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#271 Mensagem por Carnage » 08 Mai 2009, 16:03

http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/ ... grado.html
Quinta-feira, Maio 07, 2009
EX-MINISTRO DA AGRICULTURA É FLAGRADO ESCRAVIZANDO TRABALHADORES


Nome: Antonio Cabrera.

Antecedentes: ministro da Agricultura em 1990/92 (Governo Collor); secretário da Agricultura de São Paulo em 1995/2001 (Governo Mário Covas).

Ocupação atual: proprietário do Grupo Cabrera, cuja usina de cana em Limeira do Oeste (MG) foi autuada por manter 184 trabalhadores em situação análoga à de escravos.

Divulgada somente nesta 4ª feira (6), a fiscalização foi realizada no mês passado pelo Ministério do Trabalho e Emprego e por promotores do Ministério Público, com o apoio da Polícia Federal.

Notícia: Ex-ministro é autuado por trabalho análogo ao de escravo

Constatou que a jornada de trabalho era excessiva; os equipamentos de proteção, inadequados; e os alojamentos, irregulares.

Segundo o procurador do Trabalho Eliaquim Queiroz, operadores do plantio mecanizado, técnicos agrícolas e auxiliares chegavam a trabalhar QUASE 18 HORAS DIÁRIAS (!!!) em finais de semana, incluído o tempo gasto no transporte.

Vieram-me à mente os relatos chocantes de Marx sobre a rotina nas minas de carvão do início do capitalismo.

Cabrera fez constar em ata sua "sua discordância quanto à existência de condições de trabalho degradantes ou análogas".

O que não o impediu de firmar um acordo judicial pelo qual se comprometeu a pagar entre R$ 500 e R$ 1.800 de indenização a cada trabalhador, por danos morais; além de R$ 120 mil por danos morais coletivos.

Ou seja, negou a culpa em termos retóricos e admitiu-a para efeitos práticos.

Que cada um julgue:

1. se isto é aceitável num ex-ministro e ex-secretário da Agricultura;
2. se este comportamento é uma exceção ou uma regra entre nossas autoridades governamentais;
3. se podemos esperar dessa gente algo mais do que isto.

ESTATUTO DA GAFIEIRA - A sequência de episódios desmoralizantes envolvendo expoentes do Executivo, Legislativo e Judiciário ao longo desta década, sem poupar sequer aqueles em quem mais acreditávamos, nos faz responder "não" ao terceiro quesito

Meu grande amigo Luiz Alberto de Abreu, teatrólogo consagrado, é um cético de esquerda.

Seguindo os passos do inesquecível Augusto Boal, dedica o melhor do seu tempo a escrever e ajudar a encenarem peças que levem as vítimas do capitalismo a tomarem consciência de sua condição; e a formar novos quadros para o teatro popular.

Mas, de Brasília quer distância.

Avalia que quem tem assento na corte, quer se apresente como de esquerda, de centro ou de direita, é solidário mesmo aos demais cortesãos; à casta a que pertence, enfim.

E tudo faz para bloquear o acesso de intrusos aos privilégios de que desfruta: quer mesmo é conservá-los para si e para os que já participam da farra. "Quem está fora, não entra; quem está dentro, não sai", como rezava o estatuto da gafieira...

Eu ainda não desisti da ação política propriamente dita. Mas, de Brasília, sim. Há muito tempo.

Só acredito no que logremos organizar fora do Estado; na alternativa ao capitalismo que consigamos engendrar "nas escolas, nas ruas, campos e construções", como dizia o Vandré dos bons tempos.
Postado por Celso Lungaretti às 10:51 AM

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Tiozinho50
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#272 Mensagem por Tiozinho50 » 08 Mai 2009, 16:04

"Mas não posso desacreditar no poder judiciário. Não posso pensar que o poder judiciário está conivente com os banqueiros e com a grilagem, isso seria muito forte."
(entrevista do procurador, trazida pelo Carnage)

Ele não pode, eu posso!!!

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Peter_North
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#273 Mensagem por Peter_North » 13 Mai 2009, 13:12

Gozado como o assunto muda de MST para escravidão e grilagem. Ninguém é a favor disso. Duvido que exista uma única pessoa que não gostaria de ver na prisão um bandido que escraviza trabalhadores ou que pratica grilagem de terras. Ninguém é a favor disso! O que está em discussão é o MST e se ele é algo positivo e/ou benéfico.

Eu tenho ojeriza a assaltantes e estupradores. Mesmo assim, sou totalmente contra qualquer método de fazer justiça com as próprias mãos. Quero justiça e não justiceiros. É a mesma coisa com o MST. Vocês parecem aqueles ultra-retrógrados que defendem um esquadrão da morte porque afinal "eles só matam bandido mesmo". Vocês parecem gostar do MST porque acham que eles só atacam grupos que vocês (e eu) desprezam. Esquecem-se que eles também fizeram muita gente honesta sofrer, e mesmo que não fosse assim, o inimigo de meu inimigo não é necessariamente meu amigo.

Imagininem se a mobilização que essas pessoas fazem fosse dedicada a protestos legítimos. Usada para eleger gente comprometida a levar ao campo uma justiça de verdade. Se o dinheiro que se usa para mobilizar, transportar e manter gente acampada fosse usada para criar uma escola de verdade (e não estas vergonhas que existem hoje). Em uma geração teríamos grandes advogados, juízes e políticos saindo dessas crianças, que hoje estão condenadas a pouco mais que perpetuar a miséria de seus equivocados pais (equivocados no sentido da forma em que tentam mudar a própria vida). Imaginem um movimento dedicado de verdade a representar o interessse do campo ao invés de se dedicar a estabelecer o marxismo no Brasil.

A coisa podia ser tão eficaz, mas não. Preferem o caminho que não trará nenhum retorno sustentável, nenhuma perspectiva verdadeira a médio e longo prazo.

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Carnage
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#274 Mensagem por Carnage » 15 Mai 2009, 12:12

http://observatorio.ultimosegundo.ig.co ... =537IMQ010
A verdade do parlamento

Deputados da bancada ruralista derrubam na Comissão de Meio Ambiente da Câmara projeto que regulamenta a produção, rotulagem e comércio de agrotóxicos. Essa nota curta, meio escondida numa coluna da edição de quinta-feira (14) de O Globo, fala muito mais sobre como funciona o Congresso Nacional do que o resto do noticiário político.

A chamada bancada ruralista, núcleo duro do que existe de mais conservador na política nacional, atua como uma tropa militar. São parlamentares disciplinados, possuem recursos em abundância, contam sempre com a simpatia da imprensa. E estão permanentemente a serviço de causas controversas, como as tentativas de aliviar a legislação de preservação do patrimônio ambiental do país.

A nota publicada na quinta-feira, sobre tema que mereceria muito mais atenção, é um símbolo da verdade que é omitida dos leitores: a bancada ruralista não representa necessariamente a agricultura brasileira. Ela representa a indústria de agrotóxicos.

Parte do problema

Há cerca de dez anos, essa mesma bancada, com poucas alterações entre seus integrantes, formou a tropa de choque com a qual duas ou três indústrias químicas tentaram fazer passar uma legislação leniente sobre a liberação de sementes transgênicas. Hoje, os produtos transgênicos são uma praga cada vez mais ameaçadora sobre a agricultura tradicional e podem vir a colocar em risco, no curto prazo, a economia agrária do Brasil.

O Congresso é isso: um consórcio de interesses privados que se autodenomina representante da sociedade civil organizada.

Enquanto se limitar a criticar o nível dos parlamentares e se omitir do debate sobre a questão da representatividade do Congresso, a imprensa estará abordando apenas uma parte do problema político do Brasil.

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#275 Mensagem por Tiozinho50 » 15 Mai 2009, 18:45

Peter_North escreveu: Gozado como o assunto muda de MST para escravidão e grilagem.
Não há mudança de assunto, na verdade eles estão no mesmo enredo, o MST esbulha as terras públicas que o Dantas grilou, denunciando o fato, o MP FEDeral confirma:

http://www.amazonia.org.br/noticias/not...?id=309646
a colaboração é do Carnage fls. atrás - o procurador da república diz que as terras ocupadas pelo Dantas são na verdade públicas “ Então há uma série de irregularidade que só levam a um caminho: o reconhecimento de que essas são terras públicas estaduais.”

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#276 Mensagem por Peter_North » 18 Mai 2009, 15:15

Tiozinho50 escreveu:
Peter_North escreveu: Gozado como o assunto muda de MST para escravidão e grilagem.
Não há mudança de assunto, na verdade eles estão no mesmo enredo, o MST esbulha as terras públicas que o Dantas grilou, denunciando o fato, o MP FEDeral confirma:

http://www.amazonia.org.br/noticias/not...?id=309646
a colaboração é do Carnage fls. atrás - o procurador da república diz que as terras ocupadas pelo Dantas são na verdade públicas “ Então há uma série de irregularidade que só levam a um caminho: o reconhecimento de que essas são terras públicas estaduais.”
Tiozinho, permita-me perguntar, se alguém quisesse formar um esquadrão de extermínio para sair supostamente apenas atrás do Dantas e de grileiros, você apoiaria esta iniciativa?

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#277 Mensagem por Tiozinho50 » 18 Mai 2009, 16:10

Caro Peter, jamais apoiaria qualquer tipo de barbarie.

Só quero que as leis sejam aplicadas a todos, e não apenas aos pobres.

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#278 Mensagem por Carnage » 20 Mai 2009, 17:29

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... tia-abreu/
Perigo de gol: Terras públicas nas mãos de Kátia Abreu

Atualizado e Publicado em 20 de maio de 2009 às 16:44

67 milhões de hectares de terras públicas estão nas mãos do Senado

do Instituto Socioambiental

Pouco antes do início da audiência pública e vigília em defesa da Amazônia, no plenário do Senado, na quarta-feira passada, 13/5, a Câmara dos Deputados aprovava a Medida Provisória nº 458/2009, que regulariza terras públicas, apesar de todos os riscos nela embutidos. Agora, a MP vai para o Senado que terá a responsabilidade de corrigí-la ou de jogar 67 milhões de hectares de terras públicas no lucrativo mercado de terras. Relatoria está nas mãos da senadora Kátia Abreu (DEM-TO), atual presidente da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), e uma das lideranças da bancada ruralista, que defende a diminuição das “restrições ambientais” à produção agrícola.

Aconteceu o que todos imaginavam. “Se lixando” para a manifesta contrariedade de organizações ligadas à agricultura familiar, à reforma agrária e ao meio ambiente, a Câmara dos Deputados aprovou, por ampla maioria, a MP nº 458, que permite a alienação de terras públicas federais, por processos simplificados, na Amazônia Legal.

Idealizada originalmente pelo ministro Mangabeira Unger, mas posteriormente adotada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a MP permite que a União doe ou venda, a preços subsidiados, terras de até 1,5 mil hectares (15 km²) em nove estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do Maranhão). O MDA argumenta que essa medida visa a regularizar a posse de milhares de caboclos, ribeirinhos e agricultores familiares que ocuparam a região, com incentivo do Estado, ao longo do século XX, mas que até hoje não conseguiram o título de propriedade das terras em que vivem e plantam.

O texto aprovado, no entanto, tem tudo para tornar-se mecanismo de estímulo à grilagem e à concentração fundiária, indo no sentido contrário ao defendido pelo MDA. Ele simplifica excessivamente os procedimentos de verificação da legitimidade da posse, pois retira a necessidade de vistoria prévia para a alienação de até quatro módulos fiscais (que pode chegar a 600 hectares em algumas regiões) e não vincula os trabalhos de regularização a qualquer plano de ordenamento territorial previamente discutido e aprovado. Sem vistoria prévia não há como se assegurar que quem está reclamando ser ocupante de uma terra seja o real possuidor. Isso pode facilitar o trabalho dos grileiros, que historicamente se utilizam de “laranjas” para conseguir títulos de propriedade sobre terras públicas, criando na prática enormes latifúndios e expulsando os verdadeiros moradores.

Porém, para muitos deputados, notadamente os ruralistas, as facilidades existentes no relatório submetido a votação não eram suficientes. O DEM, por exemplo, tentou aprovar destaque que retirava a condição de que, para alguns casos, o beneficiário da terra pública não seja proprietário de outro imóvel, e o PSDB pediu a retirada do prazo de cinco anos de ocupação na terra para que o particular possa se beneficiar da regularização. Ambos os destaques foram rejeitados, mas isso não representa nenhuma vitória, pois continuou no texto a possibilidade de venda de terras para empresas e para ocupantes indiretos, dentre outros pontos problemáticos (Veja no final do texto).

De acordo com Maria José da Costa, coordenadora nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores, a medida aprovada é motivo de preocupação: “A pauta de regularização fundiária é histórica de todas as organizações camponesas, indígenas, quilombolas e ribeirinhas, mas, como foi aprovada, traz questões de irresponsabilidade política, pois quem vai pegar carona no benefício são as grandes extensões de terra, nas mãos de grileiros e latifundiários, que são os principais responsáveis pelo trabalho escravo e pela violência do campo no país”.

Ela conta que a esperança é reverter algumas questões no Senado, como o acesso ao beneficio para pessoa jurídica, o que considera um atentado à própria reivindicação das populações: “É inadmissível. Qualquer empresa, inclusive estrangeira, pode acabar beneficiada”, diz.

Maria José espera que também seja discutido no Senado o limite da terra e as condicionantes ambientais: “É preciso priorizar quem tem até quatro módulos. E não existe compromisso de recuperação do desmatamento feito anteriormente, o que deveria ser um condicionante para receber o benefício, já que a questão fundamental dessa medida deveria ser a função social da terra”, conclui.

Segundo o coordenador-adjunto do Programa de Política e Direito Socioambiental do ISA, Raul do Valle, a medida aprovada é temerária, tanto do ponto de vista ambiental quanto, e principalmente, do destino do patrimônio público: “No país inteiro, os grandes fazendeiros vêm falando que é um absurdo terem de cumprir uma regra que existe desde 1934, que é a de manter a reserva legal. Alegam que isso deveria ser obrigação do Estado, e não deles”, explica. “Agora, quando se trata de privatizar terras na Amazônia, eles alegam que elas devem ser grandes porque dentro está incluída a reserva legal, da qual eles terão que cuidar. Sabemos que elas não serão respeitadas”, analisa Raul do Valle. “Por isso é fundamental que, antes de passar as terras para a frente, seja feito o ordenamento territorial da região, com a criação de áreas protegidas que garantam a biodiversidade e estanquem o desmatamento”.

A senadora Marina Silva denominou a MP como o “maior programa de regularização da grilagem” da maneira como foi aprovada pelos deputados. “São 67 milhões de hectares de terras públicas saqueadas do povo brasileiro, que podem ser tituladas por aqueles que fazem grilagem, que usam laranjas, que usam violência. A Câmara teve sua oportunidade. O Senado terá sua oportunidade de fazer o reparo no que foi aprovado. Ou então caberá ao Presidente Lula fazer o veto daquilo que não convém à Amazônia e à sociedade brasileira", disse a senadora no pronunciamento que fez durante a sobre a Audiência pública e Vigília, na semana passada.

Valendo-se da definição da palavra vigília como está nos dicionários, a senadora disse que vigília é o estado em que a nação brasileira deve ficar constantemente neste momento de ataque às leis ambientais. Marina parecia estar antevendo o embate que deverá ocorrer em breve no Senado quando a MP for à votação. A relatora, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), tem liderado a mobilização da bancada ruralista para reduzir o rigor das leis ambientais argumentando que elas prejudicam a agropecuária e o desenvolvimento.

Os problemas da MP nº 458

Pontos polêmicos aprovados pela Câmara

Benefício a empresas ou pessoas que não vivam da terra: possibilidade de alienar terras públicas, de ate 1500 hectares, a empresas ou pessoas físicas que já tenham outros imóveis no país e que não dependam da terra para sobreviver. Estes participarão de licitação, mas terão direito de preferência, mesmo sem haver vistoria prévia para comprovar posse mansa e pacífica da área reivindicada com tamanho de até 4 módulos (até 600 hectares em algumas regiões).

Concentração de terras nas mãos de poucos: não há nenhuma vedação a que uma mesma pessoa possa ter diversas empresas e cada uma delas se beneficiar da regularização de uma área diferente, ou mesmo que os sócios de uma empresa consigam uma terra em caráter pessoal e outra como pessoa jurídica.

Criação de um lucrativo mercado de terras para empresas ou grandes fazendeiros: os caboclos e agricultores familiares terão que cumprir uma série de exigências e não poderão vender suas terras por 10 anos. Por outro lado, as empresas e ocupantes indiretos (fazendeiros que não vivem na terra) poderão vender a terra apenas 3 anos após sua compra do Poder Público, o que atrairá muito mais especuladores (interessados em pegar terras públicas baratas para poder revendê-las com lucro) do que agricultores.

Doação das terras sem necessidade de ter a reserva legal já averbada: na versão original da MP, a área só seria registrada em nome do particular se a área de reserva legal fosse identificada e averbada. Agora há apenas o “compromisso” do adquirente em averbar, futuramente, a reserva legal. Enquanto isso não ocorrer, mesmo que haja desmatamento ilegal, não será rescindido o título de propriedade (penalidade prevista na lei para quem descumpre algumas condições), pois, pela versão aprovada, isso só ocorrerá quando o desmatamento acontecer na reserva legal. Além disso, o texto abre a possibilidade de que o desmatamento ilegal que venha a justificar a rescisão do título seja compreendido como “benfeitoria” e justifique indenização por parte do Estado ao particular.

Falta de controle no processo de privatização de terras públicas: continua sem haver qualquer tipo de garantia de que o processo de regularização de posses venha a de fato aprimorar o ordenamento fundiário de determinada região, e não piorá-lo. A demanda de que a privatização “expressa” de terras públicas prevista na lei ocorresse apenas em locais onde o ordenamento territorial (criação de unidades de conservação, demarcação de terras indígenas, implantação de assentamentos de reforma agrária, definição da vocação econômica da área definida pelo zoneamento ecológico-econômico) já estivesse resolvido não foi acatada

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#279 Mensagem por Peter_North » 21 Mai 2009, 20:17

Tiozinho50 escreveu:Caro Peter, jamais apoiaria qualquer tipo de barbarie.
Claro que apóia! As ações do MST tem como consequência todo tipo de barbárie. Matar alguém não é uma barbárie? Pois muitas e muitas pessoas já foram mortas como resultado direto da ação do MST. E você apóia estas ações. Que resultam em mortes. Que são uma barbárie. Então, apóias barbáries. QED.
Tiozinho50 escreveu:Só quero que as leis sejam aplicadas a todos, e não apenas aos pobres.
Eu também. Mas o caminho para isso é melhorar a justiça e não pervertê-la ainda mais.

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#280 Mensagem por Carnage » 22 Mai 2009, 16:49

O assunto é relacionado. Colo o texto pois achei alguns pontos interessantes, mas vou deixando claro, antes de tudo, que sou contra o conceito de reservas indígenas com a suposta manutenção do meio de vida deles mas com exigências de comodidades modernas e ajuda do governo.
Regina Duarte também tem medo de índio

Atualizado e Publicado em 20 de maio de 2009 às 18:36

Do blog do Sakamoto: fonte:http://colunistas.ig.com.br/sakamoto

19/05/2009 - 12:17

A atriz global e pecuarista Regina Duarte, em discurso na abertura da 45ª Expoagro, em Dourados (MS), disse que está solidária com os produtores e lideranças rurais quanto à questão de demarcação de terras indígenas e quilombolas no estado.

“Confesso que em Dourados voltei a sentir medo”, afirmou a atriz, neste domingo (18), com referência à previsão de criação de novas reservas na região de Dourados. “O direito à propriedade é inalienável”, explicou ela, de forma curta, grossa e maravilhosamente elucidativa o que faz do BRASIL um brasil. Em verdade, ela deve estar sentindo medo desde a campanha presidencial de 2002…

(O deputado Ronaldo Caiado, principal defensor desses princípios, deveria cobrar royalties de Regina Duarte… Inalienáveis deveriam ser o direito à vida e à dignidade, mas terra vale mais que isso por aqui.)

“Podem contar comigo, da mesma forma que estive presentes nos momentos mais importantes da política brasileira.” Ela e o marido são criadores da raça Brahman em Barretos (SP).

Dos 60 assassinatos de indígenas ocorridos no Brasil inteiro em 2008, 42 vítimas (70% do total) eram do povo Guarani Kaiowá, do Mato Grosso do Sul, de acordo com dados Conselho Indígenista Missionário (Cimi). “Ninguém é condenado quando mata um índio. Na verdade, os condenados até hoje são os indígenas, não os assassinos”, afirma Anastácio Peralta, liderança do povo Guarani Kaiowá da região.

“Nós estamos amontoados em pequenos acampamentos. A falta de espaço faz com que os conflitos fiquem mais acirrados, tanto por partes dos fazendeiros que querem nos massacrar, quanto entre os próprios indígenas que não tem alternativa de trabalho, de renda, de educação”, lamenta Anastácio Peralta.

A população Guarani Kaiowá é composta por mais de 44,5 mil. Desse total, mais de 23,3 mil estão concentrados em três terras indígenas (Dourados, Amambaí e Caarapó), demarcadas pelo Serviço de Proteção ao Índio (criado em 1910 e extinto em 1967), que juntas atingem 9.498 hectares de terra. Enquanto os fazendeiros, muitos dos quais ocuparam irregularmente as terras, esparramam-se confortavelmente por centenas de milhares de hectares. O governo não tem sido competente para agilizar a demarcação de terras e vem sofrendo pressões até da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA). Mesmo em áreas já homologadas, os fazendeiros-invasores se negam a sair - semelhante ao que ocorreu com a Raposa Serra do Sol.

É esse massacre lento que a pecuarista apóia, como se as vítimas fossem os pobres fazendeiros. Só espero que, na tentativa de apoiar a causa, ela não resolva levar isso para a tela da TV, em um épico sobre a conquista do Oeste brasileiro, nos quais os brancos civilizados finalmente livram as terras dos selvagens pagãos.

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#281 Mensagem por Roy Kalifa » 23 Mai 2009, 12:14

Peter_North escreveu:
Tiozinho50 escreveu:Caro Peter, jamais apoiaria qualquer tipo de barbarie.
Claro que apóia! As ações do MST tem como consequência todo tipo de barbárie. Matar alguém não é uma barbárie? Pois muitas e muitas pessoas já foram mortas como resultado direto da ação do MST. E você apóia estas ações. Que resultam em mortes. Que são uma barbárie. Então, apóias barbáries. QED.
Tiozinho50 escreveu:Só quero que as leis sejam aplicadas a todos, e não apenas aos pobres.
Eu também. Mas o caminho para isso é melhorar a justiça e não pervertê-la ainda mais.
Falando em barbarie, não considerei o incidente do Eldorado dos Carajás barbarie. Considerei legitima defesa da tropa. Logico que depois fugiu do controle, pois uma vez o sangue derramado, a sanha torna-se animalesca.

Confesso que estou sentido falta destes incidentes, onde pseudo sem terra, leia-se baderneiros, tomam na bunda.

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Tiozinho50
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#282 Mensagem por Tiozinho50 » 24 Mai 2009, 19:16

Peter_North escreveu:
Tiozinho50 escreveu:
Caro Peter, jamais apoiaria qualquer tipo de barbarie.
Claro que apóia! As ações do MST tem como consequência todo tipo de barbárie. Matar alguém não é uma barbárie? Pois muitas e muitas pessoas já foram mortas como resultado direto da ação do MST. E você apóia estas ações. Que resultam em mortes. Que são uma barbárie. Então, apóias barbáries. QED.
Desculpe , mas sou obrigado a discordar desse raciocínio, primeiro porque já parte de premissas irreais, o MST não seqüestra e não atira bombas nas pessoas, sua principal contravenção se limita a invasão de propriedades de facínoras como o Dantas e FHC, é verdade, isso é um delito, mas não se pode chamar de barbárie.

O MST já promoveu alguma ação com a finalidade de assassinato?

O MST tem milhões de integrantes, mas vou deixar por milhares, vamos colocar isso em números, quantos assassinatos tu arrogas ao MST? Afinal, as estatísticas comprovam que o MST tem um numero infinitamente maior de integrantes mortos do que de mortes a si atribuídas.

Por falar em mortes a si atribuídas, quantas mortes não são atribuídas à falta de tecnologia nos veículos?

A falta de air bag por exemplo?
“O airbag diminui em 59% o risco de ferimentos nos acidentes, segundo estudo do instituto de segurança de trânsito dos EUA.”

Quantas pessoas morreram no Brasil nos últimos 12 anos por culpa de um veto que dispensou o uso obrigatório do equipamento em todos os veículos (FHC vetou em 97 um dispositivo do CNT que obrigava o uso de air bags em todos os veículos ) façam as contas quantas almas desencarnaram nesse período graças a mesquinha pena do FHC?

Isso é barbárie!!!

Isso tambem:
Roy Kalifa escreveu: Falando em barbarie, não considerei o incidente do Eldorado dos Carajás barbarie. Considerei legitima defesa da tropa. Logico que depois fugiu do controle, pois uma vez o sangue derramado, a sanha torna-se animalesca.Confesso que estou sentido falta destes incidentes, onde pseudo sem terra, leia-se baderneiros, tomam na bunda.
Freud explica :shock: :shock:

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#283 Mensagem por kank » 25 Mai 2009, 00:18

Tiozinho50
Desculpe , mas sou obrigado a discordar desse raciocínio, primeiro porque já parte de premissas irreais, o MST não seqüestra e não atira bombas nas pessoas, sua principal contravenção se limita a invasão de propriedades de facínoras como o Dantas e FHC, é verdade, isso é um delito, mas não se pode chamar de barbárie.
temos uma visão bem diferente creio que não querer responsabilizar a liderança do mst por massacres como o de eldorado dos carajas é errado.
vc estimular diversas pessoas a enfrentar a policia com enchadas e facões era obvio que ia virar um massacre
pq não tinha um lider na linha de frente (so morreu soldado razo)

ja participei de alguns movimentos sociais e ja vi muitas vezes as lideranças destes movimentos que participei planejando como fazer para fechar completamente a rua ( isso não poderia ser falado durante o protesto no protesto eles teriam que solicitar a todos a ocupação de apenas uma faixa mantendo o direito de ir e vir)

porem o pensamento era mais ou menos que se não fizermos uma ação que cause transito e a policia venha para liberar a rua não seremos noticiados

e tudo era preparado para fugir do controle da organização

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Peter_North
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#284 Mensagem por Peter_North » 25 Mai 2009, 15:04

Tiozinho50 escreveu:O MST já promoveu alguma ação com a finalidade de assassinato?
Oras Tiozinho, é óbvio que eles sabem exatamente o que vai acontecer quando resolvem ir armados ao encontro de pessoas armadas. Qualquer criança sabe o que vai acontecer, e os líderes do MST não são exceção. Aliás, a barbárie do MST é tão grande que os líderes gostam da idéia dos seus peões morrerem, porque isso lhes dá uma coisa muito poderosa, mártires. Você apóia iniciativas que só podem resultar em barbáries sendo cometidas, seja pelos peões ou contra os peões.
Tiozinho50 escreveu:Por falar em mortes a si atribuídas, quantas mortes não são atribuídas à falta de tecnologia nos veículos?

A falta de air bag por exemplo?
“O airbag diminui em 59% o risco de ferimentos nos acidentes, segundo estudo do instituto de segurança de trânsito dos EUA.”

Quantas pessoas morreram no Brasil nos últimos 12 anos por culpa de um veto que dispensou o uso obrigatório do equipamento em todos os veículos (FHC vetou em 97 um dispositivo do CNT que obrigava o uso de air bags em todos os veículos ) façam as contas quantas almas desencarnaram nesse período graças a mesquinha pena do FHC?

Isso é barbárie!!!
Uau, depois eu digo que mudam loucamente de assunto e dizem que estou errado... :shock:
Roy Kalifa escreveu:Falando em barbarie, não considerei o incidente do Eldorado dos Carajás barbarie
Eu considero, Roy. Acho que sempre é lamentável quando pessoas morrem, e justamente por isso condeno tanto os lideres do MST, os responsáveis pela morte destas pessoas juntamente com uma parcela da polícia que se portou de forma totalmente desumana.

Em certas brigas não existem mocinhos.

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#285 Mensagem por kank » 25 Mai 2009, 17:49

porra to virando fã do peter diria que pensamos de forma parecida em alguns aspectos porem ele sabe se expressar de forma muito melhor

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