MST - Movimento dos sem terra

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#91 Mensagem por Peter_North » 17 Mar 2009, 15:47

ussama escreveu:logico que é o governo quem promove a reforma agraria, e devido a inercia estatal, o movimento social o fustiga para tanto, eu nao sabia que o mst faz parte do congresso nacional.
Ussama, como você se sentiria se a sua casa fosse invadida e você expulso por representantes dos Sem-teto para fustigar o governo a sair de sua inércia e fazer mais casas populares?

Eu já falei e falo de novo: Se eu souber que alguém vai invadir a minha casa, eu compro uma arma (coisa que não tenho) e não teria pena de meter bala no primeiro que botasse o pé na porta. Vocês não? Alguém aqui assistiria impassível ao roubo de tudo o que se possui?

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Roy Kalifa
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#92 Mensagem por Roy Kalifa » 17 Mar 2009, 19:19

Tenho a mesma linha de pensamento do Peter North.

Com certeza não ficaria de braços cruzados vendo um bando de idiotas querendo sorver tudo o que conquistei com trabalho e dedicação.

Mas vão dizer. Coitados! Os caras são excluídos. Se eu não pegasse no pesado dez horas por dia também seria um excluído.

Mas tem gente que prefere esperar a esmola do governo....

Ou ainda, outros que desejam que tudo caia do céu pronto e resolvido.

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Tiozinho50
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#93 Mensagem por Tiozinho50 » 17 Mar 2009, 22:27

Não confundam casa com latifundio.

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Roy Kalifa
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#94 Mensagem por Roy Kalifa » 18 Mar 2009, 09:31

Tiozinho50 escreveu:Não confundam casa com latifundio.
Mas começa assim. Hoje é latifundio, amanhã o que será ?

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ussama
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#95 Mensagem por ussama » 18 Mar 2009, 09:36

que eu saiba nao existe movimento legalmente constituido que saia invadindo casas para serem tomadas. o que eu ja vi sao bandos armados, com ladroes fazendo arrastoes para saquearem condominios de luxo., esses ai sao especializados, ou melhor refinados, estao bem vestidos, falam bem, enfim sao bem apessoados, nao gostam de dar tiro, nao ameaçam de forma extremamente violenta, apenas tentam roubar dinheiro e outros valores.

a dicção legal é que deve ser desapropriado para fins de reforma agraria os latifundios improdutivos, se vc tiver um minifundundio improdutivo, a lei nao permite a desapropriação pra fins de reforma agraria. se eu tiver um latifundio produtivo ou um minifundio com certeza irei defender minha posse.

quando ha invasao ilegal de terras, o paquidermico e lento judiciario , nestes casos , tem agido de forma rapida e agil na reintegração de posse. os donos de latifundicio inclusive ja tem um portavoz importante no judiciario.

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Polster
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#96 Mensagem por Polster » 18 Mar 2009, 22:20

É curioso como os tópicos sobre política deste "fórum" sempre costumam girar em torno disto: "O MST é uma organização criminosa”, "O Hugo Chaves é um ditador”, "O perigo das FARCs”, "O Fidel é um assassino", "O Bolsa-familia é um absurdo" e etc... Está certo que a maioria dos membros deste "fórum" tem grande poder aquisitivo e são membros de classe alta ou média-alta, mas não precisam se aterrorizar, o socialismo não será implantado no Brasil, pelo menos não tão cedo.

Mas falando sobre o tema do tópico, muitos não lembram que 90% das terras deste país (grande parte são latifúndios improdutivos) estão na mão de 1%. Seria justo? E ainda, que a grande maioria das terras são griladas, ou seja, o fazendeiro que reclama quando sua terra é invadida, no fundo, ele ou os seus antecedentes, também fizeram a mesma coisa. E é claro que ao custo de muito sangue de outros. Sem contar os inúmeros casos de trabalho análogo a escravidão e os baixíssimos salários que são encontrados no campo. Mas é claro, os únicos vilões são o MST.

Alguém citou as FARCs, porque será que sempre estão falando dela e nunca vi ninguém falar dos "paramilitares" colombianos. Para quem não sabe, os "paramilitares" são um grupo armado nascido do financiamento dos fazendeiros (olha eles de novo!), para combater as FARCS. Bem, uma das práticas comuns destes "paramilitares" é assassinar jovens de classes baixas (que nunca pertenceram as FARCS) e forjar os confrontos, pois assim ganham recompensa do governo colombiano. Sem esquecer também, que os membros deste honrado grupo também plantam e traficam drogas, além de apoiarem a eleição de Álvaro Uribe (o presidente sul-americano mais adorado pela mídia). No entanto, ninguém se incomoda com os "paramilitares".
Será então que a causa de ódio e preocupação com as FARCs são as suas práticas de seqüestro e tráfico de drogas ou o seu viés ideológico?

Isto me lembra que a ditadura militar foi implantada no Brasil devido ao medo quase irracional da reforma agrária e do socialismo pelas elites (apoiada por grande parte da classe média). E com a desculpa de “Nunca se roubou tanto nesse país”. Algumas coisas nunca mudam.

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#97 Mensagem por Roy Kalifa » 19 Mar 2009, 11:59

Caro Mestre

Acredito que ninguém fale de Paramilitares colombianos pois suas ações não são muito divulgadas na midia.
Com certeza nenhum dos lados deste conflito é ético nas suas ações.
Existem abusos e barbaridades de ambas as partes.

Mas voltando ao MST, quando eles invadem e promovem o quebra-quebra, tudo vale. Quando tomam porrada, são vitimas do sistema.

Não sou a favor de latifundio. Sou contra a arrogância dos mentores deste movimento.

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#98 Mensagem por Carnage » 25 Mar 2009, 10:49

http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... =530FDS003
MANUAL DE REDAÇÃO
10 regras para abordar os movimentos sociais

Por Osvaldo da Costa em 24/3/2009

Convenções básicas (quem não cumprir está sujeito à demissão):

1. Toda ocupação de terra deve ser chamada de invasão

Ao invés de usar o termo adotado pelos movimentos sociais, "ocupação" – manifestação de pressão para o cumprimento da Constituição pelo Estado e denúncia da existência de latifúndios – é mais eficiente para o objetivo de defesa do princípio da propriedade privada a utilização da palavra invasão – tomar para si pela força algo que não lhe pertence.

Dessa maneira, implicitamente estamos dizendo que discordamos dessa prática, a consideramos ilegal e conseguimos gerar a sensação de pânico generalizado em todos os donos de propriedade, sejam elas rurais e produtivas, ou mesmo propriedades urbanas.

Observação: essa regra não é generalizável. Para os casos em que os Estados Unidos invadem países, destroem a infra-estrutura e matam a população, deve-se utilizar o termo ocupação.

Tons sensacionalistas e fatalistas

2. Regra do efeito dominó: fale só do maior para bater em todos

O acordo da grande imprensa é manter somente o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na pauta dos noticiários e evitar, sempre que possível, falar da existência de outros movimentos sociais. Para isso, quando se tratar de movimentos do campo, basta usar sempre a expressão genérica "movimento dos sem terra", ou falar dos "sem terra", sem mais detalhes.

Se a pauta exigir o detalhamento do movimento, recomenda-se associá-lo sempre ao alvo principal, com expressões como "movimento dissidente do MST".

Essa regra ainda colabora para a desunião entre os movimentos, pois os menores se incomodam pela invisibilidade e pelo fato de terem suas ações relacionadas sempre ao MST.

3. Reforma agrária deve ser tratada como questão de polícia

Movimentos sociais e reforma agrária devem, sempre que possível, ser tratados na página policial, no caso de jornais impressos, e no bloco do crime e dos desastres, no caso dos telejornais.

Caso não seja possível enquadrá-los na seção policial ou em espaço próximo, use títulos para editorias que lembrem o belicismo, como "campo minado". Não importa o que diga sua matéria, os títulos devem falar por ela, mesmo que não tenham relação com o conteúdo. Use tons sensacionalistas e fatalistas.

Relação com terroristas ou guerrilheiros

4. Nunca divulgue os artigos progressistas da Constituição Federal

Os artigos da Constituição Federal que tratam da função social da terra, que integram o código agrário – 184 a 191 – nunca devem ser mencionados em reportagens sobre os movimentos sociais, para evitar a compreensão de que a ação de invasão de terras pode ter algum respaldo legal.

É sempre recomendável lembrar da lei de Segurança Nacional e da necessidade de uma legislação contra o terrorismo no Brasil. O termo "Estado de Direito" é ideal para isso. Considere qualquer manifestação uma afronta ao Estado de Direito, mesmo que ele seja apenas o direito do Estado.

Se falar do Estado de Direito e suprimir os artigos progressistas da Constituição não for suficiente, convém colocar as reportagens próximas à cobertura de ações terroristas ou levantar a suspeita de que há relação do movimento social com uma organização terrorista ou guerrilheira estrangeira.

Qualquer um pode ser "especialista"

Conjunto de regras para serem selecionadas e aplicadas conforme a conjuntura exigir:

5. Levante a bola para o oportunista de plantão

Não é verdade que o papel da imprensa é apurar a verdade dos fatos. Todo aspirante deve saber que a imprensa tem poder para gerar os fatos.

Além disso, apurar fatos implica em sair da sua cadeira e nem todos eles podem ser apurados por telefone. Basta fazer uma reportagem suspeitando de algo e procurar um oportunista que queira protagonizar a indignação pública para a suspeita ganhar dimensão de notícia.

Sempre há alguém à disposição esperando para se deslumbrar com as luzes dos holofotes. O exemplo bem sucedido mais recente foi o caso da requentada pauta da suspeita da legalidade do financiamento público para cooperativas da reforma agrária, em que o presidente do Superior Tribunal Federal (STF) desempenhou o papel de porta-voz da bancada ruralista, dando respaldo para a suspeita e, de quebra, aproveitando para atacar o governo federal.

Se não houver ninguém do Judiciário ou algum deputado, não importa, qualquer um, sem nunca ter ido a um assentamento ou acampamento, pode ser transformado em "especialista" em questão agrária: sociólogos, filósofos e até jornalistas.

Técnica se fez passar por pesquisadora

6. Nem sempre devemos apurar os dois lados da notícia

Quando já conseguimos incutir um pré-julgamento na opinião pública sobre o caráter marginal das ações dos movimentos sociais, podemos reforçar essa opinião entrevistando somente o lado agredido pelas ações, as vítimas dos movimentos. Fica implícita a informação de que, como os integrantes dos movimentos são foras da lei, quem deve escutá-los é a polícia e o poder judiciário. Se ainda assim tiver que ouvi-los, seja breve e descontextualize a frase.

7. Não deve existir noção de historicidade, nem de causa e conseqüência em nossas reportagens

Não abordar as razões da ação dos movimentos sociais, evitar a divulgação da nota à imprensa. Não importa há quanto tempo as famílias estejam acampadas, que promessas foram feitas pelo governo, se a terra é do banqueiro que saqueou os cofres públicos ou do coronel que vive do trabalho escravo. Se detenha nas conseqüências da ação.

8. Dramatização da repercussão das ações dos movimentos sociais

Retire o foco das motivações estruturais e causas históricas e centre a abordagem nas conseqüências para os indivíduos donos ou empregados das propriedades invadidas ou atacadas.

** Fale do prejuízo econômico para o proprietário, e se possível faça uma entrevista com o mesmo ou com um familiar próximo para mostrar a comoção da família diante do ataque bárbaro. É importante mostrar o estado de choque emocional e o ideal é que a pessoa esteja chorando.

** Surte grande efeito a entrevista com trabalhadores da fazenda ou da empresa. O maior exemplo é o caso da ação no horto da multinacional Aracruz no Rio Grande do Sul, em que uma técnica de laboratório se fez passar por pesquisadora e, em prantos (!), afirmou que a destruição das mudas de eucalipto acabou com mais de vinte anos pesquisa.

Bater sempre nas mesmas teclas

Nesse caso, as reportagens conseguiram colocar os movimentos sociais como contrários à ciência e ao desenvolvimento tecnológico, evitando a pauta concreta da ação, que se centrava na expansão ilegal das terras da empresa e na depredação da natureza com o monocultivo de eucalipto.

9. Campanha de desmoralização permanente dos movimentos sociais

É sempre bom manter semanalmente pautas de desgaste aos movimentos sociais, mesmo que não haja uma ação que renda manchete. Nesses casos, a regra é trabalhar com associação, encaixando uma reportagem que fale sobre um movimento após ou entre matérias que falem, por exemplo, de casos de corrupção no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), venda de terra e desmatamento em assentamentos da Amazônia Legal etc.

Bata nas mesmas teclas, insista nas mesmas teses permanentemente, mesmo que elas já tenham sido usadas antes. Insista, por exemplo, que o MST irá romper com o governo Lula desta vez, mesmo que o movimento afirme e demonstre desde o primeiro dia de governo que nunca esteve atrelado.

"Não são pessoas, são sombras"

E quando não for possível tomar como alvo os movimentos sociais, vale mirar nas bandeiras de luta deles, alegando estarem ultrapassadas, deslegitimando-as como parte da solução atual para os problemas do país. Nesse caso, pode-se até reconhecer o valor histórico que bandeiras como reforma agrária cumpriram no Brasil e em outros países, mas deve-se usar essa manobra apenas para recusar essas propostas no presente.

10. É fundamental saber manipular a dimensão subjetiva do telespectador ou do leitor

Não é apenas com a manipulação dos fatos e com a edição das entrevistas que podemos influenciar na interpretação que os nossos consumidores farão. Na TV, a expressão facial e o tom de voz dos repórteres, dos comentaristas e, sobretudo, dos âncoras, é determinante. A adoção do semblante sério e do tom de voz grave deve indicar a importância do tema.

Além da performance dos jornalistas como atores, é recomendável que o pano de fundo do cenário também traga imagens que gerem medo e desconfiança. O exemplo do Jornal Nacional é o mais ilustrativo: para falar da reforma agrária e dos movimentos que lutam por ela, aparece uma cerca rompida e três vultos disformes – "afinal não são pessoas, são sombras" –, empunhando ferramentas de trabalho como se fossem armas, numa ação de invasão da propriedade (e da casa do espectador).

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Peter_North
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#99 Mensagem por Peter_North » 25 Mar 2009, 12:42

Tiozinho50 escreveu:Não confundam casa com latifundio.
Muitas das pessoas que tiveram suas terras invadidas moravam lá, na sede de onde foram expulsos, então de fato tiveram suas casas invadidas.

Mesmo em propriedades na qual o dono não mora, moram ali as várias pessoas que cuidam da fazenda e que também são expulsos de suas casas, que são depredadas, ou seja, mais pessoas que tiveram suas casas invadidas.

É ingenuidade achar que o MST só invade latifúndio improdutivo. Aqui no RS ainda ecoa a covarde invasão da fazenda Ana Paula, um modelo mundial de produção e que mesmo assim foi invadido, com total apoio do governo estadual do PT à época. O MST invade também pequenas e médias propriedades produtivas, como fizeram muito, muito perto de mim. São o que há de pior no cenário político brasileiro, e o Lula é um criminoso pelos enormes aportes financeiros que dá a esse grupo.

O que vejo com frequência é um monte de gente que cresceu na cidade querendo opinar sobre como deveria funcionar um lugar onde nunca estiveram. Quantos daqui já pegaram em uma enxada, preparararam um terreno, plantaram e colheram os frutos da terra? Imaginei que ninguém. Eu já. Eu sou do interiorzão, e de família na qual muita gente tirava (alguns ainda tiram) o sustento direto da terra. Todos são honestos, trabalham muito e tudo o que tiveram de progresso na vida (alguns mais, outros menos) se deve ao suor que destilaram sol a sol com o único objetivo de dar melhores oportunidades à geração que estava vindo, para que essa geração pudesse dar melhores oportunidades à próxima e assim por diante. E pessoas como essas são ameaçadas pelo MST, e vocês apóiam esses criminosos.

Eu espero, espero de verdade mesmo, que um dia vocês conheçam a sensação de passar dias e dias sob o terror da expectativa de ter a sua casa e a de seus familiares invadida por um bando de vagabundos, que estão acampados perto de vocês com o apoio financeiro, material, moral, logísitico e de acobertamento de um governo do PT. Eu juro que o dia que isso acontecer, eu estarei rindo, dando gargalhadas e apontando para a cara de trouxa de vocês.

Eu torço para que vocês tenham que temer pela vida de pessoas da família de vocês, apenas porque um imbecil do MST resolveu achar que propriedades entre 15 e 100 hectares, mesmo produtivas, deveriam ser invadidas.

Isso tudo me dá um asco profundo.

Falando em manuais...
SÃO JERÔNIMO, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL, Maio 9, 2002 (Ambito Iberoamericano / AI) - Manuais e cartilhas apreendidos pela polícia num veículo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que tentava entrar na Cabanha Santa Bárbara, invadida desde o dia 12 de abril p.p. por centenas de "sem-terra", revelam os métodos revolucionários usados por essa organização para planificar e consolidar as invasões de terras que estão sendo feitas no Rio Grande do Sul, um importante e estratégico Estado brasileiro, limítrofe com a Argentina e o Uruguai.

Doutrinação "revolucionária"

A doutrinação ideológica "revolucionária" é apontada num dos manuais como um ato preparatório fundamental no esquema de invasões. A existência das cartilhas, que formam parte do inquérito da Polícia Civil que apura os crimes ocorridos na fazenda invadida, foi noticiada pelo repórter Giovanni Grizzotti, da Rádio Gaúcha.

Modelo comunista cubano

Um dos manuais louva o modelo comunista de Cuba, dando uma descrição idílica da vida na ilha-cárcere do Caribe; e informa sobre os cursos que 150 membros do MST estão efetuando lá. O ditador de Cuba, Fidel Castro -que já tem feito públicos elogios ao MST- e o sanguinário guerrilheiro "Che" Guevara são colocados como modelos a serem imitados.

"Usar a mídia a nosso favor"

Outra cartilha instrui os militantes do MST sobre como "usar a mídia a nosso favor, no momento certo", e menciona como principais aliados estratégicos o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Comunista do Brasil (PC do B), o Partido Comunista Brasileiro (PCB), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Partido Verde (PV).

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#100 Mensagem por Roy Kalifa » 26 Mar 2009, 18:43

Caro Peter North

Faço suas as minhas palavras.

De total acordo.

Se precisar de um membro nesta luta, conte comigo.

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#101 Mensagem por Tiozinho50 » 28 Mar 2009, 00:32

Peter_North escreveu: O que vejo com frequência é um monte de gente que cresceu na cidade querendo opinar sobre como deveria funcionar um lugar onde nunca estiveram. Quantos daqui já pegaram em uma enxada, preparararam um terreno, plantaram e colheram os frutos da terra?
Já que de há muito vens opinando, é de se supor que o amigo tenha enorme intimidade com a enxada, caso contrário tua própria frase te condena.
Peter_North escreveu: Eu torço para que vocês tenham que temer pela vida de pessoas da família de vocês, apenas porque um imbecil do MST resolveu achar que propriedades entre 15 e 100 hectares, mesmo produtivas, deveriam ser invadidas.
Me cite uma única propriedade com essas dimensões que tenha sido invadida.
Peter_North escreveu: Aqui no RS ainda ecoa a covarde invasão da fazenda Ana Paula, um modelo mundial de produção...
Modelo mundial???

Caro Peter, a fazenda Ana Paula é de propriedade da Votorantim Celulose e Papel – VCP, possui aproximadamente 14,5 mil hectares( e não 100), recebeu R$ 6,6 bilhões do governo brasileiro para adquirir a Aracruz Celulose, através da compra de metade da carteira do Banco Votorantim e de um empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O custo da compra foi de R$ 5,6 bilhões. A VCP havia se comprometido gerar 30 mil empregos no estado(RS) e mesmo recebendo recursos e isenções fiscais dos governos federal, estadual e de municípios, a Aracruz causou a demissão de 1,2 mil trabalhadores em Guaíba entre temporários e sistemistas, e a VCP outros 2 mil trabalhadores só na metade sul.

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#102 Mensagem por Roy Kalifa » 28 Mar 2009, 11:21

Caro Tiozinho,

Acho que você é simpatizante do MST disfarçado de Forista :D

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#103 Mensagem por Tiozinho50 » 28 Mar 2009, 12:58

Roy Kalifa escreveu: Caro Tiozinho,

Acho que você é simpatizante do MST disfarçado de Forista
Putz, me descobriram...

Caro Kalifa, ao contrário do nobre forista Peter_North, eu jamais peguei no cabo da enxada, nem sei se tomate dá em arvore ou em pé, sou um cara tipicamente urbano.

Mas venho de um tempo em que a maioria da população estava no campo, e as grandes cidades não tinham favelas.

Na década de 60, começou uma grande migração das pessoas do campo para os grande centros, esse processo estendeu-se com força durante as décadas de 70 e 80. Como estas cidades não ofereceram condições sociais aos migrantes, houve o esperado: aumento das favelas e cortiços, desemprego, aumento da violência, principalmente nos bairros de periferia.
De outro norte, no campo, hoje em dia, se tem cada vez mais propriedades improdutivas, aqui no RS, boa parte das terras agricultáveis estão nas mãos de multinacionais que ao invés de produzir alimentos, plantam eucaliptos.

Não vou nem entrar no mérito do impacto ambiental que isso está causando, mas o certo é que a reforma agrária é a forma mais barata de nos livrarmos dos bolsões de miséria que nos cercam nos grandes centros.

Em suma sou um simpatizante do estilo de vida nos grandes centros, da boemia, da putaria e tenho saudades do tempo em que se andava a noite pela cidade, sem maiores preocupações.
É certo, como já disseram, que a maioria dos S.T., já não tem intimidade com a enxada, pois são filhos ou netos daqueles agricultores que migraram, no entanto é mais fácil integrá-los ao oficio rural do que sustentá-los em prisões.

Por isso quero os sem-terra, bem longe de mim, ocupados lá no campo e não nas favelas.

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#104 Mensagem por Peter_North » 29 Mar 2009, 12:22

Tiozinho50 escreveu:Mas venho de um tempo em que a maioria da população estava no campo, e as grandes cidades não tinham favelas.

Não vou nem entrar no mérito do impacto ambiental que isso está causando, mas o certo é que a reforma agrária é a forma mais barata de nos livrarmos dos bolsões de miséria que nos cercam nos grandes centros.

Em suma sou um simpatizante do estilo de vida nos grandes centros, da boemia, da putaria e tenho saudades do tempo em que se andava a noite pela cidade, sem maiores preocupações.
É certo, como já disseram, que a maioria dos S.T., já não tem intimidade com a enxada, pois são filhos ou netos daqueles agricultores que migraram, no entanto é mais fácil integrá-los ao oficio rural do que sustentá-los em prisões.

Por isso quero os sem-terra, bem longe de mim, ocupados lá no campo e não nas favelas.
Esse teu post é fantástico e revela muito sobre as tuas motivações. Permita-me te dizer um pouco sobre o motivo pelo qual as pessoas saem do campo para a cidade. É porque, ao contrário da idéia idílica que é vendida no gibi do Chico Bento ou no discurso tosco do PT, viver no campo é uma bosta. O trabalho é sete dias por semana, é desgastante, dá pouco dinheiro, não há opções de lazer, não há recursos de saúde, nao há um bom transporte público, todo mundo cuida da vida de todo mundo, enfim, as pessoas querem sair do campo pelo mesmo motivo que tu quer ficar na cidade. Porque ali é melhor.

A boa notícia é que não precisamos mais de tanta gente no campo. O modelo de pequeno/médio agricultor é cada vez mais inviável, mas felizmente a mecanização e a agricultura em larga escala vão permitir a produção de alimentos na quantidade necessária para a continuidade da civilização. E falo isso sem nenhum rancor contra os pequenos/médios agricultores. Como já disse, tem muitos deles na minha família, mas eles sabem que a melhor opção é investir na educação dos filhos, que naturalmente acabam escolhendo a vida na cidade. Quando conversamos sobre isso na família, não há rancor ou lamentação, apenas o reconhecimento que as coisas mudam, e estão mudando para melhor.

Mas voltando ao Tiozinho, o que fica claro no post dele é que ele quer que os pobres que tornam a vida dele na cidade inconveniente vão para o campo, onde podem viver uma vida aborrecidíssima longe dele, que então aproveita a cidade, onde é melhor. Mesmo que isso seja ao custo de violência e invasões em propriedades de terceiros. Ei, se a violência ficar longe de mim está bom o suficiente. Bah!

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Peter_North
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#105 Mensagem por Peter_North » 29 Mar 2009, 12:22

Tiozinho50 escreveu:Já que de há muito vens opinando, é de se supor que o amigo tenha enorme intimidade com a enxada, caso contrário tua própria frase te condena.
Nunca disse que tenho enorme intimidade com enxada, mas nas gerações mais antigas da minha família muita gente viveu assim, e alguns poucos vivem até hoje. Felizmente para mim, o trabalho duro geração após geração deu resultado de forma que eu tive o privilégio de ter mais oportunidades do que meu pai (que teve mais oprtunidades do que meu avô, e assim por diante). Mas cheguei a ajudar bastante no trato da terra sim. Quando eu era bem criança, as minhas férias eram passadas para fora, onde eu ajudava na colheita e preparação para venda de batatas e fumo. Na qualidade de criança eu era poupado de boa parte do trabalho mais duro, mas ajudava em muita coisa. E já falei demais sobre mim.
Tiozinho50 escreveu:
Peter_North escreveu: Eu torço para que vocês tenham que temer pela vida de pessoas da família de vocês, apenas porque um imbecil do MST resolveu achar que propriedades entre 15 e 100 hectares, mesmo produtivas, deveriam ser invadidas.
Me cite uma única propriedade com essas dimensões que tenha sido invadida.
Não pretendo te dizer o nome do lugar onde aconteceu, mas o MST estava rumando a mais uma invasão e acampou durante alguns dias no meio do caminho, em um distrito cheio de propriedades do tamanho das citadas. Nesses dias, o que mais acontecia era abigeato (para quem não sabe, é roubo de gado) e os proprietários dessas terras tinham que aguentar visitas de "representantes" desses vagabundos pedindo dinheiro porque senão "seria difícil" evitar invasões. Extorsão, pura e simples. Imagine dormir com sua família cercada desse pessoal, com a delegacia de polícia mais próxima a 40 quilômetros de estada de chão. E a cada noite, mais abigetados. Isso tudo eu vivi, ninguém me falou. Um amigo meu teve uma pane mecânica na estrada e teve o azar de parar perto do acampamento do MST que tem perto do trevo da BR 290, quem sai de Poa rumo à zona sul do estado. Resultado: Foi assaltado, por dois marginais que levaram o butim diretamente para dentro do acampamento do MST, sem nem se preocupar em esconder o fato de que estavam vindo de lá. Essa eu não vivi, mas alguém que confio me falou.
Tiozinho50 escreveu:
Peter_North escreveu: Aqui no RS ainda ecoa a covarde invasão da fazenda Ana Paula, um modelo mundial de produção...
Modelo mundial???
A Fazenda Ana Paula em Hulha Negra, que foi covardemente invadida, é sim modelo mundial de proditividade. Me refiro especificamente à invasão feita em 2002: http://www.cubdest.org/0206/cbagep.html
Tiozinho50 escreveu:a fazenda Ana Paula é de propriedade da Votorantim Celulose e Papel
E daí? É deles, de forma legal e honesta. É PRODUTIVA, e extremamente produtiva. É inaceitável a idéia de invadir propriedade produtiva.
Tiozinho50 escreveu:VCP (...) recebeu R$ 6,6 bilhões do governo brasileiro para adquirir a Aracruz Celulose, através da compra de metade da carteira do Banco Votorantim e de um empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O custo da compra foi de R$ 5,6 bilhões. A VCP havia se comprometido gerar 30 mil empregos no estado(RS) e mesmo recebendo recursos e isenções fiscais dos governos federal, estadual e de municípios, a Aracruz causou a demissão de 1,2 mil trabalhadores em Guaíba entre temporários e sistemistas, e a VCP outros 2 mil trabalhadores só na metade sul.
Tem duas lições importantes para tirar disso: A primeira é que dar dinheiro público para uma empresa envenena o governo E a empresa. A outra lição, que parece tão óbvia mas alguns não entendem, é que se você desrespeita o direto de uma empresa e permite que seus bens sejam depredados, essa empresa pode (e provavelmente vai) mudar de idéia sobre ampliar investimentos no seu estado. Quem diria hein?

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