que, só estendendo a esfera de seus gostos e de suas fantasias, só sacrificando
tudo à volúpia, o infeliz indivíduo denominado homem e jogado a contragosto
neste triste universo conseguirá semear algumas rosas sobre os espinhos da
vida."
Carta aos Libertinos, Marques de Sade - Filosofia da Alcova
O sol bateu em minha cara na manhã de Domingo me despertando do que parecia ter sido uma longa noite de sono e de um sonho daqueles que deixa a gente de pau duro mas o relógio do celular mostrava que não. Que tudo era real e que as poucas horas de sono foram interrompidas pela janela aberta do quarto permitindo a invasão de ruídos indesejados e de espectros eletromagnéticos que formam arco-íris ao atravessar um prisma. Pelo menos foi o que aprendi nas aulas de Física em um passado remoto como aluno dedicado que fora.
Demorei para entender o que havia acontecido na noite anterior. Meus olhos ainda brigavam com a claridade e minha nuca pesava duas toneladas quando então me dei conta do que havia acontecido há poucas horas. Um homem de 50 anos e uma garota de 20 e poucos anos, roupas pretas, corpos suados. Homens, mulheres, travestis, heteros, gays, nerds, jovens, velhos, ateus ou cristãos pecadores, bolsonaristas ou lulistas, gente de todos os espectros de luz e sombras presos no calabouço da vertigem. Louco é quem não sabe se divertir...
Quando a situação se deu a música tocada pelo DJ da festa era Smack My Bitch Up do Prodigy, nada mais apropriado, simplesmente perfeito para a ocasião. O som vinha da parte de cima da casa, um sobrado discreto em uma rua silenciosa no bairro de Santa Cecília, a parte de baixo, onde eu me encontrava, funcionava como um porão, no sentido profano da palavra. Afinal porão é um lugar sujo e escuro cheirando a madeira velha e urina. Portanto aquele era o porão, não só no sentido metafórico da sujeira da alma, mas no sentido literal. A ausência de ar condicionada e o número grande de corpos circulando e trocando fluídos num ambiente apertado conferiam um aspecto de um verdadeiro porão àquela loucura. Fato é que a festa mal havia começado e já havia gente na piscina que também ficava na parte de baixo adjacente ao porão. Uma pequena porção de água mas suficiente para refrescar os mais afoitos. Quando chegamos a festa, eu e minha companheira, não levamos mais que dez minutos para vasculhar todo ambiente de cima abaixo, pequeno o suficiente para não comportar mais que 200 pessoas com algum conforto. Porém certamente havia mais que 300 naquela noite.
Tratamos logo de transar em uma das camas que havia no porão, como num swing. Logos chegaram pessoas para ficar olhando e assim demos início a um dos fetiches da festa.
Os seios naturalmente avantajados, a marquinha de biquini, pernas torneadas. O escuro do quarto escondia e, ao mesmo tempo, mostrava. Mostrava o que as sombras podem mostrar. Como a sombra da árvore que protege do Sol. Transamos enquanto alguns caras se masturbavam e mulheres olhavam sob a pouca claridade que vinha do corredor. Não gozei, nunca gozo. O gozo é mental e deve perdurar.
Na sala do lado havia uma sauna desativada, o que chega é irônico porque a casa toda é uma sauna. Nos sentamos lá para descansar e observar o vai e vem da galera. O tema da festa era vampiro e o dress code, com eles chamam, é obrigatório do tema. Se não vestido de capa e dente postiço de Drácula, pelo menos de preto tinha que ir. Bom, nada de novo pois geralmente as pessoas vão ao luxúria vestidas de preto. O que se via, portanto, era resumidamente algo parecido com o icônico Madame Satã (balada gótica no Bixiga) só que com sexo e praticas fetichistas diversas. Nessa fauna dark era possível observar jovens e belas garotas de calcinha e bunda de fora usando corpet, correntes no pescoço e coisas do gênero. Uma delas começou a se pegar com o namorado no momento em que eu e minha parceira descansávamos na sauna. De onde estávamos era possível observar o casal encostado na parede do lado de fora da sauna entre um corredor e uma cama. O rapaz, um cara de 20 e poucos anos todo tatuado, estava encostado na parede enquanto ela o abraçava e beijava com a bunda grande virada para a cama atrás dela. Como disse, a moça era uma das que estava de calcinha. Vinte e poucos anos, bem gostosa, cara de estudante de Biologia de alguma faculdade pública, dessas dedicadas aos estudos que faz iniciação científica de dia e a noite vai para a orgia. Ficamos de olho no belo casal. Não tardou para que a nossa "estudante" se sentasse na cama mas não por cansaço, muito pelo contrário, a intenção era nada nobre e muito menos voltada para o ócio. Sem cerimônia fez cara de safada quando o namorado sacou o pau para fora oferecendo para que ela chupasse o que fez de imediato. Caiu de boca na rola no cara. Eles combinavam, cara parecia integrante de alguma banda alternativa que toca em lugares obscuros, ela, que de dia exalava a santidade de uma aluna dedicada, de noite se transformava no look andrógino. Com meia arrastão, calcinha expondo e belo rabo e corpete de couro, expondo algumas tatuagens que poderiam causar alguma desconfiança aos mais conservadores quanto a idoneidade da menina.
Assim passamos, eu e minha companheira, a gozamos do mesmo papel que havíamos, a pouco, oferecido aos outros, os de mero observadores da putaria. Nessa condição de pedra para vidraça, vimos chegar um cara magrelo, que nos fazia lembrar, que nos perdoe o rapaz, de tão magrela tão magrelo, um usuário de crack. O cara era magro mesmo e estava quase pelado, o cidadão vestia apenas uma tanguinha, sei lá, enfim, um circo dos horrores. Algo feito para causar desconforto e estragar a cena da bela moça chupando o pau do namorado. Mas isso é luxúria, não é Disneylandia, é Luxúria. Quer conto de fadas? Vai para Disney. Aquilo é Luxúria, festa feita para tirar você da zona de conforto. Para fazer você perceber que o belo e o feio são duas faces da mesma moeda e o que importa é o gozo. Em resumo, o magrelo ficou ali querendo participar da brincadeira e conseguiu, de certa forma. Como eu já havia elogiado os atributos físicos daquela garota detonando claro interesse na mesma, minha parceira aproveitou-se da inusitada cena para tirar onda e me desafiar. Se até aquele magrelo consegue alguma coisa com aquela garota vc consegue também, ela disse em tom de desafio.
caralho, pensei, por que não? Disposto a aceitar o desafio, logo que o magrelo vazou dali tratei de me aproximar do casal. Nesse momento se repetia a cena inicial da garota de pé abraçando o namorado encostado na parede. Aproveitei e me sentei na cama ficando com cara a um palmo do bundão da menina que tem, no máximo, metade da minha idade. O professor de Biologia dela poderia ser eu. Filha não porque não tenho e não pretendo ter filhos, embora tecnicamente também fosse possível. Os dois, ela e ele, pareciam bem doidos, especialmente ela. Bom, eu estava quase com a cara na bunda da garota. Qual foi a deixa quando o namorado, num gesto mecânico e provocador, acenou para que eu tocasse nela. Não me fiz de rogado, comecei passando as mãos nas nádegas sobressalentes e nas pernas firmes e brancas como leite. Olhei para menina e o que vi foi a expressão de safada saltando para fora das órbitas dos olhos e descendo pela boca semi-serrada até explodir em minha cara, dizendo, foda-se! Faça o que quiser, cara!
Ai eu perdi o controle e beijei a bunda toda para depois, com as mãos atrapalhadas e afoitas, puxar a calcinha para o lado expondo o olho do cu. Chupei, chupei tudo abrindo a bunda bem aberta. Depois me levantei com o pau para fora que já ganhara vida própria e passei a roçar nela por alguns minutos enquanto olhava para cara de safada da guria, meti as mãos por baixo do corpete até alcançar os seios médios e firmes, puxei para cima até que ficassem à mostra, por fim mamei neles. A jovem retorcia os lábios e fechava os olhos como se houvesse um mundo paralelo ao porão daquele sobrado em que só fosse possível acessar de olhos fechados.
O namorado, que a tudo observava com olhar de aprovação e desejo, ordenou que a garota se agachasse ao que ela obedeceu sem cerimônias. Então sacou a rola para fora e ofereceu para ela chupar. Eu estava com a minha na altura do rosto dela, quase com a cabeça do pau latejante beijando o seu pescoço. O cara, então, fez um gesto para que...ela a mim sorvesse...
A boca veio macia e furiosa abocanhar meu pinto até as bolas, sorveu minha rola como num exercício de afogamento até perder o folego. Nesse instante foi minha vez de fechar os olhos para atingir o Nirvana e adentrar ao mundo paralelo para dividir com aquela garota a visão da trilha de uma floresta iluminada por uma profusão de seres estranhos que brilham a luz da putaria generalizada.
Goza na boca dela.
Como?
Goza na boca dela, ela disse.
Ao ouvir a "ordem" acordei do sonho louco e profano, olhei para o lado e vi minha parceira a me observar. O suor escorria pelo pescoço.
Fechei a janela para que a luz não entrasse e voltei a dormir.
https://projetoluxuria.com.br/
Luxuria é uma festa mensal e itinerante, ou seja, cada hora acontece num lugar. Nessa festa rola sexo e todo tipo de pratica fetichista como podolatria, bondage, suspensão, shibari, entre outros.
Espero ter ajudado.