EUA cogitam propor intervenção em Honduras

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EUA cogitam propor intervenção em Honduras

#1 Mensagem por Carnage » 21 Jul 2009, 17:54

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... -honduras/
EUA cogitam propor intervenção em Honduras

Atualizado em 20 de julho de 2009 às 17:23 | Publicado em 20 de julho de 2009 às 16:45

por Laerte Braga

A atitude cautelosa do governo dos Estados Unidos principal parceiro comercial de Honduras diante da crise naquele país e da perspectiva de guerra civil com a intransigência do governo golpista em permitir o retorno à legalidade, pode levar o governo do presidente Barak Obama a propor o envio de tropas da OEA – Organização dos Estados Americanos, com o pretexto de “restabelecer a ordem e evitar o conflito entre as duas partes. Golpistas e legalistas”.

As declarações forem feitas pelo porta-voz do Departamento de Estado de Rob McInturff ao deplorar o fracasso das negociações conduzidas pelo presidente da Costa Rica Oscar Árias.

McInturff reflete o pensamento da secretária Hilary Clinton que busca, por sua vez, mediar internamente o conflito entre os grupos remanescentes do governo Bush que detêm ainda controle de alguns setores do governo e o novo governo de Barak Obama. Obama condenou o golpe de maneira formal, mas os chamados porões do governo dão apoio logístico aos golpistas, através dos embaixador dos EUA Tegucigalpa, onde os norte-americanos têm uma base com 500 soldados e do senador republicano John McCain, derrotado por Obama nas eleições presidenciais do ano passado.

McCain recebeu na semana passada uma delegação de empresários, diplomatas e militares golpistas. Deu todo apoio a ação ilegal e providenciou encontro desses setores com empresários e lideranças militares dos EUA.

A intervenção nos moldes do que ocorre no Haiti desde o primeiro mandato do ex-presidente George Bush seria uma alternativa de acordo entre os grupos de falcões e moderados do governo dos EUA. A ajuda militar norte-americana foi oficialmente suspensa a Honduras – na prática não – e as ameaças de corte de ajuda econômica por enquanto continuam no terreno de ameaças.

Com a proposta do porta-voz Bob McInturff nem Zelaya e nem o presidente golpista Roberto Michelletti ocupariam a presidência. Um terceiro nome seria indicado e novas eleições seriam realizadas. A proposta em estudos tem o objetivo de impedir a volta de Zelaya e uma das condições seria a não candidatura do atual presidentel constitucional de Honduras.

Na prática a consumação do golpe.

O projeto é difícil, pois as condições em Honduras diferem substancialmente das que permitiram a intervenção no Haiti (da qual participam militares brasileiros), já que o secretário geral da OEA, José Miguel Insulza, ex-ministro do exterior do Chile acusa expressamente os golpistas de intransigência e a unanimidade dos países latino-americanos defende o retorno de Zelaya ao poder.

Governos e diplomatas latino-americanos entendem que desde a proposta da secretária Hilary Clinton de uma negociação entre as partes, os EUA estavam pretendendo ganhar tempo para consolidar o golpe e esvaziar a reação de Zelaya e seus partidários.

O presidente Barak Obama não consegue controlar os falcões em seu próprio país e não detém o comando de toda a máquina governamental. Tanto em Honduras, pelos golpistas, como nos EUA, pelos republicanos, ninguém chama Obama pelo nome, mas pelo pejorativo “el negrito”.

A chegada de Zelaya hoje a Honduras, as manifestações em todo o país e a presença atuante da mulher e da filha de Zelaya preocupam os norte-americanos. A greve geral aliada à participação popular nos protestos é outro fator de preocupação para o governo de Obama, pressionado pelos duros de Washington.

“Esta vai ser uma semana decisiva” disse o secretário geral da OEA, José Miguel Insulza que considera os golpistas “intransigentes” e em determinado momento chegou a usar a expressão, “essa gente é louca”.

Será difícil conseguir na OEA, caso a proposta seja formalizada, obter apoio de países como a Nicarágua, El Salvador, Venezuela, Equador, Bolívia, Paraguai, Argentina, Brasil e Bolívia. Na prática os EUA contam com os governos da Colômbia e do Peru e um ou outro país da América Central, a tendência do Chile é rejeitar qualquer intervenção externa em Honduras.

Outra alternativa para os norte-americanos seria arrancar um compromisso de Zelaya de não tentar modificar a constituição de seu país, através de referendo, e buscar um segundo mandato. Hoje, os fatos políticos conseqüentes do golpe sinalizam que tanto a mulher como a filha de Zelaya podem assumir o papel do pai, o que resta sendo outro complicador para os EUA.

O que seria um simples referendo para que o povo hondurenho opinasse sobre reformas constitucionais no país está se transformando num pesadelo para elites hondurenhas e norte-americanas. Boa parte dos negócios dos EUA em Honduras está na produção de bananas, café e tecidos, sempre associados a empresários daquele país.

Os sinais de desacordos entre militares hondurenhos preocupa também a Washington. O conglomerado empresarial e militar que forma os EUA teme que Zelaya acabe reassumindo o governo com apoio de setores das forças armadas que já se manifestam preocupados com o golpe e contrários à ação repressiva do governo de Pinochelletti.

O que parecia ser a solução para os golpistas está se mostrando problema. O tempo. Aumentam as reações, os protestos, a condenação ao golpe e são claros os sinais de desagregação econômica. No parlamento hondurenho existem deputados que defendem a volta de Zelaya.

Para os falcões nos EUA isso é inadmissível, pois representaria a adesão do país ao projeto de Aliança Bolivariana defendida pelo presidente Chávez da Venezuela e um contraponto a ALCA proposta pelos norte-americanos.

Neste momento os próprios setores conservadores dos EUA começam a considerar que o golpe foi um erro, já que equivocadamente os golpistas não avaliaram a reação do povo e dos países do resto do mundo.

Em Honduras está se iniciando uma grande marcha de voluntários de todo o mundo ao lado de cidadãos hondurenhos pelo restabelecimento da democracia com a volta de Zelaya ao poder. Há uma greve geral que paralisa os setores essenciais do país e os recursos públicos escasseiam, o que torna mais difícil a ação golpista.

O país que estava sob forte tensão desde o golpe que derrubou Zelaya, nesse momento vive também um instante de comoção nacional com a volta definitiva do presidente constitucional ao território hondurenho.

O golpe só se sustenta no apoio dos falcões norte-americanos. E justamente por isso, dada a inconseqüência desse grupo, há o temor que um banho de sangue patrocinado pelos golpistas leve o mundo a voltar-se contra os EUA nesse breve espaço de tempo em que Obama procurou e procura desvincular o seu governo do governo Bush, recobrando a imagem do país.

Mas, até agora, continua sendo apenas o presidente da Disneylândia. Dentro do próprio governo democrata assessores que advertiram Obama, antes da posse, para os riscos da presença de Hilary Clinton numa secretaria estratégica como a de Estado (relações exteriores), tentam ganhar espaço e recuperar o espírito da campanha eleitoral que elegeu Obama. Segundo um deles se dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço, duas estrelas vão disputar qual delas tem o maior brilho e aí, ao invés de um presidente os norte-americanos terão dois na Casa Branca e um real, que controla os porões do governo.

É uma semana complicada para um império em declínio.

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#2 Mensagem por ZeitGeist » 21 Jul 2009, 19:36

Que isso :shock:, não acredito nesses caras #-o!

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#3 Mensagem por Roy Kalifa » 22 Jul 2009, 15:58

Sou contra estas intervenções estrangeiras no quintal dos outros.

Vide no que deu as invasões de Coréia, Vietnã, Iraque e Afeganistão.

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#4 Mensagem por Carnage » 24 Jul 2009, 10:35

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... -honduras/
Eva Golinger: 'para Washington, não houve golpe em Honduras'

Atualizado em 22 de julho de 2009 às 23:21 | Publicado em 22 de julho de 2009 às 23:14

22/07/2009

Washington: “Não teve Golpe de Estado em Honduras”, mas espero que o “episódio” sirva de “lição” para Zelaya e outros que seguem o padrão venezuelano

por Eva Golinger, em Rebelion

Revisado por Caty R.

Tradução: Daniel Alvarez

Finalmente depois de três semanas de uma fala ambígua por parte de Washington sobre o golpe de Estado em Honduras,a diplomacia americana não considera como golpe o que aconteceu em Honduras. Assim foi confirmado ontem pelo porta-voz do Departamento de Estado, Phillip Crowley, em uma roda de imprensa em Washington. Um jornalista lhe perguntou se o governo americano qualificou que os eventos de Honduras como um golpe de Estado” e o porta-voz do Departamento de Estado respondeu com um firme “Não.”

Ao longo destas semanas, desde que aconteceu o desastroso golpe de Estado o último 28 de junho, o Departamento de Estado se recusou a responder claramente sobre os fatos. Desde o primeiro dia, a secretária de Estado, Hillary Clinton, não reconheceu os fatos como um “golpe” e nem exigiu claramente a restituição do presidente Zelaya ao poder. Adicionalmente, em todas suas declarações, ela se referiu sempre “as duas partes” do conflito, legitimando desse modo os golpistas e responsabilizando abertamente o presidente Zelaya.

Desde então, apesar de referências diversas ao “golpe” de Honduras, o Departamento de Estado recusou-se a qualificar como golpe de Estado, o que o forçaria a suspender todos os tipos de apoio econômico, diplomático e militar ao país. No dia 1 de julho, os porta-vozes do Departamento de Estado explicaram deste modo: “Em referência ao próprio golpe, a melhor coisa seria dizer que foi um esforço coordenado entre os militares e alguns setores civis.”

Inicialmente, os porta-vozes do Departamento de Estado disseram que os seus advogados estavam “analisando” os fatos para verificar se realmente houve um golpe em Honduras. Mas depois da reunião entre Hillary Clinton e o presidente Manuel Zelaya, no dia 7 de julho, a diplomacia americana se recusou a opinar sobre o assunto para não “influenciar” o processo de “negociação” posto em andamento por Washington.

Porém, na segunda-feira, 20 de julho, ficou tudo claro. Eles admitiram perante ao mundo que Washington não considerava o que tinha acontecido em Honduras como um golpe de Estado. Se assumir esta postura, o governo dos Estados Unidos se unirá sozinho ao regime golpista de Honduras e seus aliados -- a maioria velhos golpistas ou agentes da inteligência americana. A União Européia, as Nações Unidas, a Organização dos Estados Americanos e todos os países de América Latina classificaram o que aconteceu em Honduras como golpe de Estado. Portanto, se insistir na tese de que não houve golpe, legitimando a remoção do presidente Zelaya do poder, a administração de Obama só terá ao seu lado os golpistas.


Que sirva de lição para Zelaya e o outros

Durante a mesma roda de imprensa no Departamento de Estado o dia 20 de julho, o porta-voz Phillip Crowley ainda disse algo mais revelador sobre a posição de Washington frente aos eventos de Honduras. Quando lhe perguntado sobre uma suposta ruptura entre o governo venezuelano e o presidente Zelaya devido à negociação na Costa Rica, Crowley disse o seguinte: “Se nós tivéssemos que escolher um governo e um líder modelo para serem seguidos na região , a liderança atual de Venezuela não seria aquele padrão. Se essa é a lição que aprendeu o Presidente Zelaya deste episódio, bom, seria uma boa lição.”

Essa declaração de Washington confirma que o golpe em Honduras é um esforço para atentar contra a ALBA e o bolivarianismo que cresce e se expande pela região inteira. Também indica que o golpe contra Zelaya é uma mensagem a outros governantes de América Latina que estão estreitando suas relações com a Venezuela. É como lhes dizer: “se ficarem mais pertos da Venezuela, poderão ser derrubados por um golpe ou outra agressão” , que seria respaldada por Washington e justificada como uma medida para livrar a região da “ameaça chavista.”

Um jornalista insistiu no assunto com o porta-voz do Departamento de Estado: “Quando diz que o governo venezuelano não deveria ser o exemplo de governo para outros líderes…” E Phillip Crowley respondeu cinicamente, “eu acredito que disse as coisas com clareza…”

Devido às implicações destas declarações, insistiu o jornalista, “pode repetir isto? (ri) é como justificr o golpe de Estado, porque está dizendo que se algum governo tentar seguir o padrão socialista do governo da Venezuela, seria justo derrubar esse governo. "Pode explicar a sua declaração sobre a Venezuela?”

Crowley respondeu à pergunta do jornalista com um silêncio de cumplicidade. E então tirou proveito do momento para atacar a Venezuela.“Nós temos preocupações com o governo do presidente Chávez, não só pelo o que fez no próprio próprio país, perseguindo a imprensa, por exemplo, mas também pelos passos que deu para limitar a participação e o debate dentro do próprio país. Nós também estamos preocupados pelos passos que deu com alguns dos seus vizinhos… e a intervenção que nós temos visto por parte da Venezuela com respeito às relações com outros países, Honduras por um lado e a Colômbia por outro. E quando nós tivermos diferenças com o presidente Chávez, nós sempre dissemos isto de um modo muito claro.”

Sem dúvida, estas últimas declarações de Washington confirmam o apoio ao golpe de Estado de Honduras e a motivação por trás dos eventos. A lição que está dando Washington com este golpe é uma declaração de guerra contra a ALBA , especialmente contra a Venezuela.

Os ataques se intensificam tanto contra a Venezuela como contra o Equador e Bolívia. Com o acordo entre o presidente Obama e o presidente Uribe, da Colômbia, de aumentar, de modo volumoso, a presença militar americana na América Latina, a nova administração de Washington reafirma que a batalha entre a paz e a guerra continua, e a briga pela liberação dos povos latinoamericanos da enorme mão imperial apenas começou.

O artigo original está aqui: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=88980

Eva GOLINGER é advogada venezuelana-americana sediada em Nova York. Ela administra o site venezuelafoia.info que tem utilizando o Freedom of Information Act para obter mais informações sobre a conexão entre o governo dos EEUU e a oposição anti-Chávez na Venezuela.

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#5 Mensagem por Carnage » 24 Jul 2009, 10:37

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... mas-horas/
Embaixador de Honduras na OEA: Zelaya retorna nas próximas horas

Atualizado e Publicado em 23 de julho de 2009 às 12:57

Com as instâncias diplomáticas quase esgotadas e a poucas horas do encerramento do prazo dado pelo presidente costarriquense Oscar Arias para a reincorporação do deposto Manuel Zelaya à presidência, o governo hondurenho voltou a anunciar nesta semana uma tentativa de retorno pacífico do líder deposto ao palácio do governo em Tegucigalpa.

por Pablo Calvi, de Nova York, EUA, para Terra Magazine



O anúncio foi confirmado a Terra Magazine por Carlos Sosa Coello, embaixador da República de Honduras na Organização dos Estados Americanos. O diplomata, que continua nas suas funções apesar de Honduras ter sido afastada tanto da OEA quanto das Nações Unidas, garantiu que o retorno será "pacífico e com o apoio popular" e, diante da possibilidade de uma escalada de violência, rebate:

- É o governo interino que está com as armas e, obviamente, pode ser que no final das contas seja ele que agrave a repressão".

Leia a entrevista na íntegra:

Terra Magazine - Como está sendo organizando este retorno?

Carlos Sosa Coello - Não vamos divulgar a forma como vamos retornar a Honduras. Simplesmente vamos aparecer a fim de evitar que não se repita o que ocorreu da outra vez.

Em sua opinião, diante de um ato tão direto, qual será a reação do governo de Micheletti?
Não tenho idéia. Mas isso vai depender de cada um. Alguns integrantes do governo golpista já estão abandonando o barco. A título de exemplo, o fiscal geral da república foi para a Miami alegando motivos de saúde e ficou por lá. Alguns se tornarão repressores, outros sairão correndo, outros dirão que não participaram do golpe, outros apelarão à sensatez. Isso dependerá de cada um.

O Departamento de Estado Americano retirou-se das negociações. O Sr. vê algum indicativo nessa decisão?
Continuamos negociando com o Departamento de Estado, mas não temos muito mais o que pedir exceto que endureça ainda mais com o governo golpista, pois quanto mais duro for agora, mais fácil será o amanhã.

Tem-se como certa a reação do governo golpista e talvez um banho de sangue se o presidente Zelaya aparecer em Honduras como está previsto. Quais são os cuidados que o governo de Zelaya está tomando para proteger a população civil hondurenha?
Nós não temos armas. Temos a razão e a legitimidade. Quem está com as armas é o governo. É claro que pode ser que intensifiquem a repressão. Já mataram várias pessoas. Consideramos esta possibilidade, mas não temos medo dela. Não podemos ter medo.

Quais são os motivos, em sua opinião, para que o governo interino, ontem, quarta-feira, tenha expulsado o corpo diplomático venezuelano de Honduras?
Em minha opinião tudo isso é parte de um plano para culpar Hugo Chávez pelo golpe. E para que algum inimigo de Chávez faça sua a causa e, desta forma, seja criada uma aliança contra Chávez e Zelaya. Mas, na verdade, isso não trará nenhum resultado, pois não é Chávez quem tem sido mais duro com eles, mas os governos dos Estados Unidos, do Brasil e da União Européia. É infantil tentar transformar isso em uma cruzada contra Chávez. Primeiro porque isso não o prejudica em nada e segundo porque não acredito que nenhum exagero verbal que possa existir - já que o respeitamos, pois é um amigo - poderia chegar a uma escala diplomática contra o governo legítimo de Zelaya.

A chegada do presidente Zelaya em Honduras está definida para as próximas horas?
Podemos esperar por isso ou podemos esperar que os apoiadores do governo golpista façam algum gesto de retrocesso. Nós, a partir da restituição do presidente Zelaya como o legítimo líder da República de Honduras, estamos dispostos a conversar com essas pessoas, seus representantes, ou os verdadeiros donos do golpe que são as forças militares, e sermos generosos. Entenderemos que essas pessoas também são parte do povo hondurenho, da nação, para procurar sair disso de maneira pacífica e amistosa. Somos inflexíveis é no cumprimento da constituição, no sentido de que o presidente é o presidente.

É possível considerar que as negociações na Costa Rica tenham sido um completo fracasso?
Acho que não. Acredito que cumpriram uma função que é muito, mas muito importante, que é a do regime golpista retirar toda a máscara de aparente negociação ou de busca da legalidade. E isso, por si só, já é uma conquista.

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