Numa promoção cultural inédita do Clube dos Lazarentos de Curitiba, eu e o X partimos em direção Sampa para comparecer à festa BDSM do nosso querido comparsa Jurássico Maestroalex.
Fomos recebidos em Sampa pelo comparsa Gringo Aposentado, que nos deu algumas dicas à respeita da cidade e principalmente, da festa.
Após nos perdermos na cidade numa noite chuvosa, conseguimos chegar ao Clube Dominna, um lugar tão discreto que inicialmente pensamos que continuavámos perdidos, mas a chegada simultânea de Ângela e do forista El Loco indicou que era aquele mesmo o lugar. Fomos recebidos calorosamente pelo Maestro e pela simpática Lara. Quero desejar ao Maestro e Lara os mais sinceros votos de felicidade, sejam muito felizes.
Entre as presentes, além da Ângela, também estavam a bela Nanda Gaúcha, a Lisa, a Karla e a Sheyla Dantas - que eu achei uma graça de ruivinha. Entre os foristas presentes, já citados nos posts anteriores, tive a oportunidade de uma boa conversa com o HQF, El Loco, o Astarote, o Optical, entre outros. Me perdoem se esqueci de citar alguém.
Duas boas caipiras, uma conversa animada e interessante e fomos ao "calabouço", onde iria acontecer o momento mais esperado da festa, com diversas "atrações". Não vou me ater à descrição dos fatos em si, vou descrever principalmente as minhas impressões e consideraçõs sobre o que vi e sobre as práticas de BDSM.
O BSDM, no meu entendimento, a partir do que vi no sábado, é um meio, um caminho, para que as pessoas possam excercer e colocar em prática as suas fantasias de um modo seguro, já que muitas práticas envolvem considerávels risco se não forem tomados certos cuidados ou se não houver moderação. As regras e a liturgia, repito, no meu entendimento, servem justamente para garantir a segurança dos participantes, afim de evitar acidentes ou situações embaraçosas.
Iniciou-se com uma sessão de chicotadas, uma prática muito interessante pois remete a algo extremamente selvagem, um castigo que já há bastante tempo foi banido por sua severidade e pela humilhação que impõe à vítima.
A prática do bondage me pareceu a mais interessante, pois esteticamente o efeito é muito interessante - bonito mesmo - e a técnica para fazer a amarração é sofisticada, com muitas variações e infinitas possibilidades, exigindo bastante habilidade. O efeito estético é muito bom.
A demostração de fisting, pela Madame Raissa foi algo surreal. Sinceramente aquela prática não me deixou excitado, na verdade fiquei bastante temeroso de que a prática pudesse causar algum sofrimento à moça, mas o que percebi é que ela não aparentava sofrimento algum, na verdade sua face mostrava conforto e até mesmo prazer. Impressionante mesmo. Já tinha visto fotos de fisting, mas não tinha me dado conta da "brutalidade" da coisa até ver as cenas ao vivo. Sabe aquelas cenas que você vê em documentários sobre a vida selvagem, de uma jibóia engulindo algum animal muito maior: é por aí o meu sentimento, fiquei perplexo.
O lance com os pés também é algo surreal. Acho pés femininos extremamente atraentes, calçadas com sapatos de salto alto as mulheres realmente ficam muito sexys, mas ser pisoteado por quatro mulheres é demais... Desconcertante.... Bem, não há nenhuma novidade na constatação de que as mulheres curtem pisotear homens e não faltaram voluntárias para a brincadeira. Percebi que a Nanda Gaúcha gostou especialmente da brincadeira.
No dia seguinte fiquei com a impressão de que não vi tudo, com certeza há muitas outras experiências possíveis. Naturalmente o que vimos foi apenas uma pequena amostra das muitas possibilidades do BDSM.
Demorei para escrever este post em grande parte por conta da perplexidade que tomou conta de mim. O que vi foi algo realmente radical, com certeza é coisa para gente responsável e capaz, e que deve estar em sã consciência dos seus atos.
A festa no Dominna foi algo realmente impressionante e desejo ao Maestro muitos anos de uma vida muito feliz.