jovem, beirando os 30 anos.
Marcelo mantinha uma saúde de ferro, e como o dinheiro não era problema estava sempre em forma com academia tratamentos de rejuvenescimento e check-ups constantes. Nosso amigo em questão tinha um defeitinho desde o seu primeiro casamento... Não conseguia viver sem putaria... entrava em todas do trash ao sofisticado, não podia parar... e esse defeitinho foi o pivô do fim do seu primeiro casamento, já que num descuido tinha passado uma DST a sua esposa. Ele não conseguia parar com o vício... precisava de mulheres, sempre variadas de todas as cores, de todos o tipos. Estava realmente apaixonado pela sua esposa, que não negava fogo nunca..., muito pelo contrário, era chegada numa boa sacanagem. Mas..., ele não conseguia parar e práticamente quase todo dia antes de ir para casa precisava de um pulo de cerca.
Alguns dias atrás, precisando dar uma variada decidiu ir num puteiro trash e...
...se lembrou do que tinha aprendido no GPGUIA: em se tratando de puteiro trash, não tem pra ninguém: PREDIÃO é o que há.
Tirou a gravata, vestiu uma velha camiseta do PT, um bermudão desbotado, pegou um xerox do RG, 10 notas de 5 reais, um pacote de camisinhas, e seguiu rumo à rua dos Andradas, 69.

Sem pensar muito, e temendo ser reconhecido, Marcelo entrou rapidamente no predião. No elevador, deu de cara com a tiazinha da bengala... ela não deixou de reparar na camiseta do PT: "E aí, veio gastar o MENSALÃO aqui? Dá um real, pra mim, aí".
Antes que Marcelo se decidisse se dava 1 real pra tia ou não, o elevador chegou ao oitavo andar.
Vendo que era uma boa oportunidade para economizar alguns trocados, Marcelo saíu rapidamente do elevador. A Tia, mais puta do que nunca, lhe cutucou enfiando a bengala na sua bunda e dizendo:
"Dá 1 Real aí, Tio"

Mas Marcelo não tinha R$ 1. Tinha apenas 10 notas de R$ 5, além de uma moedinha de 10 centavos que tinha tomado de um "nóia" lá embaixo que, muito louco com crack na cabeça, dizia ser suficiente para comprar toda aquela "bosta de prédio".

Marcelo rapidamente via num flash sua última semana... cansado, estressado com o trabalho, irritado com a 3a mulher que lhe pedia uma ajudinha extra mensal... e agora, num muquifo dos infernos em pleno centro, com uma bengala pressionando-lhe pela retaguarda. Onde iria parar? Qual seria o próximo passo, se é que haveria mais algum? Se sentiu no fundo do poço. Na sarjeta. Na lama.

Eis que a Tia, num gesto de habilidade, moveu a bengala com força para baixo e arriou sua bermuda velha desbotada e sua cueca samba canção de seda. Que cena mais trash! Digna realmente do predião. Aquela bunda branca, peluda, no meio do corredor. Mas o pior estava por vir. Da cueca de Marcelo cai o macinho com as 10 notas de R$ 5. Todas espalhadas pelo chão...
Ai, já vi né meus amigos..., foi aquele alvoroço só, Marcelo tentou pegar o dinheiro que havia caido de sua cueca, mas tomou uma bengalada da tia no meio da cabeça que quase o levou a nocalte. Afinal das contas, aquele dinheiro era pra ele gastar com a coisa que mais gostava na vida.

As putas sairam gritando: _ '' O Filho da Puta ta no esquema do Valerio, vamos arrancar o pinto dele''.

Ao ouvir estas palavras, Marcelo deu um salto que quase foi parar no teto e com uma destreza impar, nosso heroi desceu as escadas daquele andar fetido, correndo, afim de encontrar um porto seguro.

Mas como bom putanheiro que Marcelo é, e apesar do ocorrido, ele ainda queria uma mulher para matar sua sede de sexo.............
...Porém, no desespero de fugir, Marcelo havia deixado a sua grana espalhada pelo chão do predião e não tinha dinheiro nem pra cagar. Na expectativa de encontrar alguns trocados Marcelo fuçou no bolso de trás da bermuda velha e pegou sua carteira. Abriu, vasculhou e viu que só tinha mesmo a xerox do rg, a camisinha e um mini-calendário com o distintivo do Corinthians . Só de pensar que a poucas quadras de onde ele estava havia um banco e que naquele banco ele tinha uma bolada aplicada num fundo de investimento mas que naquelas condições ele nem sequer conseguiria entrar no banco, seria barrado na porta automática ao ser confundido com um maltrapilho de rua, isso o deixava angústiado e sem esperanças. Desamparado, Marcelo perambulou sem rumo pelas ruas do Centrão todo pensativo na esperança de encontrar alguma solução. De cabeça baixa, absorto em pensamentos, Marcelo trombou com um gordão no meio da rua, levantou a cabeça e se desculpou com o obeso. O gordo de olhar sinistro começou a rir de forma macabra olhando fixamente nos olhos de Marcelo. Fazendo com que Marcelo sentisse um calafrio na espinha e pensasse "Esse gordo deve ser bicha". Nosso herói caminhou mais 5 passos e olhou para trás para ver se o gordo não o estava seguindo. E para sua surpresa e espanto o gordo havia sumido completamente. Marcelo parou e começou a vasculhar com os olhos tudo aos seu redor sem encontrar o gordo. É muito prum dia só já devo estar delirando, pensou Marcelo. Marcelo procurou esquecer do gordo e pensar em mulher, continuou seguindo caminhado pela rua em meio a multidão. Foi quando Marcelo passou em frente a um cinê pornô e então teve uma idéia. Entrou naquele estranho e obscuro cinema com sua camisa do PT surrada dirigindo-se até a bilheteria ...

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Maestro Alex
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#8 Mensagem por Maestro Alex » 20 Ago 2005, 10:23

ElPatrio escreveu:
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Marcelo era um homem de aproximadamente 50 anos, bem sucedido e já estava no quarto casamento. Tinha uma filha acabando a faculdade de Direito do seu primeiro casamento, e um filho de 4 anos do último casamento. Mantinha boa relação com as ex-esposas e pagava religiosamente a pensão a todas elas. Sua esposa atual era uma mulher bonita, atraente e ainda jovem, beirando os 30 anos.
Marcelo mantinha uma saúde de ferro, e como o dinheiro não era problema estava sempre em forma com academia tratamentos de rejuvenescimento e check-ups constantes. Nosso amigo em questão tinha um defeitinho desde o seu primeiro casamento... Não conseguia viver sem putaria... entrava em todas do trash ao sofisticado, não podia parar... e esse defeitinho foi o pivô do fim do seu primeiro casamento, já que num descuido tinha passado uma DST a sua esposa. Ele não conseguia parar com o vício... precisava de mulheres, sempre variadas de todas as cores, de todos o tipos. Estava realmente apaixonado pela sua esposa, que não negava fogo nunca..., muito pelo contrário, era chegada numa boa sacanagem. Mas..., ele não conseguia parar e práticamente quase todo dia antes de ir para casa precisava de um pulo de cerca.
Alguns dias atrás, precisando dar uma variada decidiu ir num puteiro trash e...
...se lembrou do que tinha aprendido no GPGUIA: em se tratando de puteiro trash, não tem pra ninguém: PREDIÃO é o que há.
Tirou a gravata, vestiu uma velha camiseta do PT, um bermudão desbotado, pegou um xerox do RG, 10 notas de 5 reais, um pacote de camisinhas, e seguiu rumo à rua dos Andradas, 69.

Sem pensar muito, e temendo ser reconhecido, Marcelo entrou rapidamente no predião. No elevador, deu de cara com a tiazinha da bengala... ela não deixou de reparar na camiseta do PT: "E aí, veio gastar o MENSALÃO aqui? Dá um real, pra mim, aí".
Antes que Marcelo se decidisse se dava 1 real pra tia ou não, o elevador chegou ao oitavo andar.
Vendo que era uma boa oportunidade para economizar alguns trocados, Marcelo saíu rapidamente do elevador. A Tia, mais puta do que nunca, lhe cutucou enfiando a bengala na sua bunda e dizendo:
"Dá 1 Real aí, Tio"

Mas Marcelo não tinha R$ 1. Tinha apenas 10 notas de R$ 5, além de uma moedinha de 10 centavos que tinha tomado de um "nóia" lá embaixo que, muito louco com crack na cabeça, dizia ser suficiente para comprar toda aquela "bosta de prédio".

Marcelo rapidamente via num flash sua última semana... cansado, estressado com o trabalho, irritado com a 3a mulher que lhe pedia uma ajudinha extra mensal... e agora, num muquifo dos infernos em pleno centro, com uma bengala pressionando-lhe pela retaguarda. Onde iria parar? Qual seria o próximo passo, se é que haveria mais algum? Se sentiu no fundo do poço. Na sarjeta. Na lama.

Eis que a Tia, num gesto de habilidade, moveu a bengala com força para baixo e arriou sua bermuda velha desbotada e sua cueca samba canção de seda. Que cena mais trash! Digna realmente do predião. Aquela bunda branca, peluda, no meio do corredor. Mas o pior estava por vir. Da cueca de Marcelo cai o macinho com as 10 notas de R$ 5. Todas espalhadas pelo chão...
Ai, já vi né meus amigos..., foi aquele alvoroço só, Marcelo tentou pegar o dinheiro que havia caido de sua cueca, mas tomou uma bengalada da tia no meio da cabeça que quase o levou a nocalte. Afinal das contas, aquele dinheiro era pra ele gastar com a coisa que mais gostava na vida.

As putas sairam gritando: _ '' O Filho da Puta ta no esquema do Valerio, vamos arrancar o pinto dele''.

Ao ouvir estas palavras, Marcelo deu um salto que quase foi parar no teto e com uma destreza impar, nosso heroi desceu as escadas daquele andar fetido, correndo, afim de encontrar um porto seguro.

Mas como bom putanheiro que Marcelo é, e apesar do ocorrido, ele ainda queria uma mulher para matar sua sede de sexo.............
...Porém, no desespero de fugir, Marcelo havia deixado a sua grana espalhada pelo chão do predião e não tinha dinheiro nem pra cagar. Na expectativa de encontrar alguns trocados Marcelo fuçou no bolso de trás da bermuda velha e pegou sua carteira. Abriu, vasculhou e viu que só tinha mesmo a xerox do rg, a camisinha e um mini-calendário com o distintivo do Corinthians . Só de pensar que a poucas quadras de onde ele estava havia um banco e que naquele banco ele tinha uma bolada aplicada num fundo de investimento mas que naquelas condições ele nem sequer conseguiria entrar no banco, seria barrado na porta automática ao ser confundido com um maltrapilho de rua, isso o deixava angústiado e sem esperanças. Desamparado, Marcelo perambulou sem rumo pelas ruas do Centrão todo pensativo na esperança de encontrar alguma solução. De cabeça baixa, absorto em pensamentos, Marcelo trombou com um gordão no meio da rua, levantou a cabeça e se desculpou com o obeso. O gordo de olhar sinistro começou a rir de forma macabra olhando fixamente nos olhos de Marcelo. Fazendo com que Marcelo sentisse um calafrio na espinha e pensasse "Esse gordo deve ser bicha". Nosso herói caminhou mais 5 passos e olhou para trás para ver se o gordo não o estava seguindo. E para sua surpresa e espanto o gordo havia sumido completamente. Marcelo parou e começou a vasculhar com os olhos tudo aos seu redor sem encontrar o gordo. É muito prum dia só já devo estar delirando, pensou Marcelo. Marcelo procurou esquecer do gordo e pensar em mulher, continuou seguindo caminhado pela rua em meio a multidão. Foi quando Marcelo passou em frente a um cinê pornô e então teve uma idéia. Entrou naquele estranho e obscuro cinema com sua camisa do PT surrada dirigindo-se até a bilheteria ...
... Mas..., faltando poucos passos para chegar na bilheteria, ele fica parado, quieto, com a visão perdida, olhando sem olhar. Sua mente o leva até o início de tudo, de quando aos treze anos o seu pai o levou num puteiro para virar homem, como presente de aniversário. Começa a ver um filme da sua vida de putas até que..

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Clinton
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#9 Mensagem por Clinton » 20 Ago 2005, 11:03

pfspbr escreveu:
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J76 escreveu:
MadMax escreveu:
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Marcelo era um homem de aproximadamente 50 anos, bem sucedido e já estava no quarto casamento. Tinha uma filha acabando a faculdade de Direito do seu primeiro casamento, e um filho de 4 anos do último casamento. Mantinha boa relação com as ex-esposas e pagava religiosamente a pensão a todas elas. Sua esposa atual era uma mulher bonita, atraente e ainda jovem, beirando os 30 anos.
Marcelo mantinha uma saúde de ferro, e como o dinheiro não era problema estava sempre em forma com academia tratamentos de rejuvenescimento e check-ups constantes. Nosso amigo em questão tinha um defeitinho desde o seu primeiro casamento... Não conseguia viver sem putaria... entrava em todas do trash ao sofisticado, não podia parar... e esse defeitinho foi o pivô do fim do seu primeiro casamento, já que num descuido tinha passado uma DST a sua esposa. Ele não conseguia parar com o vício... precisava de mulheres, sempre variadas de todas as cores, de todos o tipos. Estava realmente apaixonado pela sua esposa, que não negava fogo nunca..., muito pelo contrário, era chegada numa boa sacanagem. Mas..., ele não conseguia parar e práticamente quase todo dia antes de ir para casa precisava de um pulo de cerca.
Alguns dias atrás, precisando dar uma variada decidiu ir num puteiro trash e...
...se lembrou do que tinha aprendido no GPGUIA: em se tratando de puteiro trash, não tem pra ninguém: PREDIÃO é o que há.
Tirou a gravata, vestiu uma velha camiseta do PT, um bermudão desbotado, pegou um xerox do RG, 10 notas de 5 reais, um pacote de camisinhas, e seguiu rumo à rua dos Andradas, 69.

Sem pensar muito, e temendo ser reconhecido, Marcelo entrou rapidamente no predião. No elevador, deu de cara com a tiazinha da bengala... ela não deixou de reparar na camiseta do PT: "E aí, veio gastar o MENSALÃO aqui? Dá um real, pra mim, aí".
Antes que Marcelo se decidisse se dava 1 real pra tia ou não, o elevador chegou ao oitavo andar.
Vendo que era uma boa oportunidade para economizar alguns trocados, Marcelo saíu rapidamente do elevador. A Tia, mais puta do que nunca, lhe cutucou enfiando a bengala na sua bunda e dizendo:
"Dá 1 Real aí, Tio"

Mas Marcelo não tinha R$ 1. Tinha apenas 10 notas de R$ 5, além de uma moedinha de 10 centavos que tinha tomado de um "nóia" lá embaixo que, muito louco com crack na cabeça, dizia ser suficiente para comprar toda aquela "bosta de prédio".

Marcelo rapidamente via num flash sua última semana... cansado, estressado com o trabalho, irritado com a 3a mulher que lhe pedia uma ajudinha extra mensal... e agora, num muquifo dos infernos em pleno centro, com uma bengala pressionando-lhe pela retaguarda. Onde iria parar? Qual seria o próximo passo, se é que haveria mais algum? Se sentiu no fundo do poço. Na sarjeta. Na lama.

Eis que a Tia, num gesto de habilidade, moveu a bengala com força para baixo e arriou sua bermuda velha desbotada e sua cueca samba canção de seda. Que cena mais trash! Digna realmente do predião. Aquela bunda branca, peluda, no meio do corredor. Mas o pior estava por vir. Da cueca de Marcelo cai o macinho com as 10 notas de R$ 5. Todas espalhadas pelo chão...
Ai, já vi né meus amigos..., foi aquele alvoroço só, Marcelo tentou pegar o dinheiro que havia caido de sua cueca, mas tomou uma bengalada da tia no meio da cabeça que quase o levou a nocalte. Afinal das contas, aquele dinheiro era pra ele gastar com a coisa que mais gostava na vida.

As putas sairam gritando: _ '' O Filho da Puta ta no esquema do Valerio, vamos arrancar o pinto dele''.

Ao ouvir estas palavras, Marcelo deu um salto que quase foi parar no teto e com uma destreza impar, nosso heroi desceu as escadas daquele andar fetido, correndo, afim de encontrar um porto seguro.

Mas como bom putanheiro que Marcelo é, e apesar do ocorrido, ele ainda queria uma mulher para matar sua sede de sexo.............
...Porém, no desespero de fugir, Marcelo havia deixado a sua grana espalhada pelo chão do predião e não tinha dinheiro nem pra cagar. Na expectativa de encontrar alguns trocados Marcelo fuçou no bolso de trás da bermuda velha e pegou sua carteira. Abriu, vasculhou e viu que só tinha mesmo a xerox do rg, a camisinha e um mini-calendário com o distintivo do Corinthians . Só de pensar que a poucas quadras de onde ele estava havia um banco e que naquele banco ele tinha uma bolada aplicada num fundo de investimento mas que naquelas condições ele nem sequer conseguiria entrar no banco, seria barrado na porta automática ao ser confundido com um maltrapilho de rua, isso o deixava angústiado e sem esperanças. Desamparado, Marcelo perambulou sem rumo pelas ruas do Centrão todo pensativo na esperança de encontrar alguma solução. De cabeça baixa, absorto em pensamentos, Marcelo trombou com um gordão no meio da rua, levantou a cabeça e se desculpou com o obeso. O gordo de olhar sinistro começou a rir de forma macabra olhando fixamente nos olhos de Marcelo. Fazendo com que Marcelo sentisse um calafrio na espinha e pensasse "Esse gordo deve ser bicha". Nosso herói caminhou mais 5 passos e olhou para trás para ver se o gordo não o estava seguindo. E para sua surpresa e espanto o gordo havia sumido completamente. Marcelo parou e começou a vasculhar com os olhos tudo aos seu redor sem encontrar o gordo. É muito prum dia só já devo estar delirando, pensou Marcelo. Marcelo procurou esquecer do gordo e pensar em mulher, continuou seguindo caminhado pela rua em meio a multidão. Foi quando Marcelo passou em frente a um cinê pornô e então teve uma idéia. Entrou naquele estranho e obscuro cinema com sua camisa do PT surrada dirigindo-se até a bilheteria ...
... Mas..., faltando poucos passos para chegar na bilheteria, ele fica parado, quieto, com a visão perdida, olhando sem olhar. Sua mente o leva até o início de tudo, de quando aos treze anos o seu pai o levou num puteiro para virar homem, como presente de aniversário. Começa a ver um filme da sua vida de putas até que..
sente um bafo quente na nuca. Imediatamente lembrou de seu pai brigando no puteiro e dizendo para um fanchona "o único bafo quente que senti na nuca foi da sua mãe que errou de lado, sua bicha". Marcelo virou-se súbito para enfiar uma bifa na orelha do que imaginava ser o autor do bafo e já com a mão a caminho, levou um susto:

- Aahhhh! Meus Deus, o que é isso????
- Calma mor, só ia dar um beijinho.

Era a coisa mais feia que ele já vira em vida depois do Batoré, para quem redigira uns textos de humor que não foram aceitos porque, segundo lhe disseram "muito sofisticados para A Praça é Nossa".

- Sai fora canhão, hoje não, tô sem grana.
- Não quero você não mor. Meu nome é Vanessa Vanelli e eu estou atrasada para um compromisso. Preciso ir até o Lido encontrar com um gato. O nome dele é Mister Madruga, mas eu não sei o caminho até lá. Será que você pode me ajudar? Se você fizer isso eu faço um boquete de graça ou dou 10% do programa de R$ 150,00.

Marcelo não precisou pensar mais do que dois segundos. Fico com os 10%! No íntimo imaginava quem seria esse idiota, para ser chamado por um nome desses e ainda por cima pagar R$ 150,00 por aquele rascunho do mapa do inferno. Considerando os trintinha que iria faturar, tomou-a pela mão e disse cínico:

- Vamos, princesa!
- Ai, adoro um cabra romântico...

Tomaram o rumo do Lido. Atravessaram a Rio Branco e já estavam na Praça da República, quando foram cercados por um bando de skinheads.
O maior deles, que os outros chamavam de Carnage, aproximou-se de ambos e disse:

- Aí vacilão, onde você vai armado com isso aí?

Marcelo sentiu um arrepio, que começava na nuca, passava pelo olho do cu, descia até sua unha encravada do dedão e retornava até sua bexiga, acionando o alarme que lhe fez encharcar as calças. Já se imaginava perdido quando, de repente, surgiu o Goulart de Andrade, fazendo uma reportagem sobre a noite paulistana. Ao ouvir a indefectível frase "vem comigo, Capeta", não teve dúvidas e postou-se de forma a ser entrevistado, quase que implorando uma pergunta. Goulart então perguntou-lhe, não sem antes fazer uma breve introdução:

- Estamos hoje aqui, rodando pela noite de São Paulo e encontramos essas figuras simpáticas juntas, que em outra cidade jamais seriam amigas. Um grupo de skinheads, uma dama da noite e seu cliente entusiamado. E aí meu amigo, qual o seu nome?
- Marcelo.
- E esse grupo que você faz parte, está indo para onde?
- Ééééééééé, beeeeemmmm, nós fazemos parte de um grupo cristão denominado "Filhos de Maria Madalena" e estamos nos preparando para comprar e distribuir comida aos moradores de rua do centro. Essa é nossa missionária, irmã Vanessa.
Goulart comoveu-se, mesmo estranhando a "irmã" vestida com um top minúsculo e uma mini-saia quase estourando, pressionada pelas banhas. Perguntou-lhe:
- Isso é que é bonito nessa cidade, sempre encontramos alguém disposto a ajudar o próximo nessa verdadeira selva de pedra. Vem cá irmã Vanessa, a senhora sempre leva àqueles carentes das ruas, aos descamisados, o ideal cristão do "é dando que se recebe"?
- Craro mor. Eu vivo disso.
- E onde será a primeira distribuição da noite?
- No Lido.
- Então eu vou acompanhar vocês até lá. Vem comigo, Capeta.

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Maestro Alex
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#10 Mensagem por Maestro Alex » 20 Ago 2005, 11:24

Clinton escreveu:
pfspbr escreveu:
ElPatrio escreveu:
J76 escreveu:
MadMax escreveu:
Horita escreveu:
pfspbr escreveu:
Marcelo era um homem de aproximadamente 50 anos, bem sucedido e já estava no quarto casamento. Tinha uma filha acabando a faculdade de Direito do seu primeiro casamento, e um filho de 4 anos do último casamento. Mantinha boa relação com as ex-esposas e pagava religiosamente a pensão a todas elas. Sua esposa atual era uma mulher bonita, atraente e ainda jovem, beirando os 30 anos.
Marcelo mantinha uma saúde de ferro, e como o dinheiro não era problema estava sempre em forma com academia tratamentos de rejuvenescimento e check-ups constantes. Nosso amigo em questão tinha um defeitinho desde o seu primeiro casamento... Não conseguia viver sem putaria... entrava em todas do trash ao sofisticado, não podia parar... e esse defeitinho foi o pivô do fim do seu primeiro casamento, já que num descuido tinha passado uma DST a sua esposa. Ele não conseguia parar com o vício... precisava de mulheres, sempre variadas de todas as cores, de todos o tipos. Estava realmente apaixonado pela sua esposa, que não negava fogo nunca..., muito pelo contrário, era chegada numa boa sacanagem. Mas..., ele não conseguia parar e práticamente quase todo dia antes de ir para casa precisava de um pulo de cerca.
Alguns dias atrás, precisando dar uma variada decidiu ir num puteiro trash e...
...se lembrou do que tinha aprendido no GPGUIA: em se tratando de puteiro trash, não tem pra ninguém: PREDIÃO é o que há.
Tirou a gravata, vestiu uma velha camiseta do PT, um bermudão desbotado, pegou um xerox do RG, 10 notas de 5 reais, um pacote de camisinhas, e seguiu rumo à rua dos Andradas, 69.

Sem pensar muito, e temendo ser reconhecido, Marcelo entrou rapidamente no predião. No elevador, deu de cara com a tiazinha da bengala... ela não deixou de reparar na camiseta do PT: "E aí, veio gastar o MENSALÃO aqui? Dá um real, pra mim, aí".
Antes que Marcelo se decidisse se dava 1 real pra tia ou não, o elevador chegou ao oitavo andar.
Vendo que era uma boa oportunidade para economizar alguns trocados, Marcelo saíu rapidamente do elevador. A Tia, mais puta do que nunca, lhe cutucou enfiando a bengala na sua bunda e dizendo:
"Dá 1 Real aí, Tio"

Mas Marcelo não tinha R$ 1. Tinha apenas 10 notas de R$ 5, além de uma moedinha de 10 centavos que tinha tomado de um "nóia" lá embaixo que, muito louco com crack na cabeça, dizia ser suficiente para comprar toda aquela "bosta de prédio".

Marcelo rapidamente via num flash sua última semana... cansado, estressado com o trabalho, irritado com a 3a mulher que lhe pedia uma ajudinha extra mensal... e agora, num muquifo dos infernos em pleno centro, com uma bengala pressionando-lhe pela retaguarda. Onde iria parar? Qual seria o próximo passo, se é que haveria mais algum? Se sentiu no fundo do poço. Na sarjeta. Na lama.

Eis que a Tia, num gesto de habilidade, moveu a bengala com força para baixo e arriou sua bermuda velha desbotada e sua cueca samba canção de seda. Que cena mais trash! Digna realmente do predião. Aquela bunda branca, peluda, no meio do corredor. Mas o pior estava por vir. Da cueca de Marcelo cai o macinho com as 10 notas de R$ 5. Todas espalhadas pelo chão...
Ai, já vi né meus amigos..., foi aquele alvoroço só, Marcelo tentou pegar o dinheiro que havia caido de sua cueca, mas tomou uma bengalada da tia no meio da cabeça que quase o levou a nocalte. Afinal das contas, aquele dinheiro era pra ele gastar com a coisa que mais gostava na vida.

As putas sairam gritando: _ '' O Filho da Puta ta no esquema do Valerio, vamos arrancar o pinto dele''.

Ao ouvir estas palavras, Marcelo deu um salto que quase foi parar no teto e com uma destreza impar, nosso heroi desceu as escadas daquele andar fetido, correndo, afim de encontrar um porto seguro.

Mas como bom putanheiro que Marcelo é, e apesar do ocorrido, ele ainda queria uma mulher para matar sua sede de sexo.............
...Porém, no desespero de fugir, Marcelo havia deixado a sua grana espalhada pelo chão do predião e não tinha dinheiro nem pra cagar. Na expectativa de encontrar alguns trocados Marcelo fuçou no bolso de trás da bermuda velha e pegou sua carteira. Abriu, vasculhou e viu que só tinha mesmo a xerox do rg, a camisinha e um mini-calendário com o distintivo do Corinthians . Só de pensar que a poucas quadras de onde ele estava havia um banco e que naquele banco ele tinha uma bolada aplicada num fundo de investimento mas que naquelas condições ele nem sequer conseguiria entrar no banco, seria barrado na porta automática ao ser confundido com um maltrapilho de rua, isso o deixava angústiado e sem esperanças. Desamparado, Marcelo perambulou sem rumo pelas ruas do Centrão todo pensativo na esperança de encontrar alguma solução. De cabeça baixa, absorto em pensamentos, Marcelo trombou com um gordão no meio da rua, levantou a cabeça e se desculpou com o obeso. O gordo de olhar sinistro começou a rir de forma macabra olhando fixamente nos olhos de Marcelo. Fazendo com que Marcelo sentisse um calafrio na espinha e pensasse "Esse gordo deve ser bicha". Nosso herói caminhou mais 5 passos e olhou para trás para ver se o gordo não o estava seguindo. E para sua surpresa e espanto o gordo havia sumido completamente. Marcelo parou e começou a vasculhar com os olhos tudo aos seu redor sem encontrar o gordo. É muito prum dia só já devo estar delirando, pensou Marcelo. Marcelo procurou esquecer do gordo e pensar em mulher, continuou seguindo caminhado pela rua em meio a multidão. Foi quando Marcelo passou em frente a um cinê pornô e então teve uma idéia. Entrou naquele estranho e obscuro cinema com sua camisa do PT surrada dirigindo-se até a bilheteria ...
... Mas..., faltando poucos passos para chegar na bilheteria, ele fica parado, quieto, com a visão perdida, olhando sem olhar. Sua mente o leva até o início de tudo, de quando aos treze anos o seu pai o levou num puteiro para virar homem, como presente de aniversário. Começa a ver um filme da sua vida de putas até que..
sente um bafo quente na nuca. Imediatamente lembrou de seu pai brigando no puteiro e dizendo para um fanchona "o único bafo quente que senti na nuca foi da sua mãe que errou de lado, sua bicha". Marcelo virou-se súbito para enfiar uma bifa na orelha do que imaginava ser o autor do bafo e já com a mão a caminho, levou um susto:

- Aahhhh! Meus Deus, o que é isso????
- Calma mor, só ia dar um beijinho.

Era a coisa mais feia que ele já vira em vida depois do Batoré, para quem redigira uns textos de humor que não foram aceitos porque, segundo lhe disseram "muito sofisticados para A Praça é Nossa".

- Sai fora canhão, hoje não, tô sem grana.
- Não quero você não mor. Meu nome é Vanessa Vanelli e eu estou atrasada para um compromisso. Preciso ir até o Lido encontrar com um gato. O nome dele é Mister Madruga, mas eu não sei o caminho até lá. Será que você pode me ajudar? Se você fizer isso eu faço um boquete de graça ou dou 10% do programa de R$ 150,00.

Marcelo não precisou pensar mais do que dois segundos. Fico com os 10%! No íntimo imaginava quem seria esse idiota, para ser chamado por um nome desses e ainda por cima pagar R$ 150,00 por aquele rascunho do mapa do inferno. Considerando os trintinha que iria faturar, tomou-a pela mão e disse cínico:

- Vamos, princesa!
- Ai, adoro um cabra romântico...

Tomaram o rumo do Lido. Atravessaram a Rio Branco e já estavam na Praça da República, quando foram cercados por um bando de skinheads.
O maior deles, que os outros chamavam de Carnage, aproximou-se de ambos e disse:

- Aí vacilão, onde você vai armado com isso aí?

Marcelo sentiu um arrepio, que começava na nuca, passava pelo olho do cu, descia até sua unha encravada do dedão e retornava até sua bexiga, acionando o alarme que lhe fez encharcar as calças. Já se imaginava perdido quando, de repente, surgiu o Goulart de Andrade, fazendo uma reportagem sobre a noite paulistana. Ao ouvir a indefectível frase "vem comigo, Capeta", não teve dúvidas e postou-se de forma a ser entrevistado, quase que implorando uma pergunta. Goulart então perguntou-lhe, não sem antes fazer uma breve introdução:

- Estamos hoje aqui, rodando pela noite de São Paulo e encontramos essas figuras simpáticas juntas, que em outra cidade jamais seriam amigas. Um grupo de skinheads, uma dama da noite e seu cliente entusiamado. E aí meu amigo, qual o seu nome?
- Marcelo.
- E esse grupo que você faz parte, está indo para onde?
- Ééééééééé, beeeeemmmm, nós fazemos parte de um grupo cristão denominado "Filhos de Maria Madalena" e estamos nos preparando para comprar e distribuir comida aos moradores de rua do centro. Essa é nossa missionária, irmã Vanessa.
Goulart comoveu-se, mesmo estranhando a "irmã" vestida com um top minúsculo e uma mini-saia quase estourando, pressionada pelas banhas. Perguntou-lhe:
- Isso é que é bonito nessa cidade, sempre encontramos alguém disposto a ajudar o próximo nessa verdadeira selva de pedra. Vem cá irmã Vanessa, a senhora sempre leva àqueles carentes das ruas, aos descamisados, o ideal cristão do "é dando que se recebe"?
- Craro mor. Eu vivo disso.
- E onde será a primeira distribuição da noite?
- No Lido.
- Então eu vou acompanhar vocês até lá. Vem comigo, Capeta.
Nesse momento o Goulart fala para todos... estou com 2 carros da produção e a van dos equipamentos... acho que posso levar todos vocês comigo rumo ao Lido..., agora bem... onde fica este lugar que não conheço? ( O safado se fez de desentendido... ele conhecia muito bem o Lido... e não só isso... ele era cliente assíduo da Vanessa)... Ele, Goulart teve que fazer cara de comovido para a gravação... afinal estava gravando o programa... Marcelo se perguntava.... Estou num filme de Fellini?....

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#11 Mensagem por MOREL » 20 Ago 2005, 18:16

pfspbr escreveu:
Clinton escreveu:
pfspbr escreveu:
ElPatrio escreveu:
J76 escreveu:
MadMax escreveu:
Horita escreveu:
pfspbr escreveu:
Marcelo era um homem de aproximadamente 50 anos, bem sucedido e já estava no quarto casamento. Tinha uma filha acabando a faculdade de Direito do seu primeiro casamento, e um filho de 4 anos do último casamento. Mantinha boa relação com as ex-esposas e pagava religiosamente a pensão a todas elas. Sua esposa atual era uma mulher bonita, atraente e ainda jovem, beirando os 30 anos.
Marcelo mantinha uma saúde de ferro, e como o dinheiro não era problema estava sempre em forma com academia tratamentos de rejuvenescimento e check-ups constantes. Nosso amigo em questão tinha um defeitinho desde o seu primeiro casamento... Não conseguia viver sem putaria... entrava em todas do trash ao sofisticado, não podia parar... e esse defeitinho foi o pivô do fim do seu primeiro casamento, já que num descuido tinha passado uma DST a sua esposa. Ele não conseguia parar com o vício... precisava de mulheres, sempre variadas de todas as cores, de todos o tipos. Estava realmente apaixonado pela sua esposa, que não negava fogo nunca..., muito pelo contrário, era chegada numa boa sacanagem. Mas..., ele não conseguia parar e práticamente quase todo dia antes de ir para casa precisava de um pulo de cerca.
Alguns dias atrás, precisando dar uma variada decidiu ir num puteiro trash e...
...se lembrou do que tinha aprendido no GPGUIA: em se tratando de puteiro trash, não tem pra ninguém: PREDIÃO é o que há.
Tirou a gravata, vestiu uma velha camiseta do PT, um bermudão desbotado, pegou um xerox do RG, 10 notas de 5 reais, um pacote de camisinhas, e seguiu rumo à rua dos Andradas, 69.

Sem pensar muito, e temendo ser reconhecido, Marcelo entrou rapidamente no predião. No elevador, deu de cara com a tiazinha da bengala... ela não deixou de reparar na camiseta do PT: "E aí, veio gastar o MENSALÃO aqui? Dá um real, pra mim, aí".
Antes que Marcelo se decidisse se dava 1 real pra tia ou não, o elevador chegou ao oitavo andar.
Vendo que era uma boa oportunidade para economizar alguns trocados, Marcelo saíu rapidamente do elevador. A Tia, mais puta do que nunca, lhe cutucou enfiando a bengala na sua bunda e dizendo:
"Dá 1 Real aí, Tio"

Mas Marcelo não tinha R$ 1. Tinha apenas 10 notas de R$ 5, além de uma moedinha de 10 centavos que tinha tomado de um "nóia" lá embaixo que, muito louco com crack na cabeça, dizia ser suficiente para comprar toda aquela "bosta de prédio".

Marcelo rapidamente via num flash sua última semana... cansado, estressado com o trabalho, irritado com a 3a mulher que lhe pedia uma ajudinha extra mensal... e agora, num muquifo dos infernos em pleno centro, com uma bengala pressionando-lhe pela retaguarda. Onde iria parar? Qual seria o próximo passo, se é que haveria mais algum? Se sentiu no fundo do poço. Na sarjeta. Na lama.

Eis que a Tia, num gesto de habilidade, moveu a bengala com força para baixo e arriou sua bermuda velha desbotada e sua cueca samba canção de seda. Que cena mais trash! Digna realmente do predião. Aquela bunda branca, peluda, no meio do corredor. Mas o pior estava por vir. Da cueca de Marcelo cai o macinho com as 10 notas de R$ 5. Todas espalhadas pelo chão...
Ai, já vi né meus amigos..., foi aquele alvoroço só, Marcelo tentou pegar o dinheiro que havia caido de sua cueca, mas tomou uma bengalada da tia no meio da cabeça que quase o levou a nocalte. Afinal das contas, aquele dinheiro era pra ele gastar com a coisa que mais gostava na vida.

As putas sairam gritando: _ '' O Filho da Puta ta no esquema do Valerio, vamos arrancar o pinto dele''.

Ao ouvir estas palavras, Marcelo deu um salto que quase foi parar no teto e com uma destreza impar, nosso heroi desceu as escadas daquele andar fetido, correndo, afim de encontrar um porto seguro.

Mas como bom putanheiro que Marcelo é, e apesar do ocorrido, ele ainda queria uma mulher para matar sua sede de sexo.............
...Porém, no desespero de fugir, Marcelo havia deixado a sua grana espalhada pelo chão do predião e não tinha dinheiro nem pra cagar. Na expectativa de encontrar alguns trocados Marcelo fuçou no bolso de trás da bermuda velha e pegou sua carteira. Abriu, vasculhou e viu que só tinha mesmo a xerox do rg, a camisinha e um mini-calendário com o distintivo do Corinthians . Só de pensar que a poucas quadras de onde ele estava havia um banco e que naquele banco ele tinha uma bolada aplicada num fundo de investimento mas que naquelas condições ele nem sequer conseguiria entrar no banco, seria barrado na porta automática ao ser confundido com um maltrapilho de rua, isso o deixava angústiado e sem esperanças. Desamparado, Marcelo perambulou sem rumo pelas ruas do Centrão todo pensativo na esperança de encontrar alguma solução. De cabeça baixa, absorto em pensamentos, Marcelo trombou com um gordão no meio da rua, levantou a cabeça e se desculpou com o obeso. O gordo de olhar sinistro começou a rir de forma macabra olhando fixamente nos olhos de Marcelo. Fazendo com que Marcelo sentisse um calafrio na espinha e pensasse "Esse gordo deve ser bicha". Nosso herói caminhou mais 5 passos e olhou para trás para ver se o gordo não o estava seguindo. E para sua surpresa e espanto o gordo havia sumido completamente. Marcelo parou e começou a vasculhar com os olhos tudo aos seu redor sem encontrar o gordo. É muito prum dia só já devo estar delirando, pensou Marcelo. Marcelo procurou esquecer do gordo e pensar em mulher, continuou seguindo caminhado pela rua em meio a multidão. Foi quando Marcelo passou em frente a um cinê pornô e então teve uma idéia. Entrou naquele estranho e obscuro cinema com sua camisa do PT surrada dirigindo-se até a bilheteria ...
... Mas..., faltando poucos passos para chegar na bilheteria, ele fica parado, quieto, com a visão perdida, olhando sem olhar. Sua mente o leva até o início de tudo, de quando aos treze anos o seu pai o levou num puteiro para virar homem, como presente de aniversário. Começa a ver um filme da sua vida de putas até que..
sente um bafo quente na nuca. Imediatamente lembrou de seu pai brigando no puteiro e dizendo para um fanchona "o único bafo quente que senti na nuca foi da sua mãe que errou de lado, sua bicha". Marcelo virou-se súbito para enfiar uma bifa na orelha do que imaginava ser o autor do bafo e já com a mão a caminho, levou um susto:

- Aahhhh! Meus Deus, o que é isso????
- Calma mor, só ia dar um beijinho.

Era a coisa mais feia que ele já vira em vida depois do Batoré, para quem redigira uns textos de humor que não foram aceitos porque, segundo lhe disseram "muito sofisticados para A Praça é Nossa".

- Sai fora canhão, hoje não, tô sem grana.
- Não quero você não mor. Meu nome é Vanessa Vanelli e eu estou atrasada para um compromisso. Preciso ir até o Lido encontrar com um gato. O nome dele é Mister Madruga, mas eu não sei o caminho até lá. Será que você pode me ajudar? Se você fizer isso eu faço um boquete de graça ou dou 10% do programa de R$ 150,00.

Marcelo não precisou pensar mais do que dois segundos. Fico com os 10%! No íntimo imaginava quem seria esse idiota, para ser chamado por um nome desses e ainda por cima pagar R$ 150,00 por aquele rascunho do mapa do inferno. Considerando os trintinha que iria faturar, tomou-a pela mão e disse cínico:

- Vamos, princesa!
- Ai, adoro um cabra romântico...

Tomaram o rumo do Lido. Atravessaram a Rio Branco e já estavam na Praça da República, quando foram cercados por um bando de skinheads.
O maior deles, que os outros chamavam de Carnage, aproximou-se de ambos e disse:

- Aí vacilão, onde você vai armado com isso aí?

Marcelo sentiu um arrepio, que começava na nuca, passava pelo olho do cu, descia até sua unha encravada do dedão e retornava até sua bexiga, acionando o alarme que lhe fez encharcar as calças. Já se imaginava perdido quando, de repente, surgiu o Goulart de Andrade, fazendo uma reportagem sobre a noite paulistana. Ao ouvir a indefectível frase "vem comigo, Capeta", não teve dúvidas e postou-se de forma a ser entrevistado, quase que implorando uma pergunta. Goulart então perguntou-lhe, não sem antes fazer uma breve introdução:

- Estamos hoje aqui, rodando pela noite de São Paulo e encontramos essas figuras simpáticas juntas, que em outra cidade jamais seriam amigas. Um grupo de skinheads, uma dama da noite e seu cliente entusiamado. E aí meu amigo, qual o seu nome?
- Marcelo.
- E esse grupo que você faz parte, está indo para onde?
- Ééééééééé, beeeeemmmm, nós fazemos parte de um grupo cristão denominado "Filhos de Maria Madalena" e estamos nos preparando para comprar e distribuir comida aos moradores de rua do centro. Essa é nossa missionária, irmã Vanessa.
Goulart comoveu-se, mesmo estranhando a "irmã" vestida com um top minúsculo e uma mini-saia quase estourando, pressionada pelas banhas. Perguntou-lhe:
- Isso é que é bonito nessa cidade, sempre encontramos alguém disposto a ajudar o próximo nessa verdadeira selva de pedra. Vem cá irmã Vanessa, a senhora sempre leva àqueles carentes das ruas, aos descamisados, o ideal cristão do "é dando que se recebe"?
- Craro mor. Eu vivo disso.
- E onde será a primeira distribuição da noite?
- No Lido.
- Então eu vou acompanhar vocês até lá. Vem comigo, Capeta.
Nesse momento o Goulart fala para todos... estou com 2 carros da produção e a van dos equipamentos... acho que posso levar todos vocês comigo rumo ao Lido..., agora bem... onde fica este lugar que não conheço? ( O safado se fez de desentendido... ele conhecia muito bem o Lido... e não só isso... ele era cliente assíduo da Vanessa)... Ele, Goulart teve que fazer cara de comovido para a gravação... afinal estava gravando o programa... Marcelo se perguntava.... Estou num filme de Fellini?....


"Não é Fellini, não, amigo." estava dizendo o Goulart de Andrade.

Marcelo se deu conta de que tinha pensando alto. "Vem comigo, que a turma e o Kapeta vão na outra vã. Quero estar a sós consigo ".

Desnorteado e com os pensamentos pouco claros, Marcelo aquiesceu e entrou, sozinho com Goulart, na vã. Havia um brilho estranho no olhar de Goulart, uma salivação perceptível, quando ele continuou:

"Marcelo, isso é filme nacional, daqueles financiados pela Embrafilme, todo mundo de cueca, e a Joana Fomm no meio, pelada. É relaxar e gozar. Se bem que a gente está sem a Joana Fomm no momento. Rará. Vem comigo ".


Marcelo desceu da vã, sentindo um certo desconforto físico. Umas dores aqui e ali.

Apertou o bolso. Sentiu o dinheiro. Sorriu. Sempre fora homem prático, e tirava de letra o imbróglio que lhe aparecesse. Que o digam suas ex-mulheres. Saíra porque queria uma aventura inédita, trash.

Lembrou-se de um de seus livros preferidos Memórias de um Sargento de Milícias :

" Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremendo beliscão nas costas da mão esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra(...)
Quando saltaram em terra começou a Maria a sentir certos enojos: foram os dois morar juntos: e daí a um mês manifestaram-se claramente os efeitos da pisadela e do beliscão; sete meses depois teve a Maria um filho, formidável "

Os filhos de Marcelo haviam sido concebidos em grande estilo. Com clima e local apropriado, caros, luxentos. Sempre lhe falara a imaginação o encaixe bruto, rápido, animal dos menos afortunados.

Agora ia experimentar.

Pisadelas e beliscões sucessivos em lugares insalubres. A putaria trash o chamava. Ele atendia.


Dentro da vã, nu, Goulart de Andrade tentava desatar o nó que o amordaçava. Aquele Marcelo ia pagar!

Goulart havia tirado toda a roupa, até a lingerie da sorte, uma calcinha rosa, que usava nas aventuras mais ousadas (era presente da travesti Shrcléia, musa de uma das muitas matérias que havia feito no submundo gay de São Paulo). Tudo para ouvir isso: "Escuta aqui, amigo, sou forista do GP Guia, e com nóis é só muié falow" (precavido, Marcelo vinha praticando a lingua trash pra entrar no estilo) "Vou dar um talento em vc aqui: primeiro, passa o dinheiro. Agora, mano, caladinho" E amordaçou o jornalista.

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Gabrielle
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#12 Mensagem por Gabrielle » 21 Ago 2005, 00:03

METROPOLIS escreveu:
pfspbr escreveu:
Clinton escreveu:
pfspbr escreveu:
ElPatrio escreveu:
J76 escreveu:
MadMax escreveu:
Horita escreveu:
pfspbr escreveu:
Marcelo era um homem de aproximadamente 50 anos, bem sucedido e já estava no quarto casamento. Tinha uma filha acabando a faculdade de Direito do seu primeiro casamento, e um filho de 4 anos do último casamento. Mantinha boa relação com as ex-esposas e pagava religiosamente a pensão a todas elas. Sua esposa atual era uma mulher bonita, atraente e ainda jovem, beirando os 30 anos.
Marcelo mantinha uma saúde de ferro, e como o dinheiro não era problema estava sempre em forma com academia tratamentos de rejuvenescimento e check-ups constantes. Nosso amigo em questão tinha um defeitinho desde o seu primeiro casamento... Não conseguia viver sem putaria... entrava em todas do trash ao sofisticado, não podia parar... e esse defeitinho foi o pivô do fim do seu primeiro casamento, já que num descuido tinha passado uma DST a sua esposa. Ele não conseguia parar com o vício... precisava de mulheres, sempre variadas de todas as cores, de todos o tipos. Estava realmente apaixonado pela sua esposa, que não negava fogo nunca..., muito pelo contrário, era chegada numa boa sacanagem. Mas..., ele não conseguia parar e práticamente quase todo dia antes de ir para casa precisava de um pulo de cerca.
Alguns dias atrás, precisando dar uma variada decidiu ir num puteiro trash e...
...se lembrou do que tinha aprendido no GPGUIA: em se tratando de puteiro trash, não tem pra ninguém: PREDIÃO é o que há.
Tirou a gravata, vestiu uma velha camiseta do PT, um bermudão desbotado, pegou um xerox do RG, 10 notas de 5 reais, um pacote de camisinhas, e seguiu rumo à rua dos Andradas, 69.

Sem pensar muito, e temendo ser reconhecido, Marcelo entrou rapidamente no predião. No elevador, deu de cara com a tiazinha da bengala... ela não deixou de reparar na camiseta do PT: "E aí, veio gastar o MENSALÃO aqui? Dá um real, pra mim, aí".
Antes que Marcelo se decidisse se dava 1 real pra tia ou não, o elevador chegou ao oitavo andar.
Vendo que era uma boa oportunidade para economizar alguns trocados, Marcelo saíu rapidamente do elevador. A Tia, mais puta do que nunca, lhe cutucou enfiando a bengala na sua bunda e dizendo:
"Dá 1 Real aí, Tio"

Mas Marcelo não tinha R$ 1. Tinha apenas 10 notas de R$ 5, além de uma moedinha de 10 centavos que tinha tomado de um "nóia" lá embaixo que, muito louco com crack na cabeça, dizia ser suficiente para comprar toda aquela "bosta de prédio".

Marcelo rapidamente via num flash sua última semana... cansado, estressado com o trabalho, irritado com a 3a mulher que lhe pedia uma ajudinha extra mensal... e agora, num muquifo dos infernos em pleno centro, com uma bengala pressionando-lhe pela retaguarda. Onde iria parar? Qual seria o próximo passo, se é que haveria mais algum? Se sentiu no fundo do poço. Na sarjeta. Na lama.

Eis que a Tia, num gesto de habilidade, moveu a bengala com força para baixo e arriou sua bermuda velha desbotada e sua cueca samba canção de seda. Que cena mais trash! Digna realmente do predião. Aquela bunda branca, peluda, no meio do corredor. Mas o pior estava por vir. Da cueca de Marcelo cai o macinho com as 10 notas de R$ 5. Todas espalhadas pelo chão...
Ai, já vi né meus amigos..., foi aquele alvoroço só, Marcelo tentou pegar o dinheiro que havia caido de sua cueca, mas tomou uma bengalada da tia no meio da cabeça que quase o levou a nocalte. Afinal das contas, aquele dinheiro era pra ele gastar com a coisa que mais gostava na vida.

As putas sairam gritando: _ '' O Filho da Puta ta no esquema do Valerio, vamos arrancar o pinto dele''.

Ao ouvir estas palavras, Marcelo deu um salto que quase foi parar no teto e com uma destreza impar, nosso heroi desceu as escadas daquele andar fetido, correndo, afim de encontrar um porto seguro.

Mas como bom putanheiro que Marcelo é, e apesar do ocorrido, ele ainda queria uma mulher para matar sua sede de sexo.............
...Porém, no desespero de fugir, Marcelo havia deixado a sua grana espalhada pelo chão do predião e não tinha dinheiro nem pra cagar. Na expectativa de encontrar alguns trocados Marcelo fuçou no bolso de trás da bermuda velha e pegou sua carteira. Abriu, vasculhou e viu que só tinha mesmo a xerox do rg, a camisinha e um mini-calendário com o distintivo do Corinthians . Só de pensar que a poucas quadras de onde ele estava havia um banco e que naquele banco ele tinha uma bolada aplicada num fundo de investimento mas que naquelas condições ele nem sequer conseguiria entrar no banco, seria barrado na porta automática ao ser confundido com um maltrapilho de rua, isso o deixava angústiado e sem esperanças. Desamparado, Marcelo perambulou sem rumo pelas ruas do Centrão todo pensativo na esperança de encontrar alguma solução. De cabeça baixa, absorto em pensamentos, Marcelo trombou com um gordão no meio da rua, levantou a cabeça e se desculpou com o obeso. O gordo de olhar sinistro começou a rir de forma macabra olhando fixamente nos olhos de Marcelo. Fazendo com que Marcelo sentisse um calafrio na espinha e pensasse "Esse gordo deve ser bicha". Nosso herói caminhou mais 5 passos e olhou para trás para ver se o gordo não o estava seguindo. E para sua surpresa e espanto o gordo havia sumido completamente. Marcelo parou e começou a vasculhar com os olhos tudo aos seu redor sem encontrar o gordo. É muito prum dia só já devo estar delirando, pensou Marcelo. Marcelo procurou esquecer do gordo e pensar em mulher, continuou seguindo caminhado pela rua em meio a multidão. Foi quando Marcelo passou em frente a um cinê pornô e então teve uma idéia. Entrou naquele estranho e obscuro cinema com sua camisa do PT surrada dirigindo-se até a bilheteria ...
... Mas..., faltando poucos passos para chegar na bilheteria, ele fica parado, quieto, com a visão perdida, olhando sem olhar. Sua mente o leva até o início de tudo, de quando aos treze anos o seu pai o levou num puteiro para virar homem, como presente de aniversário. Começa a ver um filme da sua vida de putas até que..
sente um bafo quente na nuca. Imediatamente lembrou de seu pai brigando no puteiro e dizendo para um fanchona "o único bafo quente que senti na nuca foi da sua mãe que errou de lado, sua bicha". Marcelo virou-se súbito para enfiar uma bifa na orelha do que imaginava ser o autor do bafo e já com a mão a caminho, levou um susto:

- Aahhhh! Meus Deus, o que é isso????
- Calma mor, só ia dar um beijinho.

Era a coisa mais feia que ele já vira em vida depois do Batoré, para quem redigira uns textos de humor que não foram aceitos porque, segundo lhe disseram "muito sofisticados para A Praça é Nossa".

- Sai fora canhão, hoje não, tô sem grana.
- Não quero você não mor. Meu nome é Vanessa Vanelli e eu estou atrasada para um compromisso. Preciso ir até o Lido encontrar com um gato. O nome dele é Mister Madruga, mas eu não sei o caminho até lá. Será que você pode me ajudar? Se você fizer isso eu faço um boquete de graça ou dou 10% do programa de R$ 150,00.

Marcelo não precisou pensar mais do que dois segundos. Fico com os 10%! No íntimo imaginava quem seria esse idiota, para ser chamado por um nome desses e ainda por cima pagar R$ 150,00 por aquele rascunho do mapa do inferno. Considerando os trintinha que iria faturar, tomou-a pela mão e disse cínico:

- Vamos, princesa!
- Ai, adoro um cabra romântico...

Tomaram o rumo do Lido. Atravessaram a Rio Branco e já estavam na Praça da República, quando foram cercados por um bando de skinheads.
O maior deles, que os outros chamavam de Carnage, aproximou-se de ambos e disse:

- Aí vacilão, onde você vai armado com isso aí?

Marcelo sentiu um arrepio, que começava na nuca, passava pelo olho do cu, descia até sua unha encravada do dedão e retornava até sua bexiga, acionando o alarme que lhe fez encharcar as calças. Já se imaginava perdido quando, de repente, surgiu o Goulart de Andrade, fazendo uma reportagem sobre a noite paulistana. Ao ouvir a indefectível frase "vem comigo, Capeta", não teve dúvidas e postou-se de forma a ser entrevistado, quase que implorando uma pergunta. Goulart então perguntou-lhe, não sem antes fazer uma breve introdução:

- Estamos hoje aqui, rodando pela noite de São Paulo e encontramos essas figuras simpáticas juntas, que em outra cidade jamais seriam amigas. Um grupo de skinheads, uma dama da noite e seu cliente entusiamado. E aí meu amigo, qual o seu nome?
- Marcelo.
- E esse grupo que você faz parte, está indo para onde?
- Ééééééééé, beeeeemmmm, nós fazemos parte de um grupo cristão denominado "Filhos de Maria Madalena" e estamos nos preparando para comprar e distribuir comida aos moradores de rua do centro. Essa é nossa missionária, irmã Vanessa.
Goulart comoveu-se, mesmo estranhando a "irmã" vestida com um top minúsculo e uma mini-saia quase estourando, pressionada pelas banhas. Perguntou-lhe:
- Isso é que é bonito nessa cidade, sempre encontramos alguém disposto a ajudar o próximo nessa verdadeira selva de pedra. Vem cá irmã Vanessa, a senhora sempre leva àqueles carentes das ruas, aos descamisados, o ideal cristão do "é dando que se recebe"?
- Craro mor. Eu vivo disso.
- E onde será a primeira distribuição da noite?
- No Lido.
- Então eu vou acompanhar vocês até lá. Vem comigo, Capeta.
Nesse momento o Goulart fala para todos... estou com 2 carros da produção e a van dos equipamentos... acho que posso levar todos vocês comigo rumo ao Lido..., agora bem... onde fica este lugar que não conheço? ( O safado se fez de desentendido... ele conhecia muito bem o Lido... e não só isso... ele era cliente assíduo da Vanessa)... Ele, Goulart teve que fazer cara de comovido para a gravação... afinal estava gravando o programa... Marcelo se perguntava.... Estou num filme de Fellini?....


"Não é Fellini, não, amigo." estava dizendo o Goulart de Andrade.

Marcelo se deu conta de que tinha pensando alto. "Vem comigo, que a turma e o Kapeta vão na outra vã. Quero estar a sós consigo ".

Desnorteado e com os pensamentos pouco claros, Marcelo aquiesceu e entrou, sozinho com Goulart, na vã. Havia um brilho estranho no olhar de Goulart, uma salivação perceptível, quando ele continuou:

"Marcelo, isso é filme nacional, daqueles financiados pela Embrafilme, todo mundo de cueca, e a Joana Fomm no meio, pelada. É relaxar e gozar. Se bem que a gente está sem a Joana Fomm no momento. Rará. Vem comigo ".


Marcelo desceu da vã, sentindo um certo desconforto físico. Umas dores aqui e ali.

Apertou o bolso. Sentiu o dinheiro. Sorriu. Sempre fora homem prático, e tirava de letra o imbróglio que lhe aparecesse. Que o digam suas ex-mulheres. Saíra porque queria uma aventura inédita, trash.

Lembrou-se de um de seus livros preferidos Memórias de um Sargento de Milícias :

" Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremendo beliscão nas costas da mão esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra(...)
Quando saltaram em terra começou a Maria a sentir certos enojos: foram os dois morar juntos: e daí a um mês manifestaram-se claramente os efeitos da pisadela e do beliscão; sete meses depois teve a Maria um filho, formidável "

Os filhos de Marcelo haviam sido concebidos em grande estilo. Com clima e local apropriado, caros, luxentos. Sempre lhe falara a imaginação o encaixe bruto, rápido, animal dos menos afortunados.

Agora ia experimentar.

Pisadelas e beliscões sucessivos em lugares insalubres. A putaria trash o chamava. Ele atendia.


Dentro da vã, nu, Goulart de Andrade tentava desatar o nó que o amordaçava. Aquele Marcelo ia pagar!

Goulart havia tirado toda a roupa, até a lingerie da sorte, uma calcinha rosa, que usava nas aventuras mais ousadas (era presente da travesti Shrcléia, musa de uma das muitas matérias que havia feito no submundo gay de São Paulo). Tudo para ouvir isso: "Escuta aqui, amigo, sou forista do GP Guia, e com nóis é só muié falow" (precavido, Marcelo vinha praticando a lingua trash pra entrar no estilo) "Vou dar um talento em vc aqui: primeiro, passa o dinheiro. Agora, mano, caladinho" E amordaçou o jornalista.
Se afastando rápido do carro, restava uma dúvida a Marcelo.
Quem diria, vendo passar pela rua, que aquele era um homem bem sucedido. Bem, agora a todos os seus defeitos podia acrescentar ladrão e agressor de bibas. Nem se lembrou que o apresentador tinha seu rosto gravado, na entrevista que fez na Republica.
Onde gastar o dinheiro tão facilmente adquirido? Era a idéia fixa que o fazia caminhar cada vez mais rápido.
Lembrando da área trash no GP Guia tentou lembrar de algum lugar ali por perto, não aguentava mais andar, ele, acostumado a carros importados.
Lembrou de um lugar que Rubens Castilhos postou e que indicou como sendo " um dos muquifos mais asquerosos que eu conheço. A qualidade das garotas é péssima. É algo como o sub-mundo do sub-mundo da putaria."
Que lugar melhor que aquele, já que queria inovar?
Toca para Rua da Glória, 138 ali mesmo na Liberdade...

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ElPatrio
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#13 Mensagem por ElPatrio » 21 Ago 2005, 21:25

Gabrielle escreveu:
METROPOLIS escreveu:
pfspbr escreveu:
Clinton escreveu:
pfspbr escreveu:
ElPatrio escreveu:
J76 escreveu:
MadMax escreveu:
Horita escreveu:
pfspbr escreveu:
Marcelo era um homem de aproximadamente 50 anos, bem sucedido e já estava no quarto casamento. Tinha uma filha acabando a faculdade de Direito do seu primeiro casamento, e um filho de 4 anos do último casamento. Mantinha boa relação com as ex-esposas e pagava religiosamente a pensão a todas elas. Sua esposa atual era uma mulher bonita, atraente e ainda jovem, beirando os 30 anos.
Marcelo mantinha uma saúde de ferro, e como o dinheiro não era problema estava sempre em forma com academia tratamentos de rejuvenescimento e check-ups constantes. Nosso amigo em questão tinha um defeitinho desde o seu primeiro casamento... Não conseguia viver sem putaria... entrava em todas do trash ao sofisticado, não podia parar... e esse defeitinho foi o pivô do fim do seu primeiro casamento, já que num descuido tinha passado uma DST a sua esposa. Ele não conseguia parar com o vício... precisava de mulheres, sempre variadas de todas as cores, de todos o tipos. Estava realmente apaixonado pela sua esposa, que não negava fogo nunca..., muito pelo contrário, era chegada numa boa sacanagem. Mas..., ele não conseguia parar e práticamente quase todo dia antes de ir para casa precisava de um pulo de cerca.
Alguns dias atrás, precisando dar uma variada decidiu ir num puteiro trash e...
...se lembrou do que tinha aprendido no GPGUIA: em se tratando de puteiro trash, não tem pra ninguém: PREDIÃO é o que há.
Tirou a gravata, vestiu uma velha camiseta do PT, um bermudão desbotado, pegou um xerox do RG, 10 notas de 5 reais, um pacote de camisinhas, e seguiu rumo à rua dos Andradas, 69.

Sem pensar muito, e temendo ser reconhecido, Marcelo entrou rapidamente no predião. No elevador, deu de cara com a tiazinha da bengala... ela não deixou de reparar na camiseta do PT: "E aí, veio gastar o MENSALÃO aqui? Dá um real, pra mim, aí".
Antes que Marcelo se decidisse se dava 1 real pra tia ou não, o elevador chegou ao oitavo andar.
Vendo que era uma boa oportunidade para economizar alguns trocados, Marcelo saíu rapidamente do elevador. A Tia, mais puta do que nunca, lhe cutucou enfiando a bengala na sua bunda e dizendo:
"Dá 1 Real aí, Tio"

Mas Marcelo não tinha R$ 1. Tinha apenas 10 notas de R$ 5, além de uma moedinha de 10 centavos que tinha tomado de um "nóia" lá embaixo que, muito louco com crack na cabeça, dizia ser suficiente para comprar toda aquela "bosta de prédio".

Marcelo rapidamente via num flash sua última semana... cansado, estressado com o trabalho, irritado com a 3a mulher que lhe pedia uma ajudinha extra mensal... e agora, num muquifo dos infernos em pleno centro, com uma bengala pressionando-lhe pela retaguarda. Onde iria parar? Qual seria o próximo passo, se é que haveria mais algum? Se sentiu no fundo do poço. Na sarjeta. Na lama.

Eis que a Tia, num gesto de habilidade, moveu a bengala com força para baixo e arriou sua bermuda velha desbotada e sua cueca samba canção de seda. Que cena mais trash! Digna realmente do predião. Aquela bunda branca, peluda, no meio do corredor. Mas o pior estava por vir. Da cueca de Marcelo cai o macinho com as 10 notas de R$ 5. Todas espalhadas pelo chão...
Ai, já vi né meus amigos..., foi aquele alvoroço só, Marcelo tentou pegar o dinheiro que havia caido de sua cueca, mas tomou uma bengalada da tia no meio da cabeça que quase o levou a nocalte. Afinal das contas, aquele dinheiro era pra ele gastar com a coisa que mais gostava na vida.

As putas sairam gritando: _ '' O Filho da Puta ta no esquema do Valerio, vamos arrancar o pinto dele''.

Ao ouvir estas palavras, Marcelo deu um salto que quase foi parar no teto e com uma destreza impar, nosso heroi desceu as escadas daquele andar fetido, correndo, afim de encontrar um porto seguro.

Mas como bom putanheiro que Marcelo é, e apesar do ocorrido, ele ainda queria uma mulher para matar sua sede de sexo.............
...Porém, no desespero de fugir, Marcelo havia deixado a sua grana espalhada pelo chão do predião e não tinha dinheiro nem pra cagar. Na expectativa de encontrar alguns trocados Marcelo fuçou no bolso de trás da bermuda velha e pegou sua carteira. Abriu, vasculhou e viu que só tinha mesmo a xerox do rg, a camisinha e um mini-calendário com o distintivo do Corinthians . Só de pensar que a poucas quadras de onde ele estava havia um banco e que naquele banco ele tinha uma bolada aplicada num fundo de investimento mas que naquelas condições ele nem sequer conseguiria entrar no banco, seria barrado na porta automática ao ser confundido com um maltrapilho de rua, isso o deixava angústiado e sem esperanças. Desamparado, Marcelo perambulou sem rumo pelas ruas do Centrão todo pensativo na esperança de encontrar alguma solução. De cabeça baixa, absorto em pensamentos, Marcelo trombou com um gordão no meio da rua, levantou a cabeça e se desculpou com o obeso. O gordo de olhar sinistro começou a rir de forma macabra olhando fixamente nos olhos de Marcelo. Fazendo com que Marcelo sentisse um calafrio na espinha e pensasse "Esse gordo deve ser bicha". Nosso herói caminhou mais 5 passos e olhou para trás para ver se o gordo não o estava seguindo. E para sua surpresa e espanto o gordo havia sumido completamente. Marcelo parou e começou a vasculhar com os olhos tudo aos seu redor sem encontrar o gordo. É muito prum dia só já devo estar delirando, pensou Marcelo. Marcelo procurou esquecer do gordo e pensar em mulher, continuou seguindo caminhado pela rua em meio a multidão. Foi quando Marcelo passou em frente a um cinê pornô e então teve uma idéia. Entrou naquele estranho e obscuro cinema com sua camisa do PT surrada dirigindo-se até a bilheteria ...
... Mas..., faltando poucos passos para chegar na bilheteria, ele fica parado, quieto, com a visão perdida, olhando sem olhar. Sua mente o leva até o início de tudo, de quando aos treze anos o seu pai o levou num puteiro para virar homem, como presente de aniversário. Começa a ver um filme da sua vida de putas até que..
sente um bafo quente na nuca. Imediatamente lembrou de seu pai brigando no puteiro e dizendo para um fanchona "o único bafo quente que senti na nuca foi da sua mãe que errou de lado, sua bicha". Marcelo virou-se súbito para enfiar uma bifa na orelha do que imaginava ser o autor do bafo e já com a mão a caminho, levou um susto:

- Aahhhh! Meus Deus, o que é isso????
- Calma mor, só ia dar um beijinho.

Era a coisa mais feia que ele já vira em vida depois do Batoré, para quem redigira uns textos de humor que não foram aceitos porque, segundo lhe disseram "muito sofisticados para A Praça é Nossa".

- Sai fora canhão, hoje não, tô sem grana.
- Não quero você não mor. Meu nome é Vanessa Vanelli e eu estou atrasada para um compromisso. Preciso ir até o Lido encontrar com um gato. O nome dele é Mister Madruga, mas eu não sei o caminho até lá. Será que você pode me ajudar? Se você fizer isso eu faço um boquete de graça ou dou 10% do programa de R$ 150,00.

Marcelo não precisou pensar mais do que dois segundos. Fico com os 10%! No íntimo imaginava quem seria esse idiota, para ser chamado por um nome desses e ainda por cima pagar R$ 150,00 por aquele rascunho do mapa do inferno. Considerando os trintinha que iria faturar, tomou-a pela mão e disse cínico:

- Vamos, princesa!
- Ai, adoro um cabra romântico...

Tomaram o rumo do Lido. Atravessaram a Rio Branco e já estavam na Praça da República, quando foram cercados por um bando de skinheads.
O maior deles, que os outros chamavam de Carnage, aproximou-se de ambos e disse:

- Aí vacilão, onde você vai armado com isso aí?

Marcelo sentiu um arrepio, que começava na nuca, passava pelo olho do cu, descia até sua unha encravada do dedão e retornava até sua bexiga, acionando o alarme que lhe fez encharcar as calças. Já se imaginava perdido quando, de repente, surgiu o Goulart de Andrade, fazendo uma reportagem sobre a noite paulistana. Ao ouvir a indefectível frase "vem comigo, Capeta", não teve dúvidas e postou-se de forma a ser entrevistado, quase que implorando uma pergunta. Goulart então perguntou-lhe, não sem antes fazer uma breve introdução:

- Estamos hoje aqui, rodando pela noite de São Paulo e encontramos essas figuras simpáticas juntas, que em outra cidade jamais seriam amigas. Um grupo de skinheads, uma dama da noite e seu cliente entusiamado. E aí meu amigo, qual o seu nome?
- Marcelo.
- E esse grupo que você faz parte, está indo para onde?
- Ééééééééé, beeeeemmmm, nós fazemos parte de um grupo cristão denominado "Filhos de Maria Madalena" e estamos nos preparando para comprar e distribuir comida aos moradores de rua do centro. Essa é nossa missionária, irmã Vanessa.
Goulart comoveu-se, mesmo estranhando a "irmã" vestida com um top minúsculo e uma mini-saia quase estourando, pressionada pelas banhas. Perguntou-lhe:
- Isso é que é bonito nessa cidade, sempre encontramos alguém disposto a ajudar o próximo nessa verdadeira selva de pedra. Vem cá irmã Vanessa, a senhora sempre leva àqueles carentes das ruas, aos descamisados, o ideal cristão do "é dando que se recebe"?
- Craro mor. Eu vivo disso.
- E onde será a primeira distribuição da noite?
- No Lido.
- Então eu vou acompanhar vocês até lá. Vem comigo, Capeta.
Nesse momento o Goulart fala para todos... estou com 2 carros da produção e a van dos equipamentos... acho que posso levar todos vocês comigo rumo ao Lido..., agora bem... onde fica este lugar que não conheço? ( O safado se fez de desentendido... ele conhecia muito bem o Lido... e não só isso... ele era cliente assíduo da Vanessa)... Ele, Goulart teve que fazer cara de comovido para a gravação... afinal estava gravando o programa... Marcelo se perguntava.... Estou num filme de Fellini?....


"Não é Fellini, não, amigo." estava dizendo o Goulart de Andrade.

Marcelo se deu conta de que tinha pensando alto. "Vem comigo, que a turma e o Kapeta vão na outra vã. Quero estar a sós consigo ".

Desnorteado e com os pensamentos pouco claros, Marcelo aquiesceu e entrou, sozinho com Goulart, na vã. Havia um brilho estranho no olhar de Goulart, uma salivação perceptível, quando ele continuou:

"Marcelo, isso é filme nacional, daqueles financiados pela Embrafilme, todo mundo de cueca, e a Joana Fomm no meio, pelada. É relaxar e gozar. Se bem que a gente está sem a Joana Fomm no momento. Rará. Vem comigo ".


Marcelo desceu da vã, sentindo um certo desconforto físico. Umas dores aqui e ali.

Apertou o bolso. Sentiu o dinheiro. Sorriu. Sempre fora homem prático, e tirava de letra o imbróglio que lhe aparecesse. Que o digam suas ex-mulheres. Saíra porque queria uma aventura inédita, trash.

Lembrou-se de um de seus livros preferidos Memórias de um Sargento de Milícias :

" Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremendo beliscão nas costas da mão esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra(...)
Quando saltaram em terra começou a Maria a sentir certos enojos: foram os dois morar juntos: e daí a um mês manifestaram-se claramente os efeitos da pisadela e do beliscão; sete meses depois teve a Maria um filho, formidável "

Os filhos de Marcelo haviam sido concebidos em grande estilo. Com clima e local apropriado, caros, luxentos. Sempre lhe falara a imaginação o encaixe bruto, rápido, animal dos menos afortunados.

Agora ia experimentar.

Pisadelas e beliscões sucessivos em lugares insalubres. A putaria trash o chamava. Ele atendia.


Dentro da vã, nu, Goulart de Andrade tentava desatar o nó que o amordaçava. Aquele Marcelo ia pagar!

Goulart havia tirado toda a roupa, até a lingerie da sorte, uma calcinha rosa, que usava nas aventuras mais ousadas (era presente da travesti Shrcléia, musa de uma das muitas matérias que havia feito no submundo gay de São Paulo). Tudo para ouvir isso: "Escuta aqui, amigo, sou forista do GP Guia, e com nóis é só muié falow" (precavido, Marcelo vinha praticando a lingua trash pra entrar no estilo) "Vou dar um talento em vc aqui: primeiro, passa o dinheiro. Agora, mano, caladinho" E amordaçou o jornalista.
Se afastando rápido do carro, restava uma dúvida a Marcelo.
Quem diria, vendo passar pela rua, que aquele era um homem bem sucedido. Bem, agora a todos os seus defeitos podia acrescentar ladrão e agressor de bibas. Nem se lembrou que o apresentador tinha seu rosto gravado, na entrevista que fez na Republica.
Onde gastar o dinheiro tão facilmente adquirido? Era a idéia fixa que o fazia caminhar cada vez mais rápido.
Lembrando da área trash no GP Guia tentou lembrar de algum lugar ali por perto, não aguentava mais andar, ele, acostumado a carros importados.
Lembrou de um lugar que Rubens Castilhos postou e que indicou como sendo " um dos muquifos mais asquerosos que eu conheço. A qualidade das garotas é péssima. É algo como o sub-mundo do sub-mundo da putaria."
Que lugar melhor que aquele, já que queria inovar?
Toca para Rua da Glória, 138 ali mesmo na Liberdade...
Um casal de velhinhos japoneses ambos segurando sacolas cheias de frutas e legumes passou por ele encarando Marcelo com olhar de condenação. Marcelo sentiu-se incomadado e pensou "velhos filhas da puta não dão mais no couro então ficam enchendo, enfia esses pepinos no cu". Nosso herói parecia realmente estressado não lembrando nem de perto o cara de bons modos tipico paulistano de classe média bem educado que ele era. Então recapitulemos: Como um deliquente fugiu correndo de um puteiro barato literalmente com as calças na mão, aceitou dar assistência a uma puta tenebrosa em troca de 30 reais como se fosse cafetão da boca do lixo, tal qual um marginal rendeu, amarrou e roubou um famoso jornalista do submundo que tentou seduzi-lo travestido de mulher. Era muito para um só dia, sem contar o sinistro gordo que ele topou na rua e que não sai de sua mente.

Tocou a campainha pela quinta vez e quando já estava quase desistindo heis que uma negona de umas 100 toneladas abre a porta com uma expressão de poucos amigos e diz - Entra!

Marcelo, sem precisar ser pitonisa, já previu em pensamento "putz! mais um fria". Bom, uma a mais uma a menos ele foi entrando no sobrado da Rua da Glória. Sem que autorizassem ele se sentou em um dos sofazões velhos que tinha num canto e antes que pudesse observar qualquer coisa sua narinas foram tomadas por um fedozão terrível: cheiro de madeira podre misturado com insenso e feijão vencido. Terrível. Procurou respirar pela boca. Daí ele pode analisar melhor o ambiente. Na parede oposta tinha um quadro com umas paisagens bucólicas e ao lado uma janela que dava para um cortiço, no centro da sala uma mesinha com umas revistas sem capa todas rasgadas, e na parede da direita havia uma entrada que dava para outras dependências e ao lado o outro sofa com a única garota que havia no lugar. O mais estranho de tudo é o que estava junto a parede da esquerda onde fica a porta de entrada. Ali de pé ao lado de uma espécie de santuário havia um anão com uma enorme sicatriz no rosto. O anão ficava encarando Marcelo, todo sinistrão. Em meio a tanta bizarrice rolava james Brown ao fundo cantando "Justing Park" e esse conjunto de imagens e som trazia ao ambiente uma atmosfera melancólica e insólita. A negona havia sumido.

A garota do sofá levantou-se e veio abordar Marcelo e falou, com sotaque nordestino: "Oi gato, vamu subi". Marcelo pode notar então que a belezura não tinha alguns dentes mas num gesto da sobra de educação que ainda lhe restava ele perguntou: "como funciona?"

- Vc paga 25 meia hora no capricho, viu?

Marcelo falou - Ah! Me desculpe, pensei que fosse mais barato, não tenho dinheiro, preciso ir..."

garota - Dá pra fazê por 20, mas é pq gostei de vc.

Marcelo (já impaciente) - Agradeço, mas ainda tá caro, vc me abre a porta?

garota - Vixi! 20 conto caro? Se acha que achei minha buceta no lixo, homi?

Marcelo - Não, não é isso é que eu preciso ir embora...olha, eu vou até o banco, pego mais grana e volto, ok?

garota (gritando)- João!!!!!! Tem um prego aqui.

Nisso, sai pela porta do lado direito um cara de uns 2 metros de altura, de cabelo comprido e péle morena todo mau encarado,parecendo um índio. E vai na direção de Marcelo o intimando: "que foi, não gostou da garota?"

Marcelo (gaguejando) - Não, gostei sim. É que preciso ir ao banco buscar a grana..."

Índio - Meu irmão, pra sair daqui se tem que pagar 10 conto.

Suando frio Marcelo olha para o lado e vê o anão com a mesma cara parecendo uma estátua. Enquanto James Brown despeja sua melancolia musical indiferente aos apuros de Marcelo.

Tá bom, tá bom eu pago. Puxando uma nota de dez reias Marcelo ofereceu ao Indio...

Índio - Pensando bem como hoje eu tô bonzinho acho que a Severina vai te fazê uma caridade, Severina faz uma rapidinha com nosso amigo aqui por 10 conto?

Severina - Claro! Eu gostei desse cabra, vamu lá benzinho...

Marcelo - Não, obrigado mas eu preciso ir...

Índio - Tem certeza?

Marcelo disse se levantando, aflito- Tenho sim, tenho sim. Agora preciso ir.

Índio - Anão, o que vc acha, deixa ele ir?

Marcelo estava em apuros e suava frio, seu destino dentro daquela espelunca agora estava nas mãos daquele anão deformado e sinistro...

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#14 Mensagem por Maestro Alex » 21 Ago 2005, 22:43

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pfspbr escreveu:
Marcelo era um homem de aproximadamente 50 anos, bem sucedido e já estava no quarto casamento. Tinha uma filha acabando a faculdade de Direito do seu primeiro casamento, e um filho de 4 anos do último casamento. Mantinha boa relação com as ex-esposas e pagava religiosamente a pensão a todas elas. Sua esposa atual era uma mulher bonita, atraente e ainda jovem, beirando os 30 anos.
Marcelo mantinha uma saúde de ferro, e como o dinheiro não era problema estava sempre em forma com academia tratamentos de rejuvenescimento e check-ups constantes. Nosso amigo em questão tinha um defeitinho desde o seu primeiro casamento... Não conseguia viver sem putaria... entrava em todas do trash ao sofisticado, não podia parar... e esse defeitinho foi o pivô do fim do seu primeiro casamento, já que num descuido tinha passado uma DST a sua esposa. Ele não conseguia parar com o vício... precisava de mulheres, sempre variadas de todas as cores, de todos o tipos. Estava realmente apaixonado pela sua esposa, que não negava fogo nunca..., muito pelo contrário, era chegada numa boa sacanagem. Mas..., ele não conseguia parar e práticamente quase todo dia antes de ir para casa precisava de um pulo de cerca.
Alguns dias atrás, precisando dar uma variada decidiu ir num puteiro trash e...
...se lembrou do que tinha aprendido no GPGUIA: em se tratando de puteiro trash, não tem pra ninguém: PREDIÃO é o que há.
Tirou a gravata, vestiu uma velha camiseta do PT, um bermudão desbotado, pegou um xerox do RG, 10 notas de 5 reais, um pacote de camisinhas, e seguiu rumo à rua dos Andradas, 69.

Sem pensar muito, e temendo ser reconhecido, Marcelo entrou rapidamente no predião. No elevador, deu de cara com a tiazinha da bengala... ela não deixou de reparar na camiseta do PT: "E aí, veio gastar o MENSALÃO aqui? Dá um real, pra mim, aí".
Antes que Marcelo se decidisse se dava 1 real pra tia ou não, o elevador chegou ao oitavo andar.
Vendo que era uma boa oportunidade para economizar alguns trocados, Marcelo saíu rapidamente do elevador. A Tia, mais puta do que nunca, lhe cutucou enfiando a bengala na sua bunda e dizendo:
"Dá 1 Real aí, Tio"

Mas Marcelo não tinha R$ 1. Tinha apenas 10 notas de R$ 5, além de uma moedinha de 10 centavos que tinha tomado de um "nóia" lá embaixo que, muito louco com crack na cabeça, dizia ser suficiente para comprar toda aquela "bosta de prédio".

Marcelo rapidamente via num flash sua última semana... cansado, estressado com o trabalho, irritado com a 3a mulher que lhe pedia uma ajudinha extra mensal... e agora, num muquifo dos infernos em pleno centro, com uma bengala pressionando-lhe pela retaguarda. Onde iria parar? Qual seria o próximo passo, se é que haveria mais algum? Se sentiu no fundo do poço. Na sarjeta. Na lama.

Eis que a Tia, num gesto de habilidade, moveu a bengala com força para baixo e arriou sua bermuda velha desbotada e sua cueca samba canção de seda. Que cena mais trash! Digna realmente do predião. Aquela bunda branca, peluda, no meio do corredor. Mas o pior estava por vir. Da cueca de Marcelo cai o macinho com as 10 notas de R$ 5. Todas espalhadas pelo chão...
Ai, já vi né meus amigos..., foi aquele alvoroço só, Marcelo tentou pegar o dinheiro que havia caido de sua cueca, mas tomou uma bengalada da tia no meio da cabeça que quase o levou a nocalte. Afinal das contas, aquele dinheiro era pra ele gastar com a coisa que mais gostava na vida.

As putas sairam gritando: _ '' O Filho da Puta ta no esquema do Valerio, vamos arrancar o pinto dele''.

Ao ouvir estas palavras, Marcelo deu um salto que quase foi parar no teto e com uma destreza impar, nosso heroi desceu as escadas daquele andar fetido, correndo, afim de encontrar um porto seguro.

Mas como bom putanheiro que Marcelo é, e apesar do ocorrido, ele ainda queria uma mulher para matar sua sede de sexo.............
...Porém, no desespero de fugir, Marcelo havia deixado a sua grana espalhada pelo chão do predião e não tinha dinheiro nem pra cagar. Na expectativa de encontrar alguns trocados Marcelo fuçou no bolso de trás da bermuda velha e pegou sua carteira. Abriu, vasculhou e viu que só tinha mesmo a xerox do rg, a camisinha e um mini-calendário com o distintivo do Corinthians . Só de pensar que a poucas quadras de onde ele estava havia um banco e que naquele banco ele tinha uma bolada aplicada num fundo de investimento mas que naquelas condições ele nem sequer conseguiria entrar no banco, seria barrado na porta automática ao ser confundido com um maltrapilho de rua, isso o deixava angústiado e sem esperanças. Desamparado, Marcelo perambulou sem rumo pelas ruas do Centrão todo pensativo na esperança de encontrar alguma solução. De cabeça baixa, absorto em pensamentos, Marcelo trombou com um gordão no meio da rua, levantou a cabeça e se desculpou com o obeso. O gordo de olhar sinistro começou a rir de forma macabra olhando fixamente nos olhos de Marcelo. Fazendo com que Marcelo sentisse um calafrio na espinha e pensasse "Esse gordo deve ser bicha". Nosso herói caminhou mais 5 passos e olhou para trás para ver se o gordo não o estava seguindo. E para sua surpresa e espanto o gordo havia sumido completamente. Marcelo parou e começou a vasculhar com os olhos tudo aos seu redor sem encontrar o gordo. É muito prum dia só já devo estar delirando, pensou Marcelo. Marcelo procurou esquecer do gordo e pensar em mulher, continuou seguindo caminhado pela rua em meio a multidão. Foi quando Marcelo passou em frente a um cinê pornô e então teve uma idéia. Entrou naquele estranho e obscuro cinema com sua camisa do PT surrada dirigindo-se até a bilheteria ...
... Mas..., faltando poucos passos para chegar na bilheteria, ele fica parado, quieto, com a visão perdida, olhando sem olhar. Sua mente o leva até o início de tudo, de quando aos treze anos o seu pai o levou num puteiro para virar homem, como presente de aniversário. Começa a ver um filme da sua vida de putas até que..
sente um bafo quente na nuca. Imediatamente lembrou de seu pai brigando no puteiro e dizendo para um fanchona "o único bafo quente que senti na nuca foi da sua mãe que errou de lado, sua bicha". Marcelo virou-se súbito para enfiar uma bifa na orelha do que imaginava ser o autor do bafo e já com a mão a caminho, levou um susto:

- Aahhhh! Meus Deus, o que é isso????
- Calma mor, só ia dar um beijinho.

Era a coisa mais feia que ele já vira em vida depois do Batoré, para quem redigira uns textos de humor que não foram aceitos porque, segundo lhe disseram "muito sofisticados para A Praça é Nossa".

- Sai fora canhão, hoje não, tô sem grana.
- Não quero você não mor. Meu nome é Vanessa Vanelli e eu estou atrasada para um compromisso. Preciso ir até o Lido encontrar com um gato. O nome dele é Mister Madruga, mas eu não sei o caminho até lá. Será que você pode me ajudar? Se você fizer isso eu faço um boquete de graça ou dou 10% do programa de R$ 150,00.

Marcelo não precisou pensar mais do que dois segundos. Fico com os 10%! No íntimo imaginava quem seria esse idiota, para ser chamado por um nome desses e ainda por cima pagar R$ 150,00 por aquele rascunho do mapa do inferno. Considerando os trintinha que iria faturar, tomou-a pela mão e disse cínico:

- Vamos, princesa!
- Ai, adoro um cabra romântico...

Tomaram o rumo do Lido. Atravessaram a Rio Branco e já estavam na Praça da República, quando foram cercados por um bando de skinheads.
O maior deles, que os outros chamavam de Carnage, aproximou-se de ambos e disse:

- Aí vacilão, onde você vai armado com isso aí?

Marcelo sentiu um arrepio, que começava na nuca, passava pelo olho do cu, descia até sua unha encravada do dedão e retornava até sua bexiga, acionando o alarme que lhe fez encharcar as calças. Já se imaginava perdido quando, de repente, surgiu o Goulart de Andrade, fazendo uma reportagem sobre a noite paulistana. Ao ouvir a indefectível frase "vem comigo, Capeta", não teve dúvidas e postou-se de forma a ser entrevistado, quase que implorando uma pergunta. Goulart então perguntou-lhe, não sem antes fazer uma breve introdução:

- Estamos hoje aqui, rodando pela noite de São Paulo e encontramos essas figuras simpáticas juntas, que em outra cidade jamais seriam amigas. Um grupo de skinheads, uma dama da noite e seu cliente entusiamado. E aí meu amigo, qual o seu nome?
- Marcelo.
- E esse grupo que você faz parte, está indo para onde?
- Ééééééééé, beeeeemmmm, nós fazemos parte de um grupo cristão denominado "Filhos de Maria Madalena" e estamos nos preparando para comprar e distribuir comida aos moradores de rua do centro. Essa é nossa missionária, irmã Vanessa.
Goulart comoveu-se, mesmo estranhando a "irmã" vestida com um top minúsculo e uma mini-saia quase estourando, pressionada pelas banhas. Perguntou-lhe:
- Isso é que é bonito nessa cidade, sempre encontramos alguém disposto a ajudar o próximo nessa verdadeira selva de pedra. Vem cá irmã Vanessa, a senhora sempre leva àqueles carentes das ruas, aos descamisados, o ideal cristão do "é dando que se recebe"?
- Craro mor. Eu vivo disso.
- E onde será a primeira distribuição da noite?
- No Lido.
- Então eu vou acompanhar vocês até lá. Vem comigo, Capeta.
Nesse momento o Goulart fala para todos... estou com 2 carros da produção e a van dos equipamentos... acho que posso levar todos vocês comigo rumo ao Lido..., agora bem... onde fica este lugar que não conheço? ( O safado se fez de desentendido... ele conhecia muito bem o Lido... e não só isso... ele era cliente assíduo da Vanessa)... Ele, Goulart teve que fazer cara de comovido para a gravação... afinal estava gravando o programa... Marcelo se perguntava.... Estou num filme de Fellini?....


"Não é Fellini, não, amigo." estava dizendo o Goulart de Andrade.

Marcelo se deu conta de que tinha pensando alto. "Vem comigo, que a turma e o Kapeta vão na outra vã. Quero estar a sós consigo ".

Desnorteado e com os pensamentos pouco claros, Marcelo aquiesceu e entrou, sozinho com Goulart, na vã. Havia um brilho estranho no olhar de Goulart, uma salivação perceptível, quando ele continuou:

"Marcelo, isso é filme nacional, daqueles financiados pela Embrafilme, todo mundo de cueca, e a Joana Fomm no meio, pelada. É relaxar e gozar. Se bem que a gente está sem a Joana Fomm no momento. Rará. Vem comigo ".


Marcelo desceu da vã, sentindo um certo desconforto físico. Umas dores aqui e ali.

Apertou o bolso. Sentiu o dinheiro. Sorriu. Sempre fora homem prático, e tirava de letra o imbróglio que lhe aparecesse. Que o digam suas ex-mulheres. Saíra porque queria uma aventura inédita, trash.

Lembrou-se de um de seus livros preferidos Memórias de um Sargento de Milícias :

" Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremendo beliscão nas costas da mão esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra(...)
Quando saltaram em terra começou a Maria a sentir certos enojos: foram os dois morar juntos: e daí a um mês manifestaram-se claramente os efeitos da pisadela e do beliscão; sete meses depois teve a Maria um filho, formidável "

Os filhos de Marcelo haviam sido concebidos em grande estilo. Com clima e local apropriado, caros, luxentos. Sempre lhe falara a imaginação o encaixe bruto, rápido, animal dos menos afortunados.

Agora ia experimentar.

Pisadelas e beliscões sucessivos em lugares insalubres. A putaria trash o chamava. Ele atendia.


Dentro da vã, nu, Goulart de Andrade tentava desatar o nó que o amordaçava. Aquele Marcelo ia pagar!

Goulart havia tirado toda a roupa, até a lingerie da sorte, uma calcinha rosa, que usava nas aventuras mais ousadas (era presente da travesti Shrcléia, musa de uma das muitas matérias que havia feito no submundo gay de São Paulo). Tudo para ouvir isso: "Escuta aqui, amigo, sou forista do GP Guia, e com nóis é só muié falow" (precavido, Marcelo vinha praticando a lingua trash pra entrar no estilo) "Vou dar um talento em vc aqui: primeiro, passa o dinheiro. Agora, mano, caladinho" E amordaçou o jornalista.
Se afastando rápido do carro, restava uma dúvida a Marcelo.
Quem diria, vendo passar pela rua, que aquele era um homem bem sucedido. Bem, agora a todos os seus defeitos podia acrescentar ladrão e agressor de bibas. Nem se lembrou que o apresentador tinha seu rosto gravado, na entrevista que fez na Republica.
Onde gastar o dinheiro tão facilmente adquirido? Era a idéia fixa que o fazia caminhar cada vez mais rápido.
Lembrando da área trash no GP Guia tentou lembrar de algum lugar ali por perto, não aguentava mais andar, ele, acostumado a carros importados.
Lembrou de um lugar que Rubens Castilhos postou e que indicou como sendo " um dos muquifos mais asquerosos que eu conheço. A qualidade das garotas é péssima. É algo como o sub-mundo do sub-mundo da putaria."
Que lugar melhor que aquele, já que queria inovar?
Toca para Rua da Glória, 138 ali mesmo na Liberdade...
Um casal de velhinhos japoneses ambos segurando sacolas cheias de frutas e legumes passou por ele encarando Marcelo com olhar de condenação. Marcelo sentiu-se incomadado e pensou "velhos filhas da puta não dão mais no couro então ficam enchendo, enfia esses pepinos no cu". Nosso herói parecia realmente estressado não lembrando nem de perto o cara de bons modos tipico paulistano de classe média bem educado que ele era. Então recapitulemos: Como um deliquente fugiu correndo de um puteiro barato literalmente com as calças na mão, aceitou dar assistência a uma puta tenebrosa em troca de 30 reais como se fosse cafetão da boca do lixo, tal qual um marginal rendeu, amarrou e roubou um famoso jornalista do submundo que tentou seduzi-lo travestido de mulher. Era muito para um só dia, sem contar o sinistro gordo que ele topou na rua e que não sai de sua mente.

Tocou a campainha pela quinta vez e quando já estava quase desistindo heis que uma negona de umas 100 toneladas abre a porta com uma expressão de poucos amigos e diz - Entra!

Marcelo, sem precisar ser pitonisa, já previu em pensamento "putz! mais um fria". Bom, uma a mais uma a menos ele foi entrando no sobrado da Rua da Glória. Sem que autorizassem ele se sentou em um dos sofazões velhos que tinha num canto e antes que pudesse observar qualquer coisa sua narinas foram tomadas por um fedozão terrível: cheiro de madeira podre misturado com insenso e feijão vencido. Terrível. Procurou respirar pela boca. Daí ele pode analisar melhor o ambiente. Na parede oposta tinha um quadro com umas paisagens bucólicas e ao lado uma janela que dava para um cortiço, no centro da sala uma mesinha com umas revistas sem capa todas rasgadas, e na parede da direita havia uma entrada que dava para outras dependências e ao lado o outro sofa com a única garota que havia no lugar. O mais estranho de tudo é o que estava junto a parede da esquerda onde fica a porta de entrada. Ali de pé ao lado de uma espécie de santuário havia um anão com uma enorme sicatriz no rosto. O anão ficava encarando Marcelo, todo sinistrão. Em meio a tanta bizarrice rolava james Brown ao fundo cantando "Justing Park" e esse conjunto de imagens e som trazia ao ambiente uma atmosfera melancólica e insólita. A negona havia sumido.

A garota do sofá levantou-se e veio abordar Marcelo e falou, com sotaque nordestino: "Oi gato, vamu subi". Marcelo pode notar então que a belezura não tinha alguns dentes mas num gesto da sobra de educação que ainda lhe restava ele perguntou: "como funciona?"

- Vc paga 25 meia hora no capricho, viu?

Marcelo falou - Ah! Me desculpe, pensei que fosse mais barato, não tenho dinheiro, preciso ir..."

garota - Dá pra fazê por 20, mas é pq gostei de vc.

Marcelo (já impaciente) - Agradeço, mas ainda tá caro, vc me abre a porta?

garota - Vixi! 20 conto caro? Se acha que achei minha buceta no lixo, homi?

Marcelo - Não, não é isso é que eu preciso ir embora...olha, eu vou até o banco, pego mais grana e volto, ok?

garota (gritando)- João!!!!!! Tem um prego aqui.

Nisso, sai pela porta do lado direito um cara de uns 2 metros de altura, de cabelo comprido e péle morena todo mau encarado,parecendo um índio. E vai na direção de Marcelo o intimando: "que foi, não gostou da garota?"

Marcelo (gaguejando) - Não, gostei sim. É que preciso ir ao banco buscar a grana..."

Índio - Meu irmão, pra sair daqui se tem que pagar 10 conto.

Suando frio Marcelo olha para o lado e vê o anão com a mesma cara parecendo uma estátua. Enquanto James Brown despeja sua melancolia musical indiferente aos apuros de Marcelo.

Tá bom, tá bom eu pago. Puxando uma nota de dez reias Marcelo ofereceu ao Indio...

Índio - Pensando bem como hoje eu tô bonzinho acho que a Severina vai te fazê uma caridade, Severina faz uma rapidinha com nosso amigo aqui por 10 conto?

Severina - Claro! Eu gostei desse cabra, vamu lá benzinho...

Marcelo - Não, obrigado mas eu preciso ir...

Índio - Tem certeza?

Marcelo disse se levantando, aflito- Tenho sim, tenho sim. Agora preciso ir.

Índio - Anão, o que vc acha, deixa ele ir?

Marcelo estava em apuros e suava frio, seu destino dentro daquela espelunca agora estava nas mãos daquele anão deformado e sinistro...
... Mais uma vez Marcelo tem um surto... fica perdido olhando pro nada, na mente de novo o filme, o pai, o bordel, suas 3 ex-esposas, a filha quase formada em Direito... o seu filho pequeno e a gostosa e ainda jovem esposa atual, sua boa vida, o dinheiro fácil, as GP´S de luxo que ele podia pagar, as festas com os amigos, o Goulart, os Skinheads com Carnage como chefe e a Vanessa, aquela coisa! Não pode ser... devo estar num sonho do qual não consigo sair...

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#15 Mensagem por Clinton » 22 Ago 2005, 10:17

Meus caros,

Unifiquei o texto, senão ninguém conseguirá mais ler.

Continuem a partir deste.




Marcelo era um homem de aproximadamente 50 anos, bem sucedido e já estava no quarto casamento. Tinha uma filha acabando a faculdade de Direito do seu primeiro casamento, e um filho de 4 anos do último casamento. Mantinha boa relação com as ex-esposas e pagava religiosamente a pensão a todas elas. Sua esposa atual era uma mulher bonita, atraente e ainda jovem, beirando os 30 anos.
Marcelo mantinha uma saúde de ferro, e como o dinheiro não era problema estava sempre em forma com academia tratamentos de rejuvenescimento e check-ups constantes. Nosso amigo em questão tinha um defeitinho desde o seu primeiro casamento... Não conseguia viver sem putaria... entrava em todas do trash ao sofisticado, não podia parar... e esse defeitinho foi o pivô do fim do seu primeiro casamento, já que num descuido tinha passado uma DST a sua esposa. Ele não conseguia parar com o vício... precisava de mulheres, sempre variadas de todas as cores, de todos o tipos. Estava realmente apaixonado pela sua esposa, que não negava fogo nunca..., muito pelo contrário, era chegada numa boa sacanagem. Mas..., ele não conseguia parar e práticamente quase todo dia antes de ir para casa precisava de um pulo de cerca.
Alguns dias atrás, precisando dar uma variada decidiu ir num puteiro trash e...
...se lembrou do que tinha aprendido no GPGUIA: em se tratando de puteiro trash, não tem pra ninguém: PREDIÃO é o que há.
Tirou a gravata, vestiu uma velha camiseta do PT, um bermudão desbotado, pegou um xerox do RG, 10 notas de 5 reais, um pacote de camisinhas, e seguiu rumo à rua dos Andradas, 69.

Sem pensar muito, e temendo ser reconhecido, Marcelo entrou rapidamente no predião. No elevador, deu de cara com a tiazinha da bengala... ela não deixou de reparar na camiseta do PT: "E aí, veio gastar o MENSALÃO aqui? Dá um real, pra mim, aí".
Antes que Marcelo se decidisse se dava 1 real pra tia ou não, o elevador chegou ao oitavo andar.

Vendo que era uma boa oportunidade para economizar alguns trocados, Marcelo saíu rapidamente do elevador. A Tia, mais puta do que nunca, lhe cutucou enfiando a bengala na sua bunda e dizendo:
"Dá 1 Real aí, Tio"

Mas Marcelo não tinha R$ 1. Tinha apenas 10 notas de R$ 5, além de uma moedinha de 10 centavos que tinha tomado de um "nóia" lá embaixo que, muito louco com crack na cabeça, dizia ser suficiente para comprar toda aquela "bosta de prédio".

Marcelo rapidamente via num flash sua última semana... cansado, estressado com o trabalho, irritado com a 3a mulher que lhe pedia uma ajudinha extra mensal... e agora, num muquifo dos infernos em pleno centro, com uma bengala pressionando-lhe pela retaguarda. Onde iria parar? Qual seria o próximo passo, se é que haveria mais algum? Se sentiu no fundo do poço. Na sarjeta. Na lama.

Eis que a Tia, num gesto de habilidade, moveu a bengala com força para baixo e arriou sua bermuda velha desbotada e sua cueca samba canção de seda. Que cena mais trash! Digna realmente do predião. Aquela bunda branca, peluda, no meio do corredor. Mas o pior estava por vir. Da cueca de Marcelo cai o macinho com as 10 notas de R$ 5. Todas espalhadas pelo chão...

Ai, já vi né meus amigos..., foi aquele alvoroço só, Marcelo tentou pegar o dinheiro que havia caido de sua cueca, mas tomou uma bengalada da tia no meio da cabeça que quase o levou a nocalte. Afinal das contas, aquele dinheiro era pra ele gastar com a coisa que mais gostava na vida.

As putas sairam gritando: _ '' O Filho da Puta ta no esquema do Valerio, vamos arrancar o pinto dele''.

Ao ouvir estas palavras, Marcelo deu um salto que quase foi parar no teto e com uma destreza impar, nosso heroi desceu as escadas daquele andar fetido, correndo, afim de encontrar um porto seguro.

Mas como bom putanheiro que Marcelo é, e apesar do ocorrido, ele ainda queria uma mulher para matar sua sede de sexo...........

...Porém, no desespero de fugir, Marcelo havia deixado a sua grana espalhada pelo chão do predião e não tinha dinheiro nem pra cagar. Na expectativa de encontrar alguns trocados Marcelo fuçou no bolso de trás da bermuda velha e pegou sua carteira. Abriu, vasculhou e viu que só tinha mesmo a xerox do rg, a camisinha e um mini-calendário com o distintivo do Corinthians . Só de pensar que a poucas quadras de onde ele estava havia um banco e que naquele banco ele tinha uma bolada aplicada num fundo de investimento mas que naquelas condições ele nem sequer conseguiria entrar no banco, seria barrado na porta automática ao ser confundido com um maltrapilho de rua, isso o deixava angústiado e sem esperanças. Desamparado, Marcelo perambulou sem rumo pelas ruas do Centrão todo pensativo na esperança de encontrar alguma solução. De cabeça baixa, absorto em pensamentos, Marcelo trombou com um gordão no meio da rua, levantou a cabeça e se desculpou com o obeso. O gordo de olhar sinistro começou a rir de forma macabra olhando fixamente nos olhos de Marcelo. Fazendo com que Marcelo sentisse um calafrio na espinha e pensasse "Esse gordo deve ser bicha". Nosso herói caminhou mais 5 passos e olhou para trás para ver se o gordo não o estava seguindo. E para sua surpresa e espanto o gordo havia sumido completamente. Marcelo parou e começou a vasculhar com os olhos tudo aos seu redor sem encontrar o gordo. É muito prum dia só já devo estar delirando, pensou Marcelo. Marcelo procurou esquecer do gordo e pensar em mulher, continuou seguindo caminhado pela rua em meio a multidão. Foi quando Marcelo passou em frente a um cinê pornô e então teve uma idéia. Entrou naquele estranho e obscuro cinema com sua camisa do PT surrada dirigindo-se até a bilheteria ...

... Mas..., faltando poucos passos para chegar na bilheteria, ele fica parado, quieto, com a visão perdida, olhando sem olhar. Sua mente o leva até o início de tudo, de quando aos treze anos o seu pai o levou num puteiro para virar homem, como presente de aniversário. Começa a ver um filme da sua vida de putas até que..

sente um bafo quente na nuca. Imediatamente lembrou de seu pai brigando no puteiro e dizendo para um fanchona "o único bafo quente que senti na nuca foi da sua mãe que errou de lado, sua bicha". Marcelo virou-se súbito para enfiar uma bifa na orelha do que imaginava ser o autor do bafo e já com a mão a caminho, levou um susto:

- Aahhhh! Meus Deus, o que é isso????
- Calma mor, só ia dar um beijinho.

Era a coisa mais feia que ele já vira em vida depois do Batoré, para quem redigira uns textos de humor que não foram aceitos porque, segundo lhe disseram "muito sofisticados para A Praça é Nossa".

- Sai fora canhão, hoje não, tô sem grana.
- Não quero você não mor. Meu nome é Vanessa Vanelli e eu estou atrasada para um compromisso. Preciso ir até o Lido encontrar com um gato. O nome dele é Mister Madruga, mas eu não sei o caminho até lá. Será que você pode me ajudar? Se você fizer isso eu faço um boquete de graça ou dou 10% do programa de R$ 150,00.

Marcelo não precisou pensar mais do que dois segundos. Fico com os 10%! No íntimo imaginava quem seria esse idiota, para ser chamado por um nome desses e ainda por cima pagar R$ 150,00 por aquele rascunho do mapa do inferno. Considerando os trintinha que iria faturar, tomou-a pela mão e disse cínico:

- Vamos, princesa!
- Ai, adoro um cabra romântico...

Tomaram o rumo do Lido. Atravessaram a Rio Branco e já estavam na Praça da República, quando foram cercados por um bando de skinheads.
O maior deles, que os outros chamavam de Carnage, aproximou-se de ambos e disse:

- Aí vacilão, onde você vai armado com isso aí?

Marcelo sentiu um arrepio, que começava na nuca, passava pelo olho do cu, descia até sua unha encravada do dedão e retornava até sua bexiga, acionando o alarme que lhe fez encharcar as calças. Já se imaginava perdido quando, de repente, surgiu o Goulart de Andrade, fazendo uma reportagem sobre a noite paulistana. Ao ouvir a indefectível frase "vem comigo, Capeta", não teve dúvidas e postou-se de forma a ser entrevistado, quase que implorando uma pergunta. Goulart então perguntou-lhe, não sem antes fazer uma breve introdução:

- Estamos hoje aqui, rodando pela noite de São Paulo e encontramos essas figuras simpáticas juntas, que em outra cidade jamais seriam amigas. Um grupo de skinheads, uma dama da noite e seu cliente entusiamado. E aí meu amigo, qual o seu nome?
- Marcelo.
- E esse grupo que você faz parte, está indo para onde?
- Ééééééééé, beeeeemmmm, nós fazemos parte de um grupo cristão denominado "Filhos de Maria Madalena" e estamos nos preparando para comprar e distribuir comida aos moradores de rua do centro. Essa é nossa missionária, irmã Vanessa.
Goulart comoveu-se, mesmo estranhando a "irmã" vestida com um top minúsculo e uma mini-saia quase estourando, pressionada pelas banhas. Perguntou-lhe:
- Isso é que é bonito nessa cidade, sempre encontramos alguém disposto a ajudar o próximo nessa verdadeira selva de pedra. Vem cá irmã Vanessa, a senhora sempre leva àqueles carentes das ruas, aos descamisados, o ideal cristão do "é dando que se recebe"?
- Craro mor. Eu vivo disso.
- E onde será a primeira distribuição da noite?
- No Lido.
- Então eu vou acompanhar vocês até lá. Vem comigo, Capeta.

Nesse momento o Goulart fala para todos... estou com 2 carros da produção e a van dos equipamentos... acho que posso levar todos vocês comigo rumo ao Lido..., agora bem... onde fica este lugar que não conheço? ( O safado se fez de desentendido... ele conhecia muito bem o Lido... e não só isso... ele era cliente assíduo da Vanessa)... Ele, Goulart teve que fazer cara de comovido para a gravação... afinal estava gravando o programa... Marcelo se perguntava.... Estou num filme de Fellini?....



"Não é Fellini, não, amigo." estava dizendo o Goulart de Andrade.

Marcelo se deu conta de que tinha pensando alto. "Vem comigo, que a turma e o Kapeta vão na outra vã. Quero estar a sós consigo ".

Desnorteado e com os pensamentos pouco claros, Marcelo aquiesceu e entrou, sozinho com Goulart, na vã. Havia um brilho estranho no olhar de Goulart, uma salivação perceptível, quando ele continuou:

"Marcelo, isso é filme nacional, daqueles financiados pela Embrafilme, todo mundo de cueca, e a Joana Fomm no meio, pelada. É relaxar e gozar. Se bem que a gente está sem a Joana Fomm no momento. Rará. Vem comigo ".


Marcelo desceu da vã, sentindo um certo desconforto físico. Umas dores aqui e ali.

Apertou o bolso. Sentiu o dinheiro. Sorriu. Sempre fora homem prático, e tirava de letra o imbróglio que lhe aparecesse. Que o digam suas ex-mulheres. Saíra porque queria uma aventura inédita, trash.

Lembrou-se de um de seus livros preferidos Memórias de um Sargento de Milícias :

" Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremendo beliscão nas costas da mão esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra(...)
Quando saltaram em terra começou a Maria a sentir certos enojos: foram os dois morar juntos: e daí a um mês manifestaram-se claramente os efeitos da pisadela e do beliscão; sete meses depois teve a Maria um filho, formidável "

Os filhos de Marcelo haviam sido concebidos em grande estilo. Com clima e local apropriado, caros, luxentos. Sempre lhe falara a imaginação o encaixe bruto, rápido, animal dos menos afortunados.

Agora ia experimentar.

Pisadelas e beliscões sucessivos em lugares insalubres. A putaria trash o chamava. Ele atendia.


Dentro da vã, nu, Goulart de Andrade tentava desatar o nó que o amordaçava. Aquele Marcelo ia pagar!

Goulart havia tirado toda a roupa, até a lingerie da sorte, uma calcinha rosa, que usava nas aventuras mais ousadas (era presente da travesti Shrcléia, musa de uma das muitas matérias que havia feito no submundo gay de São Paulo). Tudo para ouvir isso: "Escuta aqui, amigo, sou forista do GP Guia, e com nóis é só muié falow" (precavido, Marcelo vinha praticando a lingua trash pra entrar no estilo) "Vou dar um talento em vc aqui: primeiro, passa o dinheiro. Agora, mano, caladinho" E amordaçou o jornalista.

Se afastando rápido do carro, restava uma dúvida a Marcelo.
Quem diria, vendo passar pela rua, que aquele era um homem bem sucedido. Bem, agora a todos os seus defeitos podia acrescentar ladrão e agressor de bibas. Nem se lembrou que o apresentador tinha seu rosto gravado, na entrevista que fez na Republica.
Onde gastar o dinheiro tão facilmente adquirido? Era a idéia fixa que o fazia caminhar cada vez mais rápido.
Lembrando da área trash no GP Guia tentou lembrar de algum lugar ali por perto, não aguentava mais andar, ele, acostumado a carros importados.
Lembrou de um lugar que Rubens Castilhos postou e que indicou como sendo " um dos muquifos mais asquerosos que eu conheço. A qualidade das garotas é péssima. É algo como o sub-mundo do sub-mundo da putaria."
Que lugar melhor que aquele, já que queria inovar?
Toca para Rua da Glória, 138 ali mesmo na Liberdade...

Um casal de velhinhos japoneses ambos segurando sacolas cheias de frutas e legumes passou por ele encarando Marcelo com olhar de condenação. Marcelo sentiu-se incomadado e pensou "velhos filhas da puta não dão mais no couro então ficam enchendo, enfia esses pepinos no cu". Nosso herói parecia realmente estressado não lembrando nem de perto o cara de bons modos tipico paulistano de classe média bem educado que ele era. Então recapitulemos: Como um deliquente fugiu correndo de um puteiro barato literalmente com as calças na mão, aceitou dar assistência a uma puta tenebrosa em troca de 30 reais como se fosse cafetão da boca do lixo, tal qual um marginal rendeu, amarrou e roubou um famoso jornalista do submundo que tentou seduzi-lo travestido de mulher. Era muito para um só dia, sem contar o sinistro gordo que ele topou na rua e que não sai de sua mente.

Tocou a campainha pela quinta vez e quando já estava quase desistindo heis que uma negona de umas 100 toneladas abre a porta com uma expressão de poucos amigos e diz - Entra!

Marcelo, sem precisar ser pitonisa, já previu em pensamento "putz! mais um fria". Bom, uma a mais uma a menos ele foi entrando no sobrado da Rua da Glória. Sem que autorizassem ele se sentou em um dos sofazões velhos que tinha num canto e antes que pudesse observar qualquer coisa sua narinas foram tomadas por um fedozão terrível: cheiro de madeira podre misturado com insenso e feijão vencido. Terrível. Procurou respirar pela boca. Daí ele pode analisar melhor o ambiente. Na parede oposta tinha um quadro com umas paisagens bucólicas e ao lado uma janela que dava para um cortiço, no centro da sala uma mesinha com umas revistas sem capa todas rasgadas, e na parede da direita havia uma entrada que dava para outras dependências e ao lado o outro sofa com a única garota que havia no lugar. O mais estranho de tudo é o que estava junto a parede da esquerda onde fica a porta de entrada. Ali de pé ao lado de uma espécie de santuário havia um anão com uma enorme sicatriz no rosto. O anão ficava encarando Marcelo, todo sinistrão. Em meio a tanta bizarrice rolava james Brown ao fundo cantando "Justing Park" e esse conjunto de imagens e som trazia ao ambiente uma atmosfera melancólica e insólita. A negona havia sumido.

A garota do sofá levantou-se e veio abordar Marcelo e falou, com sotaque nordestino: "Oi gato, vamu subi". Marcelo pode notar então que a belezura não tinha alguns dentes mas num gesto da sobra de educação que ainda lhe restava ele perguntou: "como funciona?"

- Vc paga 25 meia hora no capricho, viu?

Marcelo falou - Ah! Me desculpe, pensei que fosse mais barato, não tenho dinheiro, preciso ir..."

garota - Dá pra fazê por 20, mas é pq gostei de vc.

Marcelo (já impaciente) - Agradeço, mas ainda tá caro, vc me abre a porta?

garota - Vixi! 20 conto caro? Se acha que achei minha buceta no lixo, homi?

Marcelo - Não, não é isso é que eu preciso ir embora...olha, eu vou até o banco, pego mais grana e volto, ok?

garota (gritando)- João!!!!!! Tem um prego aqui.

Nisso, sai pela porta do lado direito um cara de uns 2 metros de altura, de cabelo comprido e péle morena todo mau encarado,parecendo um índio. E vai na direção de Marcelo o intimando: "que foi, não gostou da garota?"

Marcelo (gaguejando) - Não, gostei sim. É que preciso ir ao banco buscar a grana..."

Índio - Meu irmão, pra sair daqui se tem que pagar 10 conto.

Suando frio Marcelo olha para o lado e vê o anão com a mesma cara parecendo uma estátua. Enquanto James Brown despeja sua melancolia musical indiferente aos apuros de Marcelo.

Tá bom, tá bom eu pago. Puxando uma nota de dez reias Marcelo ofereceu ao Indio...

Índio - Pensando bem como hoje eu tô bonzinho acho que a Severina vai te fazê uma caridade, Severina faz uma rapidinha com nosso amigo aqui por 10 conto?

Severina - Claro! Eu gostei desse cabra, vamu lá benzinho...

Marcelo - Não, obrigado mas eu preciso ir...

Índio - Tem certeza?

Marcelo disse se levantando, aflito- Tenho sim, tenho sim. Agora preciso ir.

Índio - Anão, o que vc acha, deixa ele ir?

Marcelo estava em apuros e suava frio, seu destino dentro daquela espelunca agora estava nas mãos daquele anão deformado e sinistro...


... Mais uma vez Marcelo tem um surto... fica perdido olhando pro nada, na mente de novo o filme, o pai, o bordel, suas 3 ex-esposas, a filha quase formada em Direito... o seu filho pequeno e a gostosa e ainda jovem esposa atual, sua boa vida, o dinheiro fácil, as GP´S de luxo que ele podia pagar, as festas com os amigos, o Goulart, os Skinheads com Carnage como chefe e a Vanessa, aquela coisa! Não pode ser... devo estar num sonho do qual não consigo sair...

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