Familia Sarney enriqueceu as custas do Maranhão

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#46 Mensagem por Tiozinho50 » 23 Jun 2009, 17:35

Roy Kalifa escreveu: No incio deste tópico, eu disse que o congresso deveria ser fechado. Agora não tenho mais duvidas. So tem ratazana naquele antro.
Saudades dos milicos?

Democracia é como velhice, pode ser uma merda, mas a outra opção é sempre pior.
Roy Kalifa escreveu: Parece que no governo do PT a corrupção foi institucionalizada. Ela sempre existiu mas agora está praticamente legalizada e em níveis alarmantes.
Isso mera ilusão, antes não a corrupção era menos visível, não havia prisões de grandes empresários, o PGR era conhecido como engavetador geral, logo, as poucas operações da PF acabavam arquivadas.

Agora pelo menos os escândalos vêm à tona, em parte pela democracia que dá liberdade para divulgação dos fatos, e de outra pela política do governo atual, que investiu na PF e nomeou um PGR independente.
Número de policiais federais:
Lula - PT - 11 mil
FHC-PSDB - 5 mil

Operações da PF contra a corrupção, crime organizado, lavagem de dinheiro, etc...:
Lula - PT - 183
FHC-PSDB - 20

Prisões efetuadas:
Lula - PT - 2.971
FHC-PSDB - 54
http://www.gp-guia.net/phpbb/phpbb2/view ... 02#1102802

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#47 Mensagem por Roy Kalifa » 24 Jun 2009, 09:40

Com certeza na época dos milicos, diziam os meus pais, tinhamos mais segurança para andarmos nas ruas. Não haviam guetos onde não se podia nem passar perto.
Não havia fuzil nas mãos de traficantes.
Não estou com isto afirmando ser a favor de tortura. Não confundir uma coisa com outra.
Hoje estamos na democracia e o Tim Lopes foi torturado por traficantes....

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#48 Mensagem por Carnage » 24 Jun 2009, 11:32

Roy Kalifa escreveu:Com certeza na época dos milicos, diziam os meus pais, tinhamos mais segurança para andarmos nas ruas. Não haviam guetos onde não se podia nem passar perto.
Não havia fuzil nas mãos de traficantes.
Não estou com isto afirmando ser a favor de tortura. Não confundir uma coisa com outra.
Hoje estamos na democracia e o Tim Lopes foi torturado por traficantes....
Mas gente sumia na calada da noite sem ninguém nunca mais ver.
Se você disse algo errado em algum lubar podia sumir também.
Você não podia estar aqui publicando a sua opinião se ela não agradasse o governo.
Havia corrupção e roubalheira do mesmo jeito, ma quem roubava eram os militares e eles tinham uma arma na mão, então ninguém dizia nada.

http://jusvi.com/artigos/39198
(...) Não se pode mais conceber uma estrutura policial similar à época da ditadura militar, onde se via o cidadão como um inimigo do Estado.

Vale lembrar, por exemplo, que a Polícia Militar, em nosso país, foi criada por meio da união da Força Pública Estadual com a Guarda Civil, na oportunidade do Golpe de 64. Constituiu-se, assim, em numa milícia auxiliar do Exército, a fim de conter as manifestações populares e o movimento de guerrilha estimulado pelos ideais comunistas.

A realidade imposta pela ditadura militar no Brasil, onde eram públicos e notórios atos de abuso para com a dignidade da pessoa humana, deve ser relegada ao passado, servindo como paradigma de um modelo vencido e não mais desejado por uma sociedade evoluída.

Percebendo-se que a atuação da segurança pública deve ser norteada pelos princípios atinentes aos Direitos Humanos, justamente, porque a atuação referida atinge os seres humanos, conclui-se, sem gris algum, que há patente relação entre segurança pública e Direitos Humanos. Em verdade, estes disciplinam a conduta daquela.

Quanto mais afastada desses referidos princípios, mais próxima estará a atuação estatal do chamado abuso de poder.

O aspecto relacional existente entre segurança pública e Direitos humanos encontra suporte, ainda, no fato de que, separando-se referidos institutos, ver-se-ia uma manifesta e nefasta crise no Estado moderno, ocasião em que se retornaria às características de um Estado Monárquico e Absolutista dos séculos XVII e XVIII, no qual o rei era o soberano e exercia a plenitude do poder sem nenhuma limitação de ordem constitucional. (...)

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#49 Mensagem por Carnage » 24 Jun 2009, 11:33

http://jornalistalucianosoares.blogspot ... arney.html
Domingo, 3 de Maio de 2009
O Poder dos Sarney

O absurdo dos absurdos

A candidata derrotada na última eleição em que se escolheu o governador do maranhão, Roseana Sarney, assumiu o cargo após a cassação de Jackson Lago (PDT), vencedor do pleito.

Ora, convenhamos, eleições não são como corridas de cem metros ou provas de natação, em que os três primeiros colocados recebem medalhas e o segundo assume o primeiro lugar caso ocorra alguma irregularidade no desempenho do vencedor.

Nas eleições diretas para a escolha de representantes públicos só existe um vencedor, os outros são derrotados, ou seja, não passaram pelo crivo da maioria absoluta da população.

Dessa forma, conceder a Roseana Sarney o direito de assumir o cargo de governadora do Maranhão é ir contra a maioria da população, é dar o status de vencedora a uma candidata derrotada nas urnas.

Contrariando a tudo isso o TSE do Maranhão deu a Roseana Sarney o direito de assumir o governo daquele estado e ser diplomada imediatamente após a cassação de Jackson Lago.

Uma pergunta me perseguia na medida em que lia ou ouvia essa notícia: "Porque não convocar novas eleições?" Tentei encontrar uma resposta para tudo isso. A grande mídia não disse nada. Ai, navegando pela net, conseguir achar uma explicação para essa aberração política no blog do Mesquita, a qual publico na íntegra, a seguir:

O dono do Maranhão

Para nascer, Maternidade Marly Sarney;Para morar, escolha uma das vilas: Sarney, Sarney Filho, Kiola Sarney ou, Roseana Sarney;Para estudar, há as seguintes opções de escolas: Sarney Neto, Roseana Sarney, Fernando Sarney,Marly Sarney e José Sarney;Para pesquisar, apanhe um táxi no Posto de Saúde Marly Sarney e vá até a Biblioteca José Sarney, que fica na maior universidade particular do Estado do Maranhão, que o povo jura que pertence a um tal de José Sarney;

Para inteirar-se das notícias, leia o jornal O Estado do Maranhão, ou ligue a TV na TV Mirante, ou, se preferir ouvir rádio, sintonize as Rádios Mirante AM e FM, todas do tal José Sarney. Se estiver no interior do Estado ligue para uma das 35 emissoras de rádio ou 13 repetidoras da TV Mirante, todas do mesmo proprietário;

Para saber sobre as contas públicas, vá ao Tribunal de Contas Roseana Murad Sarney (recém batizado com esse nome, coisa proibida pela Constituição, lei que no Estado do Maranhão não tem nenhum valor); Para entrar ou sair da cidade, atravesse a Ponte José Sarney, pegue a Avenida José Sarney, vá até a Rodoviária Kiola Sarney.

Lá, se quiser, pegue um ônibus caindo aos pedaços, ande algumas horas pelas ‘maravilhosas’ rodovias maranhenses e aporte no município José Sarney. Não gostou de nada disso? Então quer reclamar? Vá, então, ao Fórum José Sarney, procure a Sala de Imprensa Marly Sarney, informe-se e dirija-se à Sala de Defensoria Pública Kiola Sarney.

- E de quebra vai um artigo retirado do blog da cientista política Lucia Hippolito, que também ajudará muito na busca por uma resposta à diplomação de uma candidata derrotada ao governo do Maranhão:


Pobre Maranhão

Que destino trágico, este do povo do Maranhão. Jackson Lago foi eleito governador para acabar com o domínio da família Sarney, que há 50 anos acorrenta o Maranhão ao atraso e à miséria. O Maranhão tem hoje os piores índices de desenvolvimento humano do Brasil. Ao lado de Alagoas, naturalmente.

Jackson Lago foi prefeito de São Luís. Contra os Sarney. Jackson Lago foi eleito governador do Maranhão. Contra os Sarney. Para encerrar o reinado dos Sarney. Para isso ele foi eleito. Porém, durante a campanha eleitoral permitiu que fossem usados os mesmos métodos que criticava na família Sarney. Clientelismo, fisiologismo, utilização da máquina pública, exploração da miséria.

O então governador José Reinaldo Tavares, cria de Sarney que depois rompeu com o grupo, para eleger seu candidato cometeu vários abusos, entre os quais distribuição de cestas básicas e kits salva-vidas para os eleitores. Tudo para eleger Jackson Lago e encerrar o domínio de seu ex-padrinho sobre o Maranhão.

Resultado: a coligação derrotada (Roseana Sarney) acusou Jackson Lago de abuso de poder político e econômico. O TRE cassou seu mandato e o do vice, punição confirmada pelo TSE. E por unanimidade. O governador entrincheirou-se no palácio e declarou que só sairia depois que o STF julgasse todos os recursos. Mas já sofreu algumas derrotas no Supremo. Deixou o Palácio hoje de manhã.

O MST aliou-se ao governador, está acampado em São Luís e pretende fazer movimentação contra Roseana Sarney, candidata derrotada que ontem assumiu o governo. Na Assembléia Legislativa do Maranhão também se esboça um movimento de resistência. Isso porque a Constituição do estado, seguindo a Constituição federal, determina que, se houver vacância antes de se completar a primeira metade do mandato de governador, haverá nova eleição.

Eleição indireta, pela Assembléia. Mas esta interpretação já foi derrubada pelo presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Brito, que declarou que a vacância referida nos dois textos diz respeito a morte ou renúncia e não a cassação de mandatos.

Roseana Sarney, por sua vez, também responde a processos e pode perder o mandato de governadora. O impasse permanece, e está longe de terminar. É de se lamentar a cassação de Jackson Lago, mas não se pode permitir que, para encerrar um dos mais longos domínios coronelistas do Brasil (quase 50 anos, é bom repetir), sejam utilizados os mesmos e condenáveis métodos largamente utilizados pelo clã dominante.

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#50 Mensagem por old owl » 24 Jun 2009, 11:37

Discussões a parte, se era melhor antes na ditadura ou agora, que de certa forma seria um outro assunto para um outro topico; se é que ja não existe; Um Jose Sarney no poder novamente; se é que em algum tempo esteve fora; é como a Volkswagagem fabricando este modelo de Kombi que ainda se vende no Brasil onde fica dificil saber se fabrica por que ainda vende ou vende porque ainda fabrica...

Mas uma pergunta é inevitavel!!! De que serve este congresso e senado que temos no Brasi que so produz escandalos e logo apos pizzas de sabores bastante desagradaveis??? Assim não me surpreende que existam projetos de lei a mais de 10 anos a espera de votação nestas casas...

Ai inves de representarem e defenderem o povo que os elegeu, acabam gastando todo o tempo se defendendo e defendendo seus interesses em um moto continuo que parece que nunca vai acabar...

Tenho alguma saudade da lei falcão com algumas adptações seria bem util nos dias de hj.

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#51 Mensagem por Warum » 24 Jun 2009, 12:43

Como ousam vcs atacarem de forma vil o nosso SENHOR MAIS FEUDAL?

Retornaremos todos aos tempos das trevas por esta infâmia que mancha a reputação ilibada de SIRNEY!!!

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old owl
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#52 Mensagem por old owl » 24 Jun 2009, 13:01

Sarney no poder me lembra a estoria do Papa que mandou pintar um menino de ouro para dizer que os bons tempos tinham voltado...

http://historia.abril.com.br/gente/reto ... 3886.shtml

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#53 Mensagem por Carnage » 24 Jun 2009, 16:24

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... m-incomum/
Leandro Fortes: Sarney, o homem incomum

Atualizado em 23 de junho de 2009 às 18:32 | Publicado em 23 de junho de 2009 às 17:12

por Leandro Fortes, no blog Brasília eu Vi

Há anos, nem me lembro mais quantos, os principais colunistas e repórteres de política do Brasil, sobretudo os de Brasília, reputam ao senador José Sarney uma aura divinal de grande articulador político, uma espécie de gênio da raça dotado do dom da ponderação, da mediação e do diálogo. Na selva de preservação de fontes que é o Congresso Nacional, estabeleceu-se entre os repórteres ali lotados que gente como Sarney – ou como Antonio Carlos Magalhães, em tempos não tão idos – não precisa ser olhada pelas raízes, mas apenas pelas folhagens. Esse expediente é, no fim das contas, a razão desse descolamento absurdo do jornalismo brasiliense da realidade política brasileira e, ato contínuo, da desenvoltura criminosa com que deputados e senadores passeiam por certos setores da mídia.

Olhassem Sarney como ele é, um coronel arcaico, chefe de um clã político que há quatro décadas domina a ferro e fogo o Maranhão, estado mais miserável da nação, os jornalistas brasileiros poderiam inaugurar um novo tipo de cobertura política no Brasil. Começariam por ignorar as mentiras do senador (maranhense, mas eleito pelo Amapá), o que reduziria a exposição de Sarney em mais de 90% no noticiário nacional. No Maranhão, a família Sarney montou um feudo de cores patéticas por onde desfilam parentes e aliados assentados em cargos públicos, cada qual com uma cópia da chave do tesouro estadual, ao qual recorrem com constância e avidez. O aparato de segurança é utilizado para perseguir a população pobre e, não raras vezes, para trucidar opositores. A influência política de Sarney foi forte o bastante para garantir a derrubada do g overnador Jackson Lago, no início do ano, para que a filha, Roseana, fosse reentronizada no cargo que, por direito, imaginam os Sarney, cabem a eles, os donatários do lugar.

José Sarney é uma vergonha para o Brasil desde sempre. Desde antes da Nova República, quando era um político subordinado à ditadura militar e um representante mais do que típico da elite brasileira eleita pelos generais para arruinar o projeto de nação – rico e popular – que se anunciava nos anos 1960. Conservador, patrimonialista e cheio dessa falsa erudição tão típica aos escritores de quinta, José Sarney foi o último pesadelo coletivo a nós impingido pela ditadura, a mesma que ele, Sarney, vergonhosamente abandonou e renegou quando dela não podia mais se locupletar. Talvez essa peculiaridade, a de adesista profissional, seja o que de mais temerário e repulsivo o senador José Sarney carregue na trouxa política que carrega Brasil afora, desde que um mau destino o colocou na Presidência da República, em março de 1985, após a mor te de Tancredo Neves.

Ainda assim, ao longo desses tantos anos, repórteres e colunistas brasileiros insistiram na imagem brasiliense do Sarney cordial, erudito e mestre em articulação política. É preciso percorrer o interior do Maranhão, como já fiz em algumas oportunidades, para estabelecer a dimensão exata dessa visão perversa e inaceitável do jornalismo político nacional, alegremente autorizado por uma cobertura movida pelos interesses de uns e pelo puxa-saquismo de outros. Ao olhar para Sarney, os repórteres do Congresso Nacional deveriam visualizar as casas imundas de taipa e palha do sertão maranhense, as pústulas dos olhos das crianças subnutridas daquele estado, várias gerações marcadas pela verminose crÿnica e pela subnutrição idem. Aí, saberiam o que perguntar ao senador, ao invés de elogiar-lhe e, desgraçadamente, conceder-lhe salvo conduto p ara, apesar de ser o desastre que sempre foi, voltar à presidência do Senado Federal.

Tem razão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao afirmar, embora pela lógica do absurdo, que José Sarney não pode ser julgado como um homem comum. É verdade. O homem comum, esse que acorda cedo para trabalhar, que parte da perspectiva diária da labuta incerta pelo alimento e pelo sucesso, esse homem, que perde horas no transporte coletivo e nas muitas filas da vida para, no fim do mês, decidir-se pelo descanso ou pelas contas, esse homem comum é, basicamente, honesto e solidário. Sarney é o homem incomum. No futuro, Lula não será julgado pela História somente por essa declaração infeliz e injusta, mas por ter se submetido tão confortavelmente às chantagens políticas de José Sarney, a ponto de achá-lo intocável e especial. Em nome da governabilidade, esse conceito em forma de gosma fisiológica e imoral da qual se alimenta a escória da política brasileira, Lula, como seus antecessores, achou a justificativa prática para se aliar a gente como os Sarney, os Magalhães e os Jucá.

Pelo apoio de José Sarney, o presidente entregou à própria sorte as mais de seis milhões de almas do Maranhão, às quais, desde que assumiu a Presidência, em janeiro de 2003, só foi visitar esse ano, quando das enchentes de outono, mesmo assim, depois que Jackson Lago foi apeado do poder. Teria feito melhor e engrandecido a própria biografia se tivesse descido em São Luís para visitar o juiz Jorge Moreno. Ex-titular da comarca de Santa Quitéria, no sertão maranhense, Moreno ficou conhecido mundialmente por ter conseguido erradicar daquele município e de regiões próximas o sub-registro civil crÿnico, uma das máculas das seguidas administrações da família Sarney no estado. Ao conceder certidão de nascimento e carteira de identidade para 100% daquela população, o juiz contaminou de cidadania uma massa de gente tratada, até então, com o gado sarneyzista. Por conta disso, Jorge Moreno foi homenageado pelas Nações Unidas e, no Brasil, viu o nome de Santa Quitéria virar nome de categoria do Prêmio Direitos Humanos, concedido anualmente pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República a, justamente, aqueles que lutam contra o sub-registro civil no País.

Em seguida, Jorge Moreno denunciou o uso eleitoral das verbas federais do Programa Luz Para Todos pelos aliados de Sarney, sob o comando, então, do ministro das Minas e Energia Silas Rondeau – este um empregado da família colocado como ministro-títere dentro do governo Lula, mas de lá defenestrado sob a acusação, da Polícia Federal, de comandar uma quadrilha especializada em fraudar licitações públicas. Foi o bastante para o magistrado nunca mais poder respirar no Maranhão. Em 2006, o Tribunal de Justiça do Maranhão, infestado de aliados e parentes dos Sarney, afastou Moreno das funções de juiz de Santa Quitéria, sob a acusação de que ele, ao denunciar as falcatruas do clã, estava desenvolvendo uma ação político-partidária. Em abril passado, ele foi aposentado, compulsoriamente, aos 42 anos de idade. Uma dos algozes do juiz, a corregedora (?) do TRE maranhense, é a desembargadora Nelma Sarney, casada com Ronaldo Sarney, irmão de José Sarney.

Há poucos dias, vi a cara do senador José Sarney na tribuna do Senado. Trêmulo, pálido e murcho, tentava desmentir o indesmentível. Pego com a boca na botija, o tribuno brilhante, erudito e ponderado, a raposa velha indispensável aos planos de governabilidade do Brasil virou, de um dia para a noite, o mascate dos atos secretos do Senado. Ao terminar de falar, havia se reduzido a uma massa subnutrida de dignidade, famélica, anêmica pela falta da proteína da verdade. Era um personagem bizarro enfiado, a socos de pilão, em um jaquetão coberto de goma.

Na mesma hora, pensei no povo do Maranhão.

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#54 Mensagem por Carnage » 25 Jun 2009, 11:26

Fiquei em dúvida de onde colar essa aqui, mas como fala do escândalo do Senado, onde o Sarney está metido até os bigodes, acho qeu dá pra ser aqui.

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... rateleira/
23/06/2009 - 08:50
Escândalos de prateleira

Já escrevi algumas vezes sobre o modelo político-midiático brasileiro. Esse episódio do Senado vem apenas comprovar.

Tem-se um escândalo de 14 anos. Nesse período todo, o Senado foi coberto diariamente por jornalistas especializados dos principais jornais. Segundo o Estadão de hoje, os atos secretos beneficiaram 37 senadores, entre os quais o Pedro Simon, Demóstenes Torres, além de Renan, Sarney e companheiros, Delcídio e Augusto Botelho, do PT.

Esses episódios, além dos esquemas de terceirizações da casa (a propósito, investiguem como são as terceirizações em todos os grandes órgãos públicos federais e estaduais) são velhos conhecidos dos jornalistas.

Mas ficam pendentes, não são usados enquanto não têm utilidade. Quando interessa ao jogo político da mídia, vai-se na gôndola do Supermercado de Escândalos e saca-se aquele que melhor se adequa ao momento. Neste caso específico, o objetivo evidente não é o de moralizar a casa, caso contrário não teriam deixado passar em branco 14 anos de irregularidades: é desestabilizar politicamente o país.

Significa que Sarney deve ser poupado? Longe disso. Mas ele foi atacado pela Polícia Federal ligada a José Serra na Operação que flagrou os recursos de campanha de Roseana Sarney - porque interessava à candidatura Serra. Depois, poupado do escândalo Cemar, porque na outra ponta os beneficiários eram grandes fundos de investimento. Foi inicialmente poupado no caso Gautama, porque naquele momento atirar nele não interessava a ninguém. Está sendo atacado de todas as formas agora, inclusive pelo caso Gautama, porque interessa à candidatura Serra.

Não interessa discutir mudanças radicais que eliminem de vez essas aberrações e essa falta de controle.Esses escândalos reiterados são a pulguinha no umbigo do fazendeiro (lembrando a história do médico que formou o filho graças à pulguinha que atormentava o fazendeiro, seu cliente e que, por isso mesmo, não poderia ser morta).

São características que fortalecem a mídia, que lhes dá poder. Essas aberrações institucionais permitem ao editor escolher o caso que quiser, escândalo grande, pequeno ou factóide, e dar-lhe o tratamento que desejar. E, como disse o diretor de redação do Estadão, a edição é um dos pressupostos da liberdade de imprensa.

Se submetida à mesma lente, por exemplo, não escaparia a Assembeia Legislativa de São Paulo, a Câmara de Vereadores, os serviços terceirizados. E, provavelmente, de nenhum outro estado. Mas são escândalos potenciais, que ficam na gôndola aguardando o momento que mais interessar ao jornal. Ou, como uma espada de Dâmocles sobre os governantes, tornando-os mais permeáveis, por exemplo, à venda de publicações pagas com as verbas da Educação - o novo grande veio descoberto pelos grandes grupos de mídia.

Evidentemente não tem santo nessa história. Mas, se tivesse que colocar alguma hierarquia, não incluiria os senadores no início da fila.

Enviado por: luisnassif

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#55 Mensagem por capa dura » 25 Jun 2009, 12:10

Pois é....
Mais um escândalo do Sr. Sarney....
A funcionária dele foi autorizada a morar em um apartamento luxuoso pelo prazo de 90 dias (começou em janeiro de 2005 - e...... Adivinhem...... Está lá, até hj)....
Ganha um salário de R$ 2.313,30 por mês apenas e tão somente para servir cafezinho no meio do expediente.....
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 6184.shtml

Pelo menos, nós vivemos em uma época em que a imprensa denuncia e divulga para a sociedade quem são as pessoas q o povo elegeu para representá-las.....
Nunca é demais relembrar: Nenhum político, nenhum deputado e nenhum senador caiu no poder de pára-quedas...... Foram todos eleitos por nós.... Todos eleitos pelo povo......
Inclusive o Sarney!

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#56 Mensagem por Carnage » 25 Jun 2009, 16:03

http://partisanrs.blogspot.com/2009/06/ ... rquia.html
http://ohermenauta.files.wordpress.com/ ... =459&h=890

Quinta-feira, 25 de Junho de 2009
Nada de novo no mundo da oligarquia brasileira

Como demonstra a reportagem acima, os fatos que fundamentam a atual crise no Senado não são nenhuma novidade, resultando da própria estrutura do sistema político brasileiro. A qual, por sinal, a nossa imprensa moralista nem cogita em mudar. A grande questão é "quais interesses estam motivando essa onda de denúncias e quais os seus verdadeiros objetivos?" Ou alguém acredita que a nossa mídia monopolista apenas agora ficou sabendo das fraquezas e vícios dos nossos nobres senadores?

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Freire cobra Sarney

#57 Mensagem por florestal » 25 Jun 2009, 19:10

Muito lúcida e correta a visão do Presidente do PPS, Roberto Freire: não é a instituição que está sendo arranhada, mas sim os seus componentes.
Escândalo no Senado: Freire cobra apuração total e punição rigorosa para responsáveis.


Freire: o problema não é Sarney se afastar ou não, mas tomar uma atitude.


O presidente do PPS, Roberto Freire, afirma que não é o licenciamento ou não do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o fator determinante na solução da crise na Casa, mas a apuração das ilegalidades e a punição dos responsáveis por elas. Segundo Freire, "o problema não é Sarney se afastar ou não, mas tomar atitude, se ficar na presidência; e o Senador não tomou".

O ex-senador reafirmou que a Casa não pode validar nenhum dos atos secretos porque são nulos, inadmissíveis pelo direito brasileiro. O licenciamento do presidente do Senado e a demissão de funcionários envolvidos na elaboração desses atos, salienta Freire, não vão resolver o problema. É necessário investigar e punir, observa. "É permitido ato secreto,? Onde já se viu?", protestou.

O presidente do PPS cobra também uma ação firme do Ministério Público Federal (MPF) na investigação do caso, em especial do Procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza.

Para Freire, a instituição Senado Federal não sai arranhada da crise por que passa. "Estão arranhados seus componentes. O Senado teve sucessivas mesas diretoras que não honraram a Casa". O país, lembra, teve um presidente da República que sofreu impeachment, "e a Presidência é responsável por isso?"

http://portal.pps.org.br/portal/showData/152668


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LFerrari
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#58 Mensagem por LFerrari » 25 Jun 2009, 23:46

O parlamento está assolado por uma onda pouca vezes vista de corrupção, safadeza, roubalheira. Todo dia estoura uma noticia de roubo e cachorrada, uma pior do q a outra.

A exemplo de Lulla na epoca do mensalão, Sarney nada viu e nada sabe.

LAMENTAVEL!!!!

Mais lamentavel ainda é saber q em pouco tempo outro *********, possivelmente de proporções maiores, fará q este seja esquecido, com os corruptos permanecendo impunes.

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Carnage
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#59 Mensagem por Carnage » 26 Jun 2009, 09:09

lferrari escreveu:Mais lamentavel ainda é saber q em pouco tempo outro *********, possivelmente de proporções maiores, fará q este seja esquecido, com os corruptos permanecendo impunes.
O escâdalo que poste acima é de 1986, e todo mundo esqueceu.
Até mesmo os escândalos do governo FHC ninguém mais lembra...

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Roy Kalifa
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#60 Mensagem por Roy Kalifa » 26 Jun 2009, 09:51

Caro Carnage

Você que é um sábio de politica, me explica isto por gentileza:

Por que o Lula e o PT defendem tanto o Sarney ?

O Sarney é latifundiário, marajá, rico, etc, ou seja, tudo o que o PT de esquerda sempre condenou na sua ideologia. Mas por que agora quer acobertar tudo e colocar panos quentes na investigação dos atos secretos?

Seria uma teia de interesses ?

Esquece FHC, governos passados. Se concentre apenas nesta questão.

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