Roy Kalifa escreveu:Engraçado. O Caro Roman Barak posta algo totalmente sem sentido, mesmo que no sentido figurado e depois vem nos inserir no bolo.
Quer doar ao M$T, comece então pelos seus bens. Querer fazer a feira com o chapéu dos outros não é muito correto.
Caro kalifa, creio que a assertiva foi no sentido de apontar que o apoio incondicional prestado por vs. senhorias em favor dos megabilionários e inadimplentes latifundiários, se apresenta contraditório face aos vossos modestos hábitos de “consumo” indicativos de uma maior proximidade socioeconômica com os sem-terra, do que propriamente com os barões do agronegócio. (Isso tudo partindo da premissa de que os confrades não são milionários excêntricos)
Quanto a questão relativa a fazer a “feira com o chapéu dos outros” chamo sua atenção para o fato de que quem vem fazendo a xepa com o nosso chapéu, há décadas, são justamente os tais latifundiários.
Por residir num estado com grande tradição no agronegócio, posso relatar alguns casos que testemunhei:
Há alguns anos namorei a filha de um notório latifundiário, proprietário de milhares de ha de terra, o ruralista tinha dezenas de empregados, nenhum com carteira assinada.
Todos os anos tomava vultosos empréstimos junto ao Banco do Brasil, e ao invés de investir no plantio, servia-se do dinheiro para financiar veículos importados para os filhos, casas na praia e viagens para Europa.
Certa vez indaguei-lhe como pagaria tal empréstimo, já que nada havia sido plantado e, portanto não haveria rendimento com a colheita para quitar os débitos?
Me respondeu; - “A gente põe a culpa na geada ou na seca e rola a dívida, depois de uns anos o governo dá anistia.”
Nesses anos em que privei da companhia da moça pude constatar que não se tratava de uma atitude isolada, era como que um habito entre os grandes fazendeiros da região.