A Mulher Serpente - Autor: Dante-Rio

Crônicas semanais sobre putaria

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A Mulher Serpente - Autor: Dante-Rio

#1 Mensagem por DANTE-RIO » 23 Fev 2007, 15:50

Loucuras não se explicam, se cometem!

Foi numa sexta-feira, início da noite. Eu estava confortavelmente acomodado no escritório de casa assistindo umas fitas de um seriado antiqüíssimo que um amigo da TV Globo me conseguiu: Chazan e Xerife. Poucos irão lembrar, era um programa com o Flávio Migliaccio e o Paulo José. Nostalgia braba.

De repente, o telefone toca tão alto que chego a me assustar. Teixeirinha do outro lado da linha.

- Dante?

- Fala, Teixe! O que manda?

- Preciso da sua ajuda hoje...

- Pô, mas hoje? Já estou até de pijama!

- Tem que ser hoje...

- Diz...

Eu havia tirado carteira de motorista há muito pouco tempo, me sentia inseguro ao volante. O Teixeirinha, com o pretexto de me ajudar a praticar mais a direção para que eu perdesse o medo, me pediu para levá-lo até um Motel na Avenida Brasil alegando que uma namorada insistia em conhecer o tal recanto. Ele, no entanto, queria ver primeiro onde ficava o prédio de alcovas.

- Mas Teixeirinha, por que você não vai com o seu Corcel e já leva logo a mulher?

- Cara, o Corcel está parado, quebrou a cruzeta!

- Quebrou o que, Teixe?

- A cruzeta!

- Cruzeta?!

- É, mas deixa pra lá! Coisas do Corcel! Estou quase indo num Antiquário pra poder consertá-lo. Mas vamos logo!

- Tudo bem. Vou me arrumar e passo na sua casa.

Bastou meia hora e eu estava na Av. Vinte Oito de Setembro pegando o Teixeirinha e depois ajustei o leme para a Av. Brasil.

O céu estava carregado. Chuva anunciada. Quando passamos em frente ao Caju, o Teixeirinha me informa que sua intenção era localizar o Motel Carbonara, ficava em Bangu.

- Pô, Teixeirinha! Você quer ir até Bangu só pra saber onde fica um Motel?! Que isso!?

- Cara, tenho que saber onde fica esse troço, motel na Brasil eu não confio.

- Caramba! Mas a sua namorada não tem tara por um motel mais perto, não? Querer transar num motel de Bangu nem é mais tara, é perversidade sexual!

- O importante é que ela quer me dar, Dante! E se a fantasia dela é transar em Bangu, alugo até um barraquinho lá, o que não posso é perder a mulher.

Viajamos por quase quarenta minutos para aplacar a obsessão do Teixeirinha. O Carbonara ficava na altura do Conjunto da Marinha, a entrada era pela Brasil. A cena foi ridícula, identificamos o Motel aos gritos histéricos e fanhosos do meu amigo. Costumo descrever a voz do Teixeirinha dizendo que ela não está muito longe de uma dublagem do Pato Donald e é bem por aí mesmo.

- É o Carbonara! É o Carbonara, Dante!

- Beleza! E o que a gente faz? Entra e tira um cochilo?

- Perde o amigo, mas não perde a piada, né? Vamos voltar.

- Voltar?

- Voltar. O retorno é ali na frente.

E voltamos. O Teixeirinha, cheio de sono, me orientou sobre o trajeto antes de começar a madornar do meu lado.

- Dante, não tem erro. É uma reta! Quando perceber que estamos saindo da Brasil, você me acorda. A gente pega a Francisco Bicalho e vamos sair na Praça da Bandeira. Molinho! Coisa de criança! Você me chama se ficar enrolado.

E dormiu...

Na altura de Irajá, em direção ao Centro, uma tempestade desabou sem pedir licença. Eu mal podia enxergar meio metro à frente do carro. Fui prosseguindo devagar no caminho. Nisso, o Teixeirinha desperta por alguns segundos.

- Com essa chuva é que vou ficar constipado de vez! – Diz meu amigo.

- Constipado, Teixe?! Isso é o que?

- Estou ampliando meu vocabulário.

- Praticando o boiolês.

Com o meu co-piloto novamente apagado, alcancei Manguinhos, onde a chuva havia perdido parte da força. Mantive-me na reta.

- Teixeirinha! Acorda! Estou subindo um viaduto. Faço o que depois?

- Viaduto?! Que viaduto?! – Fala o Teixe enquanto se espreguiça.

- Você é que tem que me dizer! – Respondo.

- Cara, que merda! Isto não é viaduto! É a Ponte Rio - Niterói!

- Putz! E vamos fazer o quê?

- Relaxar e aproveitar a paisagem. Não tem jeito.

- Pô! E onde a gente vai parar?

- Advinha!...

- Esquece! Já sei.

E, como nem eu e nem o Teixeirinha tínhamos um conhecimento profundo sobre a geografia de Niterói, fomos nos embrenhando pelo seu interior.

- Teixe, onde a gente está?

- Não sei, Dante. Vamos procurar alguma placa que nos tire daqui.

Placas eram ficção no lugar onde estávamos e, sem saber como, fomos desembocar em Charitas. Resolvemos parar o carro e tomar uma cerveja num bar próximo à praia.

- Vamos ter que comprar um mapa pra sair daqui. – Digo.

- Cara, vamos seguir as placas!

Acontece que todo Putanheiro sofre de um fenômeno conhecido como a Síndrome do Mercúrio. Ou seja, um Putanheiro sempre atrai outro Putanheiro e, juntos, são atraídos por um Puteiro.

Não deu outra. Quando tentávamos encontrar a trilha de volta para o Rio, embicamos por uma Estrada denominada Caetano Monteiro. No meio do desvairado percurso, avistamos uma Casa toda iluminada, como se estivesse decorada para o Natal. Na fachada, uma placa: “Não percam! Hoje tem Show da Mulher Serpente! Duas cervejas grátis!”

- Dante, vamos entrar aí. A gente aproveita e pergunta como encontrar novamente a Ponte.

Estacionei e entramos.

Apesar da aparência faraônica, a casa por dentro era bem simples. Assemelhava-se a um bar de beira de estrada. Mesinhas de ferro espalhadas num salão espaçoso, sinuca, chão de cimento e, ao fundo, um tablado que serviria de palco para a grande apresentação da noite. A música do ambiente era vibrante, moderna e dançante. Mulheres circulavam por entre as mesas trajadas em shortinhos jeans e tops. A maioria era bagaceira, umas poucas atraentes. Serviam para acentuar o contraste no momento em que adentrava a Estrela da noite.

Uns quarenta minutos depois que chegamos, com o Teixeirinha chapado, um Mestre de Cerimônias anuncia a sensação da noite: A Mulher Serpente.

- E, com vocês, a nossa Feiticeira. Segurem seus corações porque ela os arranca com os olhos. Que entre ela, a Rainha de todos os Sonhos, a Mulher Serpente!

Surge então uma mulher alvíssima, alta, cabelos negros cacheados escorrendo abaixo da cintura, um par de olhos azuis incandescentes. Lindíssima! Ao som de Erótica (Madonna), vestida numa justíssima roupa de couro acinzentada e atravessada por decotes ousados, ela começou a dançar sinuosamente fitando cada um dos presentes no salão. Era hipnótica.

- Cara, o que é isso?! – Meio que exclama o Teixeirinha.

- É a Mulher Serpente, Teixe.

- Dante, finalmente sei o que é o Amor.

- Segura a onda, Teixeirinha.

- Cara, eu estou apaixonado.

- Você está é mamado, Teixe.

- Cara, o meu coração está naquele palco, eu tenho que ir lá pegar.

- Pô, Teixeirinha, fica quieto aí.

Minhas objeções não o impediram. Logo ele estaria postado à beira do palco com um olhar babão para a dançarina. Não demorou para que ela percebesse e sinalizasse para ele subir. Aqui, chegamos ao clímax, amigo Forista.

O alucinado Teixeirinha estava no palco. A beldade o fez deitar no tablado e começou a despi-lo. A cada peça arrancada dele, ela também deixava cair uma. E foi neste ritmo que os dois alcançaram a nudez absoluta. Ela em pé sobre o meu embevecido amigo deitado entre suas pernas. O Teixeirinha parecia um bebê no berço, maravilhado com um móbile suspenso diante dos seus olhos. Ria sem jeito cobrindo os genitais. A galera presente foi ao delírio, ria e zoava numa verdadeira farra.

Agora, o Teixeirinha era a Estrela.

A Mulher Serpente saca uma garrafa de vinha e olha para o Teixe como se pedisse seu consentimento para algo que está por vir. Inicia um banho de vinho sobre o corpo inerte do nosso herói. Depois, agacha-se por cima dele e começa a lambê-lo por onde o vinho corria.

Aplausos, gritos, assobios e o Teixeirinha rindo, rindo sem parar.

O show termina, ela cochicha algo no ouvido do nosso protagonista e ele vem ao meu encontro na mesa com um sorriso largo e ar de vitorioso.

- Vou precisar que você me empreste R$ 200,00. – Lança.

- Como é? Mas pra quê?

- É o aluguel da suíte aqui em cima. Ela me convidou pra ficarmos juntos.

- E o convite custa R$ 200,00?

- Custa R$ 300,00. Preciso dos seus R$ 200,00 para inteirar os meus R$ 100,00.

- Teixeirinha, você aloprou de vez!

- Nem pense em me negar isso, cara!

- Mas e o Carbonara com a sua namoradinha?

- Dante, a minha Gordinha perdeu a prioridade para este monumento.

- E como o monumento se chama? Você perguntou o nome?

- Não sei se devo falar. Você vai querer sacanear.

- Quer o dinheiro? Vai falando.

- Bebel Sucuri. Foi como que ela se apresentou.

- Bebel Sucuri?! Perdi até o tesão, Teixeirinha.

- Não importa o nome, o importante é a qualidade do produto.

Emprestei o dinheiro e o Teixeirinha desapareceu pelas escadas que levavam ao andar de cima do sobrado. Esperei por uma hora até que o avistasse descendo os degraus com um semblante de poucos amigos.

- O que houve, Teixe? Desembucha! Como foi o desempenho da garota?

- Cara, não teve desempenho de ninguém!

- Xiihh! Não acredito! Qual foi a merda que deu?

- Vamos sair daqui. No carro eu conto.

Dentro do carro, retomando a nossa Odisséia em busca da Ponte Rio – Niterói, o Teixeirinha passou a narrar o drama.

- Vai, me conta o que aconteceu, Teixe!

- Você nem vai acreditar... Uma tragédia!

- Conta! Pára de melodrama e conta.

- Vou resumir.

- Resuma.

- Chegamos na suíte, bonitinha até, tomei meu banho e deixei a Bebel no chuveiro. Voltei pra cama. Em cima de uma cômoda vi um potinho de creme, abri, cheirei, achei o aroma gostoso e resolvi esfregar um pouco no pau e no saco. Quis dar uma moral, deixar tudo cheirosinho pra gata...

- Mas e aí?

- Aí é que são elas... Assim que terminei de passar o creme comecei a sentir uma sensação estranha, uma dormência no saco. Peguei o pote novamente pra ler o rótulo....

- E que creme era esse, Teixeirinha?

- Cara, era xilocaína. Meu pau não subiu nem com guindaste. Morreu! Morreu tudo!

- O que é isso, Teixeirinha? E como se resolveu com a Sucuri?

- Lá vem você querendo me sacanear. Não estou pra isso! Falei que estava me sentindo mal, fiquei deitado por uma hora e saí fora.

- E o dinheiro?

- Nem quis saber. Cara, eu estou inválido até agora por causa da merda da xilocaína e você vem me falar de dinheiro, porra!

O tom do depoimento era dramático, mas tive um acesso de risos que só terminou quando cheguei ao meu ansiado lar. Findava a Odisséia...

Deitei exausto na cama e antes de fechar os olhos ainda pensei: O Mundo é surreal!

DANTE

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DANTE-RIO
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#2 Mensagem por DANTE-RIO » 24 Fev 2007, 10:03

E vem mais por aí!...

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DANTE-RIO
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#3 Mensagem por DANTE-RIO » 01 Mar 2007, 09:44

Valeu pela leitura de quem visualizou o tópico, pessoal. O GPGUIA é sensacional, fico sempre surpreso com o número de visitas aos tópicos.

Abs

DANTE

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krisium
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Re: A Mulher Serpente - Autor: Dante-Rio

#4 Mensagem por krisium » 12 Nov 2008, 14:34

DANTE-RIO escreveu:Loucuras não se explicam, se cometem! (...)

- Bebel Sucuri. Foi como que ela se apresentou.

- Bebel Sucuri?! Perdi até o tesão, Teixeirinha.

-(...)
- Chegamos na suíte, bonitinha até, tomei meu banho e deixei a Bebel no chuveiro. Voltei pra cama. Em cima de uma cômoda vi um potinho de creme, abri, cheirei, achei o aroma gostoso e resolvi esfregar um pouco no pau e no saco. Quis dar uma moral, deixar tudo cheirosinho pra gata...

- Mas e aí?

- Aí é que são elas... Assim que terminei de passar o creme comecei a sentir uma sensação estranha, uma dormência no saco. Peguei o pote novamente pra ler o rótulo....

- E que creme era esse, Teixeirinha?

- Cara, era xilocaína. Meu pau não subiu nem com guindaste. Morreu! Morreu tudo!

(...)

DANTE
Muito engraçado!!!! :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

Dante, não conhecia esse tópico de crônicas, é muito bom, parabéns!!! Já li quase todos os seus textos nessa tarde monótona ensolarada....

Mas agora , opinião minha, se alguma GP se apresentasse como Bebel Sucuri ficaria muito preocupado.... Tem que ter coragem em enfrentar uma fera com tal alcunha....

:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

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