Lendo a Crônica de nosso amigo Hot Sereno, “Alerta Vermelho!!!”, me inspirei para contar essas histórias. A original vocês podem ler aqui: http://www.gp-guia.net/phpbb/phpbb2/view ... hp?t=75247
Velejei com um Capitão que já havia morado em inúmeros países por conta de seu trabalho como executivo de Banco. Depois de aposentado curte a vida velejando e contando suas histórias.
Relatou-me o cidadão que certa noite em Bangkok saiu de um bar acompanhado de uma linda flor asiática e passou uma idílica noite de amor com a criaturinha. O que estranhou foi que, embora tivesse o pau pequeno, ficava dando cabeçadas a esmo no raso de seu laguinho. Como uma carpa comendo capim, com a cabeça no lodo e a nadadeira traseira pra fora.Com a semente plantada de que havia algo de errado com a garota, acabou descobrindo que a linda pérola do oriente não era o que parecia ser. Era na verdade uma criatura orgânica que, reagindo a corpos estranhos que incomodavam o seu organismo, foi lapidada por um cirurgião tal qual a mão divina. Fez-se a pérola com direito a conchinha e tudo. Ou, para os doutores em Biologia, extraiu-se o estame e criou-se o pistilo! Vejam só, tal é a maravilha da ciência moderna. O garçom do mesmo bar lhe confirmou a história sorrindo, como sempre fazem os budistas dessa região do planeta, mas sem revelar um pingo de ironia ou escárnio. Nada é realmente estranho nesses cantões da Ásia. Desiludido, só lhe restou tomar uma dose de Dreher e resignar-se com o fato de que comprou gato por lebre, que o erro não só foi inocente como justificável. Ela era realmente bonita, a mais bonita na ocasião, bonita até demais.... De suas investigações ficou uma certeza que veio na forma de uma sabedoria compartilhada pelo garçom. Olhem sempre para os pés! Os pés são o espelho da alma dessas criaturas atormentadas. São invariavelmente maiores que o de seus pares.
Quero aqui afirmar, que essa história é real, aconteceu mesmo com o Capitão e não é uma história do tipo "isso aconteceu com um amigo". Eu apenas a colori um pouquinho. Coloquei um Dreher na história, that's all.
Outra história, outra ocasião e agora de primeira mão, de quando eu retornava de uma viagem a Europa no fim da temporada de verão. Estou eu em um daqueles aviões da Ibéria, sentado em uma poltrona do lado da saída de emergência para ter mais espaço para as pernas, quando se acomoda ao meu lado um conterrâneo. Nunca havia lhe visto antes, mas não tinha dúvida, ELE era um daqueles produtos de exportação brasileira tão apreciado pelos europeus. E não estou falando de frutas! Quer dizer, pode até ser fruta. Vocês sabem, parecia um pêssego mas era banana, do tipo que engorda e faz crescer. Eu não sou preconceituoso nem nada, mas pensei: “Porra, fui sorteado (ironia). De todas as poltronas nesse avião essa trava vem sentar bem do meu lado.” Até que vi entrarem mais “meninas” e percebi que teriam mais contemplados como eu, que aquele vôo trazia uma legião de travestis, transexuais, bonecas e afins que, finalizados os trabalhos, agora retornavam para casa para seu merecido descanso. Nunca mais viajo pela Ibéria, pensei na ocasião.
Durante o vôo mantive a cortesia, ela se mostrou muito educada, até recatada, realmente muito discreta. Fiquei pensando em quão transtornada deve ser uma pessoa dessas, nasce com um genótipo 47,XY e se transforma usando de todos os meios químicos, cirúrgicos, de maquiagem, de prestidigitação, enfim, tudo para parecer mulher. Certamente os hormônios que tomam, alteram a química do cérebro e contribuem para alterar sua psique. O que ficou evidente para mim, que nunca havia ficado tão perto de uma antes, é que sempre entregam o seu cromossomo Y de alguma maneira. Primeiro na aparência, existêm evidencias de que a testosterona já atuou forte alí, seja no pomo de Adão, na voz de taquara rachada, ou outra característica qualquer, que mesmo sutil tem a capacidade de nos por instantaneamente em “Alerta vermelho!!!”. Depois, acho que elas não querem realmente se passar por mulheres, querem ser essas criaturas hermafroditas, pois quem as procuram obviamente buscam algo diferenciado, por assim dizer.
Depois dessa viagem, aproveitando que estava de volta ao Brasil, terra de putaria em Real e de mulheres maravilhosas, paro o carro em uma Avenida conhecida, chamo a rapariga e mesmo tendo tomado uns tragos, quando ela abre a boca para dizer o valor do programa e condições, explode em minha mente uma sirene de alerta. Na mesma hora interrompo e pergunto: “menino ou menina?” PQP! Nem precisou responder, me arranquei dali. Aparentemente aquela área que sempre havia abrigado prostitutas tinha sido palco de uma batalha por novos mercados. E as flores de jasmim haviam perdido para os Benjamins....
O nosso fenótipo deveria ser como a tela divina do tempo e do espaço, carregando nossas histórias, marcas e cicatrizes da forma mais natural possível. Tantos recursos para altera-lo nos confundem de maneira muitas vezes estelionatária. Por isso meus caros, sejam como os escoteiros, “Sempre Alerta”, moderação na bebida, percebam os sinais que possam evidenciar de que “tem coelho naquela cartola” e estejam preparados para tomar um Dreher como nosso amigo lá em Sião, que se deparou com um chapéu vazio mas do tipo Coco.
Bons ventos.