Assentados do MST são suspeitos de vender terras no RS
Plantão | Publicada em 04/05/2009 às 08h52m
Bom Dia Brasil
RIO - Com uma câmera escondida, a reportagem do programa Bom Dia Brasil, da TV Globo, registrou a venda ilegal de lotes da reforma agrária no Rio Grande do Sul. A comercialização e o arrendamento de terras de assentamentos são proibidos por lei.
Em Hulha Negra, na região da campanha, um agricultor, que se diz missionário e mora na cidade, negociou os dezoito hectares que ganhou do governo.
- Eu quero R$ 15 mil nesse meu lote. É lote com casa e tudo - diz.
Perto dali, em outro assentamento do MST, mais ofertas:
- Tchê, estou pedindo R$ 30 mil, deixo tudo, só levo as coisas de dentro de casa. Deixo criação, deixo tudo.
Uma investigação do Intituto Nacional de Reforma Agrária (Incra) em 183 assentamentos federais no estado apontou 147 casos de irregularidades. Se comprovadas, os assentados perderão as terras e serão excluídos do Programa Nacional de Reforma Agrária, o que já aconteceu com 22 agricultores, nos últimos três anos.
Policiais federais e militares controlam a colheita do arroz em três assentamentos do Rio Grande do Sul. O plantio foi considerado irregular pela Justiça Federal, e a safra foi apreendida. (...)
Jamais fui ingênuo a ponto de pensar que não existe falcatrua e pilantras no MST. E óbvio que existe, como em qualquer grupo, sempre tem gente ruim no meio. Mas quase sempre não é a maioria.
No caso são 147 acusados de vender os lotes no Rio Grande do Sul. Se levarmos em conta que seria o mesmo tanto em todos os outros estados da união, o que não é verdade, pois não existe esse número de acusações ou suspeitas, seriam uns 3800 casos.
Segundo o governo federal, somente nos últimos seis anos, foram assentadas 520 mil famílias. Esse número hipotético de casos de pilantragem representariam então menos de 0,75% das famílias assentadas...
Mesmo se consideramos os números do próprio MST, que dizem que esse número do governo é fajuto, englobando assentamentos anteriores e outros coisas erradas, seriam 163 mil famílias. Assim o número de falcatruas hipotético seria então menos de 2,3% dos assentamentos.
Isso não engloba ainda o número de assentamentos totais. E antes destes 147, nos últimos 3 anos apenas 22 casos foram comprovados. Portanto é fácil ver que o que a notícia mostra é exceção. Mas em nenhum momento ela deixa isso claro.
Mas pra alguns essa exceção na verdade é a regra, e mostra que todo mundo, ou pelo menos a esmagadora maioria, das pessoas no MST são bandidos e pilantras.
Mas quando você mostra um caso escabroso por parte de grandes proprietários e seguranças destes, aí e exceção que deve ser apurada mas não representa nada.
Ou seja, a generalização sempre serve pra quem não se gosta ou com quem não se concorda. Nunca no caso contrário.
Aos amigos tudo, aos inimigos os rigores da lei.
Nessa história, ainda tem também o Superintendente do Incra de lá, que é filiado ao PT, acusado de fazer falcatruas.
http://www.unisinos.br/ihu/index.php?op ... e&id=21427
16/4/2009
Superintendente do Incra gaúcho é acusado de extorsão
O Ministério Público Federal acusou o superintendente do Incra no Rio Grande do Sul, Mozar Dietrich, de agir em conluio com o MST para extorquir arroz de agricultores e pediu seu afastamento do cargo em ação encaminhada à Justiça Federal.
A notícia é de Elder Ogliari e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 16-04-2009. A notícia é amplamente destacada e comentada no jornal Zero Hora, 16-04-2009.
Segundo o procurador Adriano Raldi, depoimento de testemunhas indicam que há pelo menos dois anos parte dos moradores do Assentamento Santa Rita de Cássia 2 arrenda irregularmente seus lotes para seis produtores catarinenses plantarem arroz. Dietrich não comentou o caso. O MST nega qualquer tentativa de extorsão.
Por intermédio da assessoria de comunicação, Dietrich informou ontem que não se manifestaria, informa o jornal Zero Hora, 16-04-2009.
Integrantes do MST em Nova Santa Rita também preferiram o silêncio.
Em Brasília, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, disse que se trata de uma “denúncia grave”.
– Vou conversar com o superintendente do Incra no Estado, Mozart Dietrich, e cobrar explicações. Pelo que sei, a denúncia partiu de alguns assentados. É preciso saber se ela é verdadeira ou não – falou Cassel.
O deputado estadual Dionilso Marcon (PT) saiu em defesa de Dietrich:
– O Incra descobriu a irregularidade e fez um acordo com os produtores. Como forma de pagamento, eles dobrariam o número de sacas pagas aos produtores. Parte do dinheiro seria utilizada em benefício dos assentados.
Quanto a matéria sobre o promotor, postada pelo Peter, eu acho engraçado algumas coisas.
Ele acusa o MST de o ter ameaçado, mas veja o que a própria matéria diz:
Não existem evidências materiais de que o MST esteja no leme do atentado ou da interceptação telefônica, mas, se a suspeita do promotor estiver correta, isso não seria nenhuma novidade.
Ou seja, não existem evidências materiais, mas todo mundo já os culpou. A presunção de inocência não serve para os integrantes do MST.
Se eu fosse um grande proprietário escroque, que quisesse ferrar com o MST, nada mais simples do que forjar ou simular ataques contra um promotor que antagoniza o MST, dando a entender que são estes que estão fazendo estas ações. É bastante simples, e se fosse verdade, bastante eficiente, pelo que se vê no tom da matéria.
As escolas itinerantes, colocadas na clandestinidade pela ação do promotor, são o laboratório no qual o movimento configura suas crianças para a guerra.
Gostaria muito de ver as provas desta afirmação.
Há cinco anos, VEJA visitou duas delas, ambas no Rio Grande do Sul. A reportagem constatou que os alunos celebram a revolução chinesa, a morte de Che Guevara e o nascimento de Karl Marx. O Sete de Setembro, Dia da Independência, para eles é o "Dia dos Excluídos". Nas aulas de teatro, carregando bandeiras do MST, crianças entoam gritos de guerra e conclamam para a revolução.
Até aí não ha nada de ilegal nisso. Pode até não ser certo, mas não é ilegal. Não é diferente do que certas escolas religiosas fazem com seus alunos. Tem algumas que até pregam a hostilidade contra quem não é da religião. Sem falar na pregação de idéias ignorantes. Mas aí tudo bem, ninguém acha ruim, ninguém reclama disso, e fica tudo certo atrás do direito a sua crença religiosa, mesmo que esta seja imposta pelos pais aos filhos. As pessaos acham que os pais tem todo o direito de impor certas coisas e idéias aos seu filhos, como no caso da religião, mas imposição de ideologia não pode! E só não pode quando é ideologia de esquerda. Só não pode quando é supostamente ensinando as crianças a lutarem pelos seus direitos
Veja bem,
não estou defendendo esse tipo de educação às crianças, do mesmo jeito que sou contra a educação religiosa a quem não tem ainda maturidade pra fazer as suas próprias escolhas. Mas eu acho bastante curioso como estas coisas só funcionam em certas instâncias! Quando há interesses de outros por trás! Vai um promotor lutar pelos direito das crianças escolherem a sua própria religião e não a terem imposta pelos pais. Vai ser taxado de preconceituoso pra baixo. Mas ele lutar contra doutrinação comunista aí vira herói! Isso porque alguns países implantaram uma ditadura brutal e censora que dizem ser comunismo. Ninguém lembra que o comunismo tem o idela de liberdade em seu centro, e por isso estes países não podem ser considerados comunistas. Agora comunismo virou sinônimo de ditadura...
Só pra esclarecer, sou de esquerda sim. Mas não sou comunista. Acho o comunismo algo impossível de funcionar dado o fator humano. Por isso mesmo viraram ditaduras, porque preciram impor coisas que as pessoas não queriam. E por isso o comunismo nunca existiu, e eu tenho certeza de que nunca vai existir.
Pois bem, ainda sobre o procurados Gilberto Thums, tem uma matéria interessante aqui:
http://www.mp.rs.gov.br/imprensa/clippi ... pressao=1&
“Se estou sozinho, estou errado”
Entrevista: Gilberto Thums, PROCURADOR DE JUSTIÇA
Um dia depois de admitir a possibilidade de mudar a sua opinião a respeito do funcionamento das escolas itinerantes, o procurador Gilberto Thums conversou com Zero Hora e com a Rádio Gaúcha. A seguir, a síntese das entrevistas:
Pergunta – O que fez o senhor mudar de ideia em relação ao fechamento das escolas itinerantes?
Gilberto Thums – O problema é que no momento há um caldeirão fervendo. Existe pressão de todos os lados. Inclusive da área técnica do MEC dizendo que as escolas têm uma função importante e que existe a possibilidade de um ensino diferenciado. Dizendo que a visão do MP é radical e que estamos em conluio com o governo estadual. Achei de bom senso que uma comissão de promotores que são neutros, ligados à Infância e Juventude para que esse termo fosse revisto.
Pergunta – O que fez o senhor se sensibilizar e concordar em buscar um meio-termo?
Thums – Ouvi a fala da professora do Conselho Estadual de Educação, os discursos das deputadas (ambas do PT) Stela Farias e Marisa Formolo. A deputada Mariza disse que mais triste do que não ter educação de qualidade é não ter direito à educação. Essa frase para mim foi impactante. Fiquei bastante tempo pensando nela. Então, ninguém pode ser tão radical. Todo radicalismo extremado leva à irracionalidade.
Pergunta – Não é pior as crianças não frequentarem nenhuma escola?
Thums – Frequentar escola do MST e não frequentar nenhuma dá na mesma. Igual não há controle. Ninguém sabe quantos dias as crianças frequentam a escola, ninguém conhece o programa mínimo que ela recebe na escola. Honestamente, vai mudar muito pouco.
Pergunta – Por que o senhor está tirando o time de campo?
Thums – É uma posição suicida. É de extrema antipatia. Sou demonizado em todos os sites do mundo relacionados com o MST. Não tenho apoio do Ministério Público em geral no país inteiro. Então, se eu estou sozinho, estou chegando à conclusão de que estou errado. A pressão é muito forte.
Pergunta – Inclusive no Ministério Público?
Thums – Não, aqui eu tenho plena liberdade. O problema é que a minha posição é antipática, de grande desgaste da instituição.
Pergunta – Que pressões há sobre o Ministério Público?
Thums – O que mais me chocou foi, no final do ano, uma moção de repúdio pelo grupo de promotores ligados aos direitos humanos, afirmando que a atuação do MP estaria violando direitos. É claro que eles não sabem o que está se tratando.
Pergunta – O senhor decidiu se afastar por pedido da nova procuradora-geral?
Thums – Não, ela não me pediu nada. Mas meu comportamento tem a ver com o discurso da Simone, no sentido de apaziguamento. Estou sensibilizado pelo momento da administração do Ministério Público porque já são muitos os problemas.
Pergunta – Que pressões o senhor recebe de outras instituições?
Thums – Estou sendo minado por todos os lados. Sofro pressão até nas universidades, até dos intelectuais. Estou sendo demonizado em todos os sites da rede mundial, inclusive internacionais. Tenho de rever essas coisas. Uma pessoa não pode achar que só ela está certa e o mundo errado. De repente, então, estou errado. Coloquei meu nome no google e tem mais de 150 mil ocorrências, inclusive em sites religiosos. A minha fotografia é colocada ao lado de Hitler. São coisas que só me desgastam.
Pergunta – O senhor se sente ameaçado?
Thums – Estou recebendo muitos sinais fortes. Tudo que falo com as pessoas em off pelo telefone está sendo gravado. Recebo mensagens de voz com as gravações da minha própria conversa. Recebi cinco mensagens. Aconteceu também de uma pessoa jogar o carro contra mim enquanto estava fazendo as minhas corridas. Na hora, achei que fosse um louco. Depois que passou o susto, fiquei pensando a que se deve isso. Talvez eu esteja com paranoia, mas muitas coisas estão mudando na minha rotina diária.
Pergunta – O senhor imaginou que a sua sugestão de fechar as escolas traria tanto problema?
Thums – Eu imaginei que os pais matriculariam seus filhos em escolas públicas. A gente não avaliou o poder do movimento. O movimento é mais forte do que qualquer instituição. Eu não imaginaria que eles iriam mesmo enfrentar essa decisão. Tenho a impressão de que, no futuro, vão me dar razão, vão reconhecer que eu não era tão louco assim.
Fonte: Zero Hora
Ou seja, ou o cara é um bundão, ou então as convicções dele não são tão fortes assim.
Pecebam toda a hostildade que foi criada contra ele, com certeza de forma até maldosa, mas eu acho que muita gente já ficou com raiva de alguém que te ferrou.
Quem garante então que é o MST autor das gravações ou do suposto atentado? Depois de tanta raiva criada contra o cara, raiva essa de tanta gente diversa que até sites internacionais malhavam o cara, não pode ter sido um ato isolado de gente maluca que nada tem a ver com o MST? Óbvio que o MST trouxe isso para o cara, mas não pode ser responsabilizado diretamente, ainda mais porque não há provas.
Se houversse mais diálogo, menos resitência contra os ideiais do MST (não contra ações criminosas, é lógico) e mais ação enérgica dos governos, tanto para coibir excessos do MST quanto para resolver rapidademente problemas como grileiros e propriedades ilegais, que geram as ações excessivas do MST, acho que seria melhor pra todo mundo.
Não pode o governo ficar sentado em cima das mãos, com gente dentro do próprio governo se beneficiando de uma situação ruim, e esperar que todas as pessoas acatem passivamente esse situação para sempre.