É possível pensar na questão pelo viés antropológico (não é minha especialidade). Levi-Strauss criador da antropologia estrutural propõe um conceito chamado de troca simbólica.
Dois clãs diferentes para selarem a paz e a convivência trocam mulheres entre-si. Esse é o elemento mínimo de qualquer família.
Portanto a mulher se torna objeto de troca simbólica (sua ausência é a presença da paz ou de alguma outra coisa) entre duas famílias.
A relação da G.P. com o cliente é a relação simbólica mais pura e simples possível (no meu entender). O homem quer o sexo, e a mulher quer o dinheiro (na sociedade capitalista o dinheiro é o símbolo por excelência), portanto a G.P. está inscrita nas relações de troca, mas de forma simples, pura e objetiva.
A N.G.P. é inserida na mesma troca que a G.P., mas a diferença é que a troca é mais complexa e possui mais elementos.
Alguém disse que as Ngp´s querem, tempo, carinho e outras coisas. Logo é necessário uma troca, a mulher dá algo (seu corpo) e o homem paga (com bens ou símbolos). Portanto toda mulher civilizada é uma G.P., pois esá inserida nas trocas simbólicas.
As GPS podem contribuir com essa discussão dizendo o que fazem quando um cliente não paga (quebra da relação simbólica). Na tentativa de se reestabelecer a relação simbólica elas fazem um escândalo. (Ao fazerem esse ********* pelo não recebimento do cachê, a G.P. defende a ordem civilizatória, ponto para elas
![Very Happy :D](./images/smilies/biggrin.gif)
)
As ex-mulheres também fazem isso, através do aparato jurídico. (Divórcio, pensão etc....)
É possível estabelecer vários exemplos de semelhanças entre as G.Ps e as N.Gp.s.
Acredito que funcionem da mesma forma, a relação entre um homem e uma mulher (na civilização, obviamente) é sempre uma troca simbólica, sendo ela G.P. ou não.
Acredito que as G.P.s reduziram o imaginário das trocas simbólicas (como diriam os Lacanianos), deixando-as simples e diretas.