Noite de sexta, noite de mais uma gincana sexual. Encontrei outro companheiro libertino e fomos dar uma olhada na Vila Mimosa. O que há com a Vila Mimosa? Sexta-feira à noite vazia, melancólica, poucos clientes e poucas mulheres. Não ficamos mais que dez minutos e pegamos o Sucatão em direção ao Centro.
Um dos maiores martírios das termas e trashs do Centro são as escadas dos sobrados onde se localizam. Qualquer cardíaco corre o risco de desfalecer antes de alcançar o andar em que ficam as mulheres. Rodar pelos bordéis do Centro da Cidade é treino para alpinismo. No fim da noite, se for contabilizado, subimos e descemos milhares de degraus. Estaciono na Buenos Aires e eu e o meu camarada decidimos visitar a 502, na Rua da Alfândega. Subimos as escadas e encontramos a casa cheia, muitas mulheres e clientes entupindo o salão principal e o fumódromo. Encontrei outros amigos, batemos um papo, mas por algum motivo inexplicável o ambiente não me seduziu. Fomos embora.
Escolhemos a Afrodite como segunda opção, na esperança de encontrar a vagina sagrada. Caminhamos até a Uruguaiana e outra vez uma sequência infinita de escadas para escalar. Enfrentamos o desafio e quando cheguei ao topo, suado e ofegante, quase perguntei ao barman se faziam transplante de pulmão ali. O salão da Afrodite também estava repleto de mulheres e clientes, mas um detalhe se destacava mais do qualquer bunda da pista, estava um calor insuportável. Foi como se tivéssemos atravessado o portal do Inferno, mais um pouco e acredito que veríamos bolas de fogo na pista. Eu, que já estava suado pela escalada anterior, comecei a me desfazer numa poça d’água.
Admirável estava o meu amigo, recepcionado por uma negra escultural, começou a dançar forró com a menina no meio do salão, duelando com as brasas que crepitavam na pista. Sentei-me num dos cantos daquele purgatório e observei a paisagem. Muitas garotas, mas poucas desejáveis. No entanto, muitas simpáticas, vinham se apresentar e fazer as mesuras em nome da boate. A DJ da Afrodite é inovadora, toca forró, pagode, samba-canção, bolero, qualquer hora ela vai mandar uma valsa nas carrapetas. Não leve arma, você será invadido por um desejo irrefreável de cometer suicídio.
Em determinado momento, não sei se meu amigo subiu com a garota ou apenas evaporou pela temperatura de mais de 50 graus que reinava no salão. Esperei, esperei, esperei, até que ele retornou com um olhar vazio e balbuciando palavras de êxtase. Sugeri que fôssemos para outro lugar. Ao botar os pés na rua, foi como se eu redescobrisse os deleites do oxigênio, respirei fundo e quase gozei. A brisa do porto enxugou os litros de suor do meu rosto e me trouxe a sensação e alívio. São poucos os que saem vivos de um vulcão. Pensei em sugerir que esticássemos na 31, mas na última visita ficou a impressão de que um velório numa capela do cemitério São João Batista se assemelharia a uma festa de Réveillon em Copacabana em comparação à decrepitude atual da 31.
Lembramos da Up House, na Lapa, e partimos para lá em alta velocidade com o Sucatão.
Não conhecia a Up, mas ouvi a fama de que é um bordel que está se destacando. A ideia de abrir um puteiro no coração da Lapa foi extremamente oportuna. É onde impera a boemia mais democrática e intensa da cidade. Deixamos o Sucatão na Rua Gomes Freire e atravessamos o burburinho notívago em busca de novos horizontes de prazer.
A portaria da Up se parece com a entrada de uma boate comum. O salão é pequeno, tem uma atmosfera um pouco claustrofóbica, sem muito conforto, com quase nenhum assento. Fiquei em pé avaliando e vi uma ninfa que devia ter mais de 1,80m e um corpo de cavala alimentada com aveia Quaker. É dessas mulheres que causam trombose peniana só de olhar. Não perdi tempo e me aproximei. O nome é Nicole, 1,85m de altura, cabelos aloirados e cacheados na altura dos ombros; a bunda é o próprio mapa múndi, imensa, jovem e apetitosa; as pernas grossas e torneadas; seios médios e durinhos. Nicole contou-me ter 19 anos completos e sem filhos. Novata, foi muito excitante na conversa. Apesar de estar um pouco cansado, não resisti e chamei para a alcova.
Meia hora a 170 reais, achei caro, mas fui.
No quarto, ela tira a roupa e fico sem fôlego diante daquela extraordinária geografia humana. Para explorar aquele corpanzil eu precisaria de 3 dias e só teria 30 minutos. Mergulhei na boceta úmida e lambi o mais fundo que pude, a menina gemia alto. Subi para os seus seios e ela se arrepiava a cada chupão. Então ela disse que queria mudar a posição e brincar comigo. Acredite, amigo profano e sem fé, a ninfeta desabou com a boca em meu pau e iniciou um boquete que só vemos em filme pornográfico premiado no canal Sexy Hot. Tive que usar toda a minha resistência espiritual para não sofrer uma ejaculação precoce, pensei em Buda, no Tibete, em urso polar, pinguim, em tudo que me ajudasse a não entregar os pontos. Quase nocauteado, peço que ela fique de quatro, ela se ajeita e coloca aquelas nádegas descomunais diante dos meus olhos e prontas para degustação. Meti como quem reza, porque Nicole é mulher para comer ajoelhado e agradecendo em oração. Umas poucas estocadas e derramei o orgasmo divino.
O resto é silêncio...