1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer

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#46 Mensagem por O Pastor » 11 Jun 2008, 12:18

Artista: Philip Glass
Álbum: Koyaanisqatsi
Ano: 1982


Um dos compositores mais aclamados do século XX, Philip Glass realizou este trabalho como parte da trilha sonora para o filme de mesmo nome. “Koyaanisqatsi” e’ uma palavra indígena estadunidense da tribo dos hopi, que signica “vida desbalanceada”, no sentido de “vida de corrupção”. E’ uma critica dramática ao preço elevadíssimo que pagamos pelo progresso. Um questionamento sobre o estilo de vida que arruína o meio-ambiente em troca de um suposto bem-estar.

Muitos acham difícil desassociar a musica de Glass, do filme do diretor Godfrey Reggio e vice-versa, mas ambos são espetaculares e a musica e’ tão perfeita que consegue manter sua independência. Poucos trabalhos de trilha sonora conseguiram alçar o status de “obra-prima”, e esse disco e’ um destes trabalhos marcantes, onde Glass que e’ conhecido pelo seu trabalho minimalista em obras como “North Star”, “Einstein on the Beach” e “Music in Twelve Parts” pode não apenas sincronizar sua musica com o vídeo, como também demonstrar a “maturidade” de um artista irrequieto. Koyaanisqatsi a meu ver e’ o seu melhor trabalho, o que melhor parece simbolizar o artista em seu “apogeu”.

Um disco para se escutar, obrigatório.

Koyaanisqatsi - http://br.youtube.com/watch?v=LFBijDU8PpE
Organic - http://br.youtube.com/watch?v=8lFaCXSDlro
Cloudscape - http://br.youtube.com/watch?v=7a2K4pcAFIM
Resource - http://br.youtube.com/watch?v=vINtNxnGMBg
Vessels - http://br.youtube.com/watch?v=hwYFxCnc9fg
Pruit Igoe - http://br.youtube.com/watch?v=t29fgA5M7VA
The Grid - http://br.youtube.com/watch?v=Ld69Un98DxU
Prophecies - http://br.youtube.com/watch?v=AvAdseQnD3Q

mais info sobre o disco: http://www.allmusic.com/cg/amg.dll?p=am ... fqxqe5ld0e

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Peter_North
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#47 Mensagem por Peter_North » 11 Jun 2008, 13:58

O Pastor escreveu:Um disco para se escutar, obrigatório.
E para ver também! Sei que já mencionaste o filme, mas queria reforçar. O filme é de uma beleza incrível, ótimo para relaxar.

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O Pastor
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#48 Mensagem por O Pastor » 24 Jun 2008, 21:57

Artista: Iggy Pop
Álbum: The Idiot
Ano: 1977



Ha' muita lenda em torno da amizade entre David Bowie e Iggy Pop, mas sem duvida que um dos grandes tesouros de tudo isso foi essa obra-prima gravada no estudo Hansa, na fase berlinense de Bowie.

Reza a lenda que Iggy Pop havia sido resgatado de um hospicio pelo seu fiel escudeiro, honestamente, nunca me aprofundei a respeito, uma vez que o que sempre me interessou foi a musica, nao a vida pessoal desse povoem si, que quase nunca tem algo de proveito :twisted: :lol:.

Seja como for, Iggy Pop ja' era uma lenda na historia do rock quando criou esse disco em 1977. O iguana de Detroit ja' havia influenciado romanos e etruscos quando da criacao do seminal The Stooges, seguindo na onda mais hard do som da cidade. Segundo Iggy, o som dos Stooges nao passava de um 'blues power', acelerado, influenciado pelas prensas das fabricas de automoveis da grande cidade de Michigan.

A influencia de Bowie nesse disco e' marcante. Primeiro que ele foi o produtor, segundo que tem co-autoria na maioria das musicas e terceiro porque a banda que acompanhou Iggy, era basicamente a mesma que acompanhou Bowie nos discos "Low" e "Heroes". A unica excessao e' a ausencia de Brian Eno. Por fim, tem-se o melhor de dois mundos: a crueza e rudeza de Iggy, com a melodia transcedental de Bowie, no zenite de sua carreira musical.

O disco e' aberto com "Sister Midnight", um mantra agonizante, que remete a "The End" dos The Doors, com o riff-funkeado de guitarra inicial de Carlos Alomar. Depois tem-se uma das mais importantes musicas do periodo, "Nightclubbing", onde Bowie usa tudo que aprendeu com Eno na "orquestracao" eletronica e cria uma perola magnifica. "Funtime" na sequencia e' uma porrada com bateria e loops eletronicos , tirando o maximo da tecnologia da epoca, alternando com a suavidade de "Baby", na sequencia. Ha' tambem a "China Girl", musica que ficaria famosa 6 anos mais tarde no multiplatinado disco, "Let's Dance", de Bowie. Nesse disco a versao da musica e' mais sobria, muito mais rock que posterior.

Esse disco e' magnifico no conjunto. Todas as musicas sao sensacionais e evidencia o auge criativo de uma geracao. Era a redencao de um genio. Bons anos 70...

Ainda no mesmo ano, Iggy lancaria outro album, "Lust for Life", tambem produzido por Bowie e gravado nos estudos Hansa. Mas isso ja' e' outra historia...

http://br.youtube.com/watch?v=VYAxkEiKAzw - Sister Midnight
http://br.youtube.com/watch?v=32OznX1J9Lg - Nightclubbing
http://br.youtube.com/watch?v=7pgZ8kWAn6E - Funtime
http://br.youtube.com/watch?v=lHe9M8rY5FI - China Girl
http://br.youtube.com/watch?v=qPy9Tua6YLo - Dum Dum Boys
http://br.youtube.com/watch?v=2u1Xlu_Ubn4 - Tiny Girls

INFO album: http://www.allmusic.com/cg/amg.dll?p=am ... fexqr5ldae

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Maestro Alex
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#49 Mensagem por Maestro Alex » 02 Jul 2008, 13:40

The Beatles - White Album

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#50 Mensagem por O Pastor » 27 Jul 2008, 16:09

Artista: Bob Marley & The Wailers
Álbum: Catch a Fire
Ano: 1973


Pra’queles que desconhecem a verdadeira trajetória do reggae e de seu representante mor imaginam quase sempre um mundo cercado de preguiça, desleixo, sujeira, maconha e precariedades de toda natureza. Infelizmente, devido à desinformação generalizada e principalmente aos próprios meios que a mídia utiliza pra rotular a musica e os ícones pops, Bob Marley virou sinônimo de mais do que uma coisa negativa. Poucos sabem da seriedade em torno da religião rastafári e principalmente naquilo que nos interessa, a musica, o cuidado extremo que os músicos de reggae tinham durante a produção de um disco. Ao contrário do que muitos imaginam, os discos de reggae, sobretudo os de Marley eram extremamente bem produzidos e bem executados. Marley não tolerava por parte de seus músicos falta de profissionalismo e desleixo. Daí, o cantor jamaicano ter feito ao menos três obras-primas absolutas: “Burnin’" (1973), “Natty Dread" (1974) e “Catch a Fire”. E digo: poucos discos na história foram tão profundos e tocantes quanto “Catch a Fire”.

O reggae já era conhecido no Reino Unido antes de Bob Marley, músicos como Desmond Dekker já haviam conseguido sucesso, fazendo um hibrido mais pop do ritmo jamaicano. Tambem vale dizer que Marley não foi o único genio do ritmo cabendo incluões neste espaço para músicos como Lee "Scratch" Perry, Burning Spear, Peter Tosh, Gregory Isaacs, entre outros. Mesmo assim, o som que vinha direto do Caribe ou mesmo aquele feito pelos filhos de imigrantes em Londres, era demasiado cru para os padrões europeus e carecia de uma estrutura mais melódica para que pudesse ser mais bem digerido. Acredito que muito do sucesso de “Catch a Fire” reside neste fato, por ter conseguido tal êxito, sem perder a sinceridade e a vitalidade da musica caribenha. Cabe também destacar que os Wailers foram fundamentais na arquitetura deste álbum, uma vez que foi quando mais estiveram unidos, sem brigas e diferenças, o que incluiu contribuições decisivas de Peter Tosh.

A musica de abertura “Concrete Jungle” fala sobre a pobreza urbana, o descaso dos políticos para o abandono dos menos favorecidos. “Slave Driver” e “400 Years” conecta as injustiças do presente com as injurias do passado. “Stir it Up” mostra o amor reggaeiro, talvez a musica mais bonita do disco.

A produção é recheada de referencias da soul music americana, com belos backing vocals ora femininos, ora masculinos, dando uma atmosfera de onirismo. Sem contar a magia da “guitarra reggaeira” com seus acordes simples, tocados junto de uma percussão poderosa.

“Catch a Fire”, 35 anos depois continua absolutamente atual, mostrando o quão vigorosa era a musica de Marley e os Wailers. A partir dali, a musica pop pouco a pouco englobaria o reggae como ritmo universal dos mais admirados e essenciais, mundo a fora. Tendo sido este ritmo e sua ideologia, o verdadeiro padrinho do punk britânico, outro ritmo derivado do rock essencial para se entender a musica pop do final do século XX. Mas ai já é outra historia...

http://www.youtube.com/watch?v=SSg1AxVoG1I – Concrete Jungle
http://www.youtube.com/watch?v=3KqLUTJ3vCw – Slave Driver
http://www.youtube.com/watch?v=yj_La5VNtCg – 400 Years
http://www.youtube.com/watch?v=qhXt8DwhaFA – Stop That Train
http://www.youtube.com/watch?v=n6U-TGahwvs – Stir it Up
http://www.youtube.com/watch?v=Xy4UnVppXy4 – Kinky Reggae

http://www.allmusic.com/cg/amg.dll?p=am ... fuxqwgldde

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#51 Mensagem por O Pastor » 30 Jul 2008, 21:46

Artista: Jane's Addiction
Álbum: Ritual de lo Habitual
Ano: 1990


No final dos anos 80, a Internet ainda engatinhava e a velha concepção do "album" perfeito ainda vagueava na cabeça dos amantes do rock. Naquele período o astro de rock era cultuado, discos multiplatinados eram o caminho natural pra uma indústria toda voltada prosegmento do "disco". Artistas como U2, George Michael, INXS, batiam facilmente a barreira das 10 milhôes de cópias vendidas em um único LP. Ao mesmo tempo, a velha atitude rock, ia sendo escamuteada por um mundo pop cada vez mais milionário e organizado. O rock gerado pelas grandes gravadoras era demasiado organizado e o profissionalismo tendia a ser a regra.

Cabia as gravadoras alternativas e a algumas bandas isoladas nas majors, carregar a velha chama anarco-punk, que tanto gerou bons sons. Em 1987, ano do lançamento do discreto primeiro disco do Jane's, os Guns 'n' Roses faziam seu debut, pulverizando todas as paradas e acendendo sobre os amantes do velho hard rock alguma esperança, que a meu ver ficaram restritas ao excelente disco de estréia, "Apettite for Destruction". No ano seguinte, 1988, a trupe de Perry Farrell e Dave Navarro fariam o bom "Nothing's Shocking", combinando uma série de elementos da música alternativa da época como noise, hard rock, indie, música latina e funky, construindo um som altamente suingado. Nessa época, muitas bandas com raízes no hard rock/heavy metal, buscavam adicionar energia ao som, misturando novos ritmos como o funk na música, como foi o caso do Red Hot Chilli Peppers, Bad Brains, King's X, Faith No More, Fishbone, entre outros...

Mas coube ao Jane's Addiction, em 1990, criar a meu ver, ao lado do "Blood Sugar Sex Magik" dos Peppers, o melhor disco deste segmento fusion do rock. A atmosfera druggy, ligado ao tom épico do disco, fazem de "Ritual de lo Habitual", um dos melhores dos anos 90. A idéia desde a capa, até as letras sujas de heroína e maconha, é fazer apologia ao amor livre, boêmia, diverção e ao abuso sem culpas por drogas. Perry Farrell não hesita em levar o ouvinte a viajar pelos seus delírios poéticos de homem suburbano, da então decadente Los Angeles do final dos anos 80.

Adiconado aos delírios de Farrell, tem-se a habilidade de Navarro em criar riffs incendiários com sua guitarra entupida de efeitos; Eric Avery tocando um baixo distorcido, bem inserido no modismo da época, a la Flea dos Peppers; e o excelente baterista Stephen Perkins completa a banda. Sobre Navarro, ele tocaria posteriormente nos Chilli Peppers e Farrell, que criaria o Porno for Pyros, 3 anos depois, até porque, como toda boa banda que se preze, o Jane's não durou muito depois deste disco seminal.

http://www.youtube.com/watch?v=iAuFgpJ5FxY - Stop - música de abertura que é uma paulada no cú de qualquer puta. Grande trabalho de Navarro.
http://www.youtube.com/watch?v=GyoliZRGc4g - No One's Leaving
http://www.youtube.com/watch?v=bLOhugZqdaQ - Ain't No Right - parece um rolo compressor, uma pena o video oficial nao estar disponivel.
http://www.youtube.com/watch?v=XkDMWJfQXRU - I've Been Caught Steeling - a meu ver a melhor música do disco, a letra é inspiradíssima:

I've been caught stealing
Once when I was 5
I enjoy stealing
It's just as simple as that
Well, it's just a simple fact
When I want something, I don't want to pay for it
I walk right through the door
Walk right through the door
Hey all right!
If I get by, it's mine
Mine all mine...


http://www.youtube.com/watch?v=fu-jgh6r934 - Three Days - uma das músicas épicas do disco...

Para mais informações: http://www.allmusic.com/cg/amg.dll?p=am ... fexqtgldae

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#52 Mensagem por O Pastor » 09 Ago 2008, 11:51

Artista: A Tribe Called Quest
Álbum: Midnight Marauders
Ano: 1993



Dois anos antes o A Tribe Called Quest já havia revolucionado o hip-hop com o álbum “The Low End Theory”, combinando novos ritmos ao gênero, mais precisamente o jazz. E não apenas ritmos novos, a própria dialética mudava com a banda esbanjando bom humor e sátiras, mostrando que o rap podia ser mais do que um ritmo de protesto, sexismo ou de “gangsterismo”, a idéia era seguir a trilha iniciada pelo De La Soul, porque afinal de contas, nem todos os negros estadunidenses nasceram em guetos, dependiam de serviços sociais e cresceram em comunidades conturbadas. O rap podia sim, ser o ritmo da mais pura diversão, conquistando corações e mentes mundo a fora. E’ preciso entender que a banda vivia seu auge no mesmo instante dos corrosivos e agressivos Public Enemy, NWA, Ice-T, Boogie Down Productions e todo o cenário do gangsta rap que se solidificava. O curioso disto tudo é que a própria banda tinha uma postura super macho em sua fase inicial, que pode ser constatado em algumas musicas do excelente disco de estréia da banda “People's Instinctive Travels and the Paths of Rhythm”, postura essa mudada radicalmente no disco seguinte, que elevaria a banda ao status de uma das melhores da década, “The Low End Theory”.

Na cola do A Tribe vieram uma serie de outras bandas seminais que seguiram a mesma nota, tais como o Digital Underground, Digable Planets, Guru Jazzmatzz, Jungle Brothers, entre outros. Como dizem por ai, hoje em dia é fácil dizer que se gosta de rap, hip-hop e “black music”, uma vez que todos esses clichês viraram moda, mundo a fora, mas em 1993, o gosto pelo ritmo era restrito a pequenas tribos. E definitivamente, essa banda não tinha nada de clichê, porque foi muito alem das fronteiras dos ritmos que eram “reservados” às bandas de rap de sua era.

De fato “Midnight Marauders” é mais funky do que jazzy, sendo mais direto que o seu antecessor, “The Low End Theory”, o que o torna mais digerível para os gostos mais pop. Deve-se destacar a genialidade de Q-Tip e o DJ Ali Shaheed Muhammad, responsável por muitas das colagens jazziisticas.

Este é aquele típico de disco para se escutar e viajar nas melodias, do inicio ao fim. A música de abertura, “Steve Biko” sob um naipe de metais já deixa pintas do que vem por ai. A minha favorita é “Sucka Nigga”, que faz uma sátira bem engraçada sobre o termo nigga e cujo sampler é em cima da música “Red Clay” do trompetista Freddie Hubbard.

A meu ver é um desses fundamentais pra’queles que querem entender o hip-hop, sendo recomendável para apreciadores de musica de todos os gostos, uma vez que o disco é bem inteligente contendo muitas das melhores colagens já feitas em um disco. Para os fãs do gênero é imperdoável uma não audição atenta.

http://www.youtube.com/watch?v=oZXAHrPQsD4 – Steve Biko (Stir it Up)
http://www.youtube.com/watch?v=Qapou-3-fM8 – Award Tour
http://www.youtube.com/watch?v=_8HCwWgNadY – 8 Million Stories
http://www.youtube.com/watch?v=Qqtz3ewSamA – Suck Nigga
http://www.youtube.com/watch?v=ERQzl4xDpXk – Electric Relaxation
http://www.youtube.com/watch?v=vi6-Bd5qUVk – Lyrics to Go

http://www.allmusic.com/cg/amg.dll?p=am ... ftxqugld0e

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#53 Mensagem por O Pastor » 08 Nov 2008, 12:20

Artista: Talk Talk
Álbum: Laughing Stock
Ano: 1991



A maioria das pessoas conhecem o Talk Talk apenas pela música "It's My Life", através daquele videozinho engraçadinho em que passa-se animais africanos correndo pelas savanas. Mas a banda é muit mais que isso, é consistente e teve uma carreira de discos muito boa. Da banda sub-Duran-Duran do primeiro disco "The Party is Over" até esse "Laughing Stock", se passaram muitas mudanças. A banda foi pouco a pouco se aprimorando, se aprimorando e já em 1986 lançou o excelente "The Colour of Spring", que com musicas muitos boas como a clássica "Life's What You Make it" e em 1988 um disco tão bom quanto este, "The Spirit of Eden".

"Laughing Stock" é um disco que eu considero como um dos mais interessantes da década de 90 e é um cult, de uma banda cuja contribuição deve vir a ser repensada nas próximas décadas. A música aqui é delicada e intensa, obsessiva através dos vários loops de bateria eletronica e o vocal angustiante. A guitarra é cortante e é tocada em solos dissonantes da estrutura da música em si.

Num disco experimental, desacelerado, para se escutar do inicio ao fim com grande alegria, o destaque fica para as excepcionais "Ascension Day" e "After The Flood".

http://www.youtube.com/watch?v=ckNZljhwLfs - Myrrmahn
http://www.youtube.com/watch?v=tT-arEDX3jM - Ascention Day
http://www.youtube.com/watch?v=O9HsGsB-MCM - After the Flood
http://www.youtube.com/watch?v=piG59eSi6DY - Taphead
http://www.youtube.com/watch?v=LuYNidNgQic - New Grass
http://www.youtube.com/watch?v=GFAtr81C8kE - Runeii

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#54 Mensagem por O Pastor » 02 Mar 2009, 13:00

Os meus 10 sons da hora, do “Flower Power”:

Eu particularmente acho que os hippies tinham muitas idéias legais, mas também cometiam muitas barbaridades. De bom mesmo ficaram suas incontestáveis contribuições para a música. Abaixo listo os meus 10 discos favoritos do período 1967/1969, que acho que deveriam estar entre os 1001 discos que todos os putanheiros deveriam ouvir antes de morrer.


1 – Electric Ladyland (Jimi Hendrix Experience), 1968 – o melhor disco de Hendrix com o Experience e também o último com a banda. Os efeitos de estúdio ainda são admiráveis e a música permanece atual.

2 – Astral Weeks (Van Morrison), 1968 – esse disco parece ter sido retirado de um sonho. Músicas como “Madame George” e “Ballerina” continuam maravilhosas e a mistura de jazz, folk e rock continua sendo uma influência forte. Um disco ainda hoje inimitável.

3 – Surrealistic Pillow (Jefferson Airplane), 1967 – quase um hino ao hipismo esse disco continua surpreendentemente bom. Um barato!! Boas vibrações, paz e muito ácido lisérgico. Escutar “White Rabbit” continua sendo uma boa experiêcia.

4 – Stand! (Sly & The Family Stone), 1969 – ainda no circuito de San Francisco, foi a partir deste disco que Sly e sua trupe criariam sua primeira obra-prima. Misturas de funk, rock e psicodelia, com otimismo hippie.

5 – Trout Mask Replica (Captain Beefheart & His Magic Band), 1969 – Beefheart da mesma turma de Zappa, porém mais pirado, elaborou com este disco as bases sonoras para todo o experimentalismo sonoro que faria a fama de bandas como Pere Ubu e Gang of Four.

6 – John Wesley Harding (Bob Dylan), 1967 – provavelmente cansado de ser execrado pelo seu público mais conservador, antes de se desembestar pelo country rock, Dylan ainda criaria esta obra-prima. As composições continuariam duras e o som mais rock do que nunca. Seu último trabalho com que mais tarde seria conhecido como “The Band”.

7 – The Velvet Underground & Nico, 1967 – produzidos por Andy Warhol, o Velvet foi criado para ser diferente, de vanguarda e anti-hippie. Mostrava o lado sombrio da vida nos becos das grandes cidades, infestadas de viciados, travestis, pervertidos, degenerados,...”Venus in Furs” ainda hoje é uma das musicas mais espetaculares já gravadas.

8 – Sell Out (The Who), 1967 – de todas as bandas britânicas, excetuando-se os Beatles, o Who mostrou ser a mais promissora. Pete Townsend não apenas tinha absoluto domínio de sua posição no showbizz, como seguia inovador.

9 – The Magical Mystery Tour (The Beatles), 1967 – esse disco dos Beatles nunca entra na lista dos melhores de todos os tempos. Talvez porque não seja mesmo. Mas é muito agradável de se escutar e é um dos meus favoritos da banda.

10 – Music from Big Pink ( The Band), 1968 – depois da experiência com Dylan, que gerou obras-primas como “Highway 61 Revisited” e “Blonde on Blonde”, a The Band seguiu seu curso e nessa mistura de rock, country, blues e folk, revolucionaria a música nos anos vindouros.

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#55 Mensagem por don_luidi » 03 Mar 2009, 15:21

A coletânea do Milionário & José Rico...

Nada "mais fashion" para um zonista....

:lol: :lol: :lol:

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#56 Mensagem por O Pastor » 03 Mar 2009, 21:00

don_luidi escreveu:A coletânea do Milionário & José Rico...

Nada "mais fashion" para um zonista....

:lol: :lol: :lol:

Milionário e Zé Rico é dos bons, hein :?:

"Nessa longa estrada da vida, vou correndo e não posso parar..."

E também tem a lista dos 500 mais da revista Rolling Stone:

Vejam os 10 primeiros:

1. Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, The Beatles
2. Pet Sounds, The Beach Boys
3. Revolver, The Beatles
4. Highway 61 Revisited, Bob Dylan
5. Rubber Soul, The Beatles
6. What's Going On, Marvin Gaye
7. Exile on Main Street, The Rolling Stones
8. London Calling, The Clash
9. Blonde on Blonde, Bob Dylan
10. The Beatles ("The White Album"), The Beatles

lista completa: http://www.rollingstone.com/news/story/ ... f_all_time

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Renton
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#57 Mensagem por Renton » 04 Mar 2009, 08:49

Ae Pastor, vou ver se consigo os álbuns da sua lista de favoritos, de todos ali só tenho o dos Beatles :oops:

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MulderFox
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#58 Mensagem por MulderFox » 04 Mar 2009, 09:13

VAN HALEN : Album 5150

VAN HALEN
: Album F.U.C.K. "For Unlawful Carnal Knowledge

HELLOWEEN
: Album Keeper os the seven keys part II

Guns ´n ´Roses : Albuns Appetite for desctrucution I e II

RAMONES : Album Mondo Bizarro

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Peter_North
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#59 Mensagem por Peter_North » 04 Mar 2009, 09:49

O Pastor tem um excelente gosto musical. Quer dizer, isso levando em consideração o meu gosto, que é praticamente o mesmo dele.

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O Pastor
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#60 Mensagem por O Pastor » 05 Mar 2009, 21:21

Pastor e os irmão do jazz ? Dá a dica ai...

A meu ver, o melhor momento do jazz do ponto de vista da criação de discos foi o periodo que vai do final da segunda guerra mundial, até o inicio dos anos 60. Nesse período, o ritmo atingiu seu apogeu tanto de popularidade, quanto de criatividade. Coisas boas foram feitas tanto antes, quanto depois, mas é ai, que muitas das bases do genero se solidificaram.

Um mundo de obras-primas foi produzidas. Coloco os meus favoritos:

1 - Kind of Blue (Miles Davis), 1959

2 - Milestones (Miles Davis), 1958 - disco lançado antes de "Kind of Blue", bem poderia ter tido a fama do seu sucessor, caso ele nunca tivesse sido lançado.

3 - A Love Supreme (John Coltrane), 1964 - mantra sagrado de todo fã de jazz, esse disco é poético e Coltrane se eterniza.

4 - Brilliant Corners (Thelonious Monk), 1956 - a música de Monk segue sendo uma das mais dificeis de se absorver; genialidade pura.

5 - Saxophone Colossus (Sonny Rollins), 1956 - o próprio titulo do disco já diz tudo. Rolllins cria algo grandioso, aqui. O sax parece ser uma mera extensão de seu corpo.

6 - Sarah Vaughan & Clifford Brown, 1954 - pra mim foi a maior diva do jazz em todos os tempos se encontrando com o jovem promissor trompetista Cliff Brown. Resultado memoravel.

7 - We Insist! Freedom Now Suite (Max Roach Group), 1960 - um disco quase visionário, que preve toda a agitação bombastica que os anos 60 seriam. Participações antológicas de Coleman Hawkins e da cantora Abbey Lincoln. Um disco seminal!!!

8 - New Tijuana Moods (Charles Mingus), 1957 - Mingus vivia um momento de intesa criatividade no final dos anos 50. Esse disco me agrada pelas misturas feitas com a música mexicana. Um disco com um frescor muito bom.

9 - Bitches Brew (Miles Davis), 1969 - após o lançamento do espetacular "In A Silent Way", Miles mudaria a face da música mais uma vez. Sua combinação com rock, blues, funk e soul conitnua impressionando. É Miles mais destemido do que nunca, muito além das fronteiras pré-estabelecidas.

10 - Ellington at Newport (Duke Ellington), 1956 - muitas lendas circundam esse disco. Na verdade, o genial Ellington vivia dias de ostracismo, antes de seu histórico show em Newport. Esse disco acaba sendo uma homenagem as grandes big bands que reinaram o mundo jazz, uma homenagem a Louis Armstrong, Count Basie, Benny Goodman e todas aqueles swings maravilhosos...

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