Boas.
Foi uma partida esquisita. O Nadal não conseguiu ser Nadal, coisa rara no saibro e inédita em Roland Garros. Todos sabemos que esta marca meio esquisofrênica de estar invicto em tantos anos ali iria cair cedo ou tarde; o que não passava pela cabeça da maioria das pessoas que acompanham o tênis era a possibilidade desta marca ser batida por um cara daqueles, que nem lembro o nome agora. Sei que o maluco é sueco, eu acho. Eu esperava que perdesse para um Nalbandian, para um Murray, para um Federer ou um Davidenko.
Ao contrário do que observou o confrade Japa, não acredito que essa derrota deixará maiores sequelas na carreira até agora irretocável do jovem Nadal. Na minha opinião, o espanhol caminha, salvo algum problema físico que limite seus movimentos, para se tornar o maior tenista de todos os tempos, ou , na pior das hipóteses, um dos cinco melhores de todos. Esse ano, aliás, ele tem a chance de igualar a marca do Agassi, se conseguir levar o US Open. Isso com 22, 23 anos. Se conseguir, vai ser uma coisa que , me arrisco a dizer, ninguém ainda fez tão jovem. Em se tratando de Nadal, é melhor não duvidar.
E tem mais: em Wimbledon, aposto nele. Sair mais cedo da França vai permitir que ele se prepare até melhor para jogar na grama. Superfície em que, aliás, nos últimos dois anos, só teve adversário na figura do Federer.