Tava eu andando pela XV hoje de manhã, pensando onde poderia dar uma rapidinha e baratinha logo cedo. Compro a Tribuna. Deparo com um anúncio de coroa, 1,70m, 40 anos, 108 de quadril, liberal, completa, adora beijar. Me animo. Ligo e peço informações. Ela quer saber onde consegui o telefone e, pasmem, o orelhão de onde liguei tinha uma etiqueta com o nome e telefone dela! Uma nova forma de marketing - anúncio em orelhão!!! Falo que consegui o número no orelhão (tinha sido na Tribuna). Ela me passa o endereço, na Galeria Lustosa.
Chegando lá, desanima. Ela tava de óculos e guarda-pó, e a cara não ajuda nem um pouco, parece uma uva passa com peruca castanho claro. Vai logo te dando um selinho nos lábios (fica chato virar o rosto, mas é o que dá vontade de fazer...). Combino um chupex sem capote por R$ 30,00. Tem duas salinhas com maca, separadas por divisória, e um quartinho com cama. O lençol não deve ser trocado nunca. Ela pede para tirar a roupa, fico sem jeito de dizer que não, e ela fica de sutiã e calcinha. Se tirar o sutiã, os peitos devem bater no chão. Flacidez, varizes, está tudo lá. Mas, como dizem meus colegas foristas, sou brasileiro e não desisto nunca. Ela fala que por R$30,00 pode ter penetração. Parecia estar a fim de meter. Mais um pouco e ela paga para alguém comê-la. Disse que não, só o oral.
Me deito e tento me concentrar. Lembrei do livro "Tieta do Agreste" de Jorge Amado. Tem um personagem chamado Osnar que é o maior comedor do agreste. Certo dia, flagrado junto a uma "quenga de baixa extração", é indagado sobre o que um rapaz endinheirado e bem apresentado estaria fazendo com uma rapariga "esfarrapada e medonhosa", e responde:
"Imagine se eu servisse ao Padre-mestre somente pitéus finos, material de primeira, formosuras, perfumarias, e ele se acostumasse a comer apenas do bom e do melhor. De repente, um dia, por uma circunstância qualquer, dessas que acontecem quando a gente menos espera, me vejo obrigado a pegar um estrepe em más condições e o Padre-mestre, viciado, se recusa, fica pururuca, brocha. não lhe dou vício, vou comendo as bonitas e as feias e tem cada feia que vale mais do que um exército de bonitas porque uma coisa, meu doutor, é mulher para se ver e admirar a imagem e outra é o gosto da boceta."
Sendo assim, procurei seguir o conselho do dito Osnar e sentir não o gosto da boceta, mas o gosto da boca. Deixei-me ficar deitado, de olhos fechados, relaxando e me concentrando, enquanto ela fazia o serviço. E até que trabalha bem. Perguntei se podia gozar na boca, e ela disse OK. Procurei esquecer o visual e me concentrar na boca dela trabalhando. Deu certo. Dali a pouco, experimentei uma gostosa sensação de porra correndo pela uretra. Desaguou na cavidade bucal dela, até a última gota. Uma deliciosa gosada, com esforço físico praticamente zero. Ela levantou e foi correndo fazer uma assepsia bucal (já trabalhou de enfermeira, deve saber se limpar).
Não tem chuveiro, tem que se lavar na pia, tem uma mangueira com chuveirinho. Me lavei, paguei e caí fora.
O corredor também é um pouco inconveniente, tem muito entra-e-sai e com certeza a vizinhança deve saber o que ocorre lá dentro.
O prédio é na Galeria Lustosa. O elevador é demorado, melhor subir pela escada, fica nos primeiros andares. Chega-se lá um pouco ofegante.
Vou dar um neutro porque, apesar de ela ter um visual pra lá de trash, fez a parte dela e não fez nada que tivesse me aborrecido.