ORAL PASSIVO E HEPATITE B

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ORAL PASSIVO E HEPATITE B

#1 Mensagem por Über » 15 Out 2017, 20:08

Olá senhores, como vão?

Pois bem, estou aqui para falar de um assunto que certamente não é do agrado da confraria, mas que precisa ser abordado. Quando eu decidi me enveredar na minha breve carreira putanhística, eu ainda era virgem em pleno os 29 anos e queria perder o cabaço em alto estilo: contratei os serviços de uma profissa do prazer. Antes que me acusem de sonegador, adianto que foram somente duas fodas que contaram com minha total inexperiência sexual e serviriam apenas para chacota dos demais, então preferi me privar desta vergonha.

1. A primeira foda foi com a Bruna Vargas, e foi bem de boa, melhor até que a segunda, a garota me deixou bem a vontade, mas fizemos as coisas certinhas: tudo com camisinha (oral e vaginal). Anal ela não fazia e eu não curtia, então ficou de boa. Lasquei vários beijos nela. Para um principiante até que foi bom.

2. A segunda foi com a Camila Ferrari e eu estava meio nervoso, o sexo não fluiu bem como eu gostaria, mas por culpa exclusiva minha... a garota se esforçou e tudo mais, mas não deu. Dessa vez, fiz sexo vaginal com camisinha mas o oral eu dispensei o uso de preservativo. Ela liberava anal, mas não curto a modalidade e dispensei. Tasquei-lhe vários beijos.

Essas foram as únicas fodas de toda minha vida.

A princípio fiquei despreocupado com o oral sem camisinha da Ferrari, mas depois de um tempo me bateu uma baita epifania, e resolvi me consultar com um urologista. Falei sobre essa questão de sexo oral sem proteção, disse que era com uma ficante (Dizer que é GP é relevante? Tem mulher aí que dá mais que GP e existe muita GP infiltrada por aí...), o cara fez pouco caso.

Pouco mais de um ano depois dessa última foda, resolvi me consultar com outro urologista. Felizmente não precisei entrar em detalhes: apenas disse que uma garota tinha feito sexo oral em mim sem proteção. O urologista me solicitou uma bateria de exames. Até o resultado dos exames saírem, bateu uma ansiedade. Finalmente havia chegado o dia de buscar os resultados e ao ver os papéis, tinham nada mais, nada menos que SEIS exames diferentes de Hepatite: uns dando reagente, outros dando não-reagente. Fiquei encucado na hora, mas tinha que trabalhar então deixei os papéis no carro.

Depois do trabalho, estudo o papel com calma, tentando entender aquelas merdas... Posso definir minha experiência como momentos de desespero e alívio, porque o que tem de informação desencontrada na internet, não é brincadeira. Uma determinada informação nos exames me passou um certo alívio: a presença de anti-hbs geralmente indica recuperação e imunidade contra o vírus da Hepatite B. Meu anti-hbs estava em 2.0 e eu precisava de no mínimo 10.0 para ter imunidade.

Volto para o urologista, ele me diz que tenho uma hepatite crônica latente. Se não fosse acostumado a fortes emoções, tinha capotado ali mesmo. Respirei fundo, perguntei se não tinha cura, ele disse que tinha mas falou meio que sem convicção e pediu que eu procurasse um infectologista. Fiz a derradeira pergunta: aquele sexo oral desprotegido podia ter me passado a hepatite B? Ele me respondeu que era pouco provável, fez cara de que não tem como oral passivo transmitir hepatite B. Mas parou por aí... acredito que a única forma de contamino é se meu pau tivesse uma ferida e a boca dela outra... e nem em um e nem em outro percebi lesões.

Vou para a infectologista, e ela é precisa no diagnóstico: hepatite crônica latente. Basicamente significa que tenho o vírus da hepatite B, mas que ele somente se manifesta em situação de imunodepressão, quando o corpo está "fraco". Ela me passou outra bateria de exames que farei amanhã logo pela manhã, para analisar a viabilidade / tipo de tratamento. Perguntei a ela sobre a possibilidade de contágio por saliva e ela me diz que não é possível. Pergunto se o sexo oral que recebi pode ter sido o responsável pela transmissão e ela me diz que é muito difícil que isso tenha ocorrido. Se a saliva não transmite, como que peguei essa merda recebendo boquete de uma book rosa? A não ser que a boca dela estivesse sangrando e meu pau tivesse uma ferida aberta, o que não foi o caso. Enfim... médicos sendo médicos. Estudei o assunto e tem médico que afirma categoricamente que não há nenhum relato médico que ateste a transmissão da Hepatite B pela saliva (embora existam diversas fontes que digam o contrário).

Vi alguns relatos de exames que possibilitam ter uma noção do tempo em que fui contaminado, e realmente me acalmaria os nervos e muito... Não suportaria ter pego Hepatite B por burrice minha. Queria inclusive entrar em contato com a Camila Ferrari para alertá-la sobre isso, porque na real, as chances são maiores de eu ter pego isso do que ela, mas não tenho noção do telefone dela... acho que purpurinou, porque ela tinha Twitter e ele foi apagado. Mas supondo que ela seja GP de alto padrão, saiu na mídia e tudo mais, realmente espero que ela seja vacinada ou pelo menos imune a Hepatite B.

Para ter pego nessa relação, eu precisaria de uma sucessão de azares:

1. Ela precisaria estar com hepatite B.
1.1. Na forma aguda, eu teria que ter me contaminado justamente nesse período de 6 meses em que o vírus se manifesta nessa forma.
1.2. Se na forma crônica, ou ela pode ter pego quando criança, ou precisaria ter o azar de cair no grupo de 5~10% de portadores que evoluem para um quadro crônico.

2. Ela precisaria, de alguma forma, passar essa hepatite B pela saliva. Por tudo que li e vi, as chances de isso acontecer são extremamente remotas. Para isso acontecer, seria preciso que ela tivesse uma ferida aberta na boca e eu uma no pênis. Sempre cuidei bem do meu bilau, meu menino nunca se feriu em batalha ou fora dela.

3. Se eu contraísse a hepatite B por esta relação, eu precisaria ter o azar de ela evoluir para um quadro crônico.

Posso ter pego essa merda em qualquer lugar... nos dentistas pelos quais passei, na cirurgia que fiz para controle da sudorese, até mesmo pode ter sido transmitido pela minha mãe durante a cesariana, mas não tenho como falar com ela porque ela infelizmente já é falecida. Ou posso ter pego nessa brincadeira, mas eu francamente acho isso impossível.

O meu alento no momento é a possibilidade de ter uma noção de quando mais ou menos eu peguei isso, porque aí sim poderei desencucar e respirar um pouco mais aliviado por não ter sido minha luxúria a responsável pela minha doença (embora eu considere que não tenha sido ela a responsável).

Bom, agora na hora de namorar... ter que respirar fundo e contar essas merdas com detalhes, inclusive essa aventura. A doença é o de menos, o problema é o estigma. Vão começar a achar que eu sou algum promíscuo, quando a ironia é que provavelmente contraí essa doença fora de um contexto sexual. Conheço um caso de uma grande amiga (quase uma irmã) que tenho certeza que não saia por aí saracutiando... e mesmo assim a coitada pegou hepatite! Tem uma outra também que afirma ter pego hepatite b mesmo sendo virgem. O meu caso é provavelmente é esse, devo ter pego essa merda quando ainda era cabaço.

Alguns dos senhores tem conhecimento de contagio de Hepatite B por sexo oral passivo? Já fizeram TD com a Camila Ferrari e sabe se pegaram Hepatite B (sei que é MUITO difícil ela ter me passado, mas estou neurótico com isso). Depois desse susto estou pensando em adotar uma postura sexual mais conservadora. Esse mundo de putaria não é pra mim.

Foi mais um desabafo mesmo. A ironia de ter pego Hepatite B sendo virgem é quase uma certeza. Existem outras pessoas na mesma situação. Fazer o que? Bola pra frente...

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